Por EUGÊNIO BUCCI: A crítica contundente de Roberto Reich ao governo Trump revela um cenário de retrocessos sociais e econômicos, comparando o presidente americano aos ditadores da década de 1930 e alertando para o avanço do fascismo nos EUA
Por GRUPO DE PSICANALISTAS DO INSTITUTO SEDES SAPIENTIAE: Diante do horror, o silêncio é cumplicidade. Como psicanalistas, erguemos a voz contra o genocídio em Gaza, denunciando a desumanização que legitima a barbárie. Defender a vida não é opção — é imperativo ético
Por JOSÉ CELSO CARDOSO JR., REGINA COELI MOREIRA CAMARGOS, ALEXANDRE GOMIDE & DOUGLAS ANDRADE SILVA: Remuneração variável no setor público: uma análise crítica das suas disfuncionalidades e impactos na gestão de desempenho
Por JEAN MARC VON DER WEID: O tarifaço de Trump não é sobre etanol ou café – é sobre poder. É a tentativa de um líder em decadência de reafirmar o imperialismo do dólar e punir quem ousa desafiar a ordem unipolar. Mas há ironia nisso: ao usar Bolsonaro como pretexto, Trump expôs justamente o que mais teme – a fragilidade de um sistema que depende mais de ameaças do que de liderança
Por LEONARDO BOFF: Há uma articulação mundial de grupos com muito poder e dinheiro que negam a democracia em nome de propostas regressivas, autoritárias que beiram à barbárie
Por FERNANDO NOGUEIRA DA COSTA: A entrada da UnionPay no Brasil simboliza mais do que concorrência à Visa e Mastercard: é um passo na desdolarização silenciosa do sistema financeiro. Enquanto Trump ataca o Pix por medo de um Estado eficiente, a China exporta seu modelo de pagamentos como soft power. O desafio brasileiro é aproveitar essa fissura na ordem monetária global para diversificar aliados e moedas, sem trocar um senhor por outro
Por MICHAEL HEINRICH: A história do marxismo é, ironicamente, a história de uma traição: a transformação de um método crítico em ideologia, de uma obra inacabada em dogma acabado. Se Marx ainda nos interpela, é justamente por nos lembrar que a emancipação não tem dono
Por CARLOS JOSÉ SALDANHA MACHADO & RODRIGO MACHADO VILANI: A nova cultura política da esquerda de ruptura se alimenta tanto da prática concreta quanto da elaboração crítica, articulando teoria e experiência com radicalidade e criatividade. Sua vocação é antissistêmica: não busca humanizar o capitalismo, mas superá‑lo
Por LEANDRO ANTOGNOLI CALEFFI: As narrativas da escritora, em maior ou menor grau e por procedimentos estéticos vários, subvertem o senso comum, ao trazer à tona sua insólita contraface
Por SOLENI BISCOUTO FRESSATO: Breve foi a experiência da comunidade anarquista formada no estado do Paraná, mas longeva sua utopia: um experimento que provou ser possível viver sem hierarquias, sem propriedade, sem dogmas. Fracassou como colônia, mas triunfou como ideia – e ideias, mesmo enterradas, podem germinar
Por JUAN MICHEL MONTEZUMA DOS SANTOS: o buscarmos uma perspectiva mais aprofundada das metamorfoses da periferia, podemos encontrar uma via de explicação possível à tensão produzida pela transformação desses três tipos: o trabalhador, o malandro e o bandido
Por DAVID F. L. GOMES: O que resta no Brasil é uma democracia de fachada: liberdades formais intactas, mas soberania estrangulada, onde o Banco Central dita a política, o Congresso sequestra o orçamento, e o governo, refém, repete o script do capital
Por IVANA BENTES: O comentariado é a nova assembleia pública — um parlamento digital onde se debate com memes, se vota com emojis e se julga em caixas de texto. Se antes a opinião era privilégio de poucos, hoje é tsunami de muitos
Por SALEM NASSER: Em um mundo onde o poder fabrica consenso e apaga cadáveres, a história de Asem e sua tâmara é um raio de luz na escuridão. Não apenas denúncia, mas poesia da resistência: um gesto que atravessa gerações, mostrando que a fome de justiça é mais forte que a fome de pão