Por GIOVANNI ALVES: A contradição final do capital revela-se quando o progresso técnico, que deveria emancipar, gera uma potência destrutiva que transforma a alternativa histórica em um dilema brutal: socialismo ou barbárie
Por GARCIA NEVES QUITARI: O recurso às mentiras como arma política encontra seu limite na ressonância global de vozes que defendem uma nova ordem multilateral
Por TARSO GENRO: Assistimos à naturalização do inaceitável: a transformação de um genocídio em mero episódio geopolítico, revelando que a razão já deu lugar aos monstros que produziu
Por YANIS VAROUFAKIS: A liberdade no século XXI exigirá desmantelar o tecnofeudalismo, um sistema que converteu o progresso tecnológico em um mecanismo de controle sem precedentes sobre a vida e o pensamento
Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR: O valor não reside na atenção, mas a atenção tornou-se o mecanismo pelo qual o capital captura o tempo de vida, prolongando o roubo da existência até o último suspiro de consciência
Por WAGNER PIRES DA SILVA: O verdadeiro perigo não reside na inteligência da máquina, mas na abdicação humana de pensar, legando à tecnologia a chave de nosso próprio aprisionamento
Por DIEGO RABELO: A contradição é flagrante: clubes que vestem as cores do progressismo são financiados por regimes que asfixiam as liberdades que essas mesmas cores representam
Por OSNAN SILVA DE SOUZA: A naturalização midiática da ingerência estrangeira é o silencioso aval a um roteiro de terror já conhecido, que troca a soberania dos povos pelos interesses do império
Por LUIZ GONZAGA BELLUZZO & MANFRED BACK: Por trás do discurso técnico que condena o investimento público, esconde-se uma ficção perigosa: a de que é possível gerar renda para todos sem que ninguém ouse gastar primeiro
Por BERTRAND ARNAUD: O controle da China sobre as terras raras não é um blefe temporário, mas o resultado de décadas de planejamento que transformou sua base produtiva em uma fortaleza geopolítica inexpugnável
Por YONÁ DOS SANTOS: A experiência das mulheres negras revela racionalidades económicas plurais, desafiando o mito do indivíduo calculista e expondo o caráter patriarcal e racista da ciência econômica tradicional
Por RODOLFO DAMIANO: A visibilidade é apenas o primeiro passo; a verdadeira prevenção exige políticas públicas baseadas em evidências e um olhar voltado para a vida, não para a morte
Por EUGÊNIO BUCCI: O que chamamos de natureza é, com frequência, apenas o reflexo distorcido de nossa própria ideologia, um espelho que devolve a imagem do capital
Por FREDERICO LYRA: A genialidade de Hermeto transformou as contradições do Brasil na matéria-prima para uma música universal, cujo legado é um farol de radicalidade e coletividade
Por PAULO FERNANDES SILVEIRA: A biografia ímpar de Florestan forjou uma sociologia na fronteira entre o rigor acadêmico e a experiência visceral da pobreza, antecipando o debate contemporâneo sobre quem tem autoridade para narrar a opressão
Por PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.: Enquanto a russofobia e a arrogância ocidental impedem o diálogo, surge a proposta ousada de o Brasil erguer no Rio de Janeiro a ágora global que o mundo necessita para enfrentar seus dilemas mais prementes
Por MARCELO BARBOZA DUARTE: O "malandro" é uma invenção das elites, um rótulo classista e racista que criminaliza a pobreza para ocultar as verdadeiras artimanhas do poder
Por RODRIGO GHIRINGHELLI DE AZEVEDO: O amadurecimento da esquerda exige superar as nostalgias autoritárias e assumir a democracia, em sua construção permanente e inacabada, como o campo estratégico irrenunciável