Oligarquia frágil e em decomposição

Imagem: Naomi August
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Por WERNER RÜGEMER*

A “América quebrada” não é uma falha do sistema, mas seu produto final: um capitalismo que, em seu estágio senil, depende da exploração brutal e do esvaziamento democrático para sustentar o poder de uma oligarquia transnacional

Devido ao seu declínio sistêmico, o capitalismo liderado pelos Estados Unidos está se armando ainda mais, processo acelerado pela ala mais jovem e agressiva do capital, representada politicamente pelo atual presidente norte-americano, Donald Trump. Como, então, pode-se aprofundar e expandir a cooperação do muito maior “resto” do mundo, em termos de direito internacional e direitos humanos, inclusive no nível não estatal?

A “América quebrada” deve continuar sendo a única potência mundial
Os EUA podem ser “uma gerontocracia frágil, apodrecendo por dentro”, mas essa “América quebrada” faz parte do “estranho triunfo” desse mesmo Estado. Esse diagnóstico não é debatido na esfera pública dominante, mas sim utilizado para a autocompreensão interna da elite norte-americana, como se lê em Foreign Affairs.¹ Esta é a revista do Council on Foreign Relations, o principal think tank de política externa dos EUA, fundado após a Primeira Guerra Mundial pelos grandes capitalistas e que desde então acompanha a expansão global do que se reivindica como a “única potência mundial”.

De acordo com esse diagnóstico, 70% dos norte-americanos consideram os EUA como “não bons” e “pobres”, com apenas 20% mantendo confiança no governo; o patriotismo, que é tão valorizado, despencou para níveis minoritários. A violência multifacetada está em ascensão, incluindo duas tentativas de assassinato contra o atual presidente Donald Trump durante a campanha eleitoral. A riqueza econômica pode andar de mãos dadas com o declínio cívico, mas essa “América quebrada” é, ainda assim, a “única superpotência mundial”. E não apenas deve continuar a sê-lo, como deve ser ampliada e assegurada globalmente, com apenas algumas correções, segundo inúmeras proposições publicadas em Foreign Affairs.

Até mesmo Laurence Fink, diretor da BlackRock, atualmente o maior e mais influente organizador de capitais dos EUA e o maior acionista do capitalismo liderado pelos Estados Unidos, admite: “O capitalismo funciona, mas atualmente funciona para poucas pessoas.” Fink refere-se principalmente aos EUA, mas também às democracias capitalistas amigas. Ele atribui isso às baixas aposentadorias e acusa os governos de não contribuírem o suficiente para os fundos de pensão.²

A redução sistemática da renda do trabalho

Fink minimiza esse fenômeno como um estado temporário e evita mencionar os responsáveis pelo declínio acelerado das aposentadorias dos trabalhadores assalariados nas últimas três décadas: são as grandes corporações e seus principais grupos acionistas — com a BlackRock à frente — que reduziram ainda mais a renda do trabalho e, consequentemente, as aposentadorias. No entanto, isso vem sendo apoiado pelos governos desde os anos 1980, a começar pelo presidente Ronald Reagan.

Como resultado, os EUA, supostamente o país mais economicamente bem-sucedido, têm o salário mínimo legal mais baixo entre os países capitalistas comparáveis. Ele é de US$ 7,25 por hora e permanece inalterado há 16 anos. Mesmo o governo Obama, retoricamente amigável aos sindicatos, não aumentou o salário mínimo. Ajustado pelo poder de compra, está abaixo do praticado nos países mais pobres da União Europeia, no Leste Europeu. Mesmo quando pago formalmente, ele é frequentemente burlado: paga-se o mínimo pelas horas contratuais, mas exige-se que horas adicionais sejam trabalhadas sem remuneração, como ocorre na entrega da quantidade estipulada de pacotes.

Além disso, o salário mínimo nos EUA pode ser reduzido para US$ 2,13 em ocupações em que as gorjetas são cada vez mais comuns, como entrega de pacotes e alimentos, serviços de catering, call centers, serviço de quarto em hotéis, cabeleireiros, guias de turismo e cuidadores de idosos — muitos deles ainda trabalhando em meio período, sob contratos temporários ou sazonais. Como consequência, não são apenas trabalhadores negros e latinos que vêm sendo empobrecidos, mas também a classe trabalhadora branca.

E o salário mínimo vale ainda menos para as dezenas de milhões de imigrantes ilegais que formam um pilar sistêmico da economia norte-americana: como trabalhadores, consumidores e contribuintes, já que o imposto de renda e tributos locais são automaticamente deduzidos, mesmo dos imigrantes ilegais. Para reforçar essa situação de ilegalidade normalizada, desde o governo Obama o número de inspetores do trabalho foi rapidamente reduzido.³

Alguns estados têm salários mínimos mais altos, como a Califórnia, que possui um dos mais elevados, de US$ 16,50. Mas isso não se aplica a milhões de trabalhadores ilegais apenas nesse estado: por exemplo, 75% dos até 800 mil trabalhadores das plantações estão em situação ilegal. Eles labutam sob calor ou frio sem proteção à saúde, por alguns dólares ao dia.⁴ Além desses trabalhadores rurais, milhões de imigrantes ilegais atuam em outros estados norte-americanos na construção civil e em residências particulares, como trabalhadores temporários, diaristas e autônomos sem contrato, exercendo funções de limpeza, prostituição, jardinagem e cuidado de idosos — assim como, por exemplo, os motoristas sem contrato da maior empresa de transporte e táxi, a Uber, e os trabalhadores de plataformas digitais.

Por isso, migrantes são autorizados a entrar nos EUA de forma permanente e em grande número, apesar dos riscos, sendo ao mesmo tempo forçados a aceitar trabalhos desumanos e em condições análogas à escravidão sob a ameaça de deportação. A ilegalidade se tornou um modelo de negócio. Imigrantes ilegais permanecem invisíveis, vivem com medo, muitas vezes sem moradia, não têm direito ao voto, não recebem assistência médica e frequentemente são empurrados para pequenos delitos.

Após a abolição da escravidão, os EUA modernizaram constantemente formas de trabalho escravo que violam os direitos humanos, globalizando-as em escala ainda maior sob um neocolonialismo modernizado — e continuam a fazê-lo hoje.

Isso se dá por meio de suas cadeias globais de suprimento, comandadas pelas indústrias automobilística, farmacêutica, alimentícia, do agronegócio e de supermercados, lideradas pelas corporações digitais como Apple, Google, Facebook, Amazon, Microsoft e Nvidia. Essas empresas fazem seus dispositivos caros serem produzidos principalmente na chamada “Fábrica Ásia” por companhias especializadas que empregam trabalhadores de baixa remuneração em condições de alojamento coletivo, como Foxconn, Pegatron e Wistron, todas de Taiwan. Como a China aumentou significativamente os salários ao longo dos anos, a Apple e seus fornecedores estão fugindo para países mais pobres o mais rápido possível. Apenas a Apple tem mais de 10 mil fornecedores em dezenas de países pobres — desconhecidos do público e dos consumidores. É assim que jovens mulheres de 18 a 25 anos montam iPhones em Chennai, na Índia: a Foxconn as aloja em dormitórios vigiados, em sua maioria sem contratos de trabalho. Seus salários são de 80 centavos de dólar por hora, dos quais são descontados os custos de alojamento, alimentação barata e transporte diário até a fábrica. A maioria dessas jovens, recrutadas das regiões mais pobres através de agências de emprego, adoece após poucos anos e é substituída por novas “recursos humanos”.⁵

Para os novos trabalhos digitalizados, como moderadores de conteúdo na área de controle de carros autônomos, colheita de frutas e operação de robôs agrícolas, e remoção de conteúdos em redes sociais, as corporações norte-americanas expandem principalmente a “Fábrica África”: aqui, os novos trabalhadores-escravos são explorados por dois dólares ao dia — 150 deles amontoados em salas apertadas e sem janelas — prestando serviços sem contrato para subcontratadas em cadeias de fornecimento difusas.⁶

Esse trabalho escravo contemporâneo está vinculado a uma nova forma de racismo que explora deliberadamente condições neocoloniais tanto nos EUA como em países aliados. Por exemplo, a maior empresa de transporte do mundo, a Uber, recruta motoristas sem contrato especificamente em favelas de imigrantes nas grandes cidades globais: racismo modernizado.⁷

A classe média encolhe e empobrece
Durante muito tempo, a classe média, que somava dezenas de milhões de pessoas, foi considerada o pilar da estabilidade na sociedade de classes norte-americana: filhos de trabalhadores conseguiam acesso ao ensino superior e ascender socialmente, tornando-se professores, cientistas e engenheiros. Alguns deles chegaram ainda mais alto, tornando-se gestores, banqueiros, professores universitários, políticos e jornalistas. Podiam comprar suas próprias casas ou apartamentos, até dois carros, e se proteger contra doenças e a velhice.

Mas desde a desregulamentação e privatização dos anos 1980 — promovidas pelo Partido Republicano (Reagan, Bush) e ainda mais pelo Partido Democrata (Clinton, Obama) — a classe média também vem empobrecendo de várias formas: aumentaram os custos com saúde, cuidados infantis, escolas, universidades e aluguel.

A maioria da classe média já não consegue mais arcar com o símbolo de status de um apartamento ou casa própria. A saúde ficou mais cara e é cada vez menos coberta por seguros. As mensalidades aumentaram, sobretudo em universidades privadas, cruciais para a ascensão social: formados ingressam no mercado de trabalho já altamente endividados e precisam aceitar qualquer emprego disponível. Por volta de 2010, ficou claro: a classe média estava em processo de encolhimento e empobrecimento, em situação até pior que nos países ocidentais menos ricos.⁸

Essas práticas levaram a uma explosão de auto-enriquecimento entre a classe dominante. Ela se renovou em parte, principalmente com as corporações digitais, automobilísticas e alimentícias e sua onda de globalização, juntamente com seus novos credores e acionistas, os recém-chegados fundos de private equity e hedge funds e, sobretudo, com a liga principal formada por BlackRock, Vanguard, State Street & Co.

Desde a chamada “crise financeira” — e com a ajuda dela — esses grupos se tornaram os principais detentores de propriedade de vários milhares das mais importantes empresas e bancos dos EUA, porque BlackRock & Co. não experimentaram uma crise financeira com seus provedores de capital super-ricos.⁹

O exército privado do capital transatlântico
Esses oligarcas contam com o apoio de um exército de prestadores de serviços especializados e altamente remunerados. Isso inclui escritórios de advocacia empresarial, consultorias de gestão, auditorias, agências de relações públicas, agências de classificação de risco e professores de universidades privadas de elite. Eles também assumem contratos governamentais, ocupam cargos no Estado e depois retornam ao setor privado. Juntos, formam o “exército privado civil do capital transatlântico”.¹⁰

Os oligarcas também controlam a formação de opinião política e a cultura de massas. Eles são proprietários da mídia tradicional voltada para o público acadêmico e empresarial, como New York Times, Washington Post, Wall Street Journal e Foreign Affairs; mas também da mídia voltada para a maioria não acadêmica, como USA Today e as grandes redes de TV, além das novas mídias sociais, que exploram de forma ainda mais direta e incontrolável potenciais antidemocráticos como modelo de negócio.

Ao mesmo tempo, os oligarcas também financiam universidades privadas de elite e administram suas próprias fundações privadas, tanto nacional quanto internacionalmente. Isso também se aplica às milhares de chamadas organizações não governamentais (ONGs), que na realidade são organizações financiadas pelo capital (CFOs).

É assim que os oligarcas vêm empobrecendo a economia dos EUA. Faltam milhões de moradias; encanamentos, estações de tratamento de esgoto, prédios escolares e estradas estão em ruínas.

Isso levou a um declínio de longo prazo na expertise industrial e tecnológica. Há escassez de trabalhadores qualificados, engenheiros, artesãos, arquitetos e cadeias de suprimento nacionais. Por exemplo, devido à terceirização quase completa da construção naval, atualmente leva doze anos para construir um submarino de última geração para o Exército dos EUA, enquanto na China leva apenas um ano. Os EUA também estão ficando atrás na inovação energética, como na construção da nova geração de usinas nucleares.¹¹ Segundo a Foreign Affairs, essa desindustrialização lucrativa ameaça não apenas a economia, mas também a “segurança nacional”.¹²

De todo modo, o capitalismo já não funciona de acordo com a doutrina dominante da economia de mercado livre. As principais corporações domésticas e estrangeiras só instalam fábricas nos EUA se o Estado oferecer subsídios historicamente altos.

O crescimento acelerado da dívida pública é ainda mais alimentado pela redução dos impostos sobre as grandes corporações, chegando até mesmo à isenção total com a ajuda profissional de esquemas de evasão fiscal em benefício dos capitalistas super-ricos, que compõem 0,001% da população.¹³

Democracia capitalista — apodrecendo por dentro

Na democracia capitalista ocidental, a democracia é subordinada ao capital de diversas maneiras. Por exemplo, os capitalistas norte-americanos financiam os dois partidos políticos que eles mesmos escolheram. No entanto, como o partido no poder perde apoio após, no máximo, dois mandatos em razão de suas políticas pró-capital, os capitalistas sempre financiam simultaneamente o outro partido (ainda) fora do governo.

Essa repetição interminável de demagogia populista e subsequente decepção para a esmagadora maioria da população está fazendo a democracia apodrecer. Foi assim que o Partido Democrata enriqueceu os capitalistas do Vale do Silício e da BlackRock e empobreceu a maioria das pessoas: por isso, com Trump, a demagogia também ganhou espaço entre a classe trabalhadora e a classe média brancas — e por isso as corporações do Vale do Silício e a BlackRock & Co. acabaram por se alinhar a Trump.

Na realidade, ambos os partidos formam um sistema de partido único do capital. Suas duas siglas lutam juntas e destroem qualquer novo partido que demonstre os mínimos sinais de surgimento, não apenas partidos anticapitalistas, mas também sociais-democratas, ambientalistas e de defesa do consumidor.

De todo modo, apenas cerca de metade dos norte-americanos em idade de votar realmente comparece às urnas, e os milhões de trabalhadores ilegais e suas famílias não têm direito ao voto. Em bairros completamente empobrecidos, a participação eleitoral é próxima de zero.

Ao mesmo tempo, os dois partidos do capital são financiados e dirigidos por duas outras organizações de lobby bilionárias, ambas na mesma direção: o AIPAC sionista financia o Partido Democrata, enquanto a igualmente sionista Republican Jewish Coalition financia o Partido Republicano.

Isso consolida ainda mais o sistema de partido único. Pois ambos concordam com o objetivo da ocupação, expulsão e agora genocídio dos palestinos em violação ao direito internacional, e ainda com a transformação do Oriente Médio, Palestina, Líbano e Síria, incluindo o Irã, sob a liderança do guerreiro por procuração Israel.

Dessa forma, o sistema de partido único, com seus prestadores de serviço, destrói coletividades democráticas como sindicatos, iniciativas ambientais e de justiça — ou seleciona aquelas que são adequadas, comprando-as, financiando-as, instrumentalizando-as e pervertendo-as: ONGs tornam-se CFOs (organizações financiadas pelo capital). Foi o que aconteceu, por exemplo, com o movimento de mulheres: o que restou foi a promoção do avanço individual de mulheres a posições de liderança em empresas, bancos, meios de comunicação dominantes e política.

Assim, a facção do capital associada ao Partido Democrata desenvolveu “novos valores”: promove-se a autodeterminação egoísta, muitas vezes orientada para a sexualidade. Assim se promove a diversidade e o LGBTQ+, isto é, uma nova minoria restrita, ao mesmo tempo em que o exército global de milhões de pessoas exploradas de forma lucrativa, especialmente mulheres, é humilhado e tornado invisível.

E é precisamente por causa dessa demagogia dos “novos valores” que o republicano Trump, com seus oligarcas de segunda classe, conseguiu alcançar uma parcela dos humilhados nos EUA com seu novo valor de “America First” e sua demagogia, incluindo a classe trabalhadora branca empobrecida — mas isso também não durará muito.

O Estado promove ganhos de capital imerecidos e até criminosos
A maior parte da riqueza que foi ampliada sem desempenho é promovida pelo Estado por meio da não-regulamentação de monopólios antigos e novos e do não cumprimento de leis já favoráveis ao capital, por exemplo nas áreas de tributação, uso de informação privilegiada, corrupção e meio ambiente.

Isso fez dos EUA o número um no World Secrecy Index, ou seja, o líder mundial em sigilo e em não tributar grandes fortunas privadas.¹⁴ O minúsculo estado norte-americano de Delaware tornou-se de longe o maior paraíso financeiro do capitalismo ocidental, com mais empresas de fachada para super-ricos anônimos do que seus quase um milhão de habitantes. “Os EUA são o destino preferido para dinheiro que precisa ser escondido.”¹⁵

As três principais agências de classificação de risco — Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch — contribuíram para a crise financeira de 2008 com avaliações complacentes lucrativas — e não foram punidas, com a aprovação do Congresso dos EUA.¹⁶ O judiciário trata de maneira semelhante as grandes auditorias, como PWC e E&Y. Elas auditam a legalidade das práticas contábeis, conforme exigido por lei. Mas até mesmo elas certificaram como corretos os balanços de bancos fraudulentos e já insolventes antes da crise financeira, com altos lucros para si mesmas — e também permaneceram impunes, e assim tem continuado desde então, de um “escândalo” inconsequente a outro.

A disseminação em massa de ódio, racismo, pornografia e semelhantes, até mesmo para crianças, pelas corporações de mídia social — altamente lucrativa, mas também impune. Criminosos de colarinho branco de alto escalão, até mesmo presidentes dos EUA, ficam impunes, enquanto os EUA também lideram o mundo em perseguição policial e judicial de pequenos criminosos e em proporção de prisioneiros.

*Werner Rügemer é membro do Conselho Editorial da World Marxist Review e da World Association for Political Economy (WAPE).

Tradução: Tiago Nogara.

Notas

1 Michael Beckley: The Strange Triumph of a Broken America. Why Power Abroad Comes with Dysfunction at Home, Foreign Affairs January 7, 2025

2 Larry Fink: Uncertainty is everywhere, Handelsblatt 30.4.2025

3 Amy Bingham: Government Job Loss: President Obama’s Catch 22, abcnews.go.com/blogs/politics, June 6, 2012

4 Joel Diringer/Nimrath Sandu: Overview of agricultural workforce in California, clc.ucmerced.edu/sites/g/files/ufvvjh626/f/page/documents/review-of-literature.pdf

5 Werner Rügemer: Apple: Forced Labor in India with Foxconn, The International, January 7, 2023

6 James Muldoon, Mark Graham, Collum Cant: Feeding the Machine. The Hidden Human Labor Powering AI, Edinburgh 2024

7 Sophie Bernard: Uber Usés. Le capitalisme racial de platforme à Paris, Londres et Montreal, Paris 2023

8 The American Middle Class is no longer the World’s Richest, New York Times 23.4.2014

9 Werner Rügemer: Die Kapitalisten des 21. Jahrhunderts (The Capitalists of the 21st Century). A common sense outline on the rise of the new capital players, 4th updated edition, Cologne 2024, p. 24ff.; also available in English, French, Italian, Russian, and Chinese editions.

10 Rügemer: The Capitalists of the 21st Century, page 228ff.

11 Juzel Lloyd: The other Nuclear Race. America is Falling Behind China and Russia on Energy Innovation, Foreign Affairs April 28, 2025

12 Brian Deese: Why America Struggles to Build, Foreign Affairs March 12, 2025

13 Werner Rügemer: BlackRock Germany. Die geheime Weltmacht, ihre Praktiken in Deutschland und Friedrich Merz. (The secret world power, its practices in Germany and Friedrich Merz), 2nd edition, Berlin 2025

14 ssi.taxjustice.no/fsi/2022/USA/index/top

15 Brooke Harrington: Offshore. How asset managers camouflage wealth, Frankfurt/New York 2024, p. 52

16 Werner Rügemer: Die Rating-Agenturen. Einblicke in Kapitalmacht der Gegenwart. (Rating agencies. Insights into the capital power of the present), Bielefeld 2012

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