Por LUIZ MARQUES: Ao traidor de plantão não importa o prejuízo causado às empresas e aos empregos. A trama não mira apenas a libertação do covarde golpista, taoquei, mas frear uma erosão político-econômica unipolar.
Por FRANCIVALDO NUNES, PAULO DE MELLO; MARCOS LEITÃO DE ALMEIDA & EVERALDO DE OLIVEIRA ANDRADE: Ao se atacar hoje o ensino de história e o conjunto dessa área do conhecimento, retira-se do estudante e da sociedade em geral a possibilidade de compreender as raízes das desigualdades, das lutas sociais, das conquistas democráticas. Abala-se o vínculo entre memória e cidadania.
Por Soleni Biscouto Fressato: Se o domínio dos corpos das mulheres, sobretudo de sua capacidade de ter filhos, foi fator fundamental na acumulação primitiva do capital, a sua libertação pode estar na base de uma nova organização social, mais justa, igualitária e solidária.
Por WESLLEY CANTELMO: Há sinais importantes de que tanto é possível, como necessário, a mobilização e reorientação da capacidade de Estado para a consolidação de uma agenda brasileira frente ao restante do mundo.
Por LISZT VIEIRA: Após dois anos e oito meses da tentativa de golpe contra a democracia no Brasil e de cometer crimes em sequência, Jair Bolsonaro vem obtendo mais apoio político do que pouco depois de haver cometido esses crimes
Por BRUNO BONCOMPAGNO: O império nos vende espelhos; caberia a nós decidir se queremos refletir ou quebrá-los, no entanto somos filhos de uma colonização invisível: consumimos o mundo antes de aprender a habitá-lo
Por MARCELO SANCHES: A “nação brasileira” é eufemismo que se reflete em uma Constituição frágil, que titubeia ao aplicar a lei. No fundo, sabe como a máquina funciona: a chegada justa no labirinto constitucional depende do poder de compra do réu
Por FLÁVIO R. KOTHE: A criação artística não vem do nada, mas da ruptura com o já dito. O problema é que continuamos presos às mesmas metáforas – corpo e alma, forma e matéria – como se fossem respostas, e não prisões
Por JOSÉ DIRCEU: O Brasil enfrenta uma encruzilhada: ceder à pressão externa ou defender sua soberania. A escolha não é só política, mas existencial – definir se seremos nação ou colônia
Por SÉRGIO BRAGA: O bolsonarismo, mais do que uma força partidária, é um campo afetivo e simbólico, ou seja, ideológico – e sua eficácia se explica tanto por suas estratégias discursivas, pelo lado da oferta, como, pelo lado da demanda, pelas carências e anseios de um eleitorado com características muito brasileiras
Por ANDRÉ MÁRCIO NEVES SOARES: A análise crítica das atrocidades contemporâneas revela um mundo onde a violência e a desigualdade são perpetuadas por interesses econômicos e políticos, destacando a necessidade urgente de uma reflexão ética e moral
Por LUIZ RENATO MARTINS: A passagem da abstração à Nova Figuração não foi mera ruptura, mas uma negação dialética que cristalizou o sistema visual brasileiro. Destaca-se o papel de Antonio Dias e Hélio Oiticica nesse processo, mostrando como a arte reagiu ao golpe de 1964 com uma síntese original, distante tanto do universalismo geométrico quanto do ecletismo vazio
Por LUCIANA MOLINA: Nelson Pereira dos Santos eleva o Cinema Novo com “Rio, Zona Norte”, filme que expõe as tensões entre cultura popular e indústria fonográfica. Com atuações brilhantes de Grande Otelo e Zé Keti, a obra resiste ao tempo como crítica mordaz à exploração artística no Brasil