A matéria das palavras: Por um materialismo que inclui a língua

Imagem: Piotr Łaskawski
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Por GABRIEL FREITAS*

Como a língua constrói realidades materiais sem cair no idealismo ou no relativismo

Fechando a Trilogia

Este artigo é o terceiro de uma série em que defendo a atualização do marxismo por meio de uma perspectiva materialista-semiótica. No primeiro texto, “A semiótica como força produtiva”, argumentei que a tradição marxista tem negligenciado sistematicamente a língua e a semiose, tratando-as como fenômenos pouco relevantes para a luta política. Propus então as bases de um realismo materialista-semiótico, mostrando que a língua não é um epifenômeno, mas uma força material ativa na constituição da realidade social, da ideologia e da subjetividade.

No segundo texto, “Marxismo e Teoria da Evolução”, explorei as convergências entre o materialismo histórico-dialético e a biologia evolutiva contemporânea. Mostrei como a visão dialética da relação organismo-ambiente fundamenta a coevolução entre capacidade semiótica e condições materiais. Nós, humanos, construímos ativamente as circunstâncias que nos moldam, e a semiose é o fenômeno principal nesse processo.

Neste último artigo da série, busco consolidar o argumento, respondendo a duas críticas que poderiam ser levantadas contra a abordagem que proponho. A primeira é a acusação de relativismo: se diferentes sistemas semióticos constroem diferentes realidades, isso não leva a um “vale-tudo discursivo”, onde tudo é igualmente válido? A segunda é a acusação de idealismo: ao colocar a semiose no centro, não estaríamos abandonando o materialismo em favor de uma visão em que “tudo é discurso”?

Demonstrarei que esta abordagem, fundamentada em bases evolutivas e dialéticas, evita essas armadilhas. Mais que isso: ela oferece ferramentas concretas para analisar como as disputas semióticas estão entrelaçadas com as disputas materiais pela produção e distribuição de recursos.

A Língua como Materialidade: Refutando o Idealismo

A acusação de idealismo só faz sentido se ignorarmos a profunda materialidade da língua. Retomo aqui, de forma sintética, os argumentos desenvolvidos nos textos anteriores.

A capacidade linguística humana é produto de um longo processo de coevolução entre língua e cérebro. Capacidades semióticas rudimentares exerceram pressões seletivas sobre a evolução cerebral, que por sua vez impulsionou a complexidade semiótica. Esse ciclo foi modulado por transformações na organização social e nas práticas de subsistência, resultando em dinâmicas de auto-domesticação que refinaram nossas predisposições para cooperação e aprendizado cultural.

O ápice desse processo foi o que os linguistas chamam de “big bang semiótico”: a transição de sistemas simples (protolínguas) para a língua como sistema complexo, com a emergência da gramática entre os níveis do conteúdo e da expressão. Essa complexificação dotou a língua de um poder sem precedentes.

Diferentemente da perspectiva clássica que vê a língua como um “sistema para nomear as coisas”, a linguística contemporânea demonstra que ela evoluiu como um recurso de produção de significados. Cada vez que falamos ou escrevemos, produzimos simultaneamente três tipos de significado: (1) construímos representações da experiência, (2) negociamos relações sociais e (3) criamos textos coesos em relação ao contexto. Toda representação é, ao mesmo tempo, ação e posicionamento social. Não há descrição neutra.

É nesta compreensão da língua como sistema material complexo, histórico-evolutivo e produtor de significados sociais, que a dicotomia material/ideal se dissolve. O comportamento linguístico é, primeiro, prática material corporificada: produzimos significado por meio de sons, gestos e inscrições. Segundo, é um sistema material com arquitetura estrutural (fonológica, gramatical, semântica) que possui realidade e inércia próprias, socialmente transmitida.

A produção de significado é, portanto, prática material que engendra o semiótico, e este só se manifesta e atua por meio de práticas semiótico-materiais. A evolução nos deu uma tecnologia material para ativamente construir o mundo, não apenas refleti-lo. A acusação de idealismo falha ao não reconhecer essa profunda materialidade da semiose.

Nichos Semióticos e Constrangimentos: Refutando o Relativismo

Se a materialidade histórico-evolutiva da língua refuta o idealismo, o conceito de construção de nicho semiótico enfrenta o relativismo. Como argumentei no segundo texto, humanos não são meramente adaptados a ambientes preexistentes. Por meio de nossas práticas (incluindo as semióticas), modificamos ativamente nossos ambientes, que por sua vez alteram as condições de nosso desenvolvimento, em um processo de causalidade dialética: somos produtos e produtores de nossas circunstâncias.

Humanos constroem e habitam nichos semióticos: ambientes simbólico-materiais dinâmicos, tecidos de significados, valores, narrativas, artefatos, tecnologias e práticas sociais que estruturam nossa percepção, cognição, afeto e ação. A língua é ferramenta e produto-chave desses nichos, definindo o que é relevante, possível, pensável e valorizado.

É aqui que a acusação de relativismo pode surgir. Reconheço que diferentes sistemas semióticos não apenas descrevem, mas constroem diferentes mundos de significado, diferentes ontologias parciais. O que conta como “real” é, em grande parte, função das ferramentas semióticas de que dispomos. No entanto, é um erro saltar disso para um relativismo absoluto, um “vale-tudo discursivo”.

Esta abordagem materialista-semiótica se distingue de um pós-modernismo vulgar por insistir em múltiplos níveis de constrangimento que limitam a proliferação arbitrária de nichos semióticos:

Constrangimentos materiais biofísicos e sociais: Nichos não são construídos no vácuo. Eles interagem com a realidade material biofísica e com estruturas sociais concretas. Nem toda construção semiótica é viável ou sustentável. Um nicho que destrua sua base ecológica ou gere contradições sociais insustentáveis enfrentará crises materiais. A capacidade de prover soluções práticas e garantir a reprodução material atua como validação, embora mediada por processos históricos de produção e distribuição de recursos.

Constrangimentos históricos e de poder: Nichos são produtos de longos processos históricos – luta de classes, colonialismo, patriarcado. A hegemonia é crucial na promoção ou supressão de nichos. A realidade experimentada é socialmente construída, mas não arbitrariamente: é moldada por interesses materiais e disputas de poder concretas.

Constrangimentos da própria semiose: A estrutura da língua, produto da evolução, não é infinitamente maleável. Ela reflete e constrói padrões recorrentes da experiência humana: espacialidade, temporalidade, causalidade, agência, relações sociais. Diferentes línguas podem interpretar esses padrões distintamente, mas não podem ignorá-los. A necessidade de comunicação eficaz, coordenação social e interação com o ambiente impõe limites à arbitrariedade.

Diante desses constrangimentos, defendo um relativismo semiótico controlado: nosso acesso à realidade é sempre mediado por ferramentas semióticas que participam ativamente da construção do mundo percebido, mas essa construção é constrangida pela materialidade, pela história e pelas relações de poder. Os mundos construídos semioticamente têm consequências materiais reais e estão sujeitos à validação (ou invalidação) por meio da prática social, da luta política e da interação com um mundo que, em última instância, existe para além das nossas construções sociossemióticas.

Uma Ferramenta de Análise Concreta: O Índice de Sustentabilidade Semiótica

Tendo estabelecido os fundamentos teóricos que afastam o materialismo-semiótico das armadilhas do idealismo e do relativismo, torna-se importante demonstrar como essa abordagem pode ser operacionalizada em análises concretas. Uma compreensão verdadeiramente materialista não pode se contentar com abstrações; ela deve fornecer ferramentas que permitam investigar as dinâmicas específicas por meio das quais os nichos semióticos se sustentam, entram em crise ou são transformados, sempre em relação dialética com as condições materiais e as disputas pelo poder. É com esse intuito que proponho o desenvolvimento do Índice de Sustentabilidade Semiótica (ISS).

A proposta do ISS surge da necessidade de evitar o relativismo absoluto (“tudo é construção linguístico-semiótica, é um vale-tudo discursivo”). Por isso, falo de um realismo semiótico-materialista, em que as construções semióticas são entendidas como relações dentro de nichos específicos, mas que também estão sujeitas a constrangimentos materiais e podem ser comparadas em termos de sua funcionalidade e sustentabilidade. A ideia central é que sistemas sociossemióticos (nichos) não são todos iguais em seus efeitos e consequências: alguns sustentam a vida e resolvem problemas materiais de forma eficaz, enquanto outros podem ser disfuncionais ou mesmo autodestrutivos.

Dessa forma, proponho o ISS como uma ferramenta analítica para avaliar criticamente a viabilidade, resiliência e as dinâmicas de poder de diferentes nichos semióticos. Cabe destacar, desde o início, a natureza intrinsecamente materialista-semiótica desta ferramenta, que visa precisamente superar a objeção de idealismo ao focar na semiose como força material. Embora os parâmetros do ISS possam parecer focar em aspectos materiais (Resiliência Material) ou conceituais (Coerência Sistêmica), cada um deles é concebido como um nexo indissociável entre práticas materiais concretas e os sistemas semióticos que as constituem, medeiam, lhes conferem significado e orientam sua execução.

A materialidade que o ISS busca apreender é sempre socialmente construída, historicamente situada, semioticamente articulada e, quase sempre, objeto de intensa disputa. Não se trata de analisar a matéria bruta, mas a matéria organizada e significada pela prática social humana. O objetivo do ISS não é reduzir a semiose à matéria (materialismo vulgar), nem dissolver a matéria na semiose (idealismo linguístico), mas compreender sua coprodução dialética na sustentação ou erosão dos nichos sociais. As práticas semióticas (discursos, rituais, sistemas simbólicos) têm consequências materiais diretas – na organização do trabalho, na distribuição de recursos, na saúde dos corpos, na relação com o ambiente. Por sua vez, as condições materiais (tecnologias, recursos, relações de produção) constrangem e possibilitam certas práticas semióticas. É nessa inter-relação dinâmica que os nichos se formam, se mantêm ou entram em crise.

Para que o ISS transcenda uma formulação meramente conceitual e se torne um instrumento operacionalizável, detalho seus componentes. Ele atua como uma ferramenta para desvendar as múltiplas facetas da sustentabilidade e da dinâmica de um nicho, buscando oferecer um Critério de Validação Trans-Nichos, uma espécie de critério universal e objetivo que evite o relativismo semiótico. O ISS deve ser compreendido como um instrumento heurístico, uma ferramenta conceitual para guiar a análise crítica e qualitativa, forçando o analista a considerar, de forma integrada e sistemática, múltiplas dimensões que atuam conjuntamente, evitando reducionismos.

O ISS organiza a análise em torno de cinco parâmetros interconectados – que são apresentados aqui de maneira curta e simplificada, por motivos de espaço –, avaliados em suas inter-relações dinâmicas:

1. Resiliência Material: Avalia a capacidade de um nicho sociossemiótico de garantir a sobrevivência, o bem-estar e a reprodução de suas práticas e de seus membros. É fundamental entender que o “ambiente material” e os “problemas práticos” não são dados brutos; eles são sempre semioticamente definidos, percebidos e valorizados pelo nicho. A questão é: esse nicho consegue resolver os problemas materiais que ele mesmo define como relevantes?

2. Coerência Sistêmica: Refere-se à consistência lógica interna do sistema de crenças, valores, narrativas e práticas que constituem o nicho. A coerência (ou incoerência) de um sistema sociossemiótico tem efeitos materiais diretos na capacidade do grupo de agir coletivamente, de mobilizar recursos e de se reproduzir socialmente.

3. Interoperabilidade: Avalia a capacidade de um nicho de se comunicar, interagir e funcionar de forma construtiva (ou, no mínimo, não destrutiva) com outros nichos semióticos. As consequências são profundamente materiais: a capacidade de formar alianças, de acessar recursos ou conhecimentos de outros nichos, de evitar conflitos destrutivos ou de participar em redes de cooperação depende dessa capacidade de “falar a língua” de outros ou de encontrar um “idioma comum”. A “compatibilidade” ou “incompatibilidade” entre nichos não é apenas abstrata ou ideológica, mas se manifesta em fluxos (ou bloqueios) materiais, em relações de poder e em possibilidades concretas de coexistência ou aniquilação.

4. Custo Adaptativo: Este parâmetro analisa o conjunto de esforços, sacrifícios, recursos (materiais, cognitivos, emocionais, temporais, semióticos) e riscos que os indivíduos e o coletivo precisam investir para adotar, manter, defender e reproduzir o nicho. A dimensão semiótica do Custo Adaptativo é central e indissociável da material. Os “esforços” cognitivos e emocionais são gastos na internalização de discursos, na aprendizagem de códigos complexos, na performance de identidades semióticas, na gestão da dissonância entre a experiência vivida e as narrativas do nicho, e na constante vigilância e reprodução de normas. Os “sacrifícios” (de tempo, de outras oportunidades) são frequentemente definidos, justificados e exigidos por sistemas de valores, crenças e imperativos morais construídos semioticamente (o sacrifício pela e a aceitação da “forma como as coisas são, pois o mundo é assim”, conforme definido pelo nicho). Mesmo os custos materiais diretos (recursos financeiros, energia, trabalho) são alocados, percebidos e distribuídos por meio de lógicas semióticas que determinam o que é um “investimento necessário”.

5. Hegemonia: A Hegemonia, como a capacidade de um nicho semiótico de impor sua visão de mundo como dominante e natural, é inerentemente um processo semiótico-material. A dominação não se sustenta apenas pela força bruta (coerção material), mas, fundamentalmente, pela capacidade de construir e disseminar um sistema de significados, valores e narrativas que legitime as relações de poder existentes, tornando-as aceitáveis ou mesmo desejáveis para a maioria, incluindo os explorados. O controle sobre os meios de produção semiótica (mídia, educação, instituições culturais, língua oficial, academia) é tão crucial quanto o controle sobre os meios de produção material, pois é por meio dele que o consentimento é fabricado, as subjetividades são moldadas e as alternativas são marginalizadas, ridicularizadas ou tornadas impensáveis. A “materialidade” da hegemonia reside em como ela se inscreve em instituições, leis, políticas públicas, práticas cotidianas, rituais e na própria subjetividade dos indivíduos, moldando suas ações, percepções e possibilidades de vida. A análise de H revela como um nicho hegemônico pode artificialmente inflar sua R (controlando o acesso a recursos e definindo o que conta como “sucesso”), impor sua C (desqualificando dissidências como “ilógicas”, “irracionais” ou “utópicas”), ditar os termos da I (exigindo assimilação ou subordinação) e externalizar seus custos (para grupos explorados e para a natureza).

Aplicação Prática: Analisando o Neoliberalismo

Para ilustrar como o ISS opera na prática, aplico-o de maneira simplificada ao nicho semiótico do neoliberalismo. Este, mais que uma teoria econômica, constitui um poderoso nicho que reconfigurou sociedades globalmente, com narrativas centrais sobre a primazia do mercado, a eficiência da competição, a responsabilidade individual e a financeirização da vida.

Hegemonia: O neoliberalismo alcançou um grau de hegemonia extraordinariamente alto em escala global, institucionalizado por meio de organismos internacionais (FMI, Banco Mundial, OMC) e políticas governamentais (privatizações, desregulação, austeridade). Conceitos como “empreendedorismo”, “capital humano” e “meritocracia” foram naturalizados como “senso comum”, marginalizando alternativas. Esta hegemonia é ativamente mantida por think tanks, lobistas e intelectuais neoliberais.

Resiliência Material: Demonstra alta resiliência para o capital, facilitando acumulação, mobilidade financeira e maximização de lucros. Contudo, resulta em baixa resiliência para a maioria da população, manifestada em precarização do trabalho, estagnação salarial, aumento da desigualdade, endividamento e desmantelamento de serviços públicos.

Coerência Sistêmica: Apresenta modelos e princípios (oferta/demanda, mercados eficientes, escolha racional) com lógica interna abstrata. No entanto, a realidade contradiz sistematicamente os postulados: crises financeiras recorrentes, necessidade de intervenção estatal massiva, persistência de monopólios, externalidades ignoradas. A ideologia da “mão invisível” frequentemente requer um “punho visível” do Estado. A hegemonia ajuda a ignorar ou justificar essas contradições.

Interoperabilidade: Alta com o sistema financeiro global que ele mesmo promove. Baixa ou hostil com alternativas (socialistas, desenvolvimentistas, ecológicas). Tende a impor sua lógica por meio de condicionalidades e pressões, buscando assimilar ou neutralizar outros nichos.

Custo Adaptativo: Alto para grupos vulneráveis (insegurança econômica, perda de direitos sociais, estresse, ansiedade, deterioração da saúde mental). Custos ambientais massivos e insustentáveis (lógica de crescimento ilimitado, externalização de danos). Custos sociais (fragmentação, individualismo, erosão da coesão). Custos de manutenção da própria hegemonia (propaganda, lobby, repressão).

A análise via ISS do neoliberalismo revela um sistema que, apesar de sua aparente força, possui uma sustentabilidade intrínseca inaceitável para a maioria e para o planeta, dependendo crucialmente de seu poder hegemônico para manter a dominância e externalizar seus custos. O ISS desmascara sua pretensa universalidade, expondo-o como nicho específico com custos e beneficiários concretos, cuja sustentabilidade é política e ideológica, não natural ou inevitável.

Rumo a um Marxismo Materialista-Semiótico

Na série de textos que apresentei, defendi um realismo materialista-semiótico como atualização do materialismo histórico-dialético, refutando críticas de idealismo e relativismo. A compreensão da língua como materialidade histórico-evolutiva e o conceito de construção de nicho semiótico, operacionalizados pelo ISS, buscam mostrar como a semiose participa ativamente da constituição da realidade, constrangida pela materialidade, pela história e pelas disputas pelo poder.

Defendo, assim, um marxismo que reconheça a língua e a semiose não como meros instrumentos de comunicação, mas como forças produtivas materiais e constitutivas da realidade. Isso abre novas possibilidades de teorização e de elaboração de estratégias para as lutas contra a exploração e a dominação.

As lutas contra a exploração capitalista, o neocolonialismo, o racismo, o patriarcado e a devastação ecológica são, inegavelmente, lutas materiais por recursos, poder e condições de vida dignas. Mas são, também e inseparavelmente, lutas semióticas: lutas por significado, por narrativas, pela definição da realidade, pela construção de novos nichos onde outras formas de vida possam florescer.

Um marxismo materialista-semiótico oferece, acredito, um arsenal teórico e analítico mais preparado para enfrentar esses desafios. Ele nos permite compreender como o poder opera não apenas na fábrica e no parlamento, mas também em cada ato de fala. Por fim, ele nos convida a reconhecer que a transformação social passa, necessariamente, pela transformação dos nichos semióticos que habitamos.

*Gabriel Freitas é mestre em Linguística pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).


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