A turma do “deixa o passado para trás”

Imagem: Beyza Erdem
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Por RENAKE DAVID*

A insuficiência do conceito de culpa coletiva é útil àqueles que querem esquecer o passado e seguir em frente porque eles podem combatê-lo

“Ele grita toquem a música da morte com mais doçura a morte é um mestre da Alemanha / ele grita tirem um som mais sombrio dos violinos e vocês subirão como fumaça para os ares / assim vocês terão uma cova nas nuvens lá ninguém se deita amontoado” (Paul Celan, Fuga fúnebre[i])

“Quem é essa mulher / Que canta sempre esse estribilho / Só queria embalar meu filho /Que mora na escuridão do mar” (Chico Buarque, Angélica)

“Seu orgulho era maior do que seu esquecimento. Jamais sentiria pena de si mesma. Nem queria que sentíssemos pena dela. Jamais pediu ajuda. Recentemente, uma nova fala cheia de significados entrou no seu repertório, especialmente quando um turbilhão de emoções a ataca, como rever uma filha que mora na Europa ou segurar no colo o meu filho, o que mostra uma felicidade e um alerta, caso alguém não tenha reparado: Eu ainda estou aqui. Ainda estou aqui” (Marcelo Rubens Paiva, Ainda estou aqui).

Em 27 de janeiro de 2025 completaram-se 80 anos da libertação, pelas tropas soviéticas, dos campos de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, esse complexo industrial de exploração de trabalho escravo, tortura e assassinato organizado pelo regime nazista.

A quarenta e oito horas do Dia Internacional da Memória do Holocausto, Elon Musk, o homem mais rico e mais miserável do mundo, compareceu virtualmente a um comício do partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha), onde lamentou que a Alemanha venha desperdiçando “muito foco na culpa do passado” nazista, e exortou os alemães a deixarem essa história para trás.

E isso aconteceu seis dias após o empresário ter heil-hitlerizado em seu discurso na posse para o segundo mandato de Donald Trump como presidente dos EUA, seguindo direitinho o manual do fascismo irônico – faça um gesto ou comentário tipicamente nazista, e depois diga que foi mal interpretado ou que fez apenas uma brincadeira.[ii]

Nada de novo no front. As tentativas da extrema direita europeia contemporânea de reconfigurar a atual memória do passado fascista estão ficando cada vez mais estridentes, como podemos constatar no relato de Géraldine Schwarz ao final de Os amnésicos, livro que trata do longo e tortuoso caminho do trabalho de memória do nazismo pelas sociedades alemã e francesa: “Um cheiro de revisionismo assombra esse congresso [Kongress der Verteidiger Europas / Congresso dos Defensores da Europa, Áustria, 2018]. É o mesmo perfume que rescende quando Marine Le Pen afirma que Vichy “não é a França”, quando os deputados do FPÖ se recusam a aplaudir o discurso pela Noite de Cristal ou quando Matteo Salvini cita Mussolini no dia do aniversário do Duce; quando a Hungria de Viktor Orbán presta homenagem ao almirante Horthy e aos escritores fascistas; quando a Polônia do PiS aprova uma lei que proíbe atribuir responsabilidade “à nação ou ao Estado polonês” por crimes nazistas […]. O odor é o mesmo de quando o presidente da AfD, Alexander Gauland, reivindica “o direito de se orgulhar do desempenho dos soldados alemães na Segunda Guerra Mundial” ou insiste que “Hitler e os nazistas são apenas titica de galinha em mais de mil anos de gloriosa história alemã”. E o que dizer quando líderes do partido qualificam o trabalho de memória alemão como “propaganda e reeducação dirigida contra nós” e exigem “um giro de 180 graus” para acabar com a “cultura da vergonha”?”.[iii]

Na Alemanha, país que hoje é considerado modelo na preservação da memória das vítimas do nazismo e na construção de mecanismos voltados a prevenir que essa história não se repita, mesmo nos momentos mais luminosos de elaboração desse passado, os adeptos da amnésia nunca deixaram de tentar esconder ou minimizar a “pilhagem”, o “extermínio”, a “negação brutal das conquistas de milhares de anos, um retrocesso fanático à bestialidade”[iv] praticados pelo regime liderado por Adolf Hitler.

Se verificarmos intervenções realizadas entre as décadas de 1960 e 1980 por intelectuais como Theodor W. Adorno, Jean Améry e Günther Anders sobre as questões da memória e da responsabilidade sobre o nazismo e seus crimes, constataremos a sinuosidade do percurso histórico desse trabalho de memória.

Em “O que significa elaborar o passado?”[v], de 1959, Theodor Adorno criticava a movimentação na sociedade alemã pelo encerramento da discussão sobre o passado nazista, que colocava o gesto do esquecimento e do perdão, moralmente reservado a quem sofreu a injustiça, nas mãos dos partidários daqueles que praticaram a injustiça.

O que predominava era a disposição em negar ou minimizar os crimes nazistas, com argumentos estapafúrdios como o de que não haviam sido assassinados seis milhões de judeus, mas “apenas” cinco milhões, ou que lançavam mão de macabra matemática de equiparação do sofrimento, como se as mortes causadas pelos bombardeios dos Aliados na Alemanha pudessem compensar as mortes de Auschwitz, esse centro de assassinatos administrativos de milhões de pessoas inocentes.

Jean Améry, em Ressentimentos,[vi] expressava seu temor, durante meados dos anos 1960, de que o Terceiro Reich fosse entendido como um acidente de trabalho da História e, por fim, não fosse considerado nem pior nem melhor do que outros períodos históricos dramáticos: “O retrato do bisavô em uniforme das SS será pendurado na parede da sala e as crianças nas escolas terão muito mais informação sobre a queda no desemprego naquela época do que sobre como se selecionavam os que iam para a câmara de gás. Hitler, Himmler, Heydrich, Kaltenbrunner serão somente nomes, como Napoleão, Fouché, Robespierre e Saint-Just. Já hoje posso ler em um livro que se intitula Sobre a Alemanha, e que contém conversas imaginárias de um pai alemão com seu filho pequeno, que para este último não existe diferença entre bolchevismo e nazismo. […] No fim, o fato de que alguns de nós tenham sobrevivido será considerado somente uma pane do sistema”[vii].

No final da década de 1980, GüntherA nders[viii] alertava para a regressão “radical” da mentalidade político-moral na Alemanha e na Áustria, mostrando-se também consternado com essa postura – muito presente entre aqueles que “exigem impacientemente e reclamam seu direito de que nosso ‘olhar furioso para o passado’ finalmente chegue ao fim” – que, apesar de não negar o extermínio nazista, dilui suas especificidades, e chega a naturalizar os assassinatos em massa ao identificá-los como “parte da história da humanidade”.

Dentro do campo de batalha pela memória, outra tendência perigosa que Günther Anders denunciava está intimamente relacionada à intervenção de Musk no comício do AfD: o movimento de velhos e novos nazistas para convencer aos outros e a si mesmos de que a exigência de que os crimes nazistas não fossem esquecidos seria uma acusação indireta de “culpa coletiva”. Por trás desse discurso encontra-se a tática – tão disseminada entre antissemitas – de inventarem que são acusados de algo completamente sem sentido e, através da constatação de sua ilegitimidade, comprovarem a sua inocência.

A expressão “culpa coletiva” foi usada ao fim da Segunda Guerra, principalmente nos Estados Unidos, quando da revelação da política de extermínio nazista ao mundo, mas, já na década de 1950, nenhuma pessoa ou instituição séria a empregava mais. GüntherA nders mostra que não é por meio das vítimas e dos defensores das vítimas da Shoah que o conceito de culpa coletiva sobrevive: “nós, que fomos poupados por acaso, evitamos por princípio essa expressão duvidosa. Esse termo sobrevive, e de forma obstinada e zelosa, somente nas mãos de vocês […]”[ix].

A insuficiência do conceito de culpa coletiva é útil àqueles que querem esquecer o passado e seguir em frente porque eles podem combatê-lo. Esses “minimizadores profissionais do horror”, ao recusar a insustentável tese da culpa coletiva, que só eles usam – aliás, como assinalou Karl Jaspers, quem se fartou com a ideia de culpa coletiva, “da maneira mais maléfica possível, martelada na cabeça das pessoas por meio da propaganda”[x], foram os nazistas –, pretendem transformar a absurda e inexistente afirmação “todos os alemães são culpados” na tese negativa “nenhum alemão tem culpa”, utilizando uma falsa universalização para universalizar a inocência. Desta espúria inversão para a negação total da Shoah é um pulo.

Evidencia-se, portanto, que desde a derrota militar do Reich de mil anos – que durou doze –, os simpatizantes do fascismo nunca desistiram de impedir qualquer reflexão histórica que pudesse estabelecer as responsabilidades pelos crimes cometidos. Muitas das táticas continuam as mesmas, outras tantas vão sendo inventadas ou readaptadas para enfrentar os novos tempos, que vão lhes parecendo bastante propícios para investidas mais ousadas.

Os ataques à elaboração do passado desde a perspectiva dos oprimidos não são exclusividade europeia. Do lado de cá do Atlântico a extrema direita também se apoia neles como um dos pilares de sua agitação. Disseminar falsas informações sobre o fascismo, especialmente em sua vertente nazista, é estratégia levada a cabo em escala internacional. Jair Bolsonaro teve a desfaçatez de afirmar que o nazismo é um movimento de esquerda em plena visita presidencial ao Yad Vashem, o centro de memória da Shoah oficial de Israel[xi].

Em relação aos temas mais específicos concernentes à história das Américas, o genocídio indígena, a escravidão e as ditaduras militares no Cone Sul costumam ser a ponta de lança do movimento fascista de negação e manipulação dos fatos. Nos Estados Unidos, por exemplo, tentam emplacar a grotesca tese de que a escravidão também foi benéfica para os escravizados e seus descendentes[xii].

No Brasil, mentem que os portugueses nunca pisaram na África e responsabilizam os próprios africanos pelo tráfico de escravos[xiii]. O chilique da ex-secretária de cultura de Regina Duarte – que, aliás, veio a substituir o secretário que foi demitido graças à reação da sociedade brasileira a sua encenação como Joseph Goebbels em um pronunciamento estatal – durante uma entrevista à CNN Brasil resgata vários dos expedientes da turma do “deixa o passado para trás” utilizados ao longo de décadas: “chega de falar disso”, “sempre houve isso”, “todo mundo sofre”, “bola pra frente”…

Desta feita, foram aplicados ao período da ditadura militar de 1964-1985 no Brasil. Regina Duarte fez elogios ao seu chefe e criticou quem ficava “cobrando por coisas que aconteceram nos anos 60, 70, 80”. Quando o jornalista que a entrevistava, Daniel Adjuto, mencionou as mortes e as torturas perpetradas pelo regime, Regina Duarte se saiu com generalizações e equalizações pusilânimes: “Cara, desculpa, eu vou falar uma coisa assim: na humanidade, não para de morrer. Se você falar ‘vida’, do lado tem ‘morte’. Por que as pessoas ficam ‘oh, oh, oh!’? Por quê?”; “Sempre houve tortura. Meu Deus do céu… Stálin, quantas mortes? Hitler, quantas mortes? Se a gente for ficar arrastando essas mortes, trazendo esse cemitério… Não quero arrastar um cemitério de mortos nas minhas costas e não desejo isso pra ninguém. Eu sou leve, sabe, eu tô viva, estamos vivos, vamos ficar vivos. Por que olhar pra trás? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões, acho que tem uma morbidez neste momento. A Covid está trazendo uma morbidez insuportável, não tá legal!”[xiv].

O revisionismo histórico da extrema direita, do mais discreto ao mais despudorado, deseja abafar qualquer discussão sobre responsabilização e é arma de concentração de riqueza e poder. Na verdade, não se trata de amnésia ampla, geral e irrestrita, mas direcionada aos horrores sofridos pelos oprimidos. Michela Murgia distinguiu magistralmente a sequência de ações fascistas no campo da reapropriação do passado: “primeiro, contaminar a memória alheia, depois, desconstruí-la e, finalmente, na hora certa, reescrevê-la”.[xv]

A luta pela preservação ativa da memória é base para a imperiosa reparação às vítimas (e seus descendentes, quando necessário) de crimes contra a humanidade em diversos períodos e regimes históricos, mas não se restringe a isso (e isso já seria suficientemente legítimo e importante). Ela também tem o propósito de desencadear um processo de reflexão sobre como tantas pessoas perpetraram –por entusiasmo ou oportunismo– ou permitiram –por apatia– tanta ignomínia contra a humanidade, e de evitar que engrenagens desumanizadoras e assassinas sejam postas em movimento novamente. É condição sine qua non para barrar o crescimento da adesão a ideais antidemocráticos (ainda que não suficiente, visto que, às vezes, podemos estar cientes dos fatos, mas não termos a capacidade de trabalhá-los de forma categorial).

O mundo de Elon Musk, Jair Bolsonaro et caterva não tem espaço nem tempo para isso. É o mundo do efêmero, do “me ne frego”, do cada um por si, do pensamento binário digitalizado, do tempo ultra-acelerado, da cultura da labuta, do arbeit macht frei, em que devemos estar plenamente adaptados àquilo que Günther Anders chamou de “lei da discrepância”[xvi] – quanto maior o ritmo do progresso da técnica, maiores os efeitos da produção e mais intrincada a mediação dos processos de trabalho, mais rebaixadas tendem a se tornar nossa imaginação, nossa percepção dos efeitos do nosso trabalho ou de nossa ação, e nossa capacidade de sentir, especialmente a capacidade de sentir responsabilidade.

Assim, seremos todos filhos de Eichmann – executaremos as tarefas ordenadas pelos donos do poder com obediência, apego à ordem e obsessão pela execução perfeita, sem que o conteúdo da tarefa importe, sem qualquer reflexão e hesitação sobre nossas ações, totalmente integrados à grande máquina do mundo (composta por conjuntos interligados de máquinas políticas, administrativas, industriais ou comerciais) e ao seu imperativo cego de desempenho máximo. E os piores crimes contra a humanidade poderão ser executados como se fossem um trabalho qualquer.

Mas ainda estamos aqui, e contra as covas cavadas na terra, nos ares, nas nuvens e na escuridão do mar, lutaremos para que a memória das vítimas toque violino, dia e noite, em cima dos telhados de suas casas e não os deixe dormirem o sono dos justos. Uma memória que busca não a vingança, mas a responsabilização e a reflexão sobre esses crimes, a fim de que não se repitam.

Sem anistia!

*Renake David é doutora em história social pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Referências


ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 2021.

AMÉRY, Jean. Além do crime e castigo: tentativas de superação. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

ANDERS, Günther. Nós, filhos de Eichmann: carta aberta a Klaus Eichmann. São Paulo: Elefante, 2023.

FEINBERG, Ashley. “This Is The Daily Stormer’s Playbook”, HuffPost, 13/12/2017.

GOLDSTEIN, Joseph. “Alt-Right Gathering Exults in Trump Election With Nazi-Era Salute”, The New York Times, 21/11/2016.

GONÇALVES, Géssica Brandino. “Portugueses nem pisaram na África, diz Bolsonaro sobre escravidão”, Folha de S. Paulo, 31/07/2018

GUNDRY, Saida. “Why Ron DeSantis’s Florida slavery curriculum is so dangerous”, The Guardian, 30/07/2023.

JASPERS, Karl. A questão da culpa: a Alemanha e o nazismo. São Paulo: Todavia, 2018.

KLEMPERER, Victor. LTI: a linguagem do Terceiro Reich. Rio de janeiro: Contraponto, 2009.

MANN, Thomas. Ouvintes alemães!: discursos contra Hitler (1940-1945). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

MARWICK, Alice & LEWIS, Rebecca. Media Manipulation and Disinformation Online, 2017 .

MURGIA, Michela. Instruções para se tornar um fascista. Belo Horizonte: Âyiné, 2021.

No Memorial do Holocausto, Bolsonaro diz que nazismo era de esquerda”, Jornal Nacional, 02/04/2019.

Regina Duarte minimiza ditadura e interrompe entrevista à CNN; veja íntegra”, CNN Brasil, 07/07/2020.

SCHWARZ, Géraldine. Os amnésicos: história de uma família europeia. Belo Horizonte: Âyiné, 2021.

Notas


[i] Tradução de “Todesfuge” por Karin Bakke de Araújo in: Cadernos de Literatura em Tradução, n. 11. “Er ruft spielt süsser den Tod der Tod is ein Meister aus Deutschland / er ruft streicht dunkler die Geigen dann steigt ihr als Rauch in die Luft / dann habt ihr ein Grab in den Wolken da liegt man nicht eng”.

[ii] Sobre o fascismo irônico, ver Alice Marwick e Rebecca Lewis, Media Manipulation and Disinformation Online, 2017 e o artigo sobre o manual de redação do site neonazista The Daily Stormer, publicado no HuffPost. Por falar em heil-hitlerizar, em 2016, após a primeira vitória de Trump para a presidência dos EUA, Richard Spencer, um líder da alt-right, proferiu discurso em que atacou judeus, citou propaganda nazista em alemão, defendeu que os estadunidenses são parte do povo branco, uma raça de conquistadores criadores, e fez o gesto de saudação nazista, com direito a “Hail Trump”; quando questionado, contestou que era ironia (ver aqui). Nada muito diferente do que fascistas faziam há cem anos, como demonstra Victor Klemperer: “Os nacional-socialistas, por sua vez, com sarcasmo e despudor, afirmavam que só faziam o que a Constituição permitia, enquanto atacavam as instituições e as diretrizes do Estado e se lançavam furiosamente contra livros e jornais, satirizando tudo, fazendo sermões exaltados.” (LTI: a linguagem do Terceiro Reich, Rio de Janeiro: Contraponto, 2009, p. 62).

[iii] Géraldine Schwarz, Os amnésicos: história de uma família europeia, Belo Horizonte: editora Âyiné, 2021, pp. 383-384.

[iv] Palavras de Thomas Mann para qualificar a suposta revolução do nacional-socialismo. Ouvintes alemães!: discursos contra Hitler (1940-1945), Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009, p. 100.

[v] Theodor W. Adorno, “O que significa elaborar o passado?” in: Educação e emancipação, São Paulo: Paz e Terra, 2021.

[vi] Jean Améry, “Ressentimentos” in: Além do crime e castigo: tentativas de superação, Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

[vii] Jean Améry, op. cit., pp. 129-130.

[viii] Günther Anders, Nós, filhos de Eichmann: carta aberta a Klaus Eichmann, São Paulo: Elefante, 2023.

[ix] Günther Anders, op. cit., p. 82, grifos no original.

[x] Karl Jaspers, A questão da culpa: a Alemanha e o nazismo, São Paulo: Todavia, 2018, epub.

[xi]No Memorial do Holocausto, Bolsonaro diz que nazismo era de esquerda”, Jornal Nacional, 02/04/2019. Último acesso: 28/01/2025. Fernando Haddad bem lembrou em um tweet: se fosse mesmo de esquerda, Bolsonaro nunca teria dito que os crimes nazistas contra a humanidade poderiam ser perdoados.

[xii] Ver Saida Grundy, “Why Ron DeSantis’s Florida slavery curriculum is so dangerous”, The Guardian, 30/07/2023. Último acesso: 28/01/2025.

[xiii] Ver Géssica Brandino Gonçalves, “Portugueses nem pisaram na África, diz Bolsonaro sobre escravidão”, Folha de São Paulo, 31/07/2018. Último acesso: 28/01/2025.

[xiv]Regina Duarte minimiza ditadura e interrompe entrevista à CNN; veja íntegra”, CNN Brasil, 07/07/2020. Último acesso: 28/01/2025.

[xv] Michela Murgia, Instruções para se tornar um fascista, Belo Horizonte: Âyiné, 2021, p. 77.

[xvi] Ver Günther Anders, op. cit..


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