A exploração inerente ao capitalismo

Foto: Robin Erino
image_pdf

Por ERICK KAYSER*

Entramos no século XXI com a volta de Marx. Suas ideias inspiram novamente a um grande número de ativistas sociais e intelectuais em busca de alternativas ao capitalismo, não se tratando de um simples resgate, mas de um novo Marx.

Na virada deste milênio, eram comuns as promessas que ingressaríamos numa “era de ouro” do capitalismo globalizado, com o neoliberalismo vivendo a consolidação de sua hegemonia. As ideias de Karl Marx estariam mortas e o socialismo superado pela marcha triunfante do livre mercado. Contudo, para azar dos donos do capital, as coisas não ocorreram bem assim. O anúncio da morte do marxismo foi precipitado.

No primeiro quarto do século XXI, sob o neoliberalismo, o mundo vivenciou uma sucessão de crises. Após uma prolongada crise econômica iniciada em 2008, a pandemia de Covid-19, na qual 13 milhões de vidas foram perdidas durante 2020 e 2021, desencadeou a maior crise econômica global em mais de um século, com muitos de seus efeitos ainda não superados.

Somando-se ao quadro de crise das democracias geradas pelo neoliberalismo, o ressurgimento da barbárie da guerra, as crises ambientais provocadas pelas mudanças climáticas, entre outras, tornam os efeitos de instabilidades onipresentes. Acrescenta-se ainda uma dimensão de crise estrutural, onde o próprio funcionamento “normal” do capitalismo demonstra esgotamento. Fica evidente que essas diversas crises convergem para uma crise sistêmica do capitalismo.

“O capitalismo gera seus próprios coveiros” escreveram Marx e Engels no Manifesto Comunista. Um dos efeitos da crise foi o ressurgimento, com maior força social, de uma crítica radical pela superação do capitalismo. As crises climática e econômica foram os principais impulsionadores desta tomada de consciência, ampliando alcance de posições políticas anticapitalistas. Este processo tem aberto uma importante perspectiva de renovação do marxismo, marcado principalmente por um “retorno” a Marx.

 Após a crise econômica de 2008, ocorreu uma redescoberta de Marx para um grande público. Temos hoje um cenário internacional de intensa retomada dos estudos e debates políticos em torno a Marx, com inúmeros artigos e publicações importantes lançando novas perspectivas e potencialidades deste arsenal crítico. O “teórico das crises” do capitalismo atingiu novas audiências: um “novo Marx” passou a ser descoberto, sem o fardo de ter de responder por ideias que lhe foram atribuídas pela ideologia oficial de regimes autoritários.

Buscaremos a seguir, ainda que sumariamente, explorar como Marx e o marxismo possuem uma atualidade crítica em tempos de crise do capitalismo. Para isso primeiro debateremos os primórdios do marxismo, suas origens e evolução, chegando a Revolução Russa e o stalinismo. Além disso, registraremos as diferentes expressões que o marxismo assumiu nas margens do socialismo soviético. Por fim, voltaremos a Marx e a renovação em curso da leitura de sua obra.

As origens do pensamento marxista

Quando os dois jovens alemães Karl Marx e Friedrich Engels se encontraram em Paris, em 1844, começando uma amizade que os acompanharia até o fim de suas vidas, certamente não imaginavam o impacto que o projeto político e teórico construído por ambos teria no futuro.

As ideias marxistas surgem num período marcado pela revolução industrial, intensificação das transformações sociais e o surgimento de novas formas de exploração. A entrada em cena do operariado fabril e das massas populares na política europeia naquele período modificou qualitativamente as relações políticas e sociais por todo o continente. Com o modelo democrático liberal ainda frouxamente estabelecido e com um padrão político autoritário e elitista como norma, estes novos agentes inauguravam a pressão social organizada como mecanismo de mudanças e conquistas democráticas.

A grande inovação de Marx e Engels seria o seu método teórico (chamado de socialismo científico) onde desenvolvem uma análise materialista da história, identificando a luta de classes como motor das transformações sociais. A dialética de Marx – uma “inversão” da dialética de Hegel – seria uma de suas ferramentas teóricas, onde integra economia, história, filosofia, entre outros, permitindo uma crítica totalizante.

Em obras como O capital (1867), Marx desvendou, por exemplo, a exploração inerente ao capitalismo, mostrando como o mais-valor sustenta a acumulação de riqueza às custas do trabalho alienado. Estabelecida esta exploração a partir de um conjunto de relações sociais “o processo capitalista de produção, considerado em seu conjunto ou como processo de reprodução, produz não apenas mercadorias, não apenas mais-valia, mas produz e reproduz a própria relação capitalista: de um lado, o capitalista, do outro, o trabalhador assalariado” (MARX, 2013, p.653). Em síntese, o capitalismo funciona como um fim em si, em busca sua autorreprodução indefinida.

Na sua análise histórica, as classes dominantes (como a burguesia no capitalismo) controlam os meios de produção e utilizam o Estado como instrumento de dominação para preservar seus interesses econômicos, legitimando desigualdades por meio de ideologias, leis e instituições. Mas acompanhado deste quadro geral, Marx apresentava uma “abertura da história”, através de sua teoria da revolução.

Marx se negou a apresentar receitas prontas para a revolução e sobre a futura sociedade comunista, porque via o processo histórico como algo intrinsecamente dinâmico e condicionado pelas contradições materiais do capitalismo. Em sua análise, o desenvolvimento social emergia da luta de classes e das condições concretas de cada contexto, não podendo ser pré-determinado por fórmulas fixas. Essa postura evitava a armadilha de um utopismo estático, permitindo que o horizonte comunista funcionasse como uma orientação aberta e flexível, capaz de inspirar a emancipação dos oprimidos conforme as condições históricas se colocam.

Quando Marx faleceu, em 1883, mesmo que sua obra já fosse conhecida em muitos círculos de debate, a presença de um comunismo e socialismo inspirados nas suas ideias era ainda incipiente. Será na década seguinte, especialmente a partir do crescimento eleitoral do partido operário na Alemanha (mas também em outros países europeus) e com a fundação da Internacional Socialista, também chamada de IIº Internacional, fundada em Paris em 1889 com a presença de Engels, que o marxismo passa a ter incidência social e maior relevo.

Os partidos social-democratas agrupados na Segunda Internacional adotam as teses marxistas em seus programas ou declarações de princípios, amparando-se no Programa de Erfurt, redigido por Karl Kautsky, com a colaboração de Engels. Este seria um primeiro corpus teórico que se configuraria como marxismo. A liderança política era exercida pelo Partido Social-democrata alemão, que funcionava como centro de gravidade do marxismo europeu e mundial, até seu colapso com a guerra de 1914.

Neste período constituiu-se uma “ortodoxia oficial” sobre o nascente marxismo, tendo como expoentes figuras como Kautsky e o russo Plekhanov. Essa ortodoxia interpretou o marxismo sob uma perspectiva evolucionista e determinista, influenciada pelo darwinismo e um cientificismo de tipo positivista. Esse viés levou à crença de que a revolução socialista ocorreria inevitavelmente com o desenvolvimento das forças produtivas, o que, paradoxalmente, levou a uma postura passiva dentro da social-democracia, na expectativa de que as leis históricas confirmassem seu triunfo.

Entretanto, os eventos históricos do início do século XX colocariam à prova essa interpretação determinista. O cenário político europeu, marcado pela Guerra e pela crescente insatisfação social, prepararia o terreno para uma transformação radical na teoria e prática marxista.

A Revolução russa e o stalinismo

A Revolução Russa de 1917 representou um ponto de inflexão na trajetória do marxismo. A Guerra Mundial desfez as ilusões sobre um caminho pacífico para o socialismo. Com a vitória dos bolcheviques, liderados por Lenin, inaugurou-se uma nova fase do marxismo, na qual a revolução passava do campo das hipóteses para a realidade histórica.

A ideia que o proletariado poderia se tornar protagonista da transformação social encontrou, nesse contexto, uma expressão inédita e inspiradora para movimentos de emancipação ao redor do mundo. A própria revolução e sua vitória por um partido declaradamente comunista em um país como a Rússia – um dos “elos mais fracos” do capitalismo, como disse Lenin – era uma impossibilidade para os cânones da ortodoxia marxista, que postulavam que a viabilidade da revolução socialista mundial dependeria do sucesso das lutas do proletariado no ocidente.

Conta-se que quando anunciaram a Plekhánov a vitória da Revolução russa, ele teria exclamado: “Mas é uma violação de todas as leis da história” (LÖWY, 1978, p.134).

A criação dos sovietes e a planificação econômica foram alguns de seus marcos, mas a guerra civil e o isolamento internacional, somado a prematura morte de Vladímir Lênin e a chegada de Joseph Stalin ao poder, levaram à ascensão de uma burocracia que distorceu os princípios da revolução. O stalinismo consolidou-se como uma deturpação do marxismo, substituindo a dialética por um mecanicismo positivista e priorizando a “coexistência pacífica” com o imperialismo em detrimento da revolução global, amparada na noção de “socialismo em um só país”.

A repressão e o assassinato de dissidentes como Leon Trotsky ilustram o abismo entre o projeto revolucionário original e o “socialismo realmente existente”. Apesar disso, a URSS teve avanços sociais relevantes, como a erradicação do analfabetismo, embora à custa de um regime autoritário.

No entanto, enquanto o marxismo oficial soviético se cristalizava em dogmas sob a tutela stalinista, outras vertentes do pensamento marxista floresciam a suas margens. Esta pluralidade de interpretações e desenvolvimentos teóricos demonstra a vitalidade do pensamento marxista para além das fronteiras do socialismo soviético, evidenciando sua capacidade de adaptação a diferentes realidades e desafios históricos.

Marxismos nas margens

Fora da órbita stalinista, o marxismo desenvolveu vertentes críticas. Na Europa, podemos começar citando Rosa Luxemburgo, revolucionária polonesa-alemã, que, além de suas importantes contribuições aos debates da economia política marxista, alertou para os perigos da centralização burocrática e defendeu a democracia operária. Assassinada em 1919, durante repressão à revolução alemã, não viveu para ver a confirmação de muitos de seus alertas sobre os descaminhos que tomaria a revolução bolchevique.

O italiano Antonio Gramsci renovaria o marxismo, ampliando a análise da luta de classes ao incorporar a dimensão cultural e ideológica, introduzindo o conceito de hegemonia para explicar como instituições e intelectuais moldam consensos sociais. Nos seus Cadernos do cárcere, ele criticaria o determinismo econômico e apontaria que a luta de classes não se limita a uma “guerra de movimentos” cujo desenlace seria alcançado rapidamente, mas também consiste numa “guerra de posições” amarga e complexa que se desenrola no tempo longo e que implica a construção de uma hegemonia alternativa à da classe dominante.

A chamada Escola de Frankfurt ampliou a análise marxista ao incluir dimensões culturais, psicológicas e ideológicas, integrando influências da psicanálise freudiana, da filosofia hegeliana e até do existencialismo. Theodor Adorno e Max Horkheimer, por exemplo, destacaram a indústria cultural como mecanismo de dominação capitalista, argumentando que a massificação da cultura anestesiava a consciência crítica e perpetuava a alienação.

Na América Latina, o peruano José Carlos Mariátegui, faria um esforço pioneiro e inovador de reinterpretar a teoria marxista à luz das especificidades históricas, culturais e socioeconômicas da região. Autor de Sete ensaios de interpretação da realidade peruana (1928), desafiou o eurocentrismo e o positivismo acadêmico, incorporando à luta marxista as tradições dos povos indígenas.

Merece destaque sua abordagem sobre a particularidade latino-americana para uma estratégia socialista, que deveria conceber ao indígena como sujeito histórico da revolução. Para a viabilidade de seu socialismo indo-americano, José Carlos Mariátegui apontava para existência de um “comunismo incaico”, fruto de uma cultura coletivista de estreita ligação com a terra e que manifestava reminiscências nas atuais comunidades indígenas.

Franz Fanon, psiquiatra e pensador martinicano, tornou-se um ícone anticolonial com obras como Os condenados da terra (1961) e Pele negra, máscaras brancas (1952). Analisando os traumas psíquicos e a desumanização imposta pelo colonialismo, Franz Fanon ampliou o marxismo ao incorporar, sob novas dimensões, raça, violência e subjetividade à crítica do capitalismo. Seus escritos destacam a luta dos oprimidos coloniais como força revolucionária, desafiando a visão eurocêntrica do proletariado clássico. Ao enfatizar a libertação cultural e a descolonização mental, Franz Fanon influenciou a repensar a interseção entre classe, racismo e imperialismo.

É fundamental mencionar a contribuição das feministas para a renovação do marxismo. Ao analisar a opressão das mulheres a partir da lógica do capitalismo e das relações de classe, expuseram como a emancipação feminina só será possível com a transformação radical do sistema econômico. Entre algumas de suas pensadoras pioneiras podemos citar Clara Zetkin, que mobilizou as mulheres em prol do socialismo na Europa; Alexandra Kollontai, uma das poucas mulheres com papel destacado na liderança da Revolução Russa, que em sua obra questionou a estrutura familiar e as imposições do patriarcado dentro do movimento comunista; ou ainda Silvia Federici, cuja análise sobre o trabalho reprodutivo ampliou a crítica às relações de exploração e em seu Calibã e a bruxa (2004), explorou a caça às bruxas como precursor da fundação do capitalismo patriarcal.

Importante também mencionar aqui o ecossocialismo, corrente teórica e política que integra os fundamentos da crítica marxista à economia capitalista com os aportes centrais da ecologia. Partindo da premissa que a degradação ambiental e a exploração social são duas faces da mesma dinâmica capitalista, alguns críticos acusaram Marx de ignorar a ecologia, mas estudos recentes, resgatando o conceito marxiano de “ruptura metabólica”, expuseram a degradação ambiental causada pela exploração capitalista.

O trabalho de John Bellamy Foster, em A ecologia de Marx (2000), demonstra que nos escritos de Marx e Engels já continham uma profunda análise sobre a exploração da natureza pelo capitalismo, com contribuições valiosas para as lutas contemporâneas.

Buscamos aqui exemplificar como, a despeito da sombra do stalinismo ter se colocado como expressão hegemônica do marxismo ao longo do século XX, nas suas margens (ou mesmo em oposição direta), o marxismo assumiu outras formas e expressões críticas. Sem pretensão aqui de esgotar, este mapeamento tenta ser elucidativo da diversidade da fortuna crítica do marxismo.

No século XXI, surge um novo Marx

Entramos no século XXI com a volta de Marx. Suas ideias inspiram novamente a um grande número de ativistas sociais e intelectuais em busca de alternativas ao capitalismo. Como veremos a seguir, não se trata de um simples resgate, mas de um novo Marx, diferente daquele muitas vezes descrito pelos marxismos oficias da ocasião.

Após a dissolução da URSS, o discurso capitalista passou a se amparar não mais por promessas de um “mundo melhor”, mas por convencerem este como o “único possível”. O inglês Mark Fisher sintetiza bem este processo ideológico ao nomeá-lo como realismo capitalista, que conduz uma mudança ontológica significativa: em sua defesa, o capitalismo não se apresenta como o melhor sistema possível, mas sim, como “o único realista”. As alternativas não são apenas indesejáveis, mas fantasmáticas, vagas e invisibilizadas. “No ocidente, em sentido amplo, o capitalismo se propõe como a única realidade possível e portanto raramente ‘aparece’ como tal.” (FISHER, 2016, p.127).

A negação de alternativas não é fruto apenas de dogmatismos e distorções analíticas, mas também uma resposta defensiva frente a crise. A ideia de infinitude do capitalismo é especialmente útil para negar a existência de uma crise do capitalismo enquanto formação social.

Com Marx, é possível historicizar o conjunto de relações sociais que estruturam o capitalista, removendo seu véu de eternidade. Mais do que isso, é possível compreender como o sistema enfrenta uma crise endêmica e permanente, marcada pela disjunção entre a produção para necessidades sociais e a autorreprodução alienada do capital. Mas, principalmente, por sua obstinação por confrontar o poder de classe.

Diferente de outras escolas, expressões ou derivações teóricas críticas, como aquelas advindas do (pós)estruturalismo, do pós-colonialismo, entre outros, que muitas vezes concebem a crítica como um fim em si, o marxismo carregaria desde sua origem uma busca por uma vinculação entre capacidade analítica e teórica com uma práxis política, como já sintetizava a famosa XIº das Tese sobre Feuerbach “Os filósofos apenas interpretaram o mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo” escritas pelo jovem Marx, então com 27 anos.

Será desta premissa que o marxismo, não se restringe a analisar, compreender e descrever os mecanismos de exploração e dominação, mas vinculará esta crítica a um esforço político para sua superação.

Esta volta ao marxismo não se trata de um movimento intelectual nostálgico, mas de uma (re)leitura do pensamento marxista que parte de Marx para sua atualização. A importância (e ineditismo) deste movimento é porque Marx, invariavelmente, foi mais discutido do que efetivamente lido. As razões para isso são várias, desde ter publicado apenas uma pequena parte de sua produção em vida, a descontinuidade nos projetos de reedição e a censura política foram alguns dos obstáculos para maior acesso aos seus textos originais.

Chegou-se à curiosa situação de ele ter sido um dos autores mais debatidos dos últimos cem anos sem possuir ainda hoje uma edição completa e científica do seu trabalho.

Felizmente este quadro começou a mudar com surgimento de iniciativas como da nova edição das obras completas de Marx e Engels (MEGA, na sigla em alemão), retomando, a partir de 1998, o projeto de publicação fiel de toda sua extensa produção. Desde então, tem permitido acesso a novas fontes, revelando manuscritos inéditos que abrem possibilidades de reinterpretação do pensamento de Marx, complexificando, questionando ou reabrindo questões até então tidas como “resolvidas” nos debates marxistas.

Temos hoje oportunidade de ler Marx de uma forma que esteve fora do alcance dos principais estudiosos que analisaram suas ideias até a sétima e a oitava décadas do século passado, podendo ser apreciadas de um modo novo, mais rigoroso e fundamentado. Esta atualização parte da compreensão que as suas incompletudes, agora melhores observáveis, representam menos limites e mais aberturas teóricas.

Como sintetiza Juarez Guimarães (2023), busca-se uma perspectiva que articula conceitos historicamente abertos dentro de uma unidade teórica de sentido. Onde ao se falar em “unidade teórica de sentido” procura-se diferenciar o diagnóstico da obra inacabada de Marx de um campo de conceitos sem estrutura ou direção definido ou, ao inverso, de uma teoria sistematicamente formalizada, plenamente integrada em seus conceitos fundamentais. Este sentido aberto que torna Marx indispensável.

*Erick Kayser é doutorando em história na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Referências

FISHER, Mark. Realismo capitalista: ¿No hay alternativa? Buenos Aires: Caja Negra, 2016.

GUIMARÃES, Juarez. Rumo a um Marx livre. In. MUSTOS, Marcelo (Org). O renascimento de Marx: principais conceitos e novas interpretações. São Paulo: Autonomia Literária, 2023.

LÖWY, Michael. Método dialético e teoria política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro I: o processo de produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2013.

A Terra é Redonda existe graças aos nossos leitores e apoiadores.
Ajude-nos a manter esta ideia.
CONTRIBUA

Veja todos artigos de

MAIS LIDOS NOS ÚLTIMOS 7 DIAS

1
A rede de proteção do banco Master
28 Nov 2025 Por GERSON ALMEIDA: A fraude bilionária do banco Master expõe a rede de proteção nos bastidores do poder: do Banco Central ao Planalto, quem abriu caminho para o colapso?
2
A poesia de Manuel Bandeira
25 Nov 2025 Por ANDRÉ R. FERNANDES: Por trás do poeta da melancolia íntima, um agudo cronista da desigualdade brasileira. A sociologia escondida nos versos simples de Manuel Bandeira
3
O filho de mil homens
26 Nov 2025 Por DANIEL BRAZIL: Considerações sobre o filme de Daniel Rezende, em exibição nos cinemas
4
A arquitetura da dependência
30 Nov 2025 Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR: A "arquitetura da dependência" é uma estrutura total que articula exploração econômica, razão dualista e colonialidade do saber, mostrando como o Estado brasileiro não apenas reproduz, mas administra e legitima essa subordinação histórica em todas as esferas, da economia à universidade
5
A disputa mar e terra pela geopolítica dos dados
01 Dec 2025 Por MARCIO POCHMANN: O novo mapa do poder não está nos continentes ou oceanos, mas nos cabos submarinos e nuvens de dados que redesenham a soberania na sombra
6
Colonização cultural e filosofia brasileira
30 Nov 2025 Por JOHN KARLEY DE SOUSA AQUINO: A filosofia brasileira sofre de uma colonização cultural profunda que a transformou num "departamento francês de ultramar", onde filósofos locais, com complexo de inferioridade, reproduzem ideias europeias como produtos acabados
7
Raduan Nassar, 90 anos
27 Nov 2025 Por SABRINA SEDLMAYER: Muito além de "Lavoura Arcaica": a trajetória de um escritor que fez da ética e da recusa aos pactos fáceis sua maior obra
8
A feitiçaria digital nas próximas eleições
27 Nov 2025 Por EUGÊNIO BUCCI: O maior risco para as eleições de 2026 não está nas alianças políticas tradicionais, mas no poder desregulado das big techs, que, abandonando qualquer pretensão de neutralidade, atuam abertamente como aparelhos de propaganda da extrema-direita global
9
O empreendedorismo e a economia solidária
02 Dec 2025 Por RENATO DAGNINO: Os filhos da classe média tiveram que abandonar seu ambicionado projeto de explorar os integrantes da classe trabalhadora e foram levados a desistir de tentar vender sua própria força de trabalho a empresas que cada vez mais dela prescindem
10
Totalitarismo tecnológico ou digital
27 Nov 2025 Por CLAUDINEI LUIZ CHITOLINA: A servidão voluntária na era digital: como a IA Generativa, a serviço do capital, nos vigia, controla e aliena com nosso próprio consentimento
11
Walter Benjamin, o marxista da nostalgia
21 Nov 2025 Por NICOLÁS GONÇALVES: A nostalgia que o capitalismo vende é anestesia; a que Benjamin propõe é arqueologia militante das ruínas onde dormem os futuros abortados
12
Biopoder e bolha: os dois fluxos inescapáveis da IA
02 Dec 2025 Por PAULO GHIRALDELLI: Se a inteligência artificial é a nova cenoura pendurada na varinha do capital, quem somos nós nessa corrida — o burro, a cenoura, ou apenas o terreno onde ambos pisam?
13
O arquivo György Lukács em Budapeste
27 Nov 2025 Por RÜDIGER DANNEMANN: A luta pela preservação do legado de György Lukács na Hungria de Viktor Orbán, desde o fechamento forçado de seu arquivo pela academia estatal até a recente e esperançosa retomada do apartamento do filósofo pela prefeitura de Budapeste
14
Argentina – a anorexia da oposição
29 Nov 2025 Por EMILIO CAFASSI: Por que nenhum "nós" consegue desafiar Milei? A crise de imaginação política que paralisa a oposição argentina
15
O parto do pós-bolsonarismo
01 Dec 2025 Por JALDES MENESES: Quando a cabeça da hidra cai, seu corpo se reorganiza em formas mais sutis e perigosas. A verdadeira batalha pelo regime político está apenas começando
Veja todos artigos de

PESQUISAR

Pesquisar

TEMAS

NOVAS PUBLICAÇÕES