Walter Benjamin e a cosmologia de Blanqui

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Por FERNÃO PESSOA RAMOS*

O eterno retorno cósmico como ‘inferno’ da história. Se o revolucionário francês vê na repetição atômica do universo um destino sem progresso, Benjamin resiste, mas não escapa ao fascínio dessa visão

1.

Nas menções que Walter Benjamin faz da obra derradeira (1872) do líder revolucionário francês Jean-Auguste Blanqui, A Eternidade pelos Astros (Blanqui, 2017), fica clara sua atração pelo ensaio. É no final de sua vida que Auguste Blanqui – depois de uma trajetória prática e teórica (o ‘blanquismo’) liderando lutas sociais na França do século XIX – compõe, ainda na prisão (iria falecer em 1881), essa especulação esotérica definida por Walter Benjamin como “fantasmagoria”.

O capítulo que Walter Benjamin apresenta como conclusão de sua magnum opus, Passagens (no último exposé em que descreve o futuro livro, de 1939) [(Benjamin, 2006: 66-67)], centra-se inteiramente em longo fragmento que ele recortou de A eternidade pelos astros. Além do fragmentosurgem, no vasto material coletado de Passagens, trechos de Auguste Blanqui copiados em fontes de terceiros, além do próprio original (Benjamin, 2006: 151-159). A reprodução longa de Auguste Blanqui é uma costura de parágrafos do último capítulo de A Eternidade pelos Astros intitulado “Resumo”.

Este “Resumo” é classificado por Walter Benjamin como uma “passagem essencial” para si. Nos trechos selecionados, vemos vibrar em Benjamin a intensidade estupefata pela “maravilha do aparecimento” que provoca o universo macro-cosmológico esboçado por Auguste Blanqui. Na análise de Walter Benjamin, quando trazido à Terra, esse universo é não só o “o céu no qual os homens do século XIX veem as estrelas”, mas reflete amargamente “uma rendição incondicional” do revolucionário ao fazer “a acusação mais terrível contra uma sociedade que projeta no céu esta imagem do cosmos como imagem de si mesma” (Benjamin, 2006: 152).

2.

No Auguste Blanqui de A eternidade pelos astros encontra-se uma mistura niilista que tem seu travo na estabilidade da regeneração fechada da matéria. É uma visão de corte atomístico que vê o ser composto por elementos ou partículas de base invariáveis. Fulgurantes cometas que eclodem indeterminados, paralelos às revoluções no universo da história, são um último fôlego de ruptura nessa cosmogonia provocante, visão da transformação num universo fechado pelo retorno.

Os cometas são uma das figuras que fascinam Walter Benjamin. Na cosmogonia de Auguste Blanqui, no modo de futuros múltiplos e simultâneos, mas finitos em seu retorno, a matéria percorre seu destino preenchendo o esgotamento das singularidades em toda a escala das probabilidades, a partir de uma ancestralidade radical. Encontra-se algo desta visão, mas certamente reduzida, na cultura de massas hoje em moda nos universos paralelos ou multiversos.

Alguns comentaristas, entre eles Walter Benjamin, localizam na obra de Auguste Blanqui a antecipação em uma década da ideia do eterno retorno nietzschiano, embora estejam ausentes as pulsões e intensidades que, vibrando de dentro na potência do retorno, servem de base para definir a particularidade do conceito no filósofo alemão. Trata-se de recorte ausente em Auguste Blanqui, um atomista intuitivo, e também em Walter Benjamin, que, nesse momento de sua vida, se fixa na crença do motor dialético que transforma o progresso materialista da história quando encontra o sopro da negação na luta de classes.

No Auguste Blanqui de A Eternidade pelos Astros a abertura surge na multiplicidade atomística de elementos de base restritos e tem a linha do progresso, dialético ou não, ausente. Evolui exaustivamente até exponenciar as formações seriais que eclodem em todas as direções, incluindo nisso o retorno da mesma variação atomística à beira da infinitude (aspecto que certamente atraiu Benjamin).

3.

Trata-se de obra singular principalmente por ser escrita por um dos principais líderes revolucionários de século XIX (que passou boa parte de sua existência preso, daí o codinome amargo de L’Enfermé), ignorando o materialismo dialético que apenas começa a se expandir no período mais tardio da vida de Auguste Blanqui.

Levando-se às últimas consequências, esboçam-se descobertas sobre o universo que atravessaram o século XX até hoje, mas com homologias no campo social do século XIX dentro do qual Auguste Blanqui atuou com tanto empenho. Walter Benjamin foca esse último aspecto em alguns dos aforismos do texto final (1939) de Parque Central.

Relaciona o retorno, na série atomística, com as “condições de vida” “acentuadamente instáveis”, e o “surdo pressentimento” fatalista de Auguste Blanqui de que deveríamos nos contentar com as “constelações cósmicas” mais trágicas na exaustação do retorno: “A ideia do eterno retorno derivava seu esplendor de já não se poder contar, em todas as circunstâncias, com o retorno da estabilidade em prazos mais curtos que os oferecidos pela eternidade” (Benjamin, 1989: 156-157).

É nos fragmentos sobre o “eterno retorno” que Walter Benjamin amarra seu “maravilhamento” com as figuras da cosmogonia de Auguste Blanqui. Associa-a a um tipo de expressão ideológica da burguesia do século XIX caracterizada com fantasmagórica (entre elas o espiritismo de Victor Hugo) que engole até mesmo a noção de progresso, conceito que Walter Benjamin coloca no centro de seus desenvolvimentos neste período.

Ela, cosmologia atomística do retorno, seria sobreposta como “visão do inferno” (o retorno sem progresso), à “resignação sem esperança da última palavra do grande revolucionário” (Benjamin, 2006: 67). Resignação que parece também cercar o Walter Benjamin tardio da derradeira versão das Passagens, com as urgências que incidem sobre sua própria sobrevivência na Paris conflagrada de 1939, na eminência do desabrochar do horror. Que espaço haveria, efetivamente, nesse quadro, para o atomismo da eternidade conforme exposto em sua luz fria por Auguste Blanqui da prisão?

4.

A atomística do retorno, proliferando a identidade em infinitas sósias e repetições (boas e más), é captada pelo método benjaminiano no estupor da visão do fragmento, como define precisamente Theodor Adorno o pensamento do amigo; ou como maravilha do aparecimento, como chamou Hannah Arendt esse mesmo movimento da sensibilidade benjaminiana (numa posição menos crítica que a de Theodor Adorno).

E assim são inseridos os trechos de A Eternidade pelos Astros no breviário do último exposé de 1939 do projeto das Passagens. “O que escrevo neste momento”, nos diz Auguste Blanqui (2017: 91-92), no fragmento citado por Walter Benjamin nas Passagens (2006: 66-67), “numa masmorra do forte do Touro, eu o escrevi e escreverei por toda a eternidade, sobre uma mesa, com uma pena, as mesmas roupas, em circunstâncias idênticas”. No trecho, a multiplicidade da fragmentação atomística do retorno [“meras repetições” e variações “de novo sempre iguais, quando muito com a perspectiva de variantes felizes” (Blanqui, 2017: 93)], avança numa combinação que extrapola e atinge, no limite, a ideia exponencial de um infinito de futuros sem progresso.

A virtualidade aberta por Auguste Blanqui compõe individuações que são recorrentes, pois esgotam a finitude e retornam numa mesma e imensa multiplicidade.

No fragmento selecionado para Passagens, Walter Benjamin parece ser atraído pelo seguinte trecho, que surge em outras menções: “O número de sósias é infinito no tempo e no espaço. Em sã consciência não se pode exigir mais do que isso” (Blanqui, 2017: 92). E, efetivamente, é a multiplicação de sósias e o infinito das bifurcações que traz o raciocínio lógico em seu limite. Auguste Blanqui é um revolucionário que, na última fase de sua vida, mergulha no universo cosmológico conforme se revelou para sua geração, salvando as variantes felizes num mar das repetições reacionárias, espécie de multiverso de sósias, “ritornello” de individuações cristalizadas e depois novamente larvais em sua virtualidade.

Nesse movimento de retorno, coloca as vitórias revolucionárias, assim como os desastres e as derrotas que o condenaram a passar encarcerado (com idas e vindas) trinta e sete anos de sua existência.

5.

O fragmento de Auguste Blanqui citado por Walter Benjamin ainda vai adiante na determinação da multiplicação dos sósias pela repetição exponencial dos elementos: “Esses sósias são de carne e osso, até mesmo de calça e paletó, de crinolina e coque. Nada de fantasmas, é a atualidade eternizada” (Blanqui, 2017: 92).

Apesar de Auguste Blanqui ser explícito ao negar “fantasmas” ou “fantasmagoria” em sua bem palpável realidade atomística, Benjamin repetidamente a define nessa maneira: “mediações enganosas do antigo e do novo que estão no coração de sua fantasmagoria” (Benjamin, 2006: 66).

Assim, Benjamin entende que a “fantasmagoria de caráter cósmico” de Blanqui faz tábula rasa da noção de progresso (e, então, da dialética) implicando numa “fantasmagoria da história” que “desmente de forma cruel o ímpeto revolucionário do autor” (Benjamin, 2006: 66): a realidade social da “acelerada sucessão de crises” agora é “uma visão do inferno”, pois repetição serial.

Não seria exagero encontrar algo como uma resposta ao contexto de A eternidade pelos astros em teses de Sobre o conceito de história (Benjamin,1985), escritas no início de 1940, logo em seguida ao exposé de 1939 que traz as citações de Auguste Blanqui mencionadas. O sopro do vento do progresso bate forte nas asas do anjo da história, apesar desse insistir em olhar para trás, não conseguindo se livrar dos destroços que seus olhos alcançam (no modo de um retorno).

As reservas de Walter Benjamin à ideia do eterno retorno, seja em Auguste Blanqui ou em Nietzsche, percorrem seus últimos escritos (como Parque Central) e se concentram na crítica do abandono da noção de progresso como eixo da evolução. Walter Benjamin não quer a história se restringindo a posições positivas ou negativas dentro do caleidoscópio atomístico (probabilidades multiplicadas no extremo finito da variação dos átomos elementares da química da matéria).

Pois assim, não há saída fora das redes fechadas dos elementos de base e só o retorno fica como válvula de escape para a transformação (ou a revolução) na regra universal. É uma visão certamente estranha ao materialismo dialético no qual Benjamin mergulha ao final de sua vida. No entanto, o ponto cego do retorno claramente o fascina, pois lá encontra os parâmetros de uma cosmogonia esotérica que se fez presente no modo cabalístico em sua juventude, surgindo em variações recorrentes em diversos escritos, inclusive os mais tardios.

Para Auguste Blanqui, na ordenação cósmica fechada não há a janela do progresso que alimenta a práxis, velha conhecida do revolucionário: “Não obstante, há um grande defeito nisso (na repetição): não há progresso” (Blanqui, 2017: 92). E continua, em trecho que Walter Benjamin pula na longa citação que está em Passagens: “Só o capítulo das bifurcações fica aberto à esperança”.

Bifurcações que, embora fora da linha progresso do móvel dialético, podem abrir evoluções positivas, vitórias e formações sociais progressistas virtuais, naquilo que Auguste Blanqui viveu uma vez como desastre, derrota e prisão. É no todo da articulação do cosmos – suas variações múltiplas, simultaneamente presentes ou adiadas – que Walter Benjamin encontra “a resignação sem esperança” do revolucionário.

6.

O fragmento “Resumo” que finaliza A Eternidade pelos Astros (Blanqui, 2017: 91-94), é então recortado por Benjamin para ilustrar a conclusão de Passagens em torno da questão do progresso. Sua transcrição é suspensa quando deixa de lado o conceito ‘progresso’ e continua adianteno momento em que Auguste Blanqui retoma a questão: “O que chamamos progresso está enclausurado em cada Terra, e com ela se desvanece” (Blanqui, 2017: 94).

Mesmo múltiplas “Terras” ainda é pouco para a evolução que demanda o materialismo dialético e Benjamin se ressente, reduzindo o livro de Auguste Blanqui à “última fantasmagoria” do século XIX. Menciona a “extrema força de alucinação”, que traz um “sentimento de opressão” correspondendo à “visão do inferno”, já citada: aquela de um mundo não teleológico, deslocado do eixo do progresso como finalidade e que retorna em seus desastres por cima e pelos lados.

Nessa última visão cosmológica de Auguste Blanqui, sobrevivem as séries positivas e negativas, em simultaneidade e decaladas, retornando por necessidade, mas só no esgotamento da probabilidade. São bifurcações múltiplas e recidivas de variações abertas, mas que se fecham no atomismo restrito dos “corpos simples”, ou dos “elementos de base”, invariáveis no modo que sustentam a matéria proliferada.

A conclusão de Auguste Blanqui é dura e assusta Walter Benjamin, aproximando-se de um recorte niilista como o de Ray Brassier (Brassier, 2007) e outros “realistas especulativos” que levam a negação do “correlacionismo” para fora da universalidade (Meillassoux, 2006), até sua abertura de alteridade absoluta no final da série. Se em cada átomo dos elementos simples respira uma mônada, elas surgem acumuladas e misturadas por si mesmas na repetição sem fim do retorno, embora soltas na radical ancestralidade.

O fechamento da abertura inclui tanto o lado certo revolucionário como o de sua derrota, destruindo o resgate redentor do ativismo na práxis dialética do materialismo histórico, com o risco de ver o engajamento reduzido ao vazio. Trata-se de algo fundamental, neste momento, para a visão do campo social que carrega Walter Benjamin. A ideia de um universo fechado em bifurcações eventuais necessárias, mas sem relação imediata com a tensão da negação, deixa em situação sufocante o presente dramático no qual vive nosso autor em 1939.

É o que surge do fragmento de A eternidade pelos astros que consta no exposé de Passagens: “[…] o universo inteiro é composto de sistemas estelares. Para criá-los a natureza tem à sua disposição não mais que cem corpos simples […] para preencher a amplidão, a natureza deve repetir ao infinito cada uma das combinações originais ou tipos”. (Blanqui, 2017: 91).

Na atomística de Auguste Blanqui, a micrologia dilatadora – metodologia próxima do “maravilhamento” benjaminiano que Theodor Adorno releva criticamente em suas cartas para o amigo –, se encontra com a dimensão macro da virtualidade contingente da matéria, transcorrendo como universo brilhante de explosões e choques.

Jacques Rancière, na introdução que escreve para a edição contemporânea de A eternidade pelos astros, refere-se ao “grande materialismo” de Blanqui como “o da chuva de átomos epicuriana e do fogo regenerador estóico, aos quais será dado o teatro moderno do universo infinito” (Rancière, 2017: 11).

Teatro moderno do universo infinito que chamamos de expansão cósmica das origens, a qual intuiu Blanqui e que assusta Benjamin, levando-o a classificá-la de última e mais terrível fantasmagoria do século XIX: aquela que, ao descer sobre a história (tal o anjo benjaminiano), torce as costas e vê na virtualidade do passado do futuro o amontoado de ruínas como ideia de progresso.[1]

*Fernão Pessoa Ramos é professor titular do Instituto de Artes da UNICAMP. Autor, entre outros livros, de A Imagem-Câmera (Papirus). [https://amzn.to/43yKnWf]

Referências


Benjamin, Walter. (1985). Sobre o Conceito da História. In: Magia e Técnica, Arte e Política. Obras Escolhidas, v. I.Tradução Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense.

Benjamin, Walter. (1989). Parque Central. In: Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo. Obras Escolhidas, v. III. Tradução José Carlos Martins Barbosa e Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense.

Benjamin, Walter. (2006). Passagens. Tradução Irene Aron. Belo Horizonte: Editora UFMG/Imprensa Oficial/Governo Estado de São Paulo.

Blanqui, Auguste. (2017). A Eternidade pelos Astros. Tradução Takashi Wakamatsu. Florianópolis: Cultura e Barbárie.

Brassier, Ray. (2007). Nihil Unbound: enlightenment and extinction. New York: Palgrave Macmillan.

Meillassoux, Quentin. (2006). Aprés la finitude: essai sur la nécessité de la contingence. Paris: Seuil.

Rancière, Jacques. (2017). Prefácio. In: Blanqui, Auguste. A Eternidade pelos Astros. Tradução Takashi Wakamatsu. Florianópolis: Cultura e Barbárie.

Nota


[1] Este texto, com seu título respectivo, é capítulo de ensaio mais amplo sobre aura e cinema, “Walter Benjamin e a flor azul da a-encenação documentária”, publicado em Doc Online, no. 36, 2024.


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