TODOS ARTIGOS

Por EMMANUEL TODD: O que emerge nos EUA e na Europa não é um populismo monolítico, mas um arquipélago de revoltas nacionais — cada uma moldada por traumas próprios e ilusões coletivas. Se o século XX foi a era das ideologias universais, o XXI é o tempo da desintegração: onde até as derrotas são solitárias
Por GUSTAVO GABRIEL GARCIA: A indústria cultural utiliza narrativas distópicas para promover o medo e a paralisia crítica, sugerindo que é melhor manter o status quo do que arriscar mudanças. Assim, apesar da opressão global, ainda não emergiu um movimento de contestação ao modelo de gestão da vida baseado do capital
Por ANA CAROLINA DE BELLO BUSINARO: A esperança de que a governabilidade virá apenas pela compostura é uma ilusão que esteriliza qualquer vocação transformadora mantendo o status quo. Afinal, governar em tempos de tensão social não é escolher entre paz e guerra, mas decidir de que lado do embate histórico se está
Por LÁZARO VASCONCELOS OLIVEIRA: Se o herói clássico sucumbiu à espetacularização do real, talvez a saída não esteja na busca por novos mitos, mas na desconstrução da própria ideia de heroísmo. Afinal, em um mundo onde a política se dissolve em algoritmos e a revolução se reduz a hashtags, o verdadeiro ato de coragem pode ser recusar-se a representar qualquer papel
Por JOSÉ CASTILHO MARQUES NETO: Num mundo à deriva, onde elites apostam na desumanização, a leitura persiste como ato revolucionário: cada livro aberto em La Carcova ou nas prisões brasileiras é um tijolo arrancado do muro da barbárie. A paisagem que nos salvará será feita de estantes
Por MARCOS DEL ROIO: Trecho da introdução do autor ao livro recém-lançado
Por PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.: A usura como política de Estado não é técnica – é opção política. Enquanto o Brasil liderar rankings de desigualdade e juros reais, seguirá refém de um sistema que transfere riqueza do trabalho para o capital, do público para o privado, do futuro para o presente
Por SERGIO COHN: Em tempos de hegemonias desafiadas, a arte do Sul Global não pede licença: escreve seu próprio roteiro. A BRICS Arts Association é mais que uma plataforma — é um manifesto de reinvenção, onde a amizade vira alicerce e a cultura, um ato político de liberdade
Por CHRISTINA BRECH & MANUELA DA SILVA SOUZA: Revisitar as lutas, contribuições e avanços promovidos por mulheres na Matemática no Brasil ao longo dos últimos 10 anos nos dá uma compreensão do quão longa e desafiadora é a nossa jornada na direção de uma comunidade matemática verdadeiramente justa
Por WAGNER PIRES: O pior Congresso da história é um clube de ricos, fazendeiros, e extremistas tanto religiosos quanto de direita, cujo apreço à democracia é nulo
Por FERNÃO PESSOA RAMOS: A "estética da guerra" em Benjamin não é apenas um diagnóstico sombrio do fascismo, mas um espelho inquietante de nossa própria era, onde a reprodutibilidade técnica da violência se normaliza em fluxos digitais. Se a aura outrora emanava a distância do sagrado, hoje ela se esvai na instantaneidade do espetáculo bélico, onde a contemplação da destruição se confunde com o consumo
Por JOÃO LANARI BO: Comentário sobre o filme dirigido por Alexandros Avranas, em exibição nos cinemas.
Por LÍGIA OSÓRIO SILVA: Texto inédito da socióloga, falecida recentemente
Por JOSÉ CRISÓSTOMO DE SOUZA: Karl Marx esconde um avesso filosófico problemático, não examinado?
Por ANDRÉ MÁRCIO NEVES SOARES: A guerra da Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio refletem a complexidade da geopolítica moderna, onde interesses estratégicos e ideológicos se entrelaçam
Por JALDES MENESES: O governo Lula 3 manteve até 2025, aos trancos e barracos e o custo de uma derrota eleitoral em 2024, um equilíbrio precário, cedendo espaços nobres do aparelho do executivo e a fatia de 51 bi das emendas parlamentares no orçamento para preservar uma governabilidade mitigada
Por LEONARDO BOFF: A colaboração interdisciplinar é o alicerce para soluções inovadoras e eficazes em um mundo complexo
Por JORGE LUIS BORGES: A genialidade irlandesa na cultura ocidental não deriva de pureza racial celta, mas de uma condição paradoxal: lidar esplendidamente com uma tradição à qual não devem fidelidade especial. Joyce encarna essa revolução literária ao transformar um dia comum de Leopold Bloom numa odisseia infinita
Por LUIZ MARQUES: O fascismo se esconde nas palavras, mas a esperança as subverte. O futuro não é promessa, mas tarefa coletiva, utopia em movimento. Enquanto houver estrelas, haverá quem resista e reinvente o mundo
Por GUILHERME AFONSO GOMES DOS SANTOS & LEONARDO SEVERO: No epicentro da disputa entre Israel e Irã, emergem questões de hegemonia, resistência e a complexa teia de relações internacionais que moldam o futuro da região
TODOS ARTIGOS
Nietzsche no Brasil
29/04/2020
Nietzsche no Brasil
Por Scarlett Marton: A partir do ano 2000 Nietzsche torna-se “popular” no Brasil; é explorado pela mídia, utilizado pelos meios ...
O relato de uma brasileira na Itália
28/04/2020
O relato de uma brasileira na Itália
Por Manchetômetro: Neste primeiro episódio de uma série especial sobre o novo coronavírus na Europa, o Manchetômetro ouve o relato ...
Isto se chama genocídio
28/04/2020
Isto se chama genocídio
Por Por Michael Löwy: O neofascista Bolsonaro diante da pandemia ...
A única perspectiva de futuro
28/04/2020
A única perspectiva de futuro
Por Fábio Dias: Nunca foi tão atual ser comunista. A direita já sabe disso e, por isso mesmo, mobiliza todos ...
Tempo para o luto
28/04/2020
Tempo para o luto
Por Pablo Pamplona: “Ela entrou na minha casa! A doença entrou na minha casa!”, grita um homem para o nada ...
A terceira hipótese
28/04/2020
A terceira hipótese
Por Eugênio Trivinho: Longe da dicotomia jurídico-política conservadora, o Brasil dispõe de horizonte democrático mais frutífero, a ser articulado antes ...
Depois do coronavírus
27/04/2020
Depois do coronavírus
Por Leonardo Boff: Enquanto crescer o aquecimento global e aumentar a devastação de habitats naturais não teremos imunidade: os animais ...
Literatura na quarentena: Nunca houve tanto fim como agora
27/04/2020
Literatura na quarentena: Nunca houve tanto fim como agora
Por Daniel Brazil: Comentário sobre o mais recente livro de Evandro Affonso Ferreira ...
O sentido da informalidade
27/04/2020
O sentido da informalidade
Por Lincoln Secco: Um breve balanço de uma linhagem da historiografia brasileira ...
Nós, os escafandristas de esgoto
27/04/2020
Nós, os escafandristas de esgoto
Por Joelson Gonçalves de Carvalho: Não temos as ruas, é certo. Por isso é fundamental que tenhamos fortes quilhas para ...