Por EMILIANO JOSÉ: O sol que chega após a noite mais longa não é um acaso da natureza, mas a colheita da coragem plantada pelos que enfrentaram o terror
Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR: O verdadeiro privilégio a ser combatido não é a estabilidade do servidor, mas o sequestro do fundo público pelo capital financeiro que destrói o Estado
Por ASSOCIAÇÃO EU DECIDO: Autonomia sobre a própria existência é o direito fundamental de quem, lúcido, define os limites de seu sofrimento e o significado de uma morte digna
Por SAMUEL KILSZTAJN: O universalismo propõe que a própria humanidade é a única pátria digna de um amor incondicional, rejeitando as lealdades tribais que alimentam o ódio
Por EMILIO CAFASSI: A eleição define-se menos por um projeto de país e mais por um plebiscito de desencanto, onde o voto irado e o ceticismo administrado são as verdadeiras forças eleitorais
Por EMIR SADER: A ordem bipolar desmoronou quando um dos polos não pôde mais sustentar o peso da corrida armamentista, deixando como legado um mundo aparentemente unipolar, porém profundamente transformado por seu confronto estruturante
Por LUIZ GONZAGA BELLUZZO & MANFRED BACK: Enxergar a dívida pública como um mal a ser combatido é negar sua natureza de âncora do crédito privado, a moeda remunerada que assegura a liquidez e preserva os patrimônios em meio à tempestade
Por ROSÂNGELA RIBEIRO GIL: A credibilidade da informação não se perde apenas nos descaminhos do erro, mas na sofisticada arquitetura da manipulação, que reorganiza fatos para servir a interesses inconfessos
Por DANIEL GUERRINI: A tensão atual espelha o embate entre as forças morais de um pacto republicano e a herança arcaica de um arbítrio patriarcal que ainda pulsa nas instituições e nos corpos
Por FLORESTAN FERNANDES: Conto publicado na revista Brasilidade, e nunca mais republicado, encontrado pela bibliotecária Izabel da Mota Franco e pelo professor Diogo Valença de Azevedo Costa
Por LEONARDO BOFF: O futuro viável não brotará do sistema que gerou a crise, mas do mergulho nas raízes humanas mais profundas, onde jorram o amor, o cuidado e a esperança como alicerces de um novo paradigma civilizatório
Por EMMANUEL TODD: A verdadeira patologia do poder não está mais nos movimentos populares defensivos, mas nas elites desconectadas, cujo projeto delirante de uma Europa pós-nacional revela uma agressividade expansionista que espelha o pior do passado
Por WESLEY SOUSA: Reduzir a crítica a um Estado genocida a um preconceito é a manobra final que corrompe a memória do Holocausto para legitimar uma nova barbárie
Por ELISEU RAPHAEL VENTURI: Num mundo intoxicado por fúrias imediatas, a última esperança realista é a arte secular de administrar conflitos, transformando a ira bruta em aprendizado coletivo
Por RENATO DAGNINO: O ataque atual à pesquisa pública é o sintoma de um capitalismo financeirizado que prescinde do conhecimento universitário, exigindo uma aliança histórica com a economia solidária para redirecionar o potencial científico à serviço da sobrevivência humana e de uma sociedade mais justa