Com ajuda do Luiz Vaz
Papa Chico, gentil, que te partiste
Tão cedo, desta vida, de repente,
Repousa lá no céu eternamente
E viva eu cá na Terra sempre triste.
E se lá no eterno assento onde te alçaste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que neste nosso Mundo semeaste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor de assim perder-te
E ficarmos sós neste mundo atordoado,
Roga a Deus, cuja bênção recebeste,
Que nos dê paz, justiça, e o que benzeste,
Que são as chaves deste teu legado.
*Flávio Aguiar, jornalista e escritor, é professor aposentado de literatura brasileira na USP. Autor, entre outros livros, de Crônicas do mundo ao revés (Boitempo). [https://amzn.to/48UDikx]
