Por TERRY EAGLETON*
Introdução do livro recém-editado
1.
A convicção implícita neste livro é que uma tradição fundamental da crítica literária está correndo o risco de cair no esquecimento. Esse risco está presente, em certa medida, até mesmo no ambiente acadêmico, bem como no universo literário em geral. Se é provável que um número reduzido de estudantes de literatura conheça atualmente a obra de, digamos, I. A. Richards ou Raymond Williams, o mesmo pode muito bem ser verdade para alguns de seus professores. No entanto, os cinco críticos examinados neste livro se situam entre os mais originais e influentes da época moderna, motivo pelo qual os escolhi.
Eles também representam uma formação intelectual específica, uma das mais admiráveis na Grã-Bretanha do século XX. Apenas um deles não lecionou na Universidade de Cambridge. A exceção é T. S.Eliot, embora estivesse intimamente ligado a Cambridge, principalmente por meio do amigo I. A. Richards, e embora, como consultor informal, tenha sido uma influência marcante na configuração dos estudos ingleses naquela universidade.
Ambos participaram daquela que foi saudada como uma revolução da crítica, que transformou o estudo acadêmico da literatura e lhe atribuiu uma nova importância dentro e fora da Grã-Bretanha. Ironicamente, porém, o que poderíamos chamar de inglês de Cambridge nunca foi o credo ortodoxo da Faculdade de Inglês de Cambridge. Pelo contrário, ele foi sempre algo marginal, de uma minoria, embora sua combatividade e senso evangélico de missão lhe proporcionasse às vezes uma presença desproporcional à sua dimensão.
Apesar disso, as carreiras de Richards, Empson, Leavis e Williams se tornaram possíveis, em parte, por meio de uma reforma radical do curso de Inglês de Cambridge que remontava a 1917 e que preteriu o anglo-saxão e a filologia em favor de uma linha de estudo cuja orientação era surpreendentemente moderna, crítica e literária (em vez de linguística).
O novo curso de Cambridge foi denominado “Literatura Inglesa, Vida e Reflexão” – sendo os dois últimos termos abstrações ridiculamente amplas, embora reveladoras do fato de que a literatura seria analisada em seu contexto social e intelectual. O curso também tinha uma dimensão cosmopolita: o trabalho sobre a tragédia nos exames finais abrangia, além de Shakespeare, dramaturgos como Sófocles e Racine, enquanto o trabalho sobre os moralistas ingleses incluía ingleses honorários como Platão, São Paulo e Santo Agostinho, ao lado de inúmeros pensadores não autóctones.
2.
O fato de a revolução da crítica ter se originado em Cambridge, uma universidade com sólidos antecedentes científicos e um histórico de abertura à inovação, não foi inteiramente acidental. Havia também outros fatores em jogo. Assim como a sociedade britânica em geral, a cultura da universidade fora profundamente abalada pela Primeira Guerra Mundial, que pareceu anunciar um rompimento com o passado e o início de uma nova era.
Havia ex-militares entre o corpo discente, enquanto estudantes de classe média com bolsas do governo ou da universidade começavam a se destacar numa instituição que fora tradicionalmente dominada pelas escolas particulares e pelas classes abastadas. Só um dos críticos retratados neste livro, William Empson, desfrutou dessa formação privilegiada, como filho de um fazendeiro de Yorkshire e ex-aluno do Colégio Winchester.
O amadorismo elegante de uma geração mais velha de especialistas em literatura da classe alta se viu ameaçado por uma abordagem nova e rigorosamente analítica das obras literárias, exemplificada pelo método da “crítica prática” de I. A. Richards. Esse método consistia em pegar trechos anônimos de prosa ou de poesia, submetê-los a uma análise extremamente minuciosa e emitir um parecer sobre eles.
O valor não era mais uma simples questão de gosto; ele precisava ser defendido com vigor. Os exames finais de inglês tinham um trabalho dedicado a essa prática que incluía o que era conhecido como “datação”, que consistia em determinar a data aproximada de um conjunto de passagens literárias anônimas. Os estudantes de hoje podem se surpreender ao saber que datar diversas vezes numa sequência rápida foi outrora algo obrigatório aos estudantes de inglês de Cambridge.
Os estudos literários tradicionais antes estavam bastante isolados da sociedade como um todo, ao passo que críticos jovens como I. A. Richards, F. R. Leavis e sua companheira Q. D. Leavis, que tinham uma formação menos privilegiada, eram mais sensíveis à cultura geral e se preocupavam mais com o lugar que os estudos literários ocupavam nela. Leavis, que era filho de lojista, enfrentara o trauma da Primeira Guerra Mundial. No período de agitação social e política que se seguiu ao conflito, o curso de Inglês podia aceitar a pressão da mudança social ou se tornar irrelevante.
Sua abertura também implicava inseri-lo no contexto de outras disciplinas acadêmicas, que alguns desses pioneiros conheciam por experiência própria. Richards chegou ao Inglês vindo das Ciências Mentais e Morais, F. R. Leavis, da História, e William Empson, da Matemática. Q. D. Leavis demonstrou grande interesse pela psicologia e pela antropologia. T. S. Eliot defendeu sua tese de doutorado em filosofia, não em literatura. Várias décadas depois, Raymond Williams trocaria a crítica literária pelos estudos culturais, que ele ajudou a inventar.
Os primórdios da Faculdade de Inglês reformada coincidiram com o auge do modernismo literário, e um quê da ousadia e da coragem daquela experiência fez parte do seu éthos. Por exemplo: a Cambridge de Richards e Leavis era a mesma de Malcolm Lowry, cujo romance Debaixo do vulcão é uma obra-prima tardia do modernismo inglês. O fato de estar sendo produzida literatura de alto nível em inglês naquela época parecia conspirar com o foco da Faculdade no presente, enquanto a figura imponente de T. S. Eliot fazia a ponte entre o modernismo e a crítica.
3.
As duas correntes tinham inúmeras outras características em comum: ambas eram obstinadas, impessoais, rápidas em detectar falsas emoções, teoricamente ambiciosas e mantinham uma sintonia sensível com a linguagem. Elas também partilhavam certo elitismo, como veremos posteriormente no caso da crítica.
O modernismo era o produto de uma crise histórica, tal como o novo trabalho crítico que estava sendo realizado em Cambridge. Em seu centro estava a crença de que a leitura cerrada dos textos literários era uma atividade moral que atingia o âmago da civilização moderna. Definir e avaliar as características da linguagem era definir e avaliar a característica de todo um modo de vida. Como disse I. A. Richards, “O declínio da nossa sensibilidade e do nosso discernimento com relação às palavras não tarda a ser acompanhado pelo declínio da qualidade da nossa vida”.1
Podemos considerar esse comentário como o lema do Inglês de Cambridge. Concentrar-se atentamente nas palavras no papel pode parecer uma tentativa de excluir preocupações mais importantes, mas tais preocupações já estão implícitas nessa postura.
Esse é um argumento problemático. Em que medida a capacidade verbal está ligada à sensibilidade moral? Se as duas realmente estão tão interligadas como Richards parece sugerir, será que isso significa que os homens e as mulheres que carecem de habilidade linguística são insensíveis e imperceptíveis em sua vida cotidiana? Será que só os eloquentes são capazes de sentir coragem e compaixão? É claro que não.
Não é verdade que aqueles que conseguem fazer comentários brilhantes sobre Rudyard Kipling ou Angela Carter são invariavelmente mais sutis e perspicazes na vida diária que o grosso da humanidade. Na verdade, dizem que às vezes ocorre o contrário –que aqueles que são profundamente versados nas ciências humanas podem afastar formas de intuição e de atenção que poderiam ser empregadas de maneira mais proveitosa nos assuntos do dia a dia. “Às vezes a educação convive com tamanha crueldade, com tamanho cinismo, que chega a nos causar nojo”, observa o narrador de Recordações da casa dos mortos, de Fiodor Dostoievski. Por outro lado, aqueles cujo vocabulário não alcança a abrangência shakespeariana podem ser muito mais moralmente admiráveis que os bem-falantes.
Imaginar uma língua, escreve o filósofo de Cambridge Ludwig Wittgenstein, é imaginar uma forma de vida. Por se ocuparem das propriedades da língua, os estudos ingleses tiveram um impacto direto em assuntos como radiodifusão, publicidade, propaganda política, jargão burocrático e natureza do discurso oficial. Dessa forma, eles ofereceram uma alternativa ao que consideravam erros opostos.
Era possível trilhar o caminho formalista e tratar a literatura como se ela fosse um objeto autônomo, abordando suas estratégias e seus artifícios verbais, ou ter uma visão mais abrangente da obra, enxergando-a como uma investigação da condição humana ou um comentário sobre a civilização. Ao medir a temperatura moral dessa civilização na linguagem da obra literária, foi possível ir além dessas duas abordagens limitadas.
O crítico precisou ficar atento ao que era chamado de “palavras no papel”, renunciando ao palavrório estético de um tempo passado em troca de uma análise detalhada da forma, da cadência, do tom, do clima, do ritmo, da gramática, da sintaxe, da textura e de coisas desse tipo. O que, para outras disciplinas, era um suporte de investigação indiscutível era, para a crítica, um objeto de investigação em si mesmo.
No entanto, no ato de examinar as palavras, o crítico também estava explorando o contexto moral e histórico em que elas estavam enraizadas. Somente com um olhar atento para as palavras no papel é que se podia compreendê-las como sintomas da doença ou da vitalidade da civilização da qual brotaram.
De um modo geral, o inglês de Cambridge representou uma reação ao que parecia ser o empobrecimento tanto da vida como da língua numa cultura materialista e utilitarista dominada pelo cinema, pelo rádio, pela imprensa popular, pela publicidade e pela literatura popular. Além disso, o modernismo se viu diante de um empobrecimento radical dos recursos linguísticos.
A crítica literária foi uma forma de diagnosticar essas doenças sociais, mas também conseguiu apresentar um tipo de solução para o problema. Sua tarefa foi analisar os mecanismos de uma forma de discurso totalmente diversa, a qual libertou a língua dos objetivos puramente instrumentais aos quais uma sociedade tecnológica grosseira a tinha subordinado. Esse discurso era conhecido como literatura e apontava para uma forma diferente de vida – em que a língua, as pessoas, os valores e os relacionamentos podiam ser tratados como fins em si mesmos.
4.
O resultado foi que o crítico literário assumiu responsabilidades tão importantes como as de um sacerdote, profeta ou político, deixando de ser um simples acadêmico e passando a atuar como um guia da saúde espiritual da era moderna. A crítica tinha que desempenhar uma função moral e social fundamental, e foi justamente por isso que suas análises de texto precisaram ser tão escrupulosas.
Nesse sentido, as duas linhas mestras peculiares do Inglês de Cambridge – a crítica prática e uma preocupação com o contexto social e intelectual da literatura – eram faces de um mesmo projeto. Longe de ser uma fuga da responsabilidade social, destrinchar uma metáfora ou registrar uma mudança de tom eram, na verdade, exercícios dessa responsabilidade. Havia uma disputa acirrada para saber se isso era um exemplo absurdo de egocentrismo ou uma justificativa convincente dos estudos literários para quem era fascinado pela ciência e pela tecnologia.
Poderíamos observar que não se tratava de um projeto particularmente simpático a William Empson, que não estava propenso a enxergar as palavras no papel como sintomas de um modo de vida que precisava ser reformado com urgência. Mesmo assim, por ser o leitor mais atento de todos, ele era um verdadeiro membro da tribo.
Foi Richards, sobretudo, que percebeu a necessidade de profissionalizar um tema que parecia carente de qualquer disciplina intelectual. Como veremos, ele tentou até assentar os estudos ingleses em bases científicas; a conversa fiada impressionista devia ser banida da sala de aula. Entretanto, a força da nova crítica estava na união da capacidade técnica com um veio profundo de humanismo moral, este último em sua forma mais visível na obra de Leavis.
Assim, o Inglês de Cambridge pôde recorrer a seu férreo profissionalismo para conter o amadorismo elegante da velha guarda, ao mesmo tempo que denunciava os estudos literários antiquados do ponto de vista de uma preocupação humanitária com a cultura geral. Rigorosamente concentrado quando se via diante de uma obra literária, mas preparado para se pronunciar sobre a qualificação moral de toda uma cultura, ele prometia aproveitar o melhor dos dois mundos.
A maioria dos críticos literários, como a maioria dos acadêmicos, vem da classe média; entretanto, dos cinco personagens examinados neste livro, apenas um, I. A. Richards, se encaixa nessa descrição. Até ele começou a vida como um estranho à cultura metropolitana inglesa, tendo crescido no norte industrial da Inglaterra como o filho de um homem cuja família viera da península de Gower, no País de Gales. Eliot, originário do Missouri, era, do ponto de vista dos norte-americanos, mais de classe alta que de classe média. William Empson vinha da aristocracia inglesa. F. R. Leavis era de classe média baixa, filho de um lojista do interior, enquanto Raymond Williams tinha crescido no País de Gales, filho de um trabalhador ferroviário.
Eles não eram intelectuais típicos do ponto de vista social, um fato certamente relevante para explicar seu desejo de inovar e (com exceção de Eliot) seu desprezo pela ortodoxia. Três deles (Eliot, Richards e Empson) também demonstraram um vivo interesse pelo pensamento oriental, o que era, entre outras coisas, um sinal da sua postura crítica em relação à civilização ocidental.
5.
Também é relevante para a relação entre o Inglês de Cambridge e a literatura do período que todos esses personagens, com exceção de um, fossem escritores criativos. Eliot e Empson eram poetas importantes e Richards era um poeta medíocre, enquanto Raymond Williams publicou diversos romances e escreveu obras para a televisão. Para ele, escrever ficção era ao menos tão importante quanto a crítica literária, opinião se acentuou ainda mais no final de sua carreira. Na verdade, ele se definiu certa vez como “um escritor que calhou de ser também um professor”.2
Somente Leavis se ateve à crítica, embora até ele tenha pensado em escrever um romance.3 Pode-se dizer que todos esses homens, com exceção do mais racional Empson, tinham uma noção extremamente física da escrita – de seu envolvimento com a respiração, as regiões viscerais, o sistema nervoso e assim por diante –, o que, entre outras coisas, talvez seja uma marca dos críticos que também são escritores.
Eles também foram intelectuais públicos em vez de acadêmicos enclausurados, embora isso não se aplique tanto a Empson. Ao mesmo tempo, embora este último fosse uma figura um pouco menos pública que os outros, ele dificilmente poderia ser descrito como enclausurado. Todos eles tinham uma relação ambígua com a academia.
T. S. Eliot, embora bastante elogiado nesse ambiente, nunca chegou a fazer parte dele. Em vez disso, deixou a profissão de jornalista freelancer bastante pressionado, enquanto também trabalhava como professor e bancário, e se transferiu para o meio editorial, muito mais descontraído à época. Richards foi um professor universitário apático que não tardou a se lançar em empreitadas mais ambiciosas; Empson gostava de escandalizar as mentes eruditas tradicionais com sua prosa ousada e suas opiniões iconoclastas; Leavis, como veremos, mirou especificamente o acadêmico como inimigo; e Raymond Williams, que passou a primeira parte da carreira docente na educação de adultos, sentiu-se extremamente distante de Cambridge quando voltou como professor à universidade que frequentara como aluno. Dos cinco, Leavis foi o único que passou toda a carreira ensinando numa universidade inglesa.
A relação entre fala e escrita no estilo de cada um desses autores merece um breve comentário. Empson escreve de forma displicente, num estilo coloquial e até mesmo prolixo, enquanto Eliot às vezes escreve como se estivesse pregando numa catedral particularmente ressoante. A prosa rápida e um pouco anêmica de Richards é muito diferente do som da voz; no entanto, o ritmo dessa voz, com seu padrão de ênfase e as paradas e partidas irregulares, ressoa pela sintaxe tortuosa de F. R. Leavis, um escritor que está sempre se interrompendo por meio da inserção de perguntas, subcláusulas, parênteses, recorrências, adendos e qualificativos em suas frases.
Como Empson, Leavis parece evitar deliberadamente a formalidade da prosa acadêmica. O estilo de escrita abstrato e enfadonho de Raymond Williams pode parecer muito distante da voz ao vivo, porém, como aqueles que o conheceram podem atestar, ele falava do jeito que escrevia. Leavis escreve como se estivesse falando, enquanto Williams falava como se estivesse escrevendo.
Como o leitor está prestes a descobrir, este livro não é uma homenagem a um panteão de heróis. Na verdade, ele é às vezes tão crítico desses personagens que o leitor pode muito bem se perguntar se eles merecem a estatura que lhes foi atribuída. A única maneira de descobrir é lendo-os.
Permitam-me encerrar esta introdução com um comentário pessoal: nunca me encontrei pessoalmente com T. S. Eliot, mas conheci umas poucas pessoas que o fizeram; algumas delas contaram que ele discorria longamente não sobre Dante ou Baudelaire, mas sobre as diversas rotas percorridas pelos ônibus de Londres, sobre as quais ele parecia ter um conhecimento descomunal.
Quando era estudante, observei com reverência a figura esguia de I. A. Richards numa recepção ao ar livre em Cambridge e participei de uma reunião na Faculdade de Inglês em que Leavis condenou a ideia de acrescentar ao currículo um ensaio sobre o romance sob a alegação de que era preciso um semestre para ler Anna Kariênina.
Antes disso, eu tinha assistido a algumas de suas aulas, embora ele estivesse prestes a se aposentar e a sua voz estivesse fraca, às vezes quase um fiapo, restando apenas um zumbido incompreensível no qual seu sotaque anasalado de Cambridge ainda era vagamente audível. De tempos em tempos, porém, o velho termo pejorativo emergia do meio dos murmúrios como um dedo acusador: “BBC”, “New Statesman”, “C. P. Snow”, “British Council” e coisas do gênero.
Diante dessas deixas meticulosamente calculadas, os bem treinados discípulos leavistas que ocupavam as fileiras da frente da classe se punham a zombar e a guinchar com uma previsibilidade pavloviana, enquanto o resto da turma ficava simplesmente olhando para baixo, esperando aquilo tudo acabar. Empson já tinha saído de Cambridge há tempos, mas, alguns anos depois, eu iria assisti-lo dando uma aula com seu sotaque de classe alta extremamente empolado e sem cair nem uma vez do tablado, um acidente que costumava acontecer com ele.
Raymond Williams foi meu professor, meu amigo e meu companheiro político. Portanto, neste livro, eu volto 60 anos no tempo, para um ambiente crítico que ajudou a me formar e para cuja história posterior espero ter dado uma pequena contribuição.
*Terry Eagleton, filósofo e crítico literário, é professor emérito de literatura inglesa na Universidade de Oxford. Autor, entre outros livros, de O acontecimento da literatura (Unesp). [https://amzn.to/3Z8cRnn]
Referência

Terry Eagleton. Revolucionários da crítica: cinco críticos que mudaram o modo como lemos. Tradução: Fernando Santos. São Paulo, Unesp, 2024, 302 págs. [https://amzn.to/4kB3INf]
Notas
1 RICHARDS, I. A. Our lost leaders. In: Constable, J. (Org.). I. A. Richards: Collected Shorter Writings 1919-1938. Londres: Routledge, 2001. p. 337.
2 Williams, R. Realism and non-naturalism. In: McGuigan, J. (Org.). Raymond Williams on Culture and Society. Londres: Sage, 2014. p.200.
3 Não pude examinar a escrita criativa desses críticos neste livro, pois isso o teria deixado no mínimo com o dobro do tamanho. De todo modo, Eliot já foi analisado à exaustão; quanto à poesia de Richards, o melhor é ignorá-la com um silêncio caridoso; por fim, a ficção de Williams não me parece a parte mais importante de sua obra. A poesia excepcional de Empson certamente valeria um estudo mais aprofundado, embora infelizmente não aqui; todavia, poderia ser realizado um concurso em que os candidatos apresentassem uma versão do tipo de romance que Leavis poderia ter escrito.
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