O chão da mente

Wassily Kandinsky, Composição 2.
Whatsapp
Facebook
Twitter
Instagram
Telegram

Por ALINE MAGALHÃES PINTO*

Comentário sobre o livro recém-lançado de Luiz Costa Lima

Luiz Costa Lima é um autor que dispensa apresentações. Pertencendo a uma geração da crítica literária que tem nomes como os de Alfredo Bosi, Davi Arrigucci Junior, Haroldo de Campos, José Guilherme Merquior, Roberto Schwarz e Silviano Santiago, Costa Lima se destaca pelo incansável trabalho teórico. A mais recente investida do autor acaba de ser publicada pela editora Unesp:O chão da mente – a pergunta pela ficção.

Na primeira década do século XXI, Costa Lima se consagrou por pelo menos três livros incontornáveis para quem se interessa por teoria da literatura: a reunião dos títulos O controle do imaginário, Sociedade e discurso ficcional, e O fingidor e o censor, publicados nos anos 1980 em Trilogia do controle (2007); Mímesis: desafio ao pensamento (2003); História. Ficção. Literatura (2006). O conjunto de livros imediatamente posterior, formado por O controle do imaginário e a afirmação do romance (2009); A ficção e o poema (2012) e Frestas: a teorização em um país periférico (2013) representa claramente a expansão do campo de incidência da mímesis e questionamento dos limites da representação-efeito que haviam sido desenhados no final do século XX e primeira década do XXI.

Em 2016, Os eixos de linguagem, exclusivamente dedicado ao pensamento de Hans Blumenberg, marca o ponto de uma nova inflexão na reflexão de LCL, abrindo um novo arco de questões que aparece no conjunto formado por Melancolia (2017); Mímesis e arredores(2017); O insistente inacabado (2018); Limite (2019). Percorrendo temáticas e analisando textos ficcionais bastante diversos entre si, Costa Lima mantém o traço que constitui uma espécie de assinatura em obra: um rigoroso tratamento teórico da ficção que sustenta e coexiste com a demanda por um entendimento específico acerca da mímesis, sua idée fixe. A referência ao livro de Paul Valéry talvez possa se constituir como uma alusão pertinente a uma reflexão que continuamente se reformula, sem nunca encontrar a forma de um tratado ou teoria acabada, mas que conta com um fio condutor afinado e constante como o tic-tac de um relógio que não dá trégua.

O chão da mente consolida a elaboração de um paradigma para a Teoria da literatura e os estudos literários. O elemento central desse paradigma é a mímesis e seu destaque encaminha a teorização em direção aos fundamentos da ficcionalidade. Não poderia ser de outro modo, pois a mímesis é um processo que se concretiza na forma da ficção, ainda que não esteja circunscrita a ela. A ficcionalidade, por sua vez, constitui um tipo de fenômeno que embaralha os campos discursivos sobre os quais se ergue.

Tributário das reflexões de Foucault, Costa Lima pensa as formações discursivas, ficcionais e não ficcionais, como formas de interferência e composição de realidades. Nenhum discurso é uma adaptação comunicativa de uma realidade. A diversidade das formas discursivas – cientifica, histórica, sociológica, antropológica, a ficcional, e aquela dificilmente formalizada do discurso cotidiano –, supõe que a relação com o mundo, permeada pela linguagem, assume modalidades distintas de configuração ao mesmo tempo em que obstruí a possibilidade de afirmação de um âmbito real ao qual ficção se oporia.

A ficção não é oposto do real: a ficção atua como agente de perspectivação das verdades oferecidas pelos diferentes discursos que, seguindo aporias específicas, constroem as verdades parciais constitutivas da experiência humana. E essa é a potência de perspectivação que, paradoxalmente, eleva o fenômeno ficcional e obstaculiza sua teorização: como lugar privilegiado para nos fazer ver a fragilidade das verdades oferecidas pelas formações discursivas, a ficção se transforma na experimentação radical da contingência. Isso é, o discurso ficcional pronuncia seu conteúdo como se fosse verdade, mas não se guia pela verdade e não se submete à verdade. Essa potência que desafia ao verdadeiro, sem se tornar, por isso, uma falsidade, torna a ficção um conceito difícil, fugidio, provocativo, arrebatador.

A ficção é essa forma discursiva singular e tão fascinante que a maior parte daqueles que se dedicam a teorizá-la, acabam por construir reflexões que se enredam ao fascínio que ela desperta pelo aspecto negativo de sua experiência. Por esse caminho, o ficcional é tematizado como um revelar-velando que conduz ou a um silêncio irredutível e inefável ou reflete uma determinada realidade social. Essa relação se desenrola historicamente como a construção do topos da arte como véu ou manto que recobre e, por isso mesmo, é a verdade. Liberada, na Modernidade, das regras de proporção e do conjunto, a arte não foi, contudo, libertada dos “ferrões da verdade” e esse caminho coloca a dimensão estética-ficcional sob o peso da dimensão ético-religiosa. O esforço em conciliar imagens e sequências narrativas a um princípio extrínseco de verdade está na base do que Costa Lima chama de controle do imaginário: um mecanismo de consentimento social pelo qual a circulação de um artefato que diverge da “verdade” é aceita conquanto se domestique o ficcional, justificando-o a partir desse princípio.

A via paradigmática elaborada por Costa Lima perfaz outro caminho. E o livro recém-lançado é dedicado à exposição e argumentação das delimitações necessárias e dos princípios epistemológicos para o tratamento teórico do ficcional de acordo com esse paradigma. Portanto, O chão da mente é um livro que apresenta os fundamentos de uma discussão teórica sobre o ficcional. Para tanto, um ponto basilar é o primado do sujeito individual. O papel decisivo que a tradição ocidental concede ao sujeito constituído pela afirmação do eu (self) possui uma implicação direta na forma como a ficção é teorizada. E essa implicação é negativa, no sentido de que o tema do ficcional entranhou-se de tal forma às repercussões e expressões sociais do eu que a ficção, em sua especificidade, permanece carente de teorização. Diluir o primado do sujeito individual e reverter a hegemonia da concepção substancialista de sujeito que o sustenta é um dos princípios do paradigma proposto por LCL.

Não é fortuito que a abertura do livro se dedique à problemática ao redor do princípio de subjetividade moderno. A dinâmica da constituição da subjetividade, desde o seu “despertar” com Descartes até o confronto inerente à filosofia de Nietzsche é perpassada pela apresentação e discussão de uma recente pesquisa mobilizada por A. De Libera. Em seu projeto de umaarqueologia do sujeito, De Libera questiona o lugar concedido ao cogito cartesiano por Heidegger. Sem concordar com o francês, Costa Lima aproveita o debate que ele promove para reafirmar o trajeto constituído em Mímesis: desafio ao pensamento em que aposta em uma concepção fraturada de sujeito contra a hegemônica compreensão que o entende como autocentrado.

O capítulo seguinte prossegue na inquirição sobre a subjetividade. Mas, desvia-se da abordagem do percurso metacinético de conformação do conceito para aprofundar-se em um autor e sua obra: Georg Simmel. Para Costa Lima, no século XX, o pensamento de Simmel está entre os que melhor elaboraram e potencializaram a posição hegemônica que postula um sujeito unificado em si mesmo e que, partindo desse autocentramento, se projeta no pensamento que constitui. Além disso, ao longo da argumentação, Costa Lima demonstra como Simmel, em sua busca por conciliar objetividade e subjetividade, estabelecendo um a priori especifico para a escrita da história, deixa de lado a tematização do ficcional. E, mais importante: o sucesso de seu empreendimento depende dessa ausência teórica.

A retificação do transcendentalismo kantiano procedida por Simmel supõe a presença de um eu absoluto que assume sua condição de proprietário inconteste de sua liberdade e verdade, ao mesmo tempo em que resulta de a alteridade ser ela mesma um a priori que especifica e confere unidade à personalidade. Certamente, a personalidade não é um valor universal, mas é unicidade qualitativa e irredutível. O pensamento de Simmel, seguindo uma tendência equilibradora, conduz a plasticidade de um eu que vai além de si mesmo à afirmação de um plano metafísico, ou nas palavras de LCL: “Seu sujeito autocentrado conduzia a uma dimensão religiosa secularizada” (p. 165). Chegar a ela só é possível ignorando que, enquanto na prática cotidiana, o eu é orientado por uma “disposição espontânea” a convergir a pluralidade de seus papéis em uma unicidade que o integra à a sua própria realidade social; no âmbito do ficcional, essa harmonização se despedaça. Nesse sentido, Costa Lima não apresenta uma monografia sobre Simmel, mas usa o debate com o pensamento do autor alemão para demostrar a incompatibilidade entre a afirmação do sujeito individual e uma teoria da ficção.

A ficção não é a única dimensão da experiência antropológica que escancara e estremece a concepção substancialista de sujeito e o primado do eu (self). Reconhecê-lo permite a LCL avançar em direção aos fundamentos de sua abordagem teórica sobre o ficcional. O índice perseguido para isso pode ser denominado como mundo dos sonhos. Em contraposição à cena social da “vida desperta” em que a pluralidade plástica da consciência submerge por meio de uma triagem que tem como critério as normas sociais, a dimensão onírica também oferece condições para entender-se a variação de eus que se oculta, consciente e/ou inconscientemente, em cada EU. O capítulo dedicado a Freud e à teoria sóciopsicológica norte-americana (Mead, Bateson, Goffmann) esclarece a relação decisiva entre a dimensão psíquica e uma teoria do ficcional.

Sigmund Freud é um interlocutor fundamental de Luiz Costa Lima desde o início de seu trabalho como teórico da literatura. Essa interlocução não se deve apenas à admiração em virtude de a psicanálise freudiana ser, além de uma terapia, um pensamento que explora a contradição que rege a vida psíquica sem pretender reduzi-la a nenhuma dialética. O pensamento de Freudé um componente vital no esforço de repensar a mímesis empreendido pelo autor há 40 anos. Isso acontece porque nas teorias psicanalíticas, a mímesis desempenha uma função central e não deriva da imitatio (que marca o pensamento ocidental sobre a arte). Do que decorre “ diferença que existe entre o impacto da reflexão freudiana para a elaboração teórica do ficcional e a área dos estudos literários denominada literatura e psicanálise, que não é pautada por nenhum interesse especial sobre a mímesis.

Ao longo de sua argumentação em O chão da mente, LCL demonstra como uma teoria da ficção surge em paralelo análogo à descoberta freudiana e analisa o quanto Freud é investigador indispensável para uma parte importante do território do ficcional. Isso se deve ao fato de que a dinâmica que rege a resistência psíquica que age no sonho, por exemplo, permanece no ambiente não-onírico. Isto é: o alcance da dinâmica psíquica não se detém a uma ou outra área de atuação humana, mas está presente em tudo que a mente humana toca.

Partindo dessa observação geral, o autor chega a um ponto medular: “O traço umbilical, que todo sonho contém, equivale, do ponto de vista da perspectiva geral em que temos nos empenhado, a dizer: toda atividade ficcional é decorrente de um núcleo desconhecido e sua ativação é fruto de uma atividade da mente altamente complexa, assim como de tais realizações serem sincrônicas a uma cadeia de experiências – o vivido combina-se ao imaginário, um e outro sofrem a interferência dos mecanismo de controle – sobre a censura; o vivido é desconectado de sua linearidade e, pelas imagens visuais , é combinado a outros instantes, ocasionando um conteúdo cuja aparência se confunde com o caos. Tanto no sonho quanto na ficção restrita, a intervenção analítica ou crítica anota sua caoticidade, sem converter em algo tragável pela consciência” (p. 203-204).

Percebemos a afinação entre a necessária diluição do primado do sujeito individual e o destaque dado por Costa Lima à descoberta freudiana enquanto exploração do material psíquico quando o autor brasileiro enfatiza que a perspectiva teórica aberta por Freud se constitui em desacordo com o simbolismo e decifração: os produtos da atividade psíquica não estão codificados em função de uma instância de constituição interior que obedece a uma lei oculta e preexistente (self). Então, da mesma maneira que “o sonho é um conglomerado geológico em que cada fragmento de pedra exige uma análise isolada cujo deslidamento coincide com a remoção”, “o trabalho sobre o ficcional não será da ordem da revelação de algo oculto, mas um movimento tal como o que há entre mapa e território” (p. 204).

Afirma-se por meio dessa ligação teórica entre desbravamento do ficcional e exploração do psíquico, o estabelecimento de dois polos da ficcionalidade: o onírico e o literário irrestrito e consciente (que provoca a experiência estética). Entre esses dois pontos, localiza-se aquilo que é restritamente ficcional. Costa Lima constrói um arco que leva do onírico ao literário e atravessa o ficcional. A disposição antropológica do material psíquico presente de uma a outra ponta desse arco será tematizada, não sem alguma ironia, com a contribuição dos desdobramentos sociológicos da teoria freudiana. A ironia está no fato de que LCL solicita o aporte teórico dessa sociologia para se desvencilhar da abordagem sociológica do ficcional. O exame e tratamento do ficcional enriquem-se com a análise dos papeis sociais, das molduras (frame) e dos jogos (play) uma vez que colaboram para o entendimento da cláusula do como se. Por meio desses estudos, afirma Costa Lima, a trilha aberta para o ficcional pela dimensão do inconsciente, não se deixou restringir ao âmbito científico-filosófico.

Parece ser uma característica que acompanha o descaso pela teorização o fato de ser indagação teórica confundida com o âmbito da filosofia, como se a reflexão teórica fosse uma espécie de prática filosófica free style. Isso acontece com a teoria da história e com a teoria da literatura, áreas em que Costa Lima atua e influencia fortemente.

O quarto capítulo do livro retoma as características da história intelectual periférica que leva à recusa da teoria para afirmação da arte e da literatura como um produto da sociedade, logo, objeto por excelência de uma sociologia historicista que busca extrair dos artefatos artísticos e literários um conteúdo verdadeiro a respeito dessa sociedade. Essa compreensão, hegemônica nos meios universitários, atua como índice de obstrução ao entendimento do ficcional, esse fenômeno que dilacera a verdade através da aparência e da forma, sem sucumbir ao inaudito das existências não-existentes ou se subordinar a fatores de reconstituição sócio-histórica de certo ambiente.

A ficção não se confunde com oque se oculta posto que está entranhada a modos de representação: a ficção é o que se apresenta, por meio de uma trama de semantização coletiva, formada por diversos códigos sócio-culturais, reordenado, reconfigurado, posto em outra perspectiva. Ou ainda, nas palavras do próprio Costa Lima: “no ficcional, o sentido é apenas gramaticalmente estabelecido. Diante da inexistência de sua referência efetiva, o leitor concede a si realiza-la. Seu condicionamento subjetivo abala a exigência habitual de verdade: ele provoca o embaraço que acompanha a reflexão sobre o ficcional” (p. 248).

O livro termina cumprindo o propósito declarado de tocar a ossatura do ficcional, retomando a fecunda formulação de Coleridge que infere à ficção o efeito de “suspensão da descrença” para chegar à inescapável contribuição de W. Iser a uma teoria do ficcional. O projeto de antropologia literária de Iser mostra-se imprescindível pela forma como aborda a indisposição que o ficcional representa em relação ao princípio de realidade, convertendo a cláusula do como se – elaborada por H. Vaihinger dentro de um projeto que localiza o ficcional entre o dogma e os instrumentos de cálculo –, em um esquema para se compreender todo o processo do ficcional, permitindo alcançar a forma como a ficção transgride e amplia o real. Marcando a divergência com Iser, a respeito da mímesis, a que o autor alemão confere um caráter performático, LCL consegue deixar claro como partiu das proposições de Iser para afirmar a base metafórica do ficcional e estabelecer a diferença entre o que denomina como ficção interna e externa.

O último capítulo traz a reflexão que entrelaça os resultados mais recentes da investigação de Costa Lima acerca do ficcional ao conceito de controle do imaginário, cunhado nos anos 1980. Refazendo o percurso intelectual ao redor da imaginação (impulso que se exprime por meio de imagens) e capacidade criativa desde Descartes até os românticos, LCL abre a perspectiva do controle para contribuir com discussões mais recentes sobre autonomia do ficcional: sendo a ficção uma modalidade discursiva autônoma, o crítico deve confrontar a linguagem como princípio de construção e não como um simples agenciamento de conteúdo. Nesse sentido, a autonomia não se direciona ao serviço de uma instituição ou de um conjunto de valores específicos, mas atua em nome da exploração crítica das dissonâncias.

Com efeito, é seguindo essa postura que, mesmo em um livro decididamente teórico, Costa Lima possa afirmar: “Entendendo-se o regime democrático como a forma de governo que se propaga em seguida à Revolução Francesa, há de se acrescentar que, como índice negativo, no regime democrático, a legitimação dos latifúndios, dos trusts, dos monopólios implica em dar cobertura legal à arbitrariedade social. Em países economicamente avançados, a “legalidade” assim conseguida conduziu, em década recente, ao resultado paradoxal de as massas mais desfavorecidas se aliarem aos grupos mais conservadores na eleição de candidatos que, insurgindo-se contra princípios elementares do direito das gentes e dos acordos internacionais, dão a impressão de favorecer os nativos mais desfavorecidos. Tal aliança é bastante recente para nos aventurarmos a prognosticar o que irá suceder. Nos países capitalisticamente periféricos, tomando-se por modelo o que sucede no Brasil, as massas pobres, sujeitas à violência cotidiana de traficantes e de policiais, se reúnem às classes média e rica na eleição de bestializados que, favoráveis à repressão do Estado e em nome do combate à violência das ruas, promovem a legalidade cínica do status quo. Também é muito cedo para saber para onde isso tudo caminha” (p. 106).

A crítica ao contexto político incorpora também o estado atual das tecnologias sociais de comunicação que em nada contribuem para erradicar a hostilidade em relação ao ficcional. Fenômenos como fake news, pós-verdade e deep fakes tornam-se mais daninhos na medida em que a incompreensão da função da linguagem para além de veículo de comunicação permanece. Todavia, como afirma Costa Lima, se ainda é cedo para saber para onde vamos, essa indeterminação é a possibilidade de que O chão da mente possa representar uma contribuição importantíssima para a teoria da literatura e estudos literários, além de ser mais uma peça decisiva na construção do legado intelectual desse pensador brasileiro.

*Aline Magalhães Pinto é professora de Teoria da Literatura e Literatura Comparada na UFMG.

Referência


Luiz Costa Lima. O chão da mente: a pergunta pela ficção. São Paulo, Unesp, 2021, 328 págs.

 

Outros artigos de

Este é o único artigo publicado.

AUTORES

TEMAS

MAIS AUTORES

Lista aleatória de 160 entre mais de 1.900 autores.
Ricardo Fabbrini Henry Burnett André Márcio Neves Soares Fábio Konder Comparato Gabriel Cohn Jorge Branco Vinício Carrilho Martinez Leonardo Sacramento Rubens Pinto Lyra Plínio de Arruda Sampaio Jr. Francisco Fernandes Ladeira Ronald León Núñez Sergio Amadeu da Silveira Lucas Fiaschetti Estevez Ricardo Musse Flávio R. Kothe Francisco de Oliveira Barros Júnior Thomas Piketty Bruno Machado Marcelo Módolo Gilberto Maringoni Michael Löwy Luiz Bernardo Pericás Francisco Pereira de Farias José Machado Moita Neto Kátia Gerab Baggio Tadeu Valadares Bruno Fabricio Alcebino da Silva Milton Pinheiro Carla Teixeira Yuri Martins-Fontes Matheus Silveira de Souza Antônio Sales Rios Neto Otaviano Helene Armando Boito João Sette Whitaker Ferreira Gerson Almeida Eleutério F. S. Prado Everaldo de Oliveira Andrade Bento Prado Jr. Paulo Sérgio Pinheiro Daniel Costa Eugênio Bucci Luciano Nascimento Andrew Korybko Ricardo Antunes Antonino Infranca Ronaldo Tadeu de Souza Paulo Nogueira Batista Jr Roberto Noritomi Slavoj Žižek Marjorie C. Marona Renato Dagnino Alexandre Aragão de Albuquerque Paulo Capel Narvai Daniel Afonso da Silva Luiz Marques Annateresa Fabris Luiz Werneck Vianna Marcelo Guimarães Lima Ari Marcelo Solon Dênis de Moraes André Singer Chico Alencar João Lanari Bo Airton Paschoa Marcos Silva José Costa Júnior Celso Favaretto Jean Marc Von Der Weid Valerio Arcary Anderson Alves Esteves Vanderlei Tenório Denilson Cordeiro Érico Andrade José Micaelson Lacerda Morais Paulo Martins Juarez Guimarães Walnice Nogueira Galvão Lorenzo Vitral José Geraldo Couto Liszt Vieira Ronald Rocha Daniel Brazil Sandra Bitencourt Luís Fernando Vitagliano José Luís Fiori Tales Ab'Sáber Samuel Kilsztajn Ricardo Abramovay Atilio A. Boron Fernando Nogueira da Costa José Dirceu Marcos Aurélio da Silva Eugênio Trivinho Marcus Ianoni Manchetômetro Vladimir Safatle Rodrigo de Faria Ladislau Dowbor Alexandre de Freitas Barbosa Tarso Genro Celso Frederico Heraldo Campos Eduardo Borges Mariarosaria Fabris Paulo Fernandes Silveira João Carlos Loebens Afrânio Catani Anselm Jappe Benicio Viero Schmidt João Feres Júnior Salem Nasser Leonardo Boff Luiz Roberto Alves Maria Rita Kehl Jean Pierre Chauvin Boaventura de Sousa Santos Marilia Pacheco Fiorillo Carlos Tautz Marilena Chauí Eleonora Albano Antonio Martins Michael Roberts Julian Rodrigues Alysson Leandro Mascaro Caio Bugiato Eliziário Andrade Lincoln Secco Bernardo Ricupero Fernão Pessoa Ramos Elias Jabbour Henri Acselrad Luis Felipe Miguel Manuel Domingos Neto Claudio Katz Jorge Luiz Souto Maior Flávio Aguiar João Adolfo Hansen Priscila Figueiredo Mário Maestri Berenice Bento Roberto Bueno Osvaldo Coggiola João Paulo Ayub Fonseca Chico Whitaker Luiz Carlos Bresser-Pereira Rafael R. Ioris Leonardo Avritzer José Raimundo Trindade Remy José Fontana Leda Maria Paulani Gilberto Lopes Dennis Oliveira Igor Felippe Santos João Carlos Salles Alexandre de Lima Castro Tranjan Luiz Eduardo Soares Luiz Renato Martins Valerio Arcary

NOVAS PUBLICAÇÕES

Pesquisa detalhada