Conflito na Ucrânia – uma tentativa de explicação

Imagem: Cottonbro
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Por MIKE WHITNEY*

Para controlar a Ásia, os EUA lançaram uma guerra de aniquilação total do Estado russo

Haveria uma justificativa para a invasão da Ucrânia pela Rússia? Sim, há. A Rússia estava sendo diretamente ameaçada pelo que ocorria na Ucrânia. Então ela disse à Ucrânia para parar o que estava fazendo, ou então sofreria as consequências. A Ucrânia optou por ignorar esses avisos. Então a Rússia invadiu. Foi basicamente isso que aconteceu.

A Ucrânia não tem o direito de fazer o que quiser em seu próprio território quando ela e mais 50 países assinaram tratados [nas cúpulas da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) de 1999, em Istambul, e de 2010, em Astana, no Cazaquistão] concordando que não fortaleceriam sua própria segurança em detrimento da segurança de outros. Isso é o que se chama de “indivisibilidade da segurança”. Em termos práticos, isso significa simplesmente que você não pode colocar peças de artilharia e tanques em sua garagem e apontá-los para minha casa. Isso simplesmente socavaria a minha segurança. A mesma lógica se aplica às nações.

Do contrário, teríamos que concluir que John Kennedy não tinha o direito de desafiar Fidel Castro por colocar armas nucleares em Cuba. Mas ele só tinha esse direito porque a ação de Castro colocou os Estados Unidos sob o risco de um ataque nuclear. Nos termos daquele princípio hoje consagrado no direito internacional, Castro não poderia melhorar sua própria segurança às custas dos Estados Unidos. O caso atual não é diferente. Vladimir Putin tem todo o direito de defender a segurança do povo russo. E, de fato, é exatamente isso que as pessoas racionais esperam de seus líderes.

Digamos que eu aponto uma arma para sua cabeça e ameace estourar seus miolos. Mas você rapidamente pega a arma e me dá um tiro na perna. Quem é o culpado por esse incidente? Se você acha que sou eu o responsável, você está certo. A vítima, neste caso, simplesmente reagiu da maneira que melhor garantiria sua própria segurança. Isso se chama legítima defesa, algo que é perfeitamente legal.

Esse mesmo padrão pode ser aplicado à segurança da Rússia, cuja “Operação Militar Especial” é um passo preventivo para garantir sua própria segurança nacional. A Rússia não tem projetos no território ucraniano nem quer se meter nos assuntos internos da Ucrânia. O objetivo da Rússia é acabar com a ameaça à sua própria existência que foi criada por Washington. Foi Washington que encorajou a OTAN a abarrotar a Ucrânia de armas letais. Foi Washington que forneceu armas para os extremistas de direita que atentavam contra os russos étnicos no leste da Ucrânia. Foi Washington que persuadiu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a abandonar os acordos de Minsk e a desenvolver armas nucleares. Foi Washington que promoveu o golpe em 2014, que substituiu um presidente democraticamente eleito por um fantoche dos Estados Unidos. E foi Washington que fez tudo ao seu alcance para isolar e demonizar a Rússia quando ela respondeu às provocações de inteira autoria dos Estados Unidos. Em suma, foi Washington que apontou uma arma para a cabeça da Rússia e ameaçou estourar seus miolos.

Se as pessoas não conseguem ver o óbvio é porque a lavagem cerebral que lhes fizeram foi de tal grandeza que elas só são capazes de acreditar que todo esse barulho só começou quando os tanques de Putin atravessaram a fronteira. Mesmo o mais ávido propagandista da rede de TV CNN não acredita nesse absurdo. A crise começou com o acúmulo implacável de armamento, acompanhado de incitações calculadas, uma após a outra. A Rússia foi deliberada e repetidamente provocada. Qualquer um que tenha acompanhado os eventos mais de perto jamais contestaria isso.

A propósito, Putin nunca falou em derrubar o governo em Kiev e substituí-lo por um fantoche apoiado por Moscou. Seu plano visa a “desmilitarização” e a “desnazificação” da Ucrânia. Esses são seus únicos objetivos. Ele quer destruir as armas que a OTAN e os Estados Unidos deixaram lá para incendiar o conflito, além de erradicar os militantes nazistas que se apresentam como inimigos jurados da Federação Russa.

Isso é irracional? Você acha que os Estados Unidos agiriam de forma diferente se o México permitisse que células da Al Qaeda e do ISIS funcionassem abertamente em Guadalajara ou Acapulco? Eles bombardeariam e destroçariam toda a região sem pestanejar. Você chamaria isso também de uma “invasão”? Washington provavelmente a chamaria de “Operação Militar Especial”, assim como a Rússia chama a sua “Operação Militar Especial”.

O problema aqui não é o que a Rússia está fazendo. O problema é que um padrão diferente sempre é aplicado quando se trata dos Estados Unidos. O que eu gostaria é que as pessoas desenvolvessem sua própria capacidade de pensamento crítico – ignorando esse relinchar histérico da mídia – e fizessem seu próprio julgamento do assunto.

A Rússia fez o que qualquer um faria, reagiu da maneira que melhor garantiria sua própria segurança. Por definição, isso é legítima defesa. Ela se livrou da ameaça de grande dano ou morte, e agora está no processo de restabelecer sua própria segurança. A Ucrânia optou por ignorar as preocupações legítimas de segurança da Rússia, e agora a Ucrânia está pagando o preço.

Aqui está um excelente resumo dos acontecimentos que antecederam a operação russa, apresentado em um artigo no site World Socialist: “A narrativa midiática que apresenta a invasão como uma ação não provocada é uma manipulação que oculta as ações agressivas das potências da OTAN, em particular dos Estados Unidos, e seus fantoches no governo ucraniano. (…). Na Europa e na Ásia, os Estados Unidos seguiram uma estratégia destinada a cercar e subjugar a Rússia. Violando de forma direta suas promessas anteriores ― frente às quais a burocracia soviética e a oligarquia russa foram delirantes o suficiente para acreditar ―, a OTAN se expandiu para incluir quase todos os países principais da Europa Oriental, exceto Ucrânia e Bielorrússia.

Em 2014, os Estados Unidos orquestraram um golpe de extrema-direita em Kiev, que derrubou um governo pró-Rússia que se opunha à adesão da Ucrânia à OTAN. Em 2018, os Estados Unidos adotaram oficialmente uma estratégia de preparação para o “conflito de grandes potências” com a Rússia e a China. Em 2019, retirou-se unilateralmente do Tratado de Forças Nucleares de Médio Alcance, que proibia a implantação de mísseis nucleares de alcance intermediário. Os preparativos para a guerra com a Rússia e o armamento da Ucrânia estiveram no centro da primeira tentativa dos democratas de impeachment de Donald Trump em 2019.

No ano passado (…) o governo Biden escalou de forma imprudente as provocações contra a Rússia (…).  A chave para entender esse movimento é a Carta de Parceria Estratégica Estados Unidos-Ucrânia, assinada pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em 10 de novembro de 2021.

A Carta endossa a estratégia militar de Kiev a partir de março de 2021, que proclamara explicitamente como objetivo militar “retomar” a Crimeia e o Donbass controlado pelos separatistas e, dessa forma, descartar os Acordos de Minsk de 2015, até então o roteiro oficial para solucionar o conflito no leste da Ucrânia. (…)

Washington também endossou explicitamente ‘os esforços da Ucrânia para maximizar seu status como Parceiro de Oportunidades Privilegiadas da OTAN, para promover a interoperabilidade’, ou seja, sua integração de fato nas estruturas de comando militar da Aliança.

A não adesão oficial da Ucrânia à OTAN é e foi, para todos os efeitos, uma ficção. Ao mesmo tempo, as potências da OTAN exploraram o fato de a Ucrânia não ser oficialmente membro da Aliança como oportunidade para alimentar um conflito com a Rússia que não se transformasse imediatamente em uma guerra mundial.

Os Estados Unidos estavam plenamente conscientes de que as forças fascistas na Ucrânia desempenhariam o papel principal de tropas de choque, tanto contra os militares russos quanto contra qualquer oposição interna da população (…). Seus representantes ― do partido fascista Svoboda ao batalhão neonazista Azov ― estão agora profundamente integrados ao Estado e às forças armadas ucranianas, e estão fortemente armados com equipamento da OTAN.

Caberá aos historiadores descobrir que promessas a oligarquia ucraniana recebeu por parte de Washington em troca de sua garantia de transformar o país em um campo de extermínio e plataforma de lançamento para a guerra com a Rússia. Mas uma coisa é clara: o Kremlin e o estado-maior russo não podiam deixar de ler este documento como o anúncio de uma guerra iminente.

Ao longo de 2021 e nas semanas imediatamente anteriores à invasão, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou seguidamente que a integração da Ucrânia à OTAN e seu armamento pelas potências ocidentais constituíam uma ‘linha vermelha’ para a Rússia, e exigia então ‘garantias de segurança’ por parte dos Estados Unidos e da OTAN.

Não obstante, os Estados Unidos rejeitaram desdenhosamente todas essas demandas, e a OTAN encenou um grande exercício militar após outro nas fronteiras da Rússia (…). Nas semanas que antecederam a guerra, o governo Biden ― ao mesmo tempo em que alertava insistentemente sobre uma invasão russa iminente ― não fez qualquer esforço para evitá-la. Pelo contrário, fez tudo o que podia para provocá-la”. (“A Parceria Estratégica Estados Unidos-Ucrânia de novembro de 2021 e a invasão russa da Ucrânia”, World Socialist Web Site, 10 de março de 2022).

Então, o que podemos tirar desse resumo dos eventos?

Podemos ver que Washington fez tudo ao seu alcance para minar a segurança da Rússia, com o objetivo explícito de atrair Moscou para uma guerra na Ucrânia. Esse foi o objetivo desde o início. Washington sabia que a adesão à OTAN para a Ucrânia era uma das “linhas vermelhas” de Putin, então o establishment da política externa dos Estados Unidos decidiu usar as linhas vermelhas de Putin contra ele. Eles decidiram fazer da Ucrânia um membro da OTAN em tudo, menos no nome, o que (eles supunham) seria provocação suficiente para uma invasão. Esse era o plano. E o plano funcionou.

No ano passado, houve um fluxo constante de armas letais para a Ucrânia; armas pesadas que podem destruir tanques e derrubar aviões. Ao mesmo tempo, as tropas de combate e os corpos de oficiais da Ucrânia receberam treinamento regular de conselheiros da OTAN. Eles também se engajaram em frequentes exercícios militares conjuntos com unidades da OTAN, seja na Ucrânia seja em outros lugares da Europa. (Pelo menos mais 10 desses exercícios militares conjuntos estavam programados apenas para este ano.) Nos últimos 12 meses, os especialistas da OTAN estiveram quase constantemente em território ucraniano, enquanto seu sistema de controle de tropas já está totalmente integrado à Aliança. “Isso significava que a sede da OTAN podia emitir comandos diretos para as forças armadas ucranianas, até mesmo para suas unidades e esquadrões separados”.

Além disso, a “rede de aeródromos da Ucrânia foi otimizada e seu espaço aéreo está aberto para voos de aeronaves estratégicas, de reconhecimento e de drones norte-americanos que fazem a vigilância do território russo”.

Em resumo, “a não adesão da Ucrânia à OTAN é (em grande parte) uma ficção”, como aponta o artigo do World Socialist. O país foi furtivamente integrado à Aliança em todos os aspectos, exceto por uma declaração formal de adesão. Como resultado, a Rússia se defrontou com um exército hostil e toda sua infraestrutura militar em sua fronteira sul-ocidental, representando um perigo existencial para a sobrevivência da nação. Nas palavras do próprio Putin, “a infraestrutura militar da OTAN é uma faca na nossa garganta”.

Então, a análise de Putin é essencialmente a mesma que a nossa, ou seja, que a Rússia está agindo em defesa própria. Putin tão apenas pegou a arma que Washington apontava para sua cabeça. Isso é errado? Populações inteiras deveriam viver sob medo constante, para que os Estados Unidos sigam adiante em sua agenda geopolítica, sem serem interrompidos?

Não. Todo país tem o direito à segurança básica e à proteção contra a ameaça de violência. A Rússia não é diferente de ninguém a esse respeito. E quando essas preocupações básicas de segurança são ignoradas por fantoches em camisetas de propaganda (como Volodymyr Zelensky), então os países são obrigados a resolver a questão por seus próprios meios. Que outra escolha teriam? A segurança nacional continua a ser a maior prioridade do Estado. De todo Estado! É lamentável que o “garante da segurança global” seja também (nas palavras de Martin Luther King) “o maior fornecedor de violência para o mundo hoje”. Mas isso é uma triste ironia de nossa atual condição.

Você ainda pode perguntar: mas por que os Estados Unidos encarariam tantos problemas incitando Vladimir Putin a invadir a Ucrânia, se no fim das contas vai ser o povo ucraniano que mais vai sofrer e ver o país provavelmente se tornar o palco para operações militares disruptivas e sangrentas da OTAN nos próximos anos? Qual é o objetivo estratégico aqui?

Veja como o analista político e ex-membro do Parlamento Europeu, Nick Griffin, resume isso em um artigo recente na Unz Review. Ele diz: “Os alvos fundamentais dos belicistas da OTAN nessa crise não são (…) a Rússia, mas a Alemanha e a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (BRI- Belt and Road Iniciative), da China. Eles querem manter a Alemanha em baixo e a China fora. O fracasso dessa dupla empreitada significará para os Estados Unidos virarem uma ilha isolada, um cinturão de ferrugem, a milhares de quilômetros de distância do bloco econômico central do mundo. (…)

Isso também significará o fim iminente do dólar como moeda de reserva financeira mundial. (…) A agressão da OTAN à Rússia não nasce da confiança, mas do medo. Em apenas três décadas, passamos do ‘Fim da História’ para o fim iminente do Império do Dólar. (…)

O esforço por forçar a Rússia a entrar em guerra na Ucrânia (…) não diz respeito, na verdade, à promoção do interesse geopolítico do Império do Dólar, mas da sua sobrevivência mesma.

[É por isso que] eles estão realmente desesperados pela guerra.”

(“Que a Ucrânia implemente os acordos de Minsk e acabe com os conflitos é realmente a última coisa que os Estados Unidos e o Reino Unido querem, diz ex membro do Parlamento Europeu”, Unz Review, 19 de fevereiro de 2022)

Griffin está certo. A guerra na Ucrânia não diz respeito à Ucrânia, diz respeito à geopolítica e, em particular, à erosão sustentada do poder de Washington no cenário global. É por isso que nos deparamos com essa tentativa miserável de esmagar a Rússia, no caminho para cercar a China. Trata-se de puro desespero. E ficou ainda muito pior a partir da reunião de cúpula de 4 de fevereiro, entre Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping, quando os dois líderes anunciaram um novo “sistema de governança global”, que uniria a Europa e a Ásia por meio de “conectividade de infraestrutura”, ferrovias de alta velocidade e distribuição colaborativa de recursos energéticos. A Rússia e a China tornaram-se aliados no maior projeto de livre comércio da história, e é por isso que o Tio Sam está fazendo tudo o que pode para chacoalhar o barco.

Aqui vai mais um trecho de um artigo de Alfred McCoy no Counterpunch: “Em uma declaração histórica de 5.300 palavras, Xi e Putin proclamaram que ‘o mundo está passando por mudanças substanciais’, gestando uma ‘redistribuição do poder’ e ‘uma crescente demanda por (…) liderança’. Depois de denunciarem as mal-disfarçadas tentativas de Washington em manter a hegemonia a todo custo, os dois lados concordam em ‘se opor (…) à interferência nos assuntos internos de Estados soberanos, realizada sob o pretexto de proteger a democracia e os direitos humanos’.

Para construir um sistema alternativo que propicie o crescimento econômico global na Eurásia, os líderes planejam fundir a projetada ‘União Econômica da Eurásia’ de Putin com a Iniciativa do Cinturão e Rota, de trilhões de dólares, já em andamento, de Xi, para promover ‘maior interconectividade entre as regiões da Ásia-Pacífico e da Eurásia’. Proclamando suas relações ‘superiores às alianças políticas e militares da era da Guerra Fria’ ― uma referência oblíqua à tensa relação Mao-Stalin ― os dois líderes afirmaram que sua entente não tem ‘limites… não há áreas ‘proibidas’ para a cooperação’. Em termos estratégicos, as duas partes se opõem veementemente à expansão da OTAN, a qualquer movimento em favor da independência de Taiwan e a ‘revoluções coloridas’, como a que derrubou o parceiro ucraniano de Moscou em 2014.”

(“A geopolítica da guerra da Ucrânia”, Alfred W. McCoy, Counterpunch, 11 de março de 2022).

Qual a relação disso tudo com a guerra na Ucrânia?

Bom, isso mostra que o Tio Sam está tentando destruir a Rússia para então projetar poder na Ásia Central e manter o controle de Washington sobre o poder global. Quem vai controlar a Ásia, a região mais populosa e próspera do século vindouro? Essa é a pergunta que orienta as ações de Washington na Ucrânia.

Simplificando tudo, o plano de Washington é esmagar a Rússia primeiro, e depois passar para a China. Isso explica por que os Estados Unidos vieram a impor as sanções mais abrangentes e perversas de todos os tempos. As luvas caíram, e estamos começando a ver que Washington está enfronhado em uma campanha de terra arrasada para estrangular a economia russa, quebrar os mercados russos, cortar receitas vitais de petróleo e gás, congelar as reservas no exterior, confiscar ativos de propriedade privada, encerrar o fluxo de capital estrangeiro, torpedeando projetos de gasodutos multibilionários, impedindo o acesso aos mercados de capitais, lançando o rublo no despenhadeiro, demonizando a liderança russa e removendo a Rússia da comunidade das nações. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos aumentaram o fluxo de armamento letal para a Ucrânia, enquanto a CIA continua a aconselhar e treinar militantes de extrema direita, que serão usados para lançar uma insurgência antirrussa.

Já deve ter ficado claro que a abordagem de Washington a respeito da Rússia mudou drasticamente. A ferocidade da atual estratégia sugere que passamos das escaramuças ocasionais para uma guerra de aniquilação total do Estado russo.

*Mike Whitney é jornalista norte-americano especializado em geopolítica e análise social.

Tradução: Ricardo Cavalcanti-Schiel.

Publicado originalmente na Unz Review.

 

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