Por WÉCIO PINHEIRO ARAÚJO: Hobbes não defendeu o absolutismo por amor ao poder, mas por temor ao caos. Seu verdadeiro legado é a ideia de que o Estado, mesmo artificial, é a única resposta humana ao abismo do desejo ilimitado – e que a política, antes de ser escolha, é sobrevivência
Por BRUNO MACHADO: A alegação de uma ditadura do Judiciário é uma construção fantasiosa que desconsidera a complexidade das relações de poder e a independência dos três poderes da República
Por LEONARDO BOFF: Enquanto em Gaza se morre de fome, o mundo assiste à negação brutal do gesto mais antigo da humanidade: comer juntos. Sem comensalidade, não há civilização – só sofrimento e a perversão do que nos define como espécie
Por LUIZ GONZAGA BELLUZZO & MANFRED BACK: A história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa — e sempre como bolha. Enquanto as pitonisas de Wall Street dançam, os investidores esquecem que toda música acaba, e o silêncio que vem depois é o som do estouro
Por JOÃO GABRIEL GASPAR BALLESTERO: Entre a risada e o ritmo, a liberdade de expressão dança no fio da navalha: censurar um é abrir o precedente para calar todos. O verdadeiro debate não é sobre quem fala, mas sobre quem decide quem pode ouvir
Por MÁRCIO DOS SANTOS: Vivemos em uma era onde a tecnologia redefine nossas vidas, tornando obsoletas as certezas do passado e nos forçando a reavaliar o verdadeiro valor da educação e do trabalho
Por LUIZ MARQUES: Ao traidor de plantão não importa o prejuízo causado às empresas e aos empregos. A trama não mira apenas a libertação do covarde golpista, taoquei, mas frear uma erosão político-econômica unipolar.
Por FRANCIVALDO NUNES, PAULO DE MELLO; MARCOS LEITÃO DE ALMEIDA & EVERALDO DE OLIVEIRA ANDRADE: Ao se atacar hoje o ensino de história e o conjunto dessa área do conhecimento, retira-se do estudante e da sociedade em geral a possibilidade de compreender as raízes das desigualdades, das lutas sociais, das conquistas democráticas. Abala-se o vínculo entre memória e cidadania.
Por Soleni Biscouto Fressato: Se o domínio dos corpos das mulheres, sobretudo de sua capacidade de ter filhos, foi fator fundamental na acumulação primitiva do capital, a sua libertação pode estar na base de uma nova organização social, mais justa, igualitária e solidária.
Por WESLLEY CANTELMO: Há sinais importantes de que tanto é possível, como necessário, a mobilização e reorientação da capacidade de Estado para a consolidação de uma agenda brasileira frente ao restante do mundo.
Por LISZT VIEIRA: Após dois anos e oito meses da tentativa de golpe contra a democracia no Brasil e de cometer crimes em sequência, Jair Bolsonaro vem obtendo mais apoio político do que pouco depois de haver cometido esses crimes
Por BRUNO BONCOMPAGNO: O império nos vende espelhos; caberia a nós decidir se queremos refletir ou quebrá-los, no entanto somos filhos de uma colonização invisível: consumimos o mundo antes de aprender a habitá-lo
Por MARCELO SANCHES: A “nação brasileira” é eufemismo que se reflete em uma Constituição frágil, que titubeia ao aplicar a lei. No fundo, sabe como a máquina funciona: a chegada justa no labirinto constitucional depende do poder de compra do réu
Por JOSÉ DIRCEU: O Brasil enfrenta uma encruzilhada: ceder à pressão externa ou defender sua soberania. A escolha não é só política, mas existencial – definir se seremos nação ou colônia
Por SÉRGIO BRAGA: O bolsonarismo, mais do que uma força partidária, é um campo afetivo e simbólico, ou seja, ideológico – e sua eficácia se explica tanto por suas estratégias discursivas, pelo lado da oferta, como, pelo lado da demanda, pelas carências e anseios de um eleitorado com características muito brasileiras
Por ANDRÉ MÁRCIO NEVES SOARES: A análise crítica das atrocidades contemporâneas revela um mundo onde a violência e a desigualdade são perpetuadas por interesses econômicos e políticos, destacando a necessidade urgente de uma reflexão ética e moral
Por JOSÉ RAIMUNDO TRINDADE: A perpetuação do complexo industrial-militar não apenas drena recursos vitais da sociedade, mas também perpetua um ciclo vicioso de violência e dominação, onde a paz é sacrificada no altar do lucro e do poder
Por DIEGO RABELO: A história julgará não apenas os atores diretos do conflito na Síria, mas também aqueles que, a distância, manipularam e influenciaram os eventos, deixando um legado de dor e fragmentação