Por ROBERTO REGENSTEINER: Estamos agora em meio a novo período de inflexão, cujos resultados não estão pré-determinados e serão moldados pela ação humana sobre a situação existente
Por HENRIQUE BRAGA e GUSTAVO MELLO: O pós-pandemia que se desenha desde agora não será apenas de luto pelos mortos por causa da COVID-19 e de desalento em razão do desemprego elevado e da recessão econômica
Por RENATO PERISSINOTTO: O negacionismo científico dos bolsonaristas é apenas uma dimensão de sua ideologia. O que eles recusam não é somente a ciência, mas as relações de “autoridade” em geral, tal como elas se configuram nas sociedades contemporâneas
Por FERNANDO SARTI FERREIRA: O fenômeno do fascismo está firmemente ancorado na sociedade e na economia vigentes. Ele é uma ação estabilizadora da ordem, “disfarçada em cruzada milenar de vitalismo heroico”
Por CHICO ALENCAR: A força do atraso, muito enraizada mas que já tem seus desgastes, pede uma ampla unidade do campo progressista, a cada ataque aos direitos da população, e no plano da articulação eleitoral.
Por LINCOLN SECCO: O PT até pode se reconstituir como a principal expressão partidária do bloco popular. Mas a política, como a guerra, comporta o acaso e depende dos erros e acertos das lideranças.
Por LUIZ RENATO MARTINS: O atual assalto da direita ao poder é muito diferente do que ocorreu em 1964. Agora, as razões endógenas preponderaram sobre as exógenas, de modo inverso ao que ocorreu no paradigma principal anterior
Por RODNEI NASCIMENTO: Ruy Fausto contribuiu de maneira decisiva para a reconstrução de um projeto político de esquerda ao recuperar a centralidade da luta anticapitalista
Por RAFAEL MORAES: Seriam o presidente e seus seguidores, especialmente odiosos, mesmo quando comparados aos neoliberais que até ontem cerravam fileiras a seu lado? Ou seria Bolsonaro apenas a face mais despudorada dentre os entusiastas de uma estrutura social que se acostumou a matar?
Por PAULO BUTTI DE LIMA: Não é preciso um sinal claro de advertência para que as degenerações políticas mais deletérias ocupem seu espaço na sociedade, em suas instituições e na mente dos indivíduos.
Por MILTON PINHEIRO: O projeto da esquerda socialista não pode ser conformado na operação social-democrata, não pode ser aprisionado pela integração interseccional, não pode deixar-se levar pelo movimento que ao procurar ser vitorioso nas lutas econômicas senta-se confortavelmente no corporativismo, mas, também, não pode agir através do aparelhamento político
Por JORGE BRANCO: Em uma busca da Ku Klux Klan que lhe inspira. Bolsonaro propaga o que Immanuel Kant chama de “mal radical”, aquele que está enraizado em quem o pratica. Bolsonaro é o puro mal
Por ALEXANDRE ARAGÃO DE ALBUQUERQUE: No Brasil as regalias do Estado foram distribuídas para muitos da classe dominante, da mesma forma que D. João VI agiu em sua época para manter os privilégios da Corte. E assim continua nosso processo anti-civilizador, legitimado pelo voto popular de crentes e não-crentes