Nota à carta de Marx para Laura e Paul Lafargue

Visconde (Jack) Hastings, O Trabalhador do Futuro, 1935. Biblioteca Memorial de Marx, Londres
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Por MARIO SOARES NETO*

Um referencial indispensável para subsidiar a práxis revolucionária em nosso tempo presente e futuro

A carta “Marx to Laura and Paul Lafargue in Paris”,[i] de 5 de março de 1870 do acervo pessoal de Karl Marx foi originalmente publicada no volume 32 da segunda edição russa das obras de Marx e Engels lançada em Moscou no ano de 1964.[ii] Em 1971, um pequeno trecho deste documento constou na obra Ireland and the Irish Question[iii] e posteriormente, em 1979, apareceu um extrato em The Letters of Karl Marx, com seleção, tradução, notas explanatórias e introdução de Saul K. Padover.[iv] A primeira publicação integral em língua inglesa desta correspondência foi devida ao empreendimento da Marx & Engels Collected Works[v].

Do número 1 da Maitland Park Road em Londres – residência da família Marx entre 1864 e 1875 – a carta de Marx para Laura e Paul Lafargue em Paris foi escrita em inglês e com inúmeros trechos em francês.[vi] Tomamos conhecimento da referida carta no curso da pesquisa que empreendemos sobre a crítica da economia política do racismo com base nas obras de Marx, Engels, Lênin, Trotsky, Raya Dunayevskaya, Claudia Jones, Kevin Anderson, Hakim Adi, Melvin Leiman e, principalmente, a partir do trabalho de August H. Nimtz Jr. – o primeiro autor que identificamos ter feito referência a esta correspondência[vii].

Marx começou a escrever expressando preocupações em relação à família. Poucos dias antes desta comunicação, a sua neta, filha mais nova de Laura e Paul Lafargue havia falecido em Paris – não chegando a completar sequer dois meses de vida. Por outro lado, o neto Schnappy, filho mais velho do casal, encontrava-se gravemente enfermo. Solidarizando-se com a perda irreparável e com as dificuldades vivenciadas por eles, Marx demonstrou-se profundamente afetuoso. Laura era a sua “doce ex-secretária”, filha que tanto contribuiu para as traduções e publicações das obras do pai. Lafargue – um companheiro comunista da Primeira Internacional – era tratado como um filho querido.

A questão racial perfaz aspecto central da presente correspondência. Marx utilizou desta carta para demonstrar suas discordâncias profundas com as ideias pseudocientíficas de Arthur de Gobineau – contrapondo-se à lógica de classificação hierárquica das raças e ridicularizando o argumento de que a raça branca seria uma espécie divina perante outras raças humanas –, questionando, portanto, a noção de supremacia racial branca. Em suas obras, principalmente em O capital e nos Escritos sobre o colonialismo e Escritos sobre a Guerra Civil Americana, Marx e Engels desenvolveram a perspectiva teórico-metodológica e política de crítica ao paradigma racial-colonial tão presente no pensamento social da Europa do século XIX.

Decerto, em oposição a Gobineau, Disraeli, Gumplowicz, Spencer, dentre outros, os fundadores do materialismo histórico dialético rejeitaram a noção de “luta de raças”, afirmando a teoria da luta de classes como princípio motor do desenvolvimento histórico, posicionando o debate teórico-político em defesa da emancipação dos explorados e oprimidos, de forma absolutamente distinta, portanto, dos termos impostos pelos autores do campo do racismo científico[viii].

Num dos trechos da referida carta, Marx afirmou que Gobineau era um daqueles sujeitos que nutria profundo rancor contra a raça negra. Sobre este aspecto, ademais, Marx forneceu-nos uma valiosa compreensão sobre a ideologia e a subjetividade racistas moderno-contemporâneas, referindo-se à necessidade e satisfação destas pessoas de sentirem-se superiores aos outros[ix].

Há evidências de que Marx debatia sobre a questão racial com Paul e François Lafargue. A frase que também aparece em O capital – “o trabalhador de pele branca não pode emancipar-se onde o trabalhador de pele negra é marcado com ferro em brasa”[x] – originou-se em correspondência de 12 de novembro de 1866 com o pai de Lafargue. Em sua magnum opus esta sentença consta no capítulo sobre a jornada de trabalho. A tese evidencia, além de outros aspectos, a unidade dialética de raça e classe no pensamento de Marx e uma profunda reflexão deste autor no sentido de compreensão acerca da divisão sociorracial do trabalho, apontando para a necessidade da unidade da classe trabalhadora em prol da emancipação humana como forma de superação da clivagem racial.

A Questão Irlandesa e a luta de libertação dos fenianos aparecem na correspondência como parte das lutas sociais que contaram com o decisivo engajamento da família Marx e da Primeira Internacional. Ademais, tais elementos também expressaram a contradição étnico-racial e nacional existente no Império Britânico da época.

Curioso notar que, seguindo a mesma linha da referida carta direcionada a Laura e Paul Lafargue, a correspondência de Marx para Meyer e Vogt em 9 de abril de 1870 expressou o seguinte:

Todos os centros industriais e comerciais da Inglaterra agora possuem uma classe trabalhadora dividida em dois campos hostis, os proletários ingleses e os proletários irlandeses. O trabalhador inglês comum odeia o trabalhador irlandês como um concorrente que reduz o seu padrão de vida. Em relação ao trabalhador irlandês, sente-se membro da nação dominante e, por isso, torna-se um instrumento dos aristocratas e capitalistas contra a Irlanda, reforçando assim o domínio sobre si mesmo. Ele cultiva preconceitos religiosos, sociais e nacionais contra o trabalhador irlandês. Sua atitude em relação a ele é muito semelhante à dos brancos pobres para com os negros nos antigos estados escravistas dos Estados Unidos[xi].

Neste documento, Marx compreendeu o fenômeno do racismo incrustado na classe trabalhadora como óbice à sua autoemancipação. A passagem supracitada torna evidente a cisão operada no seio do proletariado com base em critérios sociais, nacionais e étnico-raciais. Destarte, o processo de acumulação e reprodução do capital estabelece a lógica da concorrência generalizada como forma de manutenção do poder econômico, político e ideológico da classe burguesa, que é constituída historicamente à luz do princípio da branquitude.

Aspecto fundamental presente nesta carta refere-se aos comentários de Marx sobre as possibilidades de uma revolução social na Rússia, o que demonstra a sua defesa em torno de estratégias e caminhos abertos não evolucionistas e multilineares de desenvolvimento da revolução, numa dimensão dialética, não adstrita aos países de industrialização avançada. A visão de Marx não se restringia às sociedades ocidentais – é o que evidenciam seus escritos sobre a propriedade comunal russa e os cadernos sobre o Sul da Ásia, Norte da África, América Latina e outras sociedades agrárias no século XIX[xii]. No entanto, para Marx, o triunfo da revolução socialista pressupõe o pleno desenvolvimento das forças produtivas materiais. Como estratégia internacionalista, a transformação da ordem burguesa poderia ser deflagrada em “países atrasados” apenas como “ponto de partida” de um processo histórico-mundial[xiii].

Por óbvio, nenhuma das nossas questões inicialmente elencadas tem o condão de substituir a leitura do texto de Marx. Então, passemos prontamente a ele. Com isto, cumpre-nos tão somente ressaltar (um aspecto formal e um político): que o presente trabalho segue acompanhado de um conjunto de notas da tradução confeccionadas com o objetivo de auxiliar na melhor compreensão possível deste documento histórico. Esta carta, que vem à tona pela primeira vez numa edição brasileira e em língua portuguesa, será um referencial indispensável para subsidiar a práxis revolucionária em nosso tempo presente e futuro – necessariamente anticapitalista, antirracista e antipatriarcal, tal como o verdadeiro marxismo[xiv].

*Mario Soares Neto é advogado, professor e pesquisador. Mestre em direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

 

Notas


[i] Ver MARX, Karl. De Marx para Laura e Paul Lafargue em Paris [Londres, 5 de março de 1870]. Tradução, notas e apresentação de Mario Soares Neto. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política (RSEP), nº 61, (setembro – dezembro 2021), pp. 238-250. Disponível em: www.revistasep.org.br.

[ii] Nesta primeira edição foi reproduzido o texto integral da correspondência de Marx traduzida do inglês para a língua russa. Ver К. Маркса и Ф. Энгельса. Собрание сочинений К. Маркса и Ф. Энгельса. Издание второе. Tom 32. Москва: ИЗДАТЕЛЬСТВО ПОЛИТИЧЕСКОЙ ЛИТЕРАТУРЫ – ИНСТИТУТ МАРКСИЗМА-ЛЕНИНИЗМА ПРИ ЦК КПСС, 1964, cc. 545-550 [MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Obras coletadas de Karl Marx e Friedrich Engels. Segunda edição. Volume 32. Moscou: Editora de Literatura Política – Instituto de Marxismo-Leninismo anexo ao Comitê Central do PCUS, 1964, pp. 545-550]. As obras de Marx e Engels em língua russa estão disponíveis em: http://uaio.ru/marx/ e https://www.marxists.org/russkij/marx/cw/.

[iii] Ver MARX; Karl; ENGELS; Friedrich. Ireland and the Irish Question. Moscou: Progress Publishers, 1971. Na referida publicação constam apenas dois parágrafos desta carta, nos quais Marx fez referência ao apoio das filhas Tussy e Jenny à causa dos fenianos, bem como à sua própria atuação no âmbito da Internacional em defesa dos irlandeses. Marx demonstrou a importância estratégica da luta revolucionária na Irlanda como forma de enfrentamento ao Império Britânico (os trechos estão localizados na página 404).

[iv] Ver MARX, Karl. The Letters of Karl Marx. Selected and translated with explanatory notes and an introduction by Saul K. Padover. Nova Jersey: Prentice-Hall Inc., Englewood Cliffs, 1979. Não conseguimos consultar o texto desta publicação. Assim, desconhecemos qual parte da carta foi publicada nesta edição norte-americana. Uma possibilidade é que tenha ocorrido a reprodução do mesmo trecho da edição anterior.

[v] A MECW foi editada em inglês entre 1975 e 2005 pelas editoras Lawrence & Wishart (Londres) e International Publishers (Nova York). A referida correspondência entre Marx, Laura e Paul Lafargue consta no número 43 da MECW, publicado pela primeira vez no ano de 1988. Posteriormente, todos os 50 volumes da coleção ganharam uma nova edição em 2010. Ver MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Marx & Engels Collected Works. Volume 43. Letters 1868-70. Londres: Lawrence & Wishart, 2010.

[vi] “A família Marx escrevia suas cartas em muitas línguas. A correspondência entre eles podia ser em inglês, francês ou alemão – e muitas vezes nas três línguas juntas –, com toques peculiares de italiano, latim e grego”. Ver GABRIEL, Mary. Amor e capital: a saga familiar de Karl Marx e a história de uma revolução. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 14.

[vii] Ver tópico intitulado “Marx on Race” in: NIMTZ JR., August H. Marx, Tocqueville, and Race in America. Nova York: Lexington Books, 2003, pp. 158-161.

[viii] Ver, principalmente, o capítulo “El darwinismo social, el racismo y el fascismo” in: LUKÁCS, György. El asalto a la razón: La trayectoria del irracionalismo desde Schelling hasta Hitler. México; Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1959.

[ix] O mito do “Marx racista”, tão propalado nos dias atuais, não tem materialidade. Marx era pertencente a uma família de judeus perseguidos na Europa do século XIX. Nos círculos familiares era conhecido como “Mouro”, em virtude da sua pele escura. Marx sofria o racismo – por ser judeu, por ter a pele escura, por ser um imigrante e refugiado e por ser pobre. No plano filosófico, ao advogar a teoria da luta de classes em detrimento das teorias de hierarquização racial, Marx postulou o antirracismo. No plano político, as lutas empreendidas no âmbito da Associação Internacional dos Trabalhadores em defesa da abolição da escravidão nos Estados Unidos e pela libertação dos fenianos irlandeses constam apenas como dois exemplos que evidenciam este aspecto. A práxis revolucionária de Marx e Engels como dirigentes comunistas favoráveis à total emancipação humana constitui elemento decisivo nessa discussão. O referido mito foi questionado pela escritora e jornalista que analisou praticamente toda a correspondência familiar de Marx – segundo a qual, “é muito evidente que Marx e Jenny não eram racistas, porque não se opuseram ao casamento da filha com um homem mestiço, e porque Marx expressou com estrondo sua posição contra a escravidão”. GABRIEL, Mary. Amor e capital: a saga familiar de Karl Marx e a história de uma revolução. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 14. Ademais, não podemos desconsiderar o seguinte entendimento: “o conceito de trabalhador elaborado por Marx não se limitou aos homens brancos europeus, ao contrário, incluiu […] negros superexplorados e, portanto, trabalhadores duplamente revolucionários”. ANDERSON, Kevin B. “Classe, gênero, raça & colonialismo: a ‘interseccionalidade’ de Marx” [Tradução de Mario Soares Neto], Revista Direito e Práxis, vol. 12, n. 2, pp. 1499-1526, Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/issue/view/2462.

[x] Ver MARX, Karl. “Marx to François Lafargue in Bordeaux [London, 12 November 1866]” in: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Marx & Engels Collected Works. Volume 42. Letters 1864-68. Londres: Lawrence & Wishart, 2010, p. 334. Ver, também, MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Volume I. Livro Primeiro (O processo de produção do capital). Tomo I. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 228.

[xi] MARX, Karl. “Marx to Sigfrid Meyer and August Vogt in New York [London, 9 April 1870]” in: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Marx & Engels Collected Works. Volume 43. Letters 1868-70. Londres: Lawrence & Wishart, 2010, pp. 474-475.

[xii] Ver MARX, Karl. The Ethnological Notebooks of Karl Marx. Transcribed and edited, with an introduction by L. Krader. Amsterdã: Van Gorcum & Comp. B. V., 1974. Ver, também, MUSTO, Marcello. O velho Marx. Uma biografia de seus últimos anos (1881-1883). São Paulo: Boitempo, 2018. Ademais, um importante biógrafo brasileiro de Marx, ao apreciar os Cadernos etnológicos, ressaltou que “a análise marxiana denuncia e rechaça os preconceitos ideológicos que viciavam muito da antropologia da época” in: NETTO, José Paulo. Karl Marx: uma biografia. São Paulo: Boitempo, 2020, p. 680.

[xiii] Ver MARX, Karl. Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política. São Paulo: Expressão Popular, 2007. Ver também MARX, Karl. Prefácio à edição russa de 1882 do Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Boitempo, 2005.

[xiv] Digno de nota é o seguinte fato histórico: depois do congresso socialista realizado em Marselha no mês de outubro de 1869, com o objetivo de instituir o Parti Ouvrier Français, o líder operário Jules Guesde (1845-1922), por intermédio de Lafargue, dirigiu-se a Marx e Engels solicitando-lhes ajuda para elaboração de um programa político-eleitoral da organização. Por volta de 10 de maio de 1880, realizou-se uma reunião na casa de Marx em Londres, momento no qual foi elaborado o Programa do Partido Operário Francês, que seria fundado em Le Havre, em novembro daquele ano. O documento foi publicado pela primeira vez em Le Précurseur, nº 25, de 19 de junho de 1880, e impresso de acordo com L’Égalité, nº 24, de 30 de junho de 1880. Marx ditou todo o preâmbulo para Guesde, exarando, logo na abertura, o reconhecimento de que “a emancipação da classe trabalhadora consiste na emancipação de todos os seres humanos, sem discriminação de sexo e de raça”. Ver MARX, Karl. “Preamble to the Programme of the French Workers’ Party” in: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Marx & Engels Collected Works. Volume 24. Marx and Engels 1874-83. London: Lawrence & Wishart, 2010, p. 340.

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