Karl Marx e o poder operário

Imagem: Alexey Wineman
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Por JOÃO SANTIAGO*

Marx, este obcecado pelo poder operário, está mais atual do que nunca em todos os movimentos operários, de mulheres, dos setores e nacionalidades oprimidas

1.

“No dia 14 de março, às três horas menos um quarto da tarde, deixou de pensar o maior pensador de nossos dias. Mal o deixamos dois minutos sozinho, e quando voltamos foi para encontrá-lo dormindo suavemente em sua poltrona, mas para sempre”[1]. Assim se expressou Friedrich Engels no início de um breve discurso que fez na sepultura de Marx. E lá se vão 140 anos que o maior pensador de todos os tempos deixou de existir!

Karl Marx, o homem de ciência, que descobriu a lei do desenvolvimento da história humana ou o materialismo histórico, que descobriu a lei específica que move o atual modo de produção capitalista, a mais-valia, era antes de tudo, nas palavras de Friedrich Engels “um revolucionário”.

Durante toda sua vida, o motor de sua existência foi a luta pela conquista do poder político pela classe operária, pelo proletariado. Desde a Liga dos Comunistas, quando ele e Friedrich Engels fizeram sua “revolução” teórica e política e inscreveram a palavra-de-ordem “Proletários de todos os países uni-vos”, até a I Internacional, quando carimbou nesta que o objetivo principal da classe operária era a “tomada do poder político”, e depois passando pela Comuna de Paris, a primeira tentativa heroica, mas derrotada, de poder político dos trabalhadores e trabalhadoras, em todos esses momentos, o que animava Marx era essa obsessão pela conquista do poder político pelo proletariado.

Quando os líderes cartistas lhe convidaram unanimemente para ser delegado de honra à sessão de abertura do primeiro “Parlamento Operário” em Manchester, Inglaterra, em março de 1854, Marx não pode comparecer por diversos motivos de natureza material, mas explodiu de alegria e manifestou esse sentimento em um artigo, datado de 29 de março deste ano ao New York Daily Tribune, onde dizia que: “a imprensa seria obrigada a falar do Parlamento Operário e, não obstante essa indiferença, algum historiador futuro lembraria que no ano de 1854, existiram dois parlamentos em Manchester – um parlamento dos ricos e um parlamento dos pobres – mas que os homens seguiriam somente o Parlamento dos trabalhadores e não o parlamento dos senhores”.[2]

E para o jornal dos Cartistas, The People’s Paper, de 18 de março, o entusiasmo não foi menor quando escreveu: “A convocação somente desse Parlamento marca uma nova época na história do mundo. A notícia desse grande acontecimento despertará as esperanças da classe operária através da Europa e da América”.[3]

A obsessão de Marx pela conquista do poder político pela classe operária inglesa não alcançava eco entre os líderes cartistas, a não ser em sua ala esquerda liderada por Ernest Jones (1819-1869), este amigo de Marx e Engels, o qual é citado em mais de trinta e seis cartas (das 183), nos anos de 1852-53, trocadas entre Marx e Engels ou entre Marx e seus companheiros nos Estados Unidos.[4] Mas, decididamente, a maioria dos dirigentes cartistas era contra o combate político e o movimento de massas.

Quinze anos depois, com a Comuna de Paris de 1871, as esperanças de Marx na instalação de um poder operário se reacenderam. No opúsculo A guerra civil em França, Marx concluiu que os communards foram heroicos e lutaram até o último homem e última mulher para colocar abaixo o poder capitalista de Versailles: era a “Comuna”, o poder operário em Paris contra a “assembleia de vampiros”[5] em Versailles. Entretanto, mais uma vez, os dirigentes decepcionaram, principalmente os blanquistas e anarquistas (seguidores de Proudhon), que eram maioria na Comuna. Era preciso quebrar de uma vez por todas a máquina estatal burguesa; era preciso expropriar o Banco de França que financiava os capitalistas; era necessário marchar desde o início até Versailles e exterminar o exército inimigo… Nada disso foi feito. Os líderes fracassaram e a carnificina sobre os communards foi total. Friedrich Engels chegou a escrever anos depois: “querem saber o que é a ditadura do proletariado, olhai para a Comuna de Paris”.

Em vida, Marx não conseguiu ver seu maior desejo realizado: a instauração de um poder operário e a eliminação da burguesia enquanto classe social dominante. Ele havia escrito com chave de ouro para o Manifesto de fundação da I Internacional em 1864 que a obrigação do proletariado “é tomar o poder político”.

2.

Foram necessários mais trinta e quatro anos depois de sua morte, para que seu grande sonho se realizasse (mas, de forma efêmera): em 1917, em outubro, pela primeira vez na história, num país de dimensões continentais, a classe operária russa, imensamente minoritária em relação aos camponeses, tomava o poder e colocava abaixo a dominação burguesa-aristocrática, uma dinastia czarista que dominava há cinco séculos a Rússia havia sido derrubada como um castelo de cartas pelo vigor de operárias e operários em revolução.

Inaugurava-se na história a era da revolução socialista mundial. A burguesia mundial, que travava entre si uma Guerra Mundial pela partilha do mundo, entrou em polvorosa. Dessa vez os que estavam à frente da revolução eram dirigentes políticos, teóricos, militantes de longa data e marxistas, que sabiam para onde queriam ir: para Lênin e Trotsky, a revolução russa era só um elo da revolução mundial, e faziam um chamado para que a Europa, a América e a Ásia se rebelassem contra os seus “senhores”, patrões capitalistas.

Eles sabiam que sozinha a Rússia não conseguiria destruir o capitalismo mundial. Era necessária uma ajuda do Ocidente. E ela veio: o proletariado alemão, um dos mais numerosos, um dos mais politizados por anos de agitação social-democrata, com a derrota da burguesia alemã na guerra, colocou abaixo o império de um só golpe e entregou o poder aos dirigentes social-democratas. Os conselhos operários se espalharam por toda a Alemanha como um rastilho de pólvora; os operários estavam de armas na mão.

Entretanto, através da mais pérfida traição – sim traição como categoria histórica, tal como Spartacus foi traído por comerciantes mercenários e seis mil escravos foram crucificados pelo odiado Império Romano ou tal como Joana D’Arc fora traída pela monarquia e pela Igreja francesa entregando-a para ser queimada viva pelos ingleses – os dirigentes social-democratas (assim como tinham feito em 1914, ao votar a favor dos créditos de guerra com um único voto contra de Karl Liebknechtt) decidiram governar com a burguesia em um parlamento escroque, e deram a ordem para iniciar um banho de sangue contra os operários, obrigando-os a se desarmarem, e assassinando a única esperança de direção consequente na Alemanha: Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.[6]

Sozinha e isolada, depois de três anos de guerra interburguesa e mais de três anos de guerra civil, e a morte prematura de Lênin em 1924, os inimigos da revolução mundial, os burocratas e carreiristas, tomavam de assalto o poder e os destinos da Revolução de Outubro. Stálin e sua camarilha venceram. Era preciso expulsar e exilar o “último cérebro”, o último expoente da revolução mundial: Leon Trotsky. Mais uma traição – aqui novamente, “traição” como categoria histórica. Stálin e sua camarilha, uma burocracia usurpadora, preferiu cuidar de seus “interesses” a expandir a revolução mundial. Graças à força da revolução de outubro, a URSS se manteve como um estado operário e o imperialismo mundial, os estados capitalistas, não conseguiram quebra-lo a curto e médio prazo.

Com essa burocracia a frente do único estado operário do mundo, o que se viu foi uma série histórica de traições: o banho de sangue dos comunistas chineses em 1927 por conta da orientação de Moscou de se aliar com Chiang-Kai-Chek; a traição na Alemanha dos anos 1930-1933, quando igualou a social-democracia com os nazistas, impedindo a frente única operária e possibilitando a ascensão triunfal de Hitler e seu bando fascista; a traição na guerra civil espanhola, fazendo pacto com os capitalistas e desarmando as milícias operárias, o escandaloso Pacto de não-agressão com Hitler, em agosto de 1939, pacto que vai custar a vida de cerca de 20 milhões de soviéticos até o final da guerra, a destruição de 40 mil hospitais e 84 mil escolas, dentre outras e a dissolução da III Internacional.

Mais uma vez a noite das grandes traições prevaleceu após a guerra. Sob a liderança de Stálin, a URSS renuncia a destruir o capitalismo em toda a Europa Ocidental, a URSS, a grande vitoriosa da guerra interimperialista. Bastava uma ordem de Moscou: os comunistas eram maioria na Resistência francesa, e não o escroque General De Gaulle a quem Stálin entregou o poder político; igualmente na resistência italiana e na Grécia. Com os acordos de Yalta e Potsdam se selou a divisão do mundo em área de influências e a criminosa divisão da Alemanha, quando a URSS poderia, por direito de guerra, ter ficado com toda a Alemanha.

E assim, pisando nas brasas da mais pérfida das traições, da maior em toda a história mundial, o capitalismo teve uma sobrevida por longos vinte anos após a II Guerra Mundial, para explorar outra vez os operários no mundo inteiro. Mais uma vez o sonho de Marx, a instauração de uma sociedade socialista mundial, foi adiado.

3.

Entretanto, o “boom” econômico do capitalismo do pós-guerra teve vida curta. Mais uma vez as teses de Marx sobre a debacle da burguesia soaram tão fortes quanto as trombetas de Jericó; mais uma vez o sistema capitalista entrou em uma crise terminal, crise que o trotsquista argentino Nahuel Moreno denominou de “crise crônica”, pois desde então o capitalismo nunca mais teve novos surtos de boom econômico. Ao contrário: desde os choques do petróleo em 1973 e 1979, com a Guerra do Yom Kippur e a revolução iraniana que derrubou o Xá Reza Phalevi, respectivamente, as crises se sucederam uma atrás da outra sem piedade, dessa vez arrastando implacavelmente os “Estados operários”.

Ao não conseguir garantir mais sua estabilidade econômica, com a crise dos preços dos produtos e do trabalho, a URSS também não consegue mais segurar os seus “satélites” no Leste Europeu. E é por lá que a tempestade política, as revoluções políticas como chamava Leon Trotsky, vão iniciar. A fuga dos alemães orientais pela fronteira da Hungria foi o estopim, o começo do fim do império soviético. Em 1989 (de agosto a novembro) caiu o maior símbolo da “guerra fria”, dos acordos de Yalta e Potsdam: o “muro de Berlim”.

Uma revolução toma conta do Leste Europeu: uma por uma as ditaduras stalinistas vieram abaixo como um “castelo de cartas” – a mais emblemática, a romena, fuzilou Caescescu e sua mulher. dois anos depois, em 1991, após uma divisão na burocracia, tendo Boris Yeltsin a frente, as massas soviéticas colocam abaixo a maior organização burocrática do planeta, o Partido Comunista Soviético. Com o fim do império soviético, os movimentos de autodeterminação das nacionalidades explodem como fogo no paiol.

A URSS deixa de existir. E com ela a teoria do “socialismo num só país”. Como havia dito Marx em A Ideologia Alemã, toda essa “velha porcaria” do capitalismo se instalou rapidamente nos países do leste europeu e na ex-URSS: desemprego, miséria, fome, prostituição, máfias, criminalidade, a tal ponto de gerar um Putin, como chefe maior das máfias que fizeram a maior privatização da história, liquidando todas as conquistas da revolução de outubro.

Agora, os movimentos de massas seriam independentes a nível mundial, livres da camisa de força stalinista, do peso histórico que os PC’s tinham em todos os países onde existia…O capitalismo teve sua vitória em 1989, conseguiu trazer para si um terço da humanidade que esteve sob a influência do “socialismo real”. Mas, as massas também trouxeram para si um triunfo relativo com essas revoluções: agora estavam liberadas para fazer movimentos e revoluções independentes, sem ter um freio poderoso nas suas lutas, como eram os partidos comunistas em todo o mundo.

O fato é que, após trinta anos da queda do “Muro de Berlim”, não tivemos no mundo nenhuma revolução vitoriosa, tal como a revolução russa de 1917. Todos os velhos e novos dirigentes das massas fracassaram, mantiveram a propriedade privada capitalista intocável.

Após a queda do “Muro de Berlim”, e a desordem mundial instalada, sem controle, novos dirigentes tentaram ocupar o vazio deixado pelo stalinismo a nível mundial: Hugo Chavez na Venezuela, e seu sucessor o ditador Nicolas Maduro, Lula no Brasil, Syriza na Grécia, Podemos na Espanha, Evo Morales na Bolívia, Melenchon na França.

Todos os que chegaram ao poder fracassaram, “traíram” as massas e seus princípios; com Hugo Chavez (e Maduro) e Lula, Evo Morales, Daniel Ortega na Nicarágua – o ex-dirigente sandinista que derrubou Somoza em 1979, e agora massacra e assassina seu povo que sai às ruas para protestar; seus países e povos continuaram tão pobres e miseráveis como antes, porque novamente aplicaram as mesmas receitas, com novos nomes, “socialismo do século XXI”, para tentar conciliar o inconciliável: a economia estatal com a economia privada, “empresas mistas”, etc. O Syriza na Grécia, com Tsimpras, foi mais longe: além de não cumprir o seu programa de não pagar a dívida à Troika, não acatou o plesbiscito, onde a maioria do povo disse não ao pagamento da dívida. Os que não governaram fracassam rapidamente, como o Podemos na Espanha, que se coloca contra a legítima independência do povo catalão.

Diante da multiplicação das lutas das massas, os setores mais reacionários das classes dominantes, a “extrema direita” tenta resolver a crise capitalista à sua maneira, tentando quebrar a espinha dorsal dos explorados, sua unidade como um só povo explorado, trabalhador, dividindo imigrantes x nativos, ganhando parte da população para esse seu discurso reacionário; o máximo exemplo foi Donald Trump nos Estados Unidos, mas tem seus aliados na Europa e no resto do mundo, como o genocida Jair Bolsonaro no Brasil.

Mas isso é uma lei da história: ou os revolucionários tomam o poder e param a sanha louca do capitalismo ou o mundo verá a excrescência do poder burguês, governar países importantes no mundo, impondo mais sacrifícios e guerras ao povo trabalhador, como estamos vendo hoje na guerra assassina de Vladimir Putin na Ucrânia.

Há cento e quarenta e um anos da morte de Marx, um revolucionário e comunista autêntico, que jamais conciliou com a burguesia os interesses do proletariado, é hora de uma nova virada histórica. Quando mais uma vez a guerra de rapina de Vladimir Putin na Ucrânia, que está arrastando para o cenário de guerra (mesmo que indiretamente) todo o imperialismo ocidental e coloca em perspectiva mais e mais guerra; quando mais uma vez a crise econômica do capitalismo, que se tornou crônica, agora com a quebradeira do banco SVP do Vale do Silício, coloca mais demissões e mais sofrimentos para os trabalhadores e as massas no mundo inteiro, está mais do que na hora de instalar um verdadeiro “Parlamento Operário”, dirigido por autênticos e honestos revolucionários, que falem a verdade para as massas, que digam desde o início que a saída dos trabalhadores e dos povos pobres do mundo capitalista é a repartição da riqueza concentrada nas mãos de cem capitalistas e suas empresas, é a expropriação da burguesia mundial, transnacional, nacional. Está mais do que na hora de evitarmos a catástrofe ambiental que os capitalistas estão espalhando para todo o planeta.

A consigna “Socialismo ou Barbárie” de Rosa Luxemburgo pode ser traduzida hoje para “socialismo ou Catástrofe”. Alguém precisa parar o touro de Wall Street! Só o proletariado, homens e mulheres, com suas lutas e sua organização revolucionária podem fazê-lo. Os exemplos das greves gerais na França contra a reforma da Previdência, da luta das mulheres iranianas contra a ditadura islâmica dos aiatolás, a luta do povo peruano contra a repressão do governo de Dina Boluarte, as greves de trabalhadores que contagiam o Reino Unido, a heroica luta das mulheres e do povo palestino contra o Estado sionista de Israel desde 7 de outubro de 2023 que já custaram mais de 30 mil mortos, são todas manifestações deste poder operário.

É preciso tomar o poder, é preciso uma direção alternativa e revolucionária às mais diversas variantes burguesas e pequeno-burguesas, tão combatidas por Marx e Engels em toda sua vida, principalmente os governos de conciliação de classes ou de Frente Ampla, como vemos hoje na Argentina, no Brasil, na Bolívia, que semeiam ilusões e descrenças nas massas, que dão espaço para as formas mais extremistas e podres da burguesia, a se negarem a expropriar esta classe dominante.

Marx, este obcecado pelo poder operário, está mais atual do que nunca em todos os movimentos operários, de mulheres, dos setores e nacionalidades oprimidas, que no mundo inteiro enfrentam a burguesia e seus agentes colaboradores no interior do movimento operário. Bem que Marx merecia uma nova Revolução Russa, em sua mais legítima autenticidade.

 “Proletários de todos os países, Uni-vos!”.

*João Santiago é professor da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Notas


[1] Friedrich Engels. Discurso diante da sepultura de Marx. In: Karl Marx, Friedrich Engels, Obras Escolhidas, Volume 2, São: Paulo, Editora Alfa-Omega, pp. 351-352.

[2] Karl Marx, Oeuvres Politique I. Éditions Gallimard: Paris, 1994. Le Mouvement Ouvrier en Anglaterre, pp. 736-760.

[3] Idem, Oeuvres Politique I, pp. 754-755.

[4] Marx/Engels (1972). Correspondance, Tome III, Janvier 1852 jun 1853, Editions Sociales, Paris.

[5] Karl Marx, A guerra civil em França. Edições Avante, 1983, pág. 76.

[6] . Sobre a revolução alemã, consultar Sebastian Haffner, A Revolução Alemã (1918-1919), ExpressãoPopular, 2018. A edição francesa de 2018 traduziu do original alemão com o título Allemagne, 1918: une révolution trahie, “Alemanha, 2018: uma revolução traída”, Marseille, Agone, 2018.


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