Por TALES AB´SÁBER: Petra Costa transforma Brasília em um espelho quebrado do Brasil: reflete tanto o sonho modernista de democracia quanto as rachaduras do autoritarismo evangélico. Seus filmes são um ato de resistência, não apenas contra a destruição do projeto político da esquerda, mas contra o apagamento da própria ideia de um país justo
Por LEONARDO BOFF: Entramos num tempo sombrio e ecologicamente ameaçador, com eventos extremos e a ameaça de guerras que podem escalar para um conflito nuclear
Por FERNANDO NOGUEIRA DA COSTA: Os Cavaleiros do Armagedom tropical prometeram o fim dos tempos, mas entregaram apenas um enredo de comédia pastelão. Trump ameaçou, Bolsonaro tropeçou e Tarcísio hesitou
Por JOÃO QUARTIM DE MORAES: Netanyahu herda o legado de Begin, Trump financia o massacre, e a Otan legitima a barbárie. O genocídio palestino não é um desvio da história – é seu rosto mais cru, escancarado pela hipocrisia do poder
Por CELSO FREDERICO: O Primeiro Congresso dos Escritores Soviéticos ecoou como um paradoxo: um canto de liberdade artística sob a sombra do realismo socialista. Bukhárin, com sua defesa da pluralidade, e Górki, com seu romantismo revolucionário, simbolizaram a tensão entre criação e controle
Por LUIS FELIPE MIGUEL: Para a direita, questão é o que fazer com o bolsonarismo delirante. Para a esquerda, aproveitar para avançar em vez de se render de novo
Por ESTELLE FERRARESE: O consumo ético é, com toda certeza, uma crítica ao capitalismo na escala da vida cotidiana; no entanto, ele não apenas fracassa como crítica, mas colabora com a própria ordem que se esforça por corrigir
Por JAIME TROIANO: Os dados do censo revelam surpresas e inquietações sobre a fé no Brasil, destacando o crescimento evangélico e a subnotificação de religiões de matriz africana
Por JORGE LUIZ SOUTO MAIOR: Se o Burroso dos anos 80 era um personagem cômico, o Barroso dos anos 20 é uma tragédia jurídica. Seu 'nonsense' não está mais no rádio, mas nos tribunais – e, dessa vez, a piada não termina com risos, mas com direitos rasgados e trabalhadores desprotegidos. A farsa virou doutrina
Por LUIZ MARQUES: O duplo Estado é a expressão máxima de um pacto perverso: de um lado, a Constituição; de outro, os conchavos que a esvaziam. Rompê-lo exige mais que denúncias – exige reconstruir a democracia não como ritual eleitoral, mas como exercício diário de desobediência aos donos do poder
Por MANFRED BACK & LUIZ GONZAGA BELLUZZO: Em meio ao caos monetário, o fantasma de Keynes ressurge – não mais em Bancor, mas em bytes. O mBridge pode ser a ponte digital que faltava para atravessar as águas turbulentas do dólar, transformando desarranjos em um novo arranjo
Por SÉRGIO BRAGA: Celebrando meio século de Movimento: um marco na imprensa alternativa que desafiou a ditadura e inspirou gerações de jornalista e ativistas brasileiros
Por GABRIEL SANTOS: Em um mundo em transformação, o Brasil deve escolher entre submeter-se ao imperialismo decadente ou buscar um caminho de soberania e desenvolvimento sustentável
Por THOMAS PIKETTY: Assim como o padrão-ouro e o colonialismo ruíram sob o peso de suas próprias contradições, o excepcionalismo do dólar também chegará ao fim. A questão não é se, mas como: será por meio de uma transição coordenada ou de uma crise que deixará cicatrizes ainda mais profundas na economia global?
Por Lincoln Secco Circunstâncias de vida, ressentimento, fracasso profissional, círculos de amizade, profissão e outras esferas da existência predispõem uma ...