Por ANDRÉ BARBIERI: A China não é um enigma indecifrável, mas um Estado capitalista com roupagem burocrática. Defender sua ascensão como "alternativa" é compactuar com uma nova face do imperialismo
Por LUÍS FERNANDO VITAGLIANO: O Parlamento não é uma república de bacharéis, mas um espaço de garantias para todos. Se protege apenas os que detêm o poder, já não é democracia – é seu simulacro
Por SOLENI BISCOUTO FRESSATO: O mito das icamiabas transcende a lenda para se tornar um símbolo perene de autonomia. Ele ecoa no presente como uma narrativa fundadora da resistência contra o patriarcado e a celebração do sagrado feminino
Por SÉRGIO BRAGA: Sua obra transcende o cinema para se tornar um instrumento de educação e resistência. Preservar seu legado é garantir que as novas gerações possam acessar a memória viva da luta pela democracia e pela justiça social no Brasil
Por LUIZ MARQUES: Anistiar golpistas não é pacificação, é capitulação. É conceder impunidade a quem desdenha da democracia e alimentar o espírito golpista para a próxima investida, transformando a lei em mero instrumento de chantagem
Por JALDES MENESES: A anistia proposta não é um pacto de transição, mas um salvo-conduto para a desestabilização permanente. Longe de pacificar, busca imunizar o novo fascismo, usando a democracia para minar suas bases e reabastecer o ódio para o próximo round
Por ADALBERTO DA SILVA RETTO JR: A verdadeira crise urbana é a perda da urbanidade para a lógica do espetáculo e do mercado. A saída não está na nostalgia, mas na reivindicação coletiva da cidade como um bem comum, onde a liberdade se constrói no espaço compartilhado
Por DANIEL AFONSO DA SILVA: A instabilidade ministerial crônica é apenas o sintoma superficial de uma crise constitucional profunda. A Quinta República navega à deriva, esgotada e sem rumo, enquanto a sociedade francesa, desnorteada e sem heróis, encara um abismo de incertezas
Por ELEUTÉRIO F. S. PRADO: Longe de revitalizar o capitalismo dos EUA, as políticas de Trump corroem salários, alimentam a inflação e aumentam a incerteza, prejudicando os investimentos. O suposto nacionalismo econômico é uma farsa que beneficia uma elite à custa do bem-estar da maioria e da estabilidade global
Por FERNANDO NOGUEIRA DA COSTA: A narrativa extremista de "ditadura comunista" e "traidor da pátria" é uma inversão completa da realidade. Mais do que ignorância, é um projeto de má-fé que visa envenenar o debate público, corromper o patriotismo e submeter o país a interesses estrangeiros
Por MONICA LOYOLA STIVAL: O verdadeiro palco da COP é o conflito entre Norte e Sul, corporações e populações. Transformar o evento em mera vitrine de "valores comuns" esvazia seu potencial como arena para confrontar os reais responsáveis pela crise
Por ANTONIO SOARES & ALEXANDRE FERNANDEZ VAZ: A política-espetáculo adotou a lógica do sensacionalismo, onde o absurdo não é um acidente, mas a estratégia. O objetivo já não é debater ideias, mas capturar a atenção e alimentar identidades tribais, mesmo que à custa da racionalidade e do bem comum
Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR: O espelho da República não reflete uma mera disputa de poder, mas o colapso do pacto fundacional de 1988 ante a ressurgência de um arranjo oligárquico que sempre soube instrumentalizar o povo como massa de manobra, nunca como sujeito soberano
Por DANIEL COSTA: O livro de Ricardo Festi revela a gênese da sociologia do trabalho e expõe um jogo de espelhos: uma construção mútua entre centro e periferia, onde as ideias são reinterpretadas à luz das lutas e contradições locais
Por KANWAL SIBAL: Sua diplomacia é um paradoxo: gestos de paz e ameaças belicosas coexistem em um cálculo pragmático que reconfigura alianças, desestabiliza aliados e negocia diretamente com rivais
Por EVERTON FARGONI: Longe de ser um deus autônomo, o sistema é um espelho que reflete nosso conhecimento. O verdadeiro oráculo, capaz de interpretar o futuro, permanece sendo a humanidade