Por CELSO FREDERICO: O Primeiro Congresso dos Escritores Soviéticos ecoou como um paradoxo: um canto de liberdade artística sob a sombra do realismo socialista. Bukhárin, com sua defesa da pluralidade, e Górki, com seu romantismo revolucionário, simbolizaram a tensão entre criação e controle
Por CELSO FREDERICO: Sob Stalin, a literatura soviética passou por uma metamorfose, onde a criação artística foi direcionada para servir à construção do socialismo, resultando em uma produção literária marcada pela monotonia e pela propaganda política
Por URARIANO MOTA: Na próxima vez em que encontrar um poeta, lembre-se: ele não é um monumento, mas um incêndio. Suas chamas não iluminam salões — consomem-se no ar, deixando apenas o cheiro de enxofre e mel. E quando ele se for, você sentirá falta até de suas cinzas
Por JORGE LUIS BORGES: A genialidade irlandesa na cultura ocidental não deriva de pureza racial celta, mas de uma condição paradoxal: lidar esplendidamente com uma tradição à qual não devem fidelidade especial. Joyce encarna essa revolução literária ao transformar um dia comum de Leopold Bloom numa odisseia infinita
Por ANNATERESA FABRIS & MARIAROSARIA FABRIS: Considerações sobre Anna Bella Geiger como videoartista, por ocasião de sua exposição retrospectiva em São Paulo, que apresenta essa faceta menos conhecida de sua obra