José Ramos Tinhorão (1928-2021)

Wassily Kandinsky, Cometa, 1900.
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Por VICTOR NEVES*

Comentário sobre a trajetória intelectual do historiador e crítico musical, recém-falecido

Filha de aventuras não tão secretas, nas vastas periferias do mundo, com variantes do nacionalismo e do tradicionalismo, a crítica musical de José Ramos Tinhorão, no que se refere à maternidade, viveu o drama que se apresenta ainda hoje a certas correntes críticas da teoria social: nascida de pai conhecido e crescentemente respeitado (ainda que nem sempre querido), sua enigmática maternidade a conduziu a não poucos impasses.

Tinhorão, nascido José Ramos em Santos a 07 de fevereiro de 1928, se graduou em direito e em jornalismo no Rio de Janeiro em 1953 e iniciou sua vida profissional no mesmo ano, contratado em setembro como redator / copidesque pelo Diário Carioca – onde ganhou o apelido que o acompanharia pelo resto da vida. Passou posteriormente, sempre na função de redator, pelo Jornal do Brasil (1958-63), TV Excelsior (1963 a 31 de março de 1964), TV Rio, TV Globo (1966-1968), revista Veja (1968-1973), revista Nova. Colaborou como crítico de música, até os anos 1990, com diferentes jornais e revistas. Essa atividade se iniciara já em 1961, quando, provocado por Reynaldo Jardim, passou a escrever no Caderno B do Jornal do Brasil, na página de Sérgio Cabral, uma coluna intitulada Primeiras Lições de Samba. Começou assim a atividade que o consagraria como figura incontornável no campo da cultura brasileira em geral, e, em particular, da música urbana: a redação de textos críticos sobre a música popular brasileira, inicialmente sob a forma de artigos de jornal.[1]

Mas não se trata aqui somente da redação. Tinhorão se engajou, a partir de então, em dedicadíssimo trabalho de pesquisa, ainda mais exigente e importante porque, no momento em que iniciou tal trabalho, eram extremamente escassas e raras as fontes sistematizadas sobre o assunto. Ele próprio afirmou que à época estavam disponíveis, sobre o tema, muito poucos livros, assim como depoimentos esparsos. A bibliografia mais abundante era a que tratava a música popular como tema secundário. Por isso, o pesquisador se aplicou a entrevistar figuras de referência da constituição da música popular urbana no Brasil, como Ismael Silva, Bide, Donga, Pixinguinha, Almirante, Sinhô, Heitor dos Prazeres, Ademar Casé.

Empenhou-se, ainda, a recolher material espalhado, estudos publicados em revistas, suplementos literários, fonogramas, partituras, folhetos, em diferentes localidades do Brasil (sobretudo Rio de Janeiro e Salvador) e de Portugal, chegando a reunir, em seu acervo maduro, mais de 6 mil discos de 76 e 78 rpm gravados entre 1902 e 1964; mais de 4 mil discos de 33 rpm (LPs) lançados entre 1960 e 1990; mais de 35 mil partituras; além de livros e outros documentos raros como cartas, coleções inteiras de revistas desaparecidas, suplementos literários de jornais extintos, folhetos impressos desde o século XIX no Brasil, exemplares de livros raríssimos impressos, no Brasil e em Portugal, ao longo de séculos…

Não à toa, se construíram diversas lendas em torno de sua figura – algumas largamente baseadas em fatos reais. É verdade, por exemplo, que o pesquisador habitou por muitos anos uma quitinete de cerca de 30m2 na rua Maria Antônia, na Consolação, em São Paulo, no qual o principal morador não parecia ser exatamente ele, mas sim o enorme acervo que colecionara ao longo da vida adulta. Ali, dormia inicialmente em um saco de dormir presenteado por um dos filhos, posteriormente substituído pelo “conforto” de dois colchonetes empilhados, que era o que havia espaço para colocar.

É também verdade que ele autofinanciou sua pesquisa ao longo de toda a vida adulta, primeiro com seu ordenado como jornalista, e, posteriormente, com a aposentadoria que recebia do INSS. Não ingressou com ela na academia a não ser tardia e marginalmente, quando da realização do mestrado em História Social na USP. Já era então pesquisador conhecido e maduro, tendo defendido em 1999, já septuagenário, a dissertação intitulada A imprensa carnavalesca no Brasil. Ao receber uma bolsa nesse mestrado, empregou-a na realização de viagens de pesquisa e aquisição de material.

Fora esse breve interregno, jamais encontrou para sua pesquisa financiamento público, malgrado sua enorme importância – cada vez mais reconhecida quanto mais o pesquisador trazia a público seus resultados, sob a forma de mais de vinte livros de sua autoria editados entre Brasil e Portugal ao longo de cerca de cinco décadas. É verdade, ainda, que se envolveu ou foi envolvido em brigas com vários dos mais conhecidos nomes da assim chamada MPB entre os anos 1960 e 1990, devido ao que escreveu. E esse último ponto conduz a um assunto que gostaria de aprofundar nesse necrológio.

José Ramos Tinhorão sempre afirmou que o travejamento teórico-metodológico sobre o qual se amparava não apenas seu trabalho como pesquisador/historiador, mas também seu tratamento crítico-ensaístico da música popular urbana brasileira, era o materialismo histórico-dialético. Trata-se, como se sabe, de nome um pouco mais pomposo para o bom e velho marxismo (apenas elidindo a referência demasiado direta ao indivíduo que o fundou). Mas o marxismo não é apenas um conjunto de ideias impressas em tinta no papel: ele é, sobretudo, a expressão teórica viva de movimentos práticos de luta por emancipação das classes trabalhadoras no contexto de consolidação planetária do modo capitalista de produção e de vida. Sendo assim, quando tais classes sofrem inflexões, transformações, experimentam alterações em suas formas de ser e de luta, também o marxismo se metamorfoseia – ainda que, como a lagarta que se torna borboleta, sempre restem certos elementos essenciais.

A recepção do pensamento de Marx, assim como aquela dos clássicos do marxismo, não costuma se dar movida pelo interesse teórico desvinculado da práxis política. Isso não é, em si, um problema: é condizente com a própria fecundidade desse pensamento enquanto expressão teórica do movimento do real. Articulam-se na recepção do marxismo, assim como na sua reprodução particular no pensamento concreto de cada pensador que se reivindica atrelado a essa vertente da teoria social, todo um conjunto de conhecimentos anteriormente acumulados, posições assumidas, fragmentos de polêmicas, lutas, interpretações do processo histórico no qual tal pensamento se desenvolveu, e daquele que se desenvolveu a partir dele.

No caso do pensamento de Tinhorão, apresento aqui as seguintes hipóteses. Primeira, de que a forma particular que assumiu seu marxismo foi profundamente marcada por uma assimilação conservadora da noção de tradição (em uma palavra: tradicionalismo), vinculada a uma leitura pouco crítica dos limites da nação como categoria interpretativa e do nacionalismo como projeto político.[2] Segunda, de que, contraditoriamente, esses limites estão na base do principal ponto forte do pensamento do autor: seu interesse infatigável pelas formas tradicionais da cultura popular urbana brasileira – ou seja, aquelas que se desenvolveram e consolidaram entre, aproximadamente, fins do século XVIII e metade do XX, ao longo do lapso temporal em que no Brasil se processou histórico-concretamente a constituição de uma nação.

Essa marca se faz notar na direção de diversas das afirmações que fez enquanto crítico de música, assim como no rumo dado pelo pensador a algumas das mais importantes polêmicas em que esteve envolvido. É o caso, por exemplo, da conhecida controvérsia sobre a bossa nova, que, para ele, à semelhança dos assim chamados carros nacionais, seria música norte-americana apenas montada no Brasil – o que ele também afirmou, por exemplo, sobre o rock brasileiro. Ou ainda de sua insistência no tratamento sarcástico e ácido dispensado a ícones daquele gênero musical, que lhe custou não poucas acusações de malvadeza e deslealdade.

Tinhorão afirmou verbalmente e por escrito, em diferentes ocasiões, que Tom Jobim seria um americanizado plagiário, uma vez que teria tomado algumas de suas principais canções de peças da tradição oral brasileira, apenas rearranjando-as ao gosto da estética do jazz norte-americano; João Gilberto seria um crooner americanizado tocando um violão gago; Johnny Alf seria um músico brasileiro-americano incapaz de resgatar a verdadeira tradição brasileira, um velho mágico tirando da gasta cartola sempre as mesmas flores etc. Note-se a reincidência da constatação acusatória: o problema central estava em que tais músicos não expressavam a cultura tida por Tinhorão como verdadeiramente brasileira, aquela “do povo”, quando incorporavam a seu vocabulário artístico elementos de uma linguagem tida como estrangeira, estranha, imposta.

Tais acusações remetem à consideração do momento histórico em que se formou o marxismo de José Ramos Tinhorão. Um conhecido ensaio sobre cultura e política no Brasil dos anos 1960 demonstra que, entre os anos 1950 e 1964, ventos do nacionalismo e do desenvolvimentismo compuseram parte de um vibrante mosaico sociocultural em que o país teria estado irreconhecivelmente inteligente. Foram anos em que se formou uma cultura majoritária, ou, pelo menos, hegemônica (sobretudo a partir da segunda metade dos anos 1950), em que a incidência de palavras de ordem como política externa independente, reformas estruturais, libertação nacional, combate ao imperialismo e ao latifúndio indicam intensa movimentação na vida política e cultural brasileira.

Essa movimentação expressava, no plano ideológico, o curso realmente ocorrente de conclusão da transição capitalista da formação econômico-social brasileira, através de uma modernização conservadora com características classicamente assinaladas como uma revolução pelo alto, que ocorreu através da reiterada conciliação entre progresso e atraso. Resultou disso uma forma social marcada por abissal desigualdade social, mantida e reproduzida por uma forma estatal autocrática e extremamente brutal.

Tinhorão foi um obstinado crítico de ilusões que propagavam que o desenvolvimento capitalista conduziria à superação desse quadro e, com ela, das mazelas sociais do país. Ele enxergou claramente que o processo se dava acentuando a subordinação das classes trabalhadoras brasileiras, assim como se fundava sobre a ampliação de sua exploração e, mesmo, de sua espoliação – pense-se nas inúmeras remoções de populações como parte da reconfiguração espacial e urbanística das grandes cidades brasileiras; no assim chamado “êxodo rural”, sinal da expropriação dos camponeses; na submissão de amplos contingentes, anteriormente autossuficientes, aos imperativos do trabalho assalariado e do mercado para manutenção da subsistência. Isso acarretava consequências de monta no modo de vida de tais populações, o que obviamente, por si só, já impunha desdobramentos no plano cultural, alimentando uma pressão sempre crescente pela reconfiguração de formas de expressão tradicionais, na medida em que os trabalhadores (e sim, é disso que se trata, inclusive quando falamos de música e de músicos) viam radicalmente alteradas suas condições de vida, locais de moradia, redes de sociabilidade, formas de inserção no mundo do trabalho etc.

O pesquisador quis se colocar ao lado dos que sofriam mais diretamente na pele as consequências do desenvolvimento capitalista, e compreendeu, acertadamente, que ocorria na música popular urbana um processo de transição que expressava a modernização em curso no Brasil – e que, portanto, também deveria expressar as enormes desigualdades e os mecanismos de dominação, exploração e expropriação colocados por ela. É dessa tomada de posição que parte sua decidida defesa da tradição, tida como do povo, contra a modernização, tida como da elite e das classes médias. E é daí que dimana sua paixão pela cultura popular e pela música popular urbana, que o impulsionou à construção da mais importante obra individual no campo da historiografia da música popular de que se tem notícia no país.

Mas é aí mesmo que residem alguns problemas notáveis. Primeiro, as concepções de tradição e de povo presentes nos escritos de Tinhorão são tendencialmente reificadoras, ou seja, tendem a tratar como seres estáticos, desligados do conjunto da vida social, e, no limite, desumanizados, aqueles que se afirma querer proteger, elegendo algumas de suas objetivações como matéria de resguardo e secundarizando a concretude das transformações que os empurravam a adaptações e agenciamentos. Acontece que a roda da história não gira para trás. Uma vez estabelecido o modo de produção e de vida capitalista, não cabe resistir a ele propondo uma volta ao passado ou a sobrevivência, isolada e apartada, de formas de vida e sociabilidade que se pretendam impermeáveis à arrasadora força do capital.

Tais propostas são incompatíveis com a lógica de desenvolvimento do capital, que tende a destruí-las e/ou assimilá-las subordinadamente, como sobejamente demonstrado por Marx, Engels, pelo melhor pensamento marxista posterior, e pelo próprio desenvolvimento do modo de produção capitalista. Trata-se aqui de uma simples constatação: essa força satura cada poro da sociabilidade em cada classe social, inclusive nas classes trabalhadoras e no proletariado, e ainda, como largamente demonstrado por correntes progressistas da psicanálise, cada interstício da própria configuração da subjetividade e da individualidade.

Assim, uma vez estabelecido o modo de produção e de vida capitalista, que hoje se encontra planetarizado, abarcando, sob sua titânica força expansiva, a humanidade em seu conjunto, só é possível se contrapor eficazmente a ele através da práxis política comprometida com sua evicção. Essa atividade, que é necessariamente coletiva, deve apontar para a construção de espaços próprios das classes trabalhadoras em que se dê a articulação entre formas de resistência e de assimilação, conjurando certas expressões da vida alienada e reificada e voltando-as revolucionariamente contra a ordem. Donde um segundo limite, digno de atenção, da posição de Tinhorão: ele encarava o marxismo como uma teoria desvinculada da prática, jamais tendo se vinculado a espaços de organização coletiva do enfrentamento aos problemas que ele próprio denunciava, ainda que tais espaços tenham existido ao longo de toda a sua vida e atividade. Sua indignação e sua tomada de posição se limitaram, por isso, a uma dimensão moral – o que ajuda a entender a reincidência do modo moralizador como apresentava sua crítica.

Que formas são passíveis de combinação na luta coletiva pela superação do capitalismo, e como as reconfigurar e/ou inventar, são duas das questões às quais o marxismo vem encontrando respostas diversas desde sua fundação em meados do século XIX. Algumas dessas respostas já passaram pelo duro teste da realidade prática, tendo obtido importantes êxitos. As derrotas não foram menos impactantes… Mas o que se sabe, decerto, é que sem o engajamento em uma aposta política coletiva, e que busque ser massiva, não há saída do modo de vida a cujas deletérias consequências Tinhorão, a seu modo, se opunha.

Haveria muitos outros elementos a debater com o potente intelectual que foi José Ramos Tinhorão nestes dias seguintes ao seu falecimento, em que estou afundado em meio a seus livros e discutindo com ele em frente ao computador. Para meu azar e pesar, não corro o risco de enfrentar sua dura verve me contradizendo e indicando as insuficiências deste texto. Encerro então apenas me despedindo, por ora, de um homem que realizou a proeza de se tornar referência obrigatória até mesmo para aqueles que o detestavam. Referência essa que não cessa com seu falecimento: Tinhorão ainda estará neste mundo por muito tempo.

***

Finalizo com uma nota pessoal. Vivo, através deste texto, meu luto e minha grande tristeza por não tê-lo conhecido pessoalmente, nem ter feito dois doutorados ao invés de apenas um. Minha proposta inicial de tese era sobre ele, para o que teria sido orientado pelo professor, e, hoje, fraterno amigo, Samuel Araújo. Mas eis que chegou a roda viva e me arrastou em direção diversa – dediquei-me, naqueles anos, a estudar a obra de outra grande figura do pensamento social brasileiro, Carlos Nelson Coutinho. Com esse necrológio deixo uma pequena e sentida homenagem, com meu respeito e admiração, a José Ramos Tinhorão, sob a forma que a ele tanto instigava – a da polêmica.

*Victor Neves é professor do Departamento de Teoria da Arte e Música da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Notas


[1] Para sintética e informada abordagem de sua vida e obra, cf. Elizabeth Lorenzotti, Tinhorão: o Legendário. São Paulo: Imprensa Oficial, 2010. Cf. ainda a riquíssima coleção de entrevistas realizada e disponibilizada pelo Instituto Moreira Salles nos 39 vídeos da playlist “Depoimento de José Ramos Tinhorão” no YouTube.

[2] O problema da relação entre tradição e tradicionalismo na crítica da música popular brasileira é trabalhado detalhadamente por Eduardo Coutinho, Velhas histórias, memórias futuras: o sentido da tradição na obra de Paulinho da Viola. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2002. Há nesse trabalho observações interessantes sobre o tratamento da tradição por Tinhorão, aproveitadas aqui.

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