Karl Korsch e o marxismo

Paulo Pasta, Sem título, 2013 Óleo Sobre Tela, 50 x 40 cm
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Por GABRIEL TELES*

Comentário sobre o livro de Paul Mattick

A coletânea de textos de Paul Mattick, Karl Korsch e o marxismo constitui uma oportuna porta de entrada para conhecer, com rigor e profundidade, a obra de um dos maiores teóricos marxistas, ainda que pouco estudado e pouco lido no Brasil: Karl Korsch. Afinal, a propósito dos 100 anos do lançamento de Marxismo e filosofia, inicia-se um renovado interesse por sua obra e contribuição para a teoria marxista.

Paul Mattick (1904 – 1981) foi um dos principais representantes do comunismo de conselhos, corrente do marxismo que buscava resgatar e atualizar o caráter revolucionário dessa teoria a partir das experiências dos conselhos operários (soviets) (POZZOLI, 2020; MAIA, 2015). Dedicou a sua vida à causa dos trabalhadores desde tenra idade, embarcando e participando diretamente da Revolução Alemã aos 14 anos de idade, como membro da organização de juventude da Liga Spartacus (animados, sobretudo por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht) e posteriormente como membro do KAPD (Partido Comunista Operário da Alemanha) (VALADAS, 2010).

Com o término do processo revolucionário e o aumento generalizado da repressão, migra para os EUA e, ao lado de sua militância no movimento operário estadunidense, inicia uma profunda pesquisa, fora da universidade, dos escritos de Marx e do marxismo. Em pouco tempo, torna-se uma importante autoridade em diversos temas que circundam as reflexões marxistas: o caráter cíclico das crises de acumulação de capital, a análise crítica do keynesianismo, a relação entre os intelectuais e movimento operário, etc. Além disso, notabilizou-se como um profundo crítico do leninismo e do marxismo acadêmico, produzindo análises extensas a diversos intelectuais mundialmente conhecidos e considerados marxistas, tais como Herbert Marcuse, Paul Baran, Paul Sweezy, Vladimir Lênin, Leon Trotsky, Karl Kaustky, entre outros.

Paul Mattick, no entanto, é menos conhecido por uma de suas principais contribuições para a história do pensamento marxista: o seu voraz empenho em dar continuidade à tradição conselhista e o merecido reconhecimento aos seus representantes ao escrever sobre eles e suas obras. Daí que Paul Mattick possui textos que sintetizam a vida e a obra de quase todos os comunistas de conselhos (Anton Pannekoek, Otto Ruhle, Karl Korsch, etc.) e resenhas de seus principais livros publicados.

Tal empreitada se deu não só pelo valor que Paul Mattick credita a essa tradição, mas por ter sido, também, um dos mais longevos dessa corrente marxista, produzindo até a década de 1980, enquanto a maioria dos conselhistas tiveram sua produção cessada entre o final dos anos 1940 até o início dos anos 1960. É na esteira desse universo de contribuições que se insere esse conjunto de textos de Paul Mattick sobre Karl Korsch, considerado também um outro representante do comunismo de conselhos (mesmo que tenha aderido tardiamente, em comparação aos demais).[i]

Karl Korsch é um dos mais importantes marxistas do século XX. A sua contribuição teórica, que envolve, ao mesmo tempo, a capacidade de explicitar os principais elementos constitutivos da teoria de Marx e um aporte analítico para aprofundar e desenvolver o próprio marxismo, atesta a nossa afirmação inicial. A sua preocupação fundamental sempre foi refletir o marxismo como uma arma que contribuiria para a autolibertação do proletariado.

Logo, o marxismo foi concebido, por Karl Korsch, como expressão teórica do movimento revolucionário do proletariado. Tal definição, que enlaça ser (proletariado) e consciência (marxismo), aponta para o caráter revolucionário e antidogmático dessa teoria. É nessa perspectiva que Karl Korsch, ao longo de sua trajetória, buscou sempre se esquivar das leituras deterministas e não revolucionárias que muitos intitulados marxistas faziam em sua época. Paul Mattick, como um bom conhecedor da obra de Karl Korsch, evidencia essas contribuições e torna esses elementos o fio condutor de sua análise dos textos korschianos.

O livro Karl Korsch e o marxismo é uma coletânea de três ensaios escritos por Paul Mattick sobre a vida e a obra de Karl Korsch. Até onde temos conhecimento, esta é a primeira coletânea que reúne todos esses textos em apenas uma única edição, o que já evidencia um mérito para os organizadores e editores da obra no Brasil, e que pode ser replicado em eventuais novas edições de outros países.

O primeiro ensaio, “Marx segundo Korsch” publicado originalmente na edição de abril de 1939 da revista política Living Marxism, trata-se de uma resenha de uma das principais e mais significativas obras de Karl Korsch, o seu livro Karl Marx, publicado inicialmente em inglês, em novembro de 1938, na coleção Modern Sociologists. Em que pese o contexto da produção dessa obra de Karl Korsch, [ii] Paul Mattick evidencia que mesmo se tratando de um livro denso e abstrato, o livro é uma útil ferramenta teórica para as aspirações da classe operária em sua luta pela autolibertação, pois trata dos principais temas trabalhados por Marx ao longo de seu desenvolvimento intelectual a partir de três eixos analíticos: sociedade burguesa, economia política e história.

Com base nessa proposta, Karl Korsch discorre sobre a teoria de Marx, o materialismo histórico e seus conceitos analíticos (modo de produção, relação de produção, sociedade, mais-valor, etc.), o seu método de análise e suas categorias analíticas (especificidade histórica, totalidade, etc). Para Mattick, a melhor discussão do livro de Korsch e a sua grande contribuição é a segunda parte do livro que trata da crítica à economia política, especialmente os capítulos dedicados ao fetichismo da mercadoria e à lei do valor.

Paul Mattick, assim, resume a avaliação dessa questão: “A crítica de Marx à Economia Política não era, como se assume frequentemente, um desenvolvimento superior da ciência econômica burguesa, mas a teoria da revolução iminente. As diferenças entre os conceitos econômicos clássicos e os marxistas são demonstradas de maneira esclarecedora” (MATTICK, 2020, p. 26-27).

Paul Mattick, ao prosseguir em sua resenha, no entanto, não realiza um elogio acrítico à obra de Korsch, em que pese o vínculo pessoal de ambos e a colaboração política e intelectual a partir da corrente conselhistas que os dois representavam, especialmente a partir da segunda metade da década de 30 do século XX. Ele faz uma contundente crítica a Korsch especialmente em sua estranha defesa tardia de Lênin em um dos capítulos do livro, já que, desde o final da década de 20, Korsch já tenha iniciado a sua crítica a Lênin e ao leninismo.[iii]

Já o segundo ensaio, “Karl Korsch: breve biografia intelectual”, o mais extenso de todos da coletânea, foi escrito originalmente em 1962, poucos meses depois da morte Korsch, com o título original de Karl Korsch: His Contribution to Revolutionary Marxism na revista política Controversy e republicada na coletânea Anti-Bolshevik Communism, em 1978 pela editora Merlin Press. Paul Mattick, nesse ensaio, traz um panorama da trajetória biográfica de Korsch, evidenciando suas principais atividades e mudanças em sua conturbada vida.[iv] Posteriormente disserta sobre os principais temas trabalhados por Korsch ao longo de seus embates políticos e intelectuais: crítica ao kautskismo, a questão da revolução russa e suas contradições, a autodeterminação proletária como pré-condição ao processo revolucionário, as diferenças entre revolução proletária e revolução burguesa, a crítica da economia política e, por fim, a relação entre marxismo e filosofia.

Paul Mattick, nesse texto, demonstra ser um profundo conhecedor da obra de Korsch, além de fugir dos lugares comuns e das leituras apressadas ou deformadas dos textos korschianos, especialmente sobre a sua suposta aproximação do anarquismo ao defender o anarcossindicalismo a propósito da Revolução Espanhola na segunda metade da década de 30 do século XX, abandonando suas proposições marxistas anteriores.[v] Paul Mattick, assim, reabilita o caráter revolucionário da obra de Korsch e reafirma a sua convicção na teoria marxista de maneira antidogmática e radical.

Já o último ensaio, “O Marxismo de Karl Korsch”, publicado originalmente em 1964, para a edição n° 53 da revista Survey (The Marxism of Karl Korsch), pode ser considerado um aprofundamento da questão do marxismo trabalhado de maneira sintética no ensaio anterior. Nele, Paul Mattick analisa a concepção de marxismo de Korsch e a crítica desapiedada deferida por esse último ao que ele chamava de pseudomarxismo. Afirma, desde o início, que Korsch sempre se autodenominou marxista ao longo de sua vida e enfatizava o caráter não dogmático dessa teoria: “Sua obra mostra uma atitude crítica em relação a Marx e aos marxistas, mas no sentido de fortalecer, não enfraquecer, o movimento marxista. Ele entendia esse movimento estritamente como a luta da classe proletária pela abolição da sociedade capitalista, e a teoria marxista só tinha significado para ele como parte indivisível e essencial dessa transformação social” (MATTICK, 2021, p. 77-78).

Por esse ângulo, o intérprete de Korsch coloca em evidência que o marxismo só poderia ser plenamente compreendido com seu vínculo essencial com o proletariado. Para Korsch, a análise do marxismo só pode ser feita de forma concreta e satisfatória caso se utilize de suas próprias ferramentas teóricas e metodológicas e sejam aplicadas a si mesmas.[vi] É a partir desse princípio que ele conceitua marxismo, aponta o seu desenvolvimento histórico e o seu vínculo com a sociedade.

A definição korschiana de marxismo é apresentada em sua obra Marxismo e filosofia (1977), colocando-o enquanto “expressão teórica do movimento revolucionário do proletariado”[vii] – definição que é levada adiante por ele ao longo de suas obras, diferentemente, por exemplo, de György Lukács que realizou autocríticas a História e consciência de classe. Karl Korsch elabora essa definição considerando a abordagem realizada no Manifesto Comunista por Marx e Engels (2010), sobretudo quando estes autores colocam a relação entre os comunistas e o movimento operário.[viii]

Tal discussão e concepção de marxismo leva Korsch a combater aquilo que chamou de pseudomarxismo. Paul Mattick, de maneira satisfatória, também abarca esse elemento importante das discussões de Korsch: “Korsch descobriu que este marxismo havia degenerado em um mero sistema de conhecimento e não eram mais a consistência de uma prática revolucionária pronta para realizar seu objetivo revolucionário. Era, portanto, necessário reconstruir o lado ativo e revolucionário do marxismo […] Foi nesse espírito que Korsch se entregou à reinterpretação da teoria marxista em oposição às alas “ortodoxas” e “revisionistas’ do marxismo da Segunda Internacional” (MATTICK, 2020, p. 82-83).

Num primeiro momento, antes da consolidação do poder bolchevique na Rússia, Karl Korsch deferiu seus golpes apenas à II Internacional, mas depois incluiu, na sua formulação de pseudomarxismo, os ideólogos da III Internacional, tais como Lênin e os adeptos do leninismo: “Korsch, portanto, argumentou que era necessário dissociar o comunismo proletária do bolchevismo e da Terceira Internacional, tal como anteriormente foi necessário descartar o reformismo da Segunda Internacional” (MATTICK, 2020, p. 91-92). Não cabe aqui desenvolver totalmente essa discussão, mas esses elementos já aponta a maneira como Paul Mattick reforça a ideia de que Korsch dedicou grande parte de seu trabalho a libertar o marxismo de todo tipo de dogma ou influências contrarrevolucionárias.

Em síntese, as discussões apresentadas no conjunto desses ensaios de Paul Mattick, agora reunidas em uma obra, demonstram a força e a atualidade do pensamento de Korsch para todos que buscam a renovação do marxismo e o resgate do seu caráter revolucionário. É por isso que Karl Korsch e o marxismo torna-se leitura imprescindível para aqueles que querem conhecer, com rigor, a obra de Karl Korsch.

*Gabriel Teles é doutorando em sociologia na Universidade de São Paulo (USP).

Versão ampliada da resenha publicada na revista Crítica Marxista, no. 55.

Referência


Paul Mattick. Karl Korsch e o marxismo. Goiânia, Edições Enfrentamento, 2020, 106 págs.

Bibliografia


FERREIRA, Aline C.; TELES, Gabriel. A Definição Marxista de Marxismo em Georg Lukács e Karl Korsch. Revista Espaço Livre, Goiânia, v. 13, n. 25, p. 7-18, jan./jun. 2018. Disponível em: https://redelp.net/revistas/index.php/rel/article/view/798/685. Acesso em: 06 mai. 2019.

KELLNER, Douglas. Karl Korsch: revolutionary theory. Austin: University of Texas Press, 1977.

KORSCH, Hedda. Memorias de Karl Korsch. In: KORSCH, Karl. ¿Que es la socialización? Un programa de socialismo practico. Buenos Aires: Pasado y Presente, p. 113-129, 1973.

KORSCH, Karl. Marxismo e Filosofia. Porto: Edições Afrontamento, 1977.

LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

MAIA, Lucas. Comunismo de Conselhos e Autogestão Social. Rio de Janeiro: Rizoma Editorial, 2015.

MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010.

POZZOLI, Cláudio. Paul Mattick e o Comunismo de Conselhos. Goiânia: Edições Enfrentamento, 2020.

ROTH, Gary. Marxism in a lost century: a biography of Paul Mattick. Brill, 2014.

VALADAS, Jorge. Paul Mattick (1904 – 1981): A paixão da Revolução ou a Impossível separação entre pensamento e acção. IN: MATTICK, Paul. Marx & Keynes: os limites da economia mista. Lisboa: Editora Antígona, 2010.

Notas


[i] Cabe mencionar que Paul Mattick não só escreveu sobre o Korsch, como também ajudou, entre os anos 1960 e 1970, outros intelectuais e militantes a compilar e reeditar a obra de Karl Korsch nos Estados Unidos e na Europa. Mattick foi um dos grandes articuladores e fomentadores de material bibliográfico (cartas, rascunhos, etc.) para Michael Buckmiller (ROTH, 2014), editor do projeto Karl Korsch Gesamtausgabe, em conjunto com o Instituto de História Social de Amsterdã (com contribuições de Götz Langkau) e do Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Hanover (representado por Jurgen Seifert). Tal projeto, ainda em andamento, visa reunir a obra completa de Korsch.

[ii] Esse contexto estava ligado ao caráter formalmente acadêmico que o obra, por conta do seu escopo e proposta externa, possuiu.

[iii] O principal texto que demonstra a rejeição radical de Lênin e do leninismo por Korsch é a sua “Anticrítica” escrita como prefácio à 2° edição de seu livro mais conhecido e famoso, Marxismo e filosofia.

[iv] Importante destacar algumas imprecisões na biografia de Korsch colocada por Mattick. Uma delas, por exemplo, é a sua afirmação que Korsch estudou e praticou direito inglês e internacional quando esteve na Inglaterra entre os anos 1912 e 1914. Na verdade, enquanto se preparava para as provas exigidas para seguir carreira jurídica no Estado Alemão, Korsch é convidado a trabalhar, em 1912, na Inglaterra. O seu trabalho consistiria na tradução do inglês para o alemão de um novo livro do famoso jurista inglês Sir. Simon Shuster, que também havia estudado uma temporada na Universidade de Jena, instituição onde Korsch também teve a sua formação acadêmica. Fora a própria instituição que recomendara Korsch para esta empreitada. Logo, Korsch não “estudou e praticou” direito inglês e internacional, e sim trabalhou como tradutor de uma obra de direito, como atesta Kellner (1977) e Hedda Korsch (1973).

[v] “Korsch aproximou-se do anarquismo sem abandonar suas concepções marxismo. […] A ênfase anarquista na liberdade e na espontaneidade, na autodeterminação e, portanto, na descentralização, na ação e não na ideologia, na solidariedade mais do que no interesse econômico, eram precisamente as qualidades que haviam sido perdidas pelo movimento socialista com sua elevação à influência e poder político nas nações capitalistas em expansão. Não importava para Korsch se sua interpretação tendenciosamente ‘anarquizante’ do marxismo revolucionário era fiel a Marx ou não. O que importava, nas condições do capitalismo do século XX, era recapturar essas atitudes anarquistas para renascer o movimento operário” (MATTICK, 2020, p. 54-55).

[vi] Em suas próprias palavras: “O único método verdadeiramente ‘materialista e, portanto, científico’ (Marx) para uma investigação desse tipo consiste antes em aplicar a perspectiva dialética introduzida por Hegel e Marx no estudo da história, e que, até agora, só aplicávamos à filosofia do idealismo alemão e à teoria marxista dela nascida, também à evolução ulterior desta até aos nossos dias” (KORSCH, 1977 p. 90).

[vii] Lukács (2012, p. 66) define marxismo, como já colocamos em outro texto (FERREIRA; TELES, 2018) de forma semelhante em História e Consciência de Classe: “A teoria que anuncia isso [i. e., que anuncia o proletariado como preconizador da dissolução do mundo existente] não se vincula à revolução de uma maneira mais ou menos contingente, por relações interligadas e ‘mal interpretadas’. Ela é essencialmente apenas a expressão pensada do próprio processo revolucionário”.

[viii] “As proposições teóricas dos comunistas não se baseiam, de modo algum, em ideias ou princípios inventados ou descobertos por este ou aquele reformador do mundo. São apenas a expressão geral das condições efetivas de uma luta de classes que existe, de um movimento histórico que se desenvolve diante dos olhos” (MARX & ENGELS, 2010, p. 51-52).


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