Israel, a grande mentira

Odilon Redon (1840–1916), carvão e giz de cera, 1891. (acervo The Met)
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Por CHRIS HEDGES*

Israel não exerce “o direito de se defender”, mas conduz um assassinato em massa

Quase todas as palavras e frases utilizadas pelos democratas, republicanos e as cabeças falantes nos meios de comunicação para descrever a agitação dentro de Israel e o ataque israelense mais pesado contra os palestinos desde os ataques de 2014 a Gaza, que duraram 51 dias e mataram mais de 2.200 palestinos, incluindo 551 crianças, são uma mentira. Israel, empregando sua máquina militar contra uma população sob ocupação que não possui unidades mecanizadas, uma força aérea, marinha, mísseis, artilharia pesada e comando-e-controle, para não falar de um compromisso dos EUA de fornecer um pacote de ajuda de defesa de 38 bilhões de dólares a Israel na próxima década, não está exercendo “o direito de se defender”. Está conduzindo um assassinato em massa. É um crime de guerra.

Israel deixou claro que está pronto para destruir e matar tão arbitrariamente agora como foi em 2014. O ministro da defesa de Israel, Benny Gantz, que foi o chefe de gabinete durante o ataque assassino a Gaza em 2014, prometeu que, se o Hamas “não parar a violência, o golpe de 2021 será mais duro e mais doloroso do que o de 2014”. Os ataques atuais já atingiram vários edifícios residenciais, incluindo os que alojavam várias agências de imprensa locais e internacionais, edifícios governamentais, estradas, instalações públicas, terrenos agrícolas, duas escolas e uma mesquita.

Passei sete anos no Oriente Médio como correspondente, quatro dos quais como chefe do escritório do The New York Times na região. Sou fluente em árabe. Numa ocasião, morei por semanas em Gaza, a maior prisão a céu aberto do mundo, onde mais de dois milhões de palestinos vivem à beira da fome, lutam para encontrar água limpa e resistem ao constante terror israelense. Estive em Gaza quando foi atingida pela artilharia israelense e por ataques aéreos. Observei mães e pais, chorando em luto, balançando os corpos ensanguentados de seus filhos e filhas. Conheço os crimes da ocupação – a escassez de alimentos causada pelo bloqueio israelense, a superlotação sufocante, a água contaminada, a falta de serviços de saúde, as quase constantes falhas elétricas devido aos ataques israelenses às centrais elétricas, a pobreza paralisante, o desemprego endêmico, o medo e o desespero. Tenho testemunhado a carnificina.

Também ouvi as mentiras sobre Gaza que emanam de Jerusalém e Washington. O uso indiscriminado por Israel de armas industriais modernas para matar milhares de inocentes, ferir outros milhares e deixar dezenas de milhares de famílias desalojadas não é uma guerra: é um terror patrocinado pelo Estado. E, embora me oponha ao disparo indiscriminado de foguetes por palestinos contra Israel, ao opor-me aos ataques suicidas a bombas, vendo-os também como crimes de guerra, estou perfeitamente consciente de uma enorme disparidade entre a violência industrial conduzida por Israel contra palestinos inocentes e os atos mínimos de violência suscetíveis de serem perpetrados por grupos como o Hamas.

A falsa equivalência entre a violência israelense e palestina ecoou durante a guerra que cobri na Bósnia. Nós que estávamos na cidade sitiada de Sarajevo fomos diariamente esmagados com centenas de bombas pesadas e foguetes dos sérvios nos arredores. Fomos alvo de tiros de atiradores de elite. A cidade registrava algumas dezenas de mortos e feridos todos os dias. As forças governamentais dentro da cidade disparavam de volta com morteiros ligeiros e pequenas armas de fogo. Apoiadores dos sérvios aproveitaram-se de algumas baixas causadas pelas forças governamentais bósnias para jogar o mesmo jogo sujo, embora mais de 90% das mortes na Bósnia fossem culpa dos sérvios, como também é verdade em relação a Israel.

O segundo e talvez o mais importante paralelo é que os sérvios, tal como os israelenses, foram os principais violadores do direito internacional. Israel está descumprindo mais de 30 resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Está descumprindo o Artigo 33 da Quarta Convenção de Genebra, que define a punição coletiva de uma população civil como um crime de guerra. Está violando o Artigo 49 da Quarta Convenção de Genebra por ter assentado mais de meio milhão de israelenses judeus em terras palestinas ocupadas e pela limpeza étnica de pelo menos 750.000 palestinos quando o Estado israelense foi fundado e outros 300.000 depois que Gaza, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia foram ocupadas após a guerra de 1967. Sua anexação de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golã sírias viola o direito internacional, tal como sua construção de uma barreira de segurança na Cisjordânia que anexa terras palestinas a Israel. Está violando a Resolução 194 da Assembleia Geral da ONU que declara que “refugiados palestinos que desejem regressar às suas casas e viver em paz com seus vizinhos devem ser autorizados a fazê-lo o mais cedo possível”.

Esta é a verdade.  Qualquer outro ponto de partida para a discussão sobre o que se passa entre Israel e os palestinos é uma mentira.

O outrora vibrante movimento de paz e a esquerda política de Israel, que condenou e protestou contra a ocupação israelense quando eu vivia em Jerusalém, estão moribundos. O governo de direita Netanyahu, apesar da sua retórica sobre a luta contra o terrorismo, construiu uma aliança com o regime repressivo da Arábia Saudita, que também considera o Irã inimigo.  A Arábia Saudita, um país que produziu 15 dos 19 sequestradores nos ataques de 11 de Setembro, tem a reputação de ser o mais prolífico patrocinador do terrorismo islâmico internacional, supostamente apoiando o jihadismo salafista, as bases da Al-Qaeda, e grupos como o Talibã no Afeganistão, o Lashkar-e-Taiba (LeT) e a Frente Al-Nusra.

A Arábia Saudita e Israel trabalharam em estreita colaboração para apoiar o golpe militar de 2013 no Egito, liderado pelo general Adbul Fattah el Sisi. Sisi derrubou um governo democraticamente eleito. Prendeu dezenas de milhares de críticos do governo, incluindo jornalistas e defensores dos direitos humanos, com acusações politicamente motivadas. O regime de Sisi colabora com Israel mantendo sua fronteira comum com Gaza fechada aos palestinos, prendendo-os na faixa de Gaza, um dos locais mais densamente povoados do mundo. O cinismo e a hipocrisia de Israel, especialmente quando se envolve no manto da proteção da democracia e da luta contra o terrorismo, é de proporções épicas.

Aqueles que não são judeus em Israel ou são cidadãos de segunda classe ou vivem sob ocupação militar brutal. Israel não é, nem nunca foi, a pátria exclusiva do povo judeu.  Desde o século VII até 1948, quando os colonos judeus usaram a violência e a limpeza étnica para criar o Estado de Israel, a Palestina era esmagadoramente muçulmana. Nunca foi uma terra vazia.  Os judeus na Palestina eram tradicionalmente uma minúscula minoria. Os Estados Unidos não são um mediador honesto para a paz, e financiaram, permitiram e defenderam os crimes de Israel contra o povo palestino. Israel não está defendendo a regra da lei.  Israel não é uma democracia. É um estado de apartheid.

Que a mentira de Israel continua sendo abraçada pelas elites dominantes – não há qualquer discrepância entre as declarações em defesa dos crimes de guerra israelenses de Nancy Pelosi e Ted Cruz – e utilizada como base para qualquer discussão sobre Israel é uma prova do poder corruptor do dinheiro, neste caso o do lobby de Israel, e a falência de um sistema político de suborno legalizado que entregou sua autonomia e seus princípios aos seus principais doadores. É também um exemplo espantoso de como os projetos de assentamento, e isto é verdadeiro nos Estados Unidos, sempre realizam um genocídio cultural para que possam viver num estado de suspensão mitológica e de amnésia histórica para legitimarem-se a si mesmos.

O lobby de Israel usou desavergonhadamente sua enorme influência política para exigir que os americanos fizessem de facto juramentos de fidelidade a Israel. A aprovação por 35 legislaturas estaduais de legislação de suporte ao lobby de Israel, exigindo de seus trabalhadores e contratantes, sob ameaça de dispensa, a assinatura de um juramento pró-Israel e a promessa de não apoiar o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções é um escárnio para o nosso direito constitucional de livre expressão. Israel fez lobby junto ao Departamento de Estado dos EUA para redefinir o antissemitismo segundo um teste de três pontos, conhecido como os Três Ds: a elaboração de declarações que “demonizam” Israel; declarações que aplicam “duplos padrões” a Israel; declarações que “deslegitimam” o Estado de Israel. Esta definição de antissemitismo está sendo impulsionada pelo lobby de Israel nas legislações estaduais e nos campi universitários. O lobby de Israel espiona nos Estados Unidos, frequentemente sob a direção do ministério dos assuntos estratégicos de Israel, aqueles que defendem os direitos dos palestinos. Realiza campanhas públicas de difamação e faz listas de defensores dos direitos dos palestinos – incluindo o historiador judeu Norman Finkelstein; o relator especial da ONU para os Territórios Ocupados, Richard Falk, também judeu; e estudantes universitários, muitos deles judeus, em organizações como a Estudantes pela Justiça na Palestina.

O lobby de Israel gastou centenas de milhões de dólares para manipular as eleições dos EUA, muito além de tudo o que alegadamente tem sido feito pela Rússia, China ou algum outro país.  A pesada interferência de Israel no sistema político norte-americano, que inclui operativos e doadores juntando centenas de milhares de dólares em contribuições de campanha em todos os distritos eleitorais dos EUA para candidatos que cumpram os requisitos dos financiadores, está documentada na série da Al-Jazeera em quatro episódios, “The Lobby”. Israel conseguiu bloquear a transmissão de “The Lobby”. No filme, uma cópia pirata está disponível no site Electronic Intifada, os líderes do lobby de Israel são repetidamente captados por uma câmera oculta de um repórter, explicando como eles, apoiados pelos serviços secretos dentro de Israel, atacam e silenciam os críticos americanos e usam doações massivas de dinheiro para comprar políticos. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou o convite inconstituional ao então presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, para se dirigir ao Congresso em 2015 e denunciar o acordo nuclear iraniano do presidente Barack Obama. O desafio aberto de Netanyahu a Obama e a aliança com o Partido Republicano, no entanto, não impediu Obama de autorizar, em 2014, um pacote de ajuda militar a Israel no valor de 38 bilhões de dólares por 10 anos, uma triste observação sobre como a política americana é cativa dos interesses israelenses.

O investimento de Israel e de seus apoiadores vale a pena, especialmente se considerarmos que os EUA também gastaram mais de 6 trilhões de dólares durante os últimos 20 anos travando guerras fúteis que Israel e seu lobby impulsionaram no Oriente Médio. Estas guerras são o maior desastre estratégico da história norte-americana, acelerando o declínio do império americano, levando a nação à falência num momento de estagnação econômica e de pobreza crescente, e lançando partes enormes do globo contra nós. Elas servem os interesses de Israel, não os nossos.

Quanto mais tempo se abraça a falsa narrativa israelense, mais poderosos se tornam os racistas, fanáticos, teóricos da conspiração e grupos de ódio de extrema-direita dentro e fora de Israel. Esta firme mudança para a extrema-direita em Israel fomentou uma aliança entre Israel e a direita cristã, muitos dos quais são antissemitas. Quanto mais Israel e o lobby de Israel intensificam a acusação de antissemitismo contra aqueles que falam pelos direitos palestinos, tal como fizeram contra o líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, mais encorajam os verdadeiros antissemitas.

O racismo, incluindo o antissemitismo, é perigoso. Não é ruim apenas para os judeus. É ruim para todos. Ele dá poder às forças obscuras do ódio étnico e religioso nos extremos. O governo racista de Netanyahu construiu alianças com líderes de extrema-direita na Hungria, Índia e Brasil, e foi um aliado estreito de Donald Trump. Racistas e chauvinistas étnicos, como vi nas guerras na ex-Iugoslávia, alimentam-se uns dos outros. Eles dividem as sociedades em campos polarizados e antagônicos que só falam a língua da violência. Os jihadistas radicais precisam de Israel para justificar sua violência, tal como Israel precisa dos jihadistas radicais para justificar sua violência.  Estes extremistas são gêmeos ideológicos.

Esta polarização fomenta uma sociedade temerosa e militarizada.  Ela permite às elites governantes em Israel, assim como nos Estados Unidos, desmantelar as liberdades civis em nome da segurança nacional. Israel dirige programas de treinamento para as polícias militares, incluindo as dos Estados Unidos. É um ator global na indústria multibilionária de drones, competindo com a China e os Estados Unidos.

Supervisiona centenas de empresas de vigilância cibernética cujas inovações em espionagem, segundo o jornal israelense Haaretz, têm sido utilizadas no estrangeiro “para localizar e deter ativistas de direitos humanos, perseguir membros da comunidade LGBT, silenciar cidadãos críticos de seus governos, e até fabricar casos de blasfêmia contra o Islã em países muçulmanos que não mantêm relações formais com Israel”.

Israel, tal como os Estados Unidos, foi envenenado pela psicose da guerra permanente. Um milhão de israelenses, muitos deles entre os mais esclarecidos e instruídos, deixaram o país. Seus mais corajosos defensores dos direitos humanos, intelectuais e jornalistas – israelenses e palestinos – estão sob constante vigilância governamental, detenções arbitrárias e campanhas de difamação hediondas conduzidas pelo governo. Bandos e guardas, incluindo criminosos de grupos juvenis de direita como o Im Tirtzu, atacam fisicamente dissidentes, palestinos, árabes israelenses e imigrantes africanos nas favelas de Tel Aviv. Estes extremistas judeus perseguiram palestinos nos arredores de Sheikh Jarrah, exigindo sua expulsão. São apoiados por uma série de grupos anti-árabes, incluindo o partido Otzma Yehudit, o descendente ideológico do partido proscrito Kach, do movimento Lehava, que exige que todos os palestinos em Israel e nos territórios ocupados sejam expulsos para estados árabes vizinhos, e La Familia, hooligans de extrema-direita. Lehava em hebraico significa “chama” e é o acrônimo de “Prevenção da Assimilação na Terra Santa”. Bandos destes judeus fanáticos desfilam pelos bairros palestinos, incluindo Jerusalém Oriental ocupada, protegidos pela polícia israelense, gritando aos palestinos que ali vivem “morte aos árabes”, o que é também um cântico popular nos jogos de futebol israelenses.

Israel fez passar uma série de leis discriminatórias contra não-judeus que ecoam as racistas Leis de Nuremberg que privaram os judeus de seus direitos na Alemanha nazista. A Lei de Aceitação das Comunidades, por exemplo, permite que “pequenas cidades exclusivamente judaicas espalhadas por toda a região da Galileia rejeitem formalmente os candidatos a residência com base na ‘adequação à perspectiva fundamental da comunidade’”. O sistema educacional de Israel, começando na escola primária, utiliza o Holocausto para retratar os judeus como vítimas eternas.  Esta vitimização é uma máquina de doutrinação utilizada para justificar o racismo, a islamofobia, o chauvinismo religioso e a deificação dos militares israelenses.

Há muitos paralelos entre as deformidades que aderem a Israel e as deformidades que aderem aos Estados Unidos. Os dois países estão avançando em altíssima velocidade para um fascismo do século XXI, camuflado em linguagem religiosa, que irá revogar o que resta das nossas liberdades civis e extinguir nossas democracias anêmicas. O fracasso dos Estados Unidos em defender a regra da lei, em exigir que aos palestinos, impotentes e sem amigos, mesmo no mundo árabe, sejam concedidos direitos humanos básicos, espelha o abandono dos vulneráveis dentro da nossa própria sociedade. Receio que estejamos tomando o mesmo caminho de Israel. Será devastador para os palestinos. Será devastador para nós. E toda resistência, como os palestinos corajosamente nos mostram, virá apenas das ruas.

*Chris Hedges é jornalista. Autor, entre outros livros, de Empire of Illusion: The End of Literacy and the Triumph of Spectacle (Nation books).

Tradução: Fernando Lima das Neves

Publicado originalmente no portal Scheerpost.

 

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