A dança de guerra do Ocidente

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Por GILBERTO LOPES*

A dança de guerra baseada na expansão da OTAN e na demonização da Rússia ignora os avisos históricos, arriscando uma conflagração final em nome de um mundo unipolar que já se mostra falido

Guerra – a única missão

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, no dia 10 de dezembro, por 312 votos a 112, uma autorização de gastos militares de 900 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2026. Com cem bilhões suplementares aprovados na primavera passada, o orçamento totaliza mais de um trilhão de dólares. Inclui 400 milhões de dólares anuais para o fornecimento de armas à Ucrânia nos próximos dois anos.

Isso representa cerca de 40% do gasto militar mundial. Uma soma recorde, impressionante, difícil de dimensionar. É mais do que gastam juntos os nove países que vêm a seguir, incluindo a China e a Rússia. Para um país cuja dívida hoje se aproxima dos 37 trilhões de dólares, é um gasto extraordinário. No ano fiscal de 2004, o orçamento de defesa dos Estados Unidos foi de 850 bilhões de dólares, ligeiramente inferior aos 880 bilhões em pagamento de juros.

O novo orçamento, que deve ser aprovado pelo Senado, está alinhado com as preocupações de Pete Hegseth, secretário da guerra da administração de Donald Trump, expostas no último dia 30 de setembro a mais de 800 generais e almirantes, reunidos na base dos marines de Quantico, na Virgínia.

Pete Hegseth fez um longo discurso. A partir de agora, afirmou, “a única missão do recém-restabelecido Departamento de Guerra é fazer a guerra”. Em sua opinião, o pacifismo ignora a natureza humana, é ingênuo e perigoso. Nacionalista cristão de direita, tal como o vice-presidente J. D. Vance, Pete Hegseth escreveu vários livros: contra a ideologia woke, contra os islâmicos, defendendo a ideia de que aqueles que aspiram à paz devem preparar-se para a guerra.

“Vocês matam pessoas e destroem coisas para ganhar a vida. Não são politicamente corretos e não pertencem necessariamente à alta sociedade”. “Adiante, disparem, porque somos o Departamento de Guerra!”, exortou aos militares.

Para o presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara, o republicano Mike Rogers, os Estados Unidos precisam de uma força de combate “pronta, capaz e letal”. “As ameaças à nossa nação, especialmente as que vêm da China, são mais complexas e desafiadoras do que em qualquer outro momento dos últimos 40 anos”, disse ele.

Para Pete Hegseth, o cenário internacional assemelha-se ao de 1939. Muitas coisas aconteceram em 1939, incluindo o início da Segunda Guerra Mundial, com a invasão alemã da Polônia, em 1º. de setembro daquele ano. Pete Hegseth estaria pensando nisso? Estaria pensando em outra guerra mundial?

Cinco semanas após o encontro na Virgínia, Pete Hegseth reuniu-se, na sexta-feira, 7 de novembro, no National War College, em Washington, com responsáveis do exército e representantes da indústria de defesa, para explicar as novas regras com as quais trabalhariam: “Não construímos para tempos de paz. O sistema de contratação pública de defesa, tal como o conhecem, deixou de existir. Agora é um sistema para a guerra”.

Numa mesa-redonda realizada nas mesmas datas no Fórum Nacional de Defesa Reagan, o multimilionário Jamie Dimon, presidente do JP Morgan, o principal banco norte-americano, discutiu a nova proposta com Christopher Calio, diretor-executivo da Raytheon (RTX), um dos principais contratantes do Pentágono.

Somos uma empresa bastante patriótica, disse Jamie Dimon. Decidimos fazer pelo menos 50% a mais nos próximos dez anos em matéria de segurança. “Isso representa 1,5 trilhão e, na sequência, dez bilhões em investimentos, um montante que poderia aumentar facilmente, para financiar as cadeias de abastecimento dos fornecedores com os quais Chris poderia fazer negócios: se ele quiser duplicar ou triplicar a produção de seus mísseis, deve pedir a alguns desses fornecedores que dupliquem ou tripliquem sua produção”, disse ele.

O mundo experimentou grandes mudanças, afirmou, destacando o crescimento da China. Para Jamie Dimon, “ter o exército mais poderoso é a melhor maneira de dissuadir más ações”.

Outra guerra

Em que guerra estarão pensando Pete Hegseth, Jamie Dimon ou os líderes europeus?

Para o secretário-geral da OTAN, o holandês Mark Rutte, “somos o próximo alvo da Rússia e já estamos em perigo”. Mark Rutte falou em Berlim em 11 de dezembro, acompanhado pelo chanceler alemão, o democrata-cristão Friedrich Merz. Ele estima que a Rússia poderá estar pronta para usar a força militar contra a OTAN dentro de cinco anos. Uma guerra que, em sua opinião, teria “a mesma magnitude que a guerra que os nossos avós e bisavós sofreram”.

“Ao fazer declarações tão irresponsáveis, o senhor Rutte simplesmente não compreende do que está falando”, respondeu o porta-voz presidencial russo, Dimitri Peskov, acrescentando que na Rússia se conserva cuidadosamente a memória dos horrores da Segunda Guerra Mundial e do que fez para salvar a Europa do fascismo.

Uma guerra contra a Rússia dentro de cinco anos é uma afirmação que os serviços secretos alemães, franceses ou ingleses, seus líderes políticos e militares têm repetido, sem que se conheçam publicamente os argumentos em que se baseiam tais estimativas.

Friedrich Merz, para quem vivemos “um ponto de inflexão” na política mundial, anunciou que a Alemanha deve preparar-se para a guerra e antecipou em seis anos, para 2029, a meta de dedicar 3,5% do PIB a gastos militares, apesar da difícil situação econômica que seu país atravessa.

Em sua opinião, Vladimir Putin aspiraria a reconstruir a União Soviética, para o que estaria preparando-se. Afirmações que as autoridades russas classificaram como “uma estupidez”.

Para a chefe da inteligência britânica, Blaise Metreweli, uma Rússia “agressiva, expansionista e revisionista” é uma grave ameaça. Num discurso proferido no dia 15 de dezembro, ameaçou: “Vladimir Putin não deve ter dúvidas; a pressão que exercemos em nome da Ucrânia será mantida”.

Pete Hegseth pode estar certo ao comparar a situação atual com a de 1939. Foi quando a Alemanha iniciou seu avanço militar para o leste, ocupando a Polônia e preparando-se para a maior operação da Segunda Guerra Mundial: a invasão da União Soviética.

Em 22 de junho de 1941, 3,5 milhões de soldados alemães cruzaram a fronteira da URSS. Em dezembro, algumas tropas estavam a apenas 25 km de Moscou e a Alemanha já planejava a ocupação do imenso território do país. Mas não foi isso o que ocorreu. A partir daí, as coisas mudaram. A resistência russa transformou-se numa ofensiva que terminaria três anos depois em Berlim.

De que guerra falamos?

Fridrich Merz parece disposto a tentar novamente. Ele considera que não há urgência em um acordo de paz na Ucrânia. Ele aposta em sustentar o regime de Kiev com armas e dinheiro e aumentar a pressão sobre Moscou. Pelo menos publicamente, não descartam a ideia de que a Ucrânia pode continuar resistindo. Ou que os russos não devem vencer a guerra.

“Todos sabemos que o destino de seu país é o destino da Europa”, disse o chanceler alemão a Volodymyr Zelensky no dia 8 de dezembro, após uma reunião em Londres com o presidente francês e o primeiro-ministro britânico.

Ideia semelhante é a do presidente francês, Emmanuel Macron, para quem a Rússia está levando a cabo uma confrontação estratégica com os europeus. “Financiamos equipamentos para a Ucrânia, que está resistindo, enquanto a economia russa começa a sofrer com nossas sanções”, afirmou Emmanuel Macron no dia 8 de dezembro, embora os resultados na frente sugiram o contrário, tal como os indicadores da economia russa.

Em 18 de novembro, o general Fabien Mandon, chefe do Estado-Maior da Defesa da França, dirigiu-se a um congresso de prefeitos franceses. Ele convocou-os para a guerra. “De acordo com as informações de que disponho – afirmou o general –, a Rússia está preparando-se para um confronto com nossos países no horizonte de 2030”.

Para o general francês, o perigo não é que os russos desembarquem na Alsácia, mas que os franceses sejam obrigados a agir em defesa do flanco leste da OTAN. “Portanto – acrescentou – indiquei às forças armadas que devemos estar preparados em três ou quatro anos”.

De que informações o general disporia? O presidente russo reiterou o absurdo dessa afirmação. Ele ofereceu garantias por escrito de que não tem qualquer plano de atacar a OTAN. Qual seria o objetivo de um ataque dessa natureza? O que o Kremlin poderia conseguir com essa guerra que, naturalmente, seria nuclear?

É difícil encontrar respostas razoáveis para essas perguntas, alguma justificação para um ataque dessa natureza. Não foi a Rússia que aproximou suas tropas das fronteiras europeias. Foi a Europa que aproximou as forças da OTAN das fronteiras russas desde os anos 90 do século passado, contrariando os acordos negociados com as autoridades soviéticas no final da Guerra Fria.

A Alemanha, que já levou o mundo a duas grandes guerras, parece disposta a tentar novamente o que não conseguiu em suas tentativas anteriores. Sempre que adota novas medidas para seu rearmamento e se prepara para a guerra contra a Rússia, ganham destaque as palavras do general indiano-britânico Lord Hastings Ismay, primeiro secretário-geral da OTAN, quando definiu os objetivos da organização: manter os norte-americanos dentro, os russos fora e os alemães embaixo. Exceto manter os russos fora, os outros objetivos parecem cada vez mais difíceis de alcançar.

Mas comparar essa guerra com a que nossos avós e bisavós sofreram – quando não existiam armas atômicas –, como afirma o atual sucessor de Lord Ismay, é mais do que ingenuidade. Uma guerra como essa seria algo nunca visto e certamente a última que a humanidade viveria.

As advertências de Moscou – os riscos de um mundo unipolar

Em fevereiro de 2007, na Conferência de Segurança de Munique, o presidente russo alertou para os riscos que um mundo unipolar representava para a segurança de todos. Ele destacou que a expansão da OTAN, com sua presença nas fronteiras russas, longe de oferecer maior segurança para a Europa, “representava uma séria provocação que reduzia o nível de confiança mútua”.

Em fevereiro de 2014, ocorreu o golpe na Ucrânia que, com o apoio norte-americano e europeu, depôs o presidente Viktor Yanukovich e aproximou o país da OTAN. A partir de então, as relações entre o governo de Kiev e suas províncias orientais, de maioria étnica russa, deterioraram-se até transformarem-se num conflito armado, enquanto a possibilidade de adesão da Ucrânia à OTAN aumentava a tensão com a Rússia que, em março desse ano, após o golpe de Estado, tinha anexado a península da Crimeia.

Em 2014 e 2015, as partes envolvidas negociaram os acordos de Minsk para resolver esse conflito, com a participação da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande. Negociações que os garantes europeus reconheceram posteriormente nunca terem pretendido cumprir. Tratava-se apenas de ganhar tempo, enquanto armavam a Ucrânia para uma guerra futura.

Em outubro desse mesmo ano de 2014, Vladimir Putin fez outro importante discurso no fórum de Valdai. Falou dos riscos de um mundo unipolar. Ter um único centro de poder não torna o processo global mais fácil de gerir. Pelo contrário, diria ele, a história tem demonstrado sua incapacidade de enfrentar as ameaças reais.

A Rússia já estava enfrentando as primeiras sanções, pela anexação da Crimeia. “Alguns dizem que estamos virando as costas para a Europa, buscando novos parceiros, principalmente na Ásia. Deixem-me dizer que este não é, de forma alguma, o caso”.

Em seguida, ele se referiu ao desenvolvimento de conflitos violentos, com a participação direta ou indireta das grandes potências. A Ucrânia “é um exemplo desses conflitos, que afetam o equilíbrio internacional de poderes”, afirmou Vladimir Putin. Alertamos para as graves consequências econômicas que a adesão da Ucrânia à União Europeia – de que era o maior parceiro comercial – poderia ter para a Rússia e solicitamos uma ampla discussão sobre o assunto. “Ninguém quis ouvir-nos, ninguém quis falar. Simplesmente disseram-nos: isso não é da sua conta. Ponto final”.

Em setembro de 2015, Vladimir Putin viajou para Nova Iorque para discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ao defender a posição de seu país diante dos diversos cenários de conflito no mundo, insistiu que não se tratava de ambição própria, “mas de reconhecer que não era possível continuar tolerando o estado atual das coisas no mundo”.

Como em 1939

De seu ponto de vista, o espírito da Guerra Fria continuava presente no cenário internacional. Apesar da dissolução do Pacto de Varsóvia, que unia os países da Europa do leste sob a liderança da União Soviética, e apesar do colapso da própria União Soviética, a OTAN continuava expandindo sua infraestrutura militar. Para quê?, perguntou-se ele. “Mais cedo ou mais tarde, esta lógica de confronto acabará desencadeando uma grave crise geopolítica. Foi exatamente isso que aconteceu na Ucrânia, onde se aproveitou do descontentamento da população com as autoridades para orquestrar um golpe militar a partir do exterior, o que desencadeou uma guerra civil”.

A Rússia ainda confiava que os acordos de Minsk poderiam pôr fim ao conflito nas províncias ucranianas fronteiriças, onde o confronto armado já custara milhares de vidas. Mas, como sabemos, não foi isso o que aconteceu. A tensão nesses territórios continuou aumentando, sem que nenhuma tentativa de negociação prosperasse.

Em dezembro de 2021, quando a Rússia já concentrava tropas na fronteira, Vladimir Putin e Joe Biden conversaram por telefone. Putin exigiu o cumprimento dos acordos de Minsk e que a Ucrânia não se incorporasse à OTAN. Não houve acordo. Faltavam poucas semanas para o início da guerra.

Há vários anos que a Europa cortou praticamente todo o tipo de contatos diplomáticos com a Rússia. Com a OTAN transformada no braço armado da UE, nenhuma negociação consegue prosperar, enquanto a Alemanha (e seus parceiros europeus) apostam na derrota da Rússia. Mas as pressões para um acordo negociado aumentam. Parece difícil que esse conflito se prolongue para além do ano que começará dentro de poucas semanas.

Entretanto, na Ásia, escalam tensões perigosas. O novo governo do Japão, tal como a Alemanha, revê as disposições de segurança acordadas no final da Segunda Guerra Mundial.

Não se pode descartar que Pete Hegseth esteja certo. Como em 1939, as costuras da camisa de força imposta aos derrotados da Primeira Guerra Mundial começaram a se romper, na medida em que acreditavam que havia chegado sua hora de refazer a história. E tentaram novamente invadir a Rússia. O resultado foi uma tragédia.

Não se pode descartar que o resultado de uma nova tentativa seja semelhante. Mas poderia ser muito pior… Se quisermos sobreviver, o mundo civilizado tem a obrigação de fazer o que puder para deter esses selvagens.

*Gilberto Lopes é jornalista, doutor em Estudos da Sociedade e da Cultura pela Universidad de Costa Rica (UCR). Autor, entre outros livros, de The end of democracy: a dialogue between Tocqueville and Marx (Editora Dialética) [https://amzn.to/3YcRv8E]

Tradução: Fernando Lima das Neves.


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