A economia do inconsciente – psicanálise e capitalismo

Imagem: Alexey Demidov
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Por ADRIAN JOHNSTON*

O capitalismo é um sistema socioeconômico que coloca o sujeito em um estado permanente de busca descontente

Quais são – caso existam – os resultados da ligação feita pelo último Lacan entre a economia libidinal (centrada no gozo, no desejo, no “objeto a” etc.) e a economia política em geral, assim como, especificamente, a crítica histórico-materialista da economia política? Da mesma forma, como interpretar as glosas de Lacan sobre as analogias de Freud com o capitalista-empresário que põe uma interface entre a psicanálise e o marxismo? Samo Tomšič, em seu estudo de 2015, O inconsciente capitalista: Marx e Lacan, aborda assim esta segunda questão:

Freud não diz o que os freudo-marxistas dirão mais tarde, ou seja, que o inconsciente explica o capitalismo; ele afirma precisamente o contrário: é o capitalismo que elucida o inconsciente. O inconsciente descoberto em A Interpretação dos Sonhos nada mais é do que o inconsciente capitalista, o entrelaçamento da satisfação inconsciente com a estrutura e a lógica do modo de produção capitalista.

Tenho duas hesitações sobre essa leitura de Tomšič. A primeira revela uma preocupação: pelo menos de uma perspectiva lacaniana, acho que ele corre o risco de historicizar excessivamente o inconsciente psicanalítico. Nem Lacan nem eu discordaríamos que as estruturas e dinâmicas do inconsciente são significativamente influenciadas por forças e fatores sócio-históricos, inclusive os do capitalismo. Mas acredito que Lacan sustentaria que as contribuições da modernidade capitalista para a descoberta e teorização do inconsciente freudiano caem na tese de Marx segundo a qual “a anatomia humana contém uma chave para a anatomia do macaco”. Dito de outra forma, o surgimento explícito do inconsciente analítico no capitalismo moderno revela uma metapsicologia já implicitamente operante na espécie homo sapiens muito antes do surgimento do modo de produção capitalista.

Porém, se Samo Tomšič entende por “inconsciente capitalista” o “entrelaçamento” entre um inconsciente transistórico e o capitalismo, entendendo este como uma formação sócio-histórica mediadora, então essa minha primeira reserva é branda ou mesmo discutível. O próprio Lacan, no Seminário XVII, dá um exemplo de sua abertura a essa abordagem quando, mais uma vez apelando a Marx, reconhece que, sob o capitalismo, “os interesses do sujeito” (isto é, as pulsões, desejos etc.) são “inteiramente mercantis” (entièrement marchands).

Ou seja, há sim um entrelaçamento entre a economia libidinal e a economia política do capitalismo de tal forma que, dentro dessa ordem socioeconômica (e simbólica), os interesses libidinais do sujeito são mediados e infletidos pelas demandas e ditames do modo de produção, caracterizando este, assim, como uma ordem envolvente para além de subjetiva. Da mesma forma, Lacan, já no Seminário XIV (A lógica da fantasia [1966-1967]), sugere que, sob o capitalismo, a vida amorosa dos humanos é mercantilizada por meio de encontros sexuais e amorosos arranjados pelo comércio das chamadas “carnes de mercado” (um ponto que Lacan veria ainda mais relevante hoje em dia considerando os papéis da internet, das mídias sociais e dos aplicativos de namoro na orquestração de acoplamentos carregados de libidinagem).

Minha segunda hesitação em relação à tese de Tomšič não vai ser facilmente dissipada. Por um lado, concordo com ele que as variantes anteriores à Lacan do freudo-marxismo (incluindo e especialmente aquelas associadas à Escola de Frankfurt) tendem a errar ao fazer a psicanálise explicar unilateralmente o capitalismo – mas não vice-versa. Ora, Tomšič está bem certo de que uma abordagem lacaniana, que se poderia rotular de lacano-marxismo, tende a compensar essa unilateralidade ao enfatizar como o capitalismo explica a psicanálise. Os apelos acima citados de Lacan à economia política mostram que o marxismo é indispensável para conceituar a economia libidinal e assim confirmam esse aspecto da interpretação desse autor.

No entanto, por outro lado, Tomšič parece cair em outra unilateralidade. Ao ficar contra uma elucidação freudo-marxista do capitalismo por meio da psicanálise, ele parece querer buscar apenas uma elucidação lacano-marxista da psicanálise por meio de uma compreensão marxista do capitalismo. Em meu ver, ao jogar o lacano-marxismo contra o freudo-marxismo em geral deixa algo inacabado. Impede-se de revisitar o modo como a psicanálise ilumina o capitalismo depois de passar pelas reflexões de Lacan sobre como o capitalismo ilumina a psicanálise.

Deixar de completar o quadro equivale a renunciar a certos insights não descobertos pelo freudo-marxismo mais tradicional. Em outras palavras, uma iluminação lacano-marxista do capitalismo pela psicanálise traz à luz certas facetas deixadas na escuridão tanto pela iluminação unilateral do capitalismo pelo freudo-marxismo quanto por uma iluminação lacaniana, igualmente unilateral, da psicanálise pelo capitalismo.

Em termos de uma explicação lacano-marxista do capitalismo por meio da psicanálise, o Freud de Lacan suscitou paralelos entre o capitalista enquanto tal e o acumulador de “libido-capital”. O “qua plus-de-jouir” de Lacan, em particular, mostrou que o capitalismo não se organiza para trazer contentamento, realização, gratificação, satisfação ou algo semelhante mesmo para os próprios capitalistas.

Assim como na dinâmica lacaniana do mais-gozar, na qual o desejo persegue incessantemente e sem fim o fantasmático “objet petit a”, algo infinitamente fugidio, o mesmo acontece com a acumulação de mais-valor pelo capital. Veja-se, o excedente de mais-valor é quantitativo e enquanto tal é, em princípio, potencialmente infinito. Como tal, não oferece nenhuma perspectiva de fim para a sua incompletude e insaciedade àqueles que perseguem esse excesso numérico sempre em expansão. Não há qualquer perspectiva econômica de um fim para esse processo, momento em que se obteria um “grande e gordo gozo”. E isso vale até mesmo para o mais bem-sucedido dos capitalistas, ou seja, aquele que fosse capaz de obedecer perfeitamente à lógica do capital.

No entanto, os capitalistas continuam buscando essa “viagem” insaciável como se houvesse um ponto chegada a ser almejado e alcançado. Isso indica que a pulsão do capital, a qual se mostra no circuito do D – M – D′, não é outra coisa senão uma dolorosa compulsão de repetição (Wiederholungszwang). E esse impulso fatal é semelhante à pulsão de morte mesmo para os portadores/personificações mais privilegiados do capital.

Tanto os críticos quanto os defensores do capitalismo frequentemente afirmam que esse sistema socioeconômico é animado pelas motivações narcísicas privadas de cobiça, ganância, egoísmo e coisas do gênero. Mas, ao se ver a semelhança do ciclo D – M – D′ com o gozo lacaniano, fica-se sob a forte impressão de que a pulsão do capitalismo, o próprio motor desse modo de produção, é algo diferente dos prazeres pessoais perseguidos pelo cinismo esclarecido de cálculos frios, mas pragmáticos, da mensuração de ganhos e perdas.

Embora a maior parte do campo lacaniano que acabo de cobrir esteja situado no período de ensino de Lacan do final da década de 1960 e início da década de 1970, o seu décimo quarto seminário de meados da década de 1960 lança as bases de muito do que ele diz posteriormente sobre a tema da economia como economia (política). Em primeiro lugar, na sessão de 12 de abril de 1967 do Seminário XIV, Lacan retrata o marxismo e a psicanálise como compartilhando em comum um foco na “economia” no sentido amplo de que se refere a uma estrutura latente. Observações subsequentes no mesmo sentido, feitas no décimo-sexto seminário, confirmam que a reformulação contemporânea, mas já clássica – e quase estruturalista – feita por Louis Althusser da obra de Karl Marx (por volta de 1965) é a fonte de inspiração de Jacques Lacan.

É claro que Althusser já se baseia na psicanálise (inclusive do tipo lacaniano) ao retratar as estruturas socioeconômicas de acordo com o materialismo histórico sob a pressuposição de que subsistem várias dimensões e dinâmicas inconscientes. Além disso, Althusser emprega os conceitos interligados de “causalidade estrutural” (misturando espinosismo e estruturalismo) e “sobredeterminação” (emprestados direta e declaradamente da psicanálise) para capturar “como um todo” essa formação social (isto é, infraestrutura e superestrutura combinadas). Assim, capta esse todo de modo imanente, ainda que elusivo, tornando-se capaz de configurar entidades e eventos situados dentro de tais formações. Esse tipo de causação e determinação histórico-materialista à la Althusser é muito parecida com os retratos de Lacan das influências da ordem simbólica como grande outro (ou seja, o Outro) na formação de sujeitos falantes sujeitos a significantes sociolinguísticos.

Uma semana depois dessa identificação inspirada em Althusser da estrutura sobredeterminante como denominador comum entre marxismo e psicanálise, na sessão de 19 de abril de 1967, do Seminário XIV, Lacan fala da economia do inconsciente psicanalítico. Ele afirma que “o valor de gozo… está na origem da economia do inconsciente” (la valeur de jouissance… est au principe de l’économie de l’Inconscient). Então, durante a sessão de 26 de abril de 1967 deste seminário, ele acrescenta que “a economia do inconsciente… é comumente chamada de processo primário” (l’économie de l’inconscient… ce qu’on appelle communément le processus primaire). O uso feito por Lacan da expressão “valor de gozo” sinaliza que ele tem em mente a teoria marxista ao falar de questões econômicas neste contexto de 1967. Mas o que a tese segundo a qual a economia formada pelos processos primários do inconsciente se organiza em torno de “la valeur de jouissance”, contribui especialmente no que diz respeito às implicações da psicanálise para o marxismo?

A sessão de 26 de abril de 1967 do décimo quarto seminário também contém algumas especificações reveladoras a respeito do gozo feitas por Lacan, especificações com claras implicações para o conceito relacionado de valor de gozo. Em particular, Lacan faz referência ao Édipo Rei de Sófocles, admitindo que ele fornece a Freud um mito fundador para a psicanálise.

Ao sugerir que o próprio Édipo é um sujeito edipiano que ousa realmente conseguir transgredir as proibições fundamentais contra o parricídio e o incesto materno, Lacan propõe que a conclusão trágica da peça de Sófocles revela a podridão carregada de culpa, a podridão horripilante, do último fruto proibido se e quando ele vem a ser apreendido. Ao ser confiscado, esse fruto inesperadamente passa de tentador (quando inacessível) para se tornar repulsivo (quando acessado e obtido). A realização das fantasias, como a transformação do gozo esperado em gozo obtido, não proporciona o máximo do gozo intenso e puramente prazeroso com G maiúsculo — muito pelo contrário.

A propósito de Édipo Rei, deve-se notar que, em sua conclusão, Édipo se transforma em aparelho excretor e em excremento, sendo expulso de Tebas de forma traumática. Com o restante da trilogia Édipo de Sófocles, temos o ex-rei que se auto expulsou flutuando miseravelmente antes de ser finalmente tragado de cena para sempre, transformando-se assim em Édipo em Colono (no colón, no ânus). E, em Antígona, um dos infelizes filhos de Édipo, Polinice, é expulso de Tebas por Creonte para se tornar excremento. Passa a sair, assim, de animais que comem (e depois excretam) seu cadáver insepulto. Ora, isso é reconhecidamente uma leitura coprófila de Sófocles.

Dito isso, a economia do inconsciente lacaniano, com seus processos primários, organiza-se como uma dinâmica de voltas infindáveis em torno de um suposto arbusto (isto é, o objeto do gozo) como se houvesse um desejo de realizar o ato terminal de realmente obter algo de suas folhas. No entanto, apesar da aparência desse “como se”, o ponto principal é precisamente nunca consumir tais verdes prometedores. Se o arbusto é atingido, ele desaparece; ao fazê-lo, fica revelado que ele sempre marcou uma ausência, a saber, o que o Lacan do Seminário VII (A Ética da Psicanálise [1959-1960]) descreve como “a coisa vácua”, ou seja, “das Ding”.

Se – e quando – tal desaparecimento e revelação vem a ocorrer, toda a economia inconsciente que orbita em torno do centro (ausente) do gozo pararia e desmoronaria. Haveria um colapso psíquico de tal “mercado” fazendo com que a economia libidinal venha a afundar na depressão da “destituição subjetiva”. A repressão primordial que oculta ao investidor libidinal a verdade de que a economia da qual participa é, em certo sentido, um gigantesco esquema Ponzi erigido sobre nada, apenas promessas vazias de “grande e gordo gozo, gozo simples, gozo que se realiza na copulação bruta” (conforme o já citado Lacan do Seminário XVII). Um investidor libidinal que fosse ao amargo fim do rei Édipo e tentasse sacar dinheiro para sempre acabaria de mãos vazias ou, talvez pior ainda, com um punhado de merda entregue no lugar do ouro prometido.

Levando em conta os esclarecimentos imediatamente anteriores sobre o gozo como envolvidos na noção de valor de gozo de Lacan, o que isso indica a propósito da economia não apenas da economia libidinal da psicanálise, mas também da crítica materialista histórica do marxismo da economia política? No Seminário XIV e em outros lugares, Lacan claramente pretende sugerir que suas reflexões sobre o gozo e o valor de gozo são de relevância direta para uma análise de tipo marxista do capitalismo em particular. Mas , o que exatamente é esta relevância?

Por meio dos termos “valor-gozo” e “mais-gozar” (plus-de- jouir), o Lacan dos anos 1960 e 1970 sinaliza a relevância de seu conceito de gozo especialmente para o télos em torno do qual se organiza o modo de produção capitalista, ou seja, mais-valor (expresso na linha (′) que se sobrepõe a D em D – M – D′). Durante uma palestra em Milão, em 1972, Lacan, falando do capitalismo, observa que “é só isso que faz o sistema funcionar… o mais-valor”. Assim, se o mais-valor é semelhante ao gozo (como valor de gozo e/ou mais-gozo), então as sociedades capitalistas giram em torno da busca incessante e desagradável de um gozo ilusório e impossível de obter. O mercado de aparência carnavalesca está longe de ser só diversão e jogos.

Se, segundo Lacan, o capitalismo é, em última análise, mais gozo do que prazer, isso é visivelmente contrário à imagem do capitalismo como direta e descaradamente hedonista, um sistema sustentado e fortalecido por gratificações, felicidades, satisfações, excitações de incontáveis tipos e por aí em diante.

Não só os não capitalistas, não apenas os explorados sob o capitalismo, não conseguem desfrutar dos excedentes deles extorquidos; não apenas os consumidores do capitalismo são mantidos em um estado de desejo constante formado por novos desejos sempre insatisfeitos, de modo a mantê-los movendo-se incansavelmente ao longo da cadeia interminável de compra em compra, sem que nenhuma mercadoria comprada entregue a satisfação anunciada. Mesmo os próprios capitalistas, incluindo-se os maiores, aqueles pertencentes à grande burguesia, prostram-se e esgotam-se na busca incessante de um mais-valor cada vez maior (infinitamente maior, em princípio).

De fato, a perseguição consumista da “viagem” na esfera da troca, em que pululam as mercadorias, é ela mesma um efeito, um mero eco, da perseguição capitalista da mesma “viagem” na esfera da produção, qual seja ela, a busca incessante do mais-valor. Para todos os capitalistas e trabalhadores, bem como produtores e consumidores, o que poderia ser chamado de “a Coisa” do capitalismo (conforme a concepção de Lacan do termo “das Ding”) sustenta todos aqueles que estão presos nesse sistema socioeconômico, em um estado permanente de busca descontente. O capitalismo faz de todos nós, pessoas viciadas. Assim, todo mundo acaba empobrecido de uma forma ou de outra.

*Adrian Johnston é professor do Departamento de Filosofia da University of New Mexico.

Trecho do artigo da coletânea Psychoanalysis and the mind-body problem. Ed. Jon Mills. New York, Routledge, 2022.

Tradução: Eleutério Prado.

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