Por JOSÉ RAIMUNDO TRINDADE: A perpetuação do complexo industrial-militar não apenas drena recursos vitais da sociedade, mas também perpetua um ciclo vicioso de violência e dominação, onde a paz é sacrificada no altar do lucro e do poder
Por DIEGO RABELO: A história julgará não apenas os atores diretos do conflito na Síria, mas também aqueles que, a distância, manipularam e influenciaram os eventos, deixando um legado de dor e fragmentação
Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR: O dilema está posto: aceitar a universidade como ativo financeiro ou reconquistá-la como bem comum. Entre a precarização que disciplina e a insurgência que liberta, só uma escolha coletiva poderá reescrever seu futuro – para além dos rankings e das gaiolas da produtividade vazia
Por EMILIO CAFASSI: Enquanto a política se dissolve em espetáculo e a crueldade vira virtude, resta uma pergunta: quando o palco desmoronará sob o peso de sua própria farsa? A Argentina já conhece o roteiro – só falta decidir se o próximo ato será tragédia ou revolução
Por BERNIE SANDERS: O Partido Republicano não é um partido que acredita na democracia. Eles acreditam no oposto – e têm trabalhado constantemente para dificultar o voto e a expressão de opiniões políticas das pessoas
Por JOSEPH E. STIGLITZ: Enquanto Trump despedaça as bases da democracia americana, o Brasil, sob Lula, ergue-se como farol de resistência – provando que a soberania e o Estado de Direito não se curvam nem mesmo à sombra de um gigante. O mundo assiste e odesafio agora é saber quem mais ousará resistir
Por PAULO GHIRALDELLI: A infosfera do Capitalismo 4.0 não apenas redefine a produção e o consumo, mas também molda formas de subjetividade, onde o indivíduo se torna um “divíduo”, fragmentado e constantemente reconfigurado pelos fluxos de dados e algoritmos
Por CELSO FREDERICO: Radek e Zdanov personificaram a tragédia do stalinismo: intelectuais brilhantes que trocaram a crítica pela servidão, transformando a arte em instrumento de poder. Seus nomes hoje ecoam como alerta - quando a revolução vira dogma, a cultura morre de asfixia
Por ADUSP: Irene Cardoso não foi apenas testemunha da história da USP – foi sua intérprete aguda e sua guardiã crítica. Em tempos de silêncio, sua voz lembrou que a universidade é feita de lutas; em tempos de capitulação, seu pensamento insistiu: educação pública não se negocia. Seu legado é farol e chama
Por LISZT VIEIRA: Os ventos que sopram do Norte são frios e violentos, segundo a mitologia grega. No Brasil, sabemos que os ventos do Norte não movem moinhos, mas hoje, além disso, trazem a mensagem da tirania e da supressão da democracia
Por PAUL KRUGMAN: Globalização e tecnologia foram bodes expiatórios convenientes, mas os dados gritam a verdade: a desigualdade é filha do desequilíbrio de poder. Dos sindicatos esvaziados aos lobbies bilionários, a economia reflete uma guerra de classes silenciosa — e, até agora, os ricos estão vencendo. Resta saber se a história fará outro giro
Por RENATO ASSAD: Enquanto o iFood brinda com champanhe, os entregadores acendem o fogo da luta. O churrasco na porta do evento não foi só protesto: foi a materialização da resistência de uma classe que sabe — nenhum direito foi dado, todos foram arrancados. E o próximo capítulo dessa história será escrito nas ruas, não nos palcos dos exploradores
Por MARCELO AITH: A prisão de Bolsonaro, decretada após flagrante desrespeito às determinações do STF, levanta questões sobre a atuação judicial e a necessidade de medidas rigorosas para garantir a integridade do processo
Por J. CRISÓSTOMO DE SOUZA: Com intuições próprias e audazes, Caetano Veloso mostra uma aguçada sensibilidade a tempo e contexto, que no geral tem faltado à nossa filosofia acadêmica, para não dizer à universidade brasileira em geral
Por BRUNO FABRICIO ALCEBINO DA SILVA: A complexidade das representações visuais durante da “Marcha pela Vida” em Buenos Aires, no ano de 1982, revela como dois fotógrafos capturaram o mesmo momento de maneiras opostas, refletindo as tensões políticas da época
Por EBERVAL GADELHA FIGUEIREDO JÚNIOR: O debate sobre ius solis e ius sanguinis revela as contradições do projeto colonial nas Américas: enquanto a direita romantiza um cosmopolitismo seletivo, a esquerda instrumentaliza a reparação histórica sem efetividade