Por JEAN TIBLE: O sorriso de Clara Charf era a crônica de um século de lutas, a marca de quem sustentou, na memória e na ação, os alicerces de um Brasil insurgente e mais digno
Por ISABEL ANDRADE: Antes de ser a Terra da Luz para o país, o Ceará foi forjado na coragem de libertos que, unindo sertão e porto, traçaram sua própria alforria no mapa do Brasil
Por PAULO SILVEIRA: O preço da Revolução é pago na carne de seus filhos, que carregam ao mesmo tempo o orgulho da solidariedade e as cicatrizes da inflexibilidade
Por EMIR SADER: A história não é uma rota previsível, mas um rio de contradições onde até o mais sólido pode se dissolver, abrindo espaço para o novo e o inesperado
Por HEATHER COX RICHARDSON: A eleição de Mamdani pode ser antídoto para a tirania do dinheiro e das ideias pequenas, uma esperança teimosa, cultivada porta a porta, que ergue um governo do povo, para o povo
Por MARTÍN AUGUSTO ROMÁN: A hegemonia do dólar renasce em código digital, transformando a busca por estabilidade em um mecanismo sutil de dependência financeira perpétua
Por EDUARDO S. VASCONCELOS: Criminalizar quem denuncia crimes de guerra é o mesmo que assinar a sentença de silêncio de uma sociedade que escolheu a cumplicidade com a barbárie
Por TALES AB’SÁBER: Lô Borges ensinou que o sagrado na arte não se revela na repetição vazia, mas no encontro único que atravessa o sujeito e transforma a escuta em uma experiência de vida irreprodutível
Por JEAN KEIJI UEMA: A segurança pública como política de Estado, e não de governo, nasce da tríade indissociável entre cooperação federativa, financiamento estável e controle democrático
Por RONALDO TADEU DE SOUZA E OUTROS(AS): A chacina é a política de um Estado genocida, que transforma corpos negros em moeda eleitoral e a dor de mães em espetáculo público
Por PAULO VITOR GROSSI: A cura para o isolamento que nos adoece está no ato primordial de lidar com o outro, um exercício diário que nos reconecta com nossa humanidade e forja resiliência na psique
Por HENRI ACSELRAD: Para além da tragédia abrupta, o desastre é um processo contínuo de transferência de custos, onde a "vida ecológica dos rejeitos" expropria o futuro de comunidades inteiras em nome do lucro
Por SURREALISMO E NATUREZA: A verdadeira revolução será a que, ao acionar os freios de emergência do trem suicida do progresso, permitir que o jardim encantado da natureza devore as locomotivas da civilização industrial
Por RENATO DAGNINO: A reinvenção da universidade passa por trocar o foco estéril na empresa capitalista pelo desafio de atender às demandas cognitivas complexas embutidas nas necessidades materiais da economia solidária
Por MAURICIO VÁZQUEZ CORREA: Um progressismo que pactua com o autoritarismo externo e a ortodoxia econômica interna trai a esperança de quem viu nele uma alternativa real
Por PEDRO HENRIQUE CAMPELLO TORRES: O futuro não é uma abstração, mas um presente que se desfaz: negar a crise climática é recusar a realidade daqueles que já são devorados por ela