Ranajit Guha (1923-2023)

Imagem: The Kashmiriyat
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Por SANJAY SUBRAHMANYAM*

Comentário sobre um dos intelectuais mais influentes da esquerda indiana no século XX

Ranajit Guha, falecido recentemente nos subúrbios de Viena, onde passou as últimas décadas de sua vida, foi sem dúvida um dos intelectuais mais influentes da esquerda indiana no século XX, tendo sua influência se estendido para muito além do subcontinente. Como fundador e guru (ou ‘papa’, como alguns jocosamente o chamavam) do movimento historiográfico conhecido como Estudos subalternos, o conjunto relativamente modesto de sua obra foi lido e mal interpretado em muitas partes do mundo, tornando-se finalmente parte do cânone dos estudos pós-coloniais.

Ranajit Guha apreciou confrontos intelectuais durante grande parte de sua carreira acadêmica, embora tenha se tornado um tanto quietista no último quartel de sua vida, quando deu uma surpreendente virada metafísica buscando combinar suas leituras de Martin Heidegger e da filosofia clássica indiana. Esse estilo confrontativo lhe rendeu seguidores ferozmente leais e detratores virulentos, incluídos entre os últimos vários no seio das correntes dominantes da esquerda na Índia e no exterior.

Ranajit Guha nunca foi de escolher o caminho mais fácil, apesar das circunstâncias de relativo privilégio social em que nasceu. Sua família era de rentistas da parte oriental ribeirinha de Bengala (atual Bangladesh), beneficiária do Permanent Settlement instituído por Lord Cornwallis em 1793. Na área de Bakarganj (ou Barisal), de onde ele veio, nasceu também outro historiador bengali, Tapan Raychaudhuri (1926-2014), igualmente de origem zamindar.

Tapan Raychaudhuri era ele mesmo uma figura complexa, um contador de histórias e bon viveur com um traço melancólico, que estava destinado a representar Porthos para o Aramis de Guha. Ranajit Guha foi enviado para Kolkata (Calcutá) para estudar na década de 1930, onde frequentou o prestigiado Presidency College e logo se tornou comunista. Teria sido nesses anos que adquiriu sua violenta aversão ao ‘comprador’ Gandhi e sua versão da política nacionalista, que o acompanhou durante boa parte da sua vida.

Ele também veio a ser influenciado por um importante historiador marxista da época, Sushobhan Sarkar, ao mesmo tempo em que desenvolveu uma relação tempestuosa com outra figura importante, Narendra Krishna Sinha (de modo algum um marxista), sob cuja supervisão ele deveria trabalhar numa tese sobre a história econômica colonial em Bengala, que nunca foi concluída. Na altura da independência indiana, Ranajit Guha trocou Kolkata brevemente por Mumbai e, em dezembro de 1947, viajou para Paris como representante da Federação Mundial da Juventude Democrática, liderada por algum tempo pelo polêmico Aleksandr Shelepin.

Nos anos seguintes, até seu retorno a Calcutá em 1953, Ranajit Guha viajou bastante pela Europa Oriental, pelo mundo islâmico ocidental e até pela China. Essa experiência de viagens incluiu uma estada de dois anos na Polônia, onde conheceu e se casou com sua primeira esposa. No regresso à Índia, já se fazia acompanhar de ‘uma aura de heroísmo’ (como escreveu um dos seus amigos) e exercia sobre os colegas mais jovens um grau de carisma e mística que lhe seria útil mais tarde.

Após um breve período como organizador sindical em Kolkata, ele embarcou em uma carreira peripatética no ensino de graduação e começou a publicar seus primeiros ensaios sobre as origens do Permanent Settlement em meados da década de 1950. Mas nesses anos Ranajit Guha também se afastou do establishment comunista, já que – como para muitos de sua geração – a crise húngara de 1956 provou ser um ponto de virada. Embora seus planos de defender uma tese de doutorado nunca tenham se concretizado, ele por fim conseguiu um emprego em 1958 na recém-fundada Jadavpur University, sob a proteção de seu ex-professor Sarkar.

Mas ele rapidamente abandonou esse posto para se mudar primeiro para Manchester e depois para a Sussex University, onde passou quase duas décadas. Sobre essa fase de sua carreira por volta de 1960 há muito que permanece obscuro, incluindo a questão de como um historiador que mal contava com publicações conseguiu obter tais posições no Reino Unido, onde poucos outros historiadores indianos haviam penetrado. A tradição oral diz que ele também foi proposto para um cargo em Paris, na 6ª seção da École Pratique des Hautes Études, aparentemente por iniciativa do historiador econômico americano Daniel Thorner (ele próprio refugiado da perseguição macarthista em Paris). Foi também Daniel Thorner quem ajudou a organizar a publicação pela Mouton & Co do primeiro livro de Ranajit Guha, A Rule of Property for Bengal (1963).

Este trabalho continua a ser um quebra-cabeça seis décadas após sua primeira publicação. Embora iniciado como um trabalho de história econômica, acabou se tornando claramente um exercício de história das ideias. Num nível básico, esse impulso foi dado pela própria experiência de infância de Ranajit Guha em um contexto rural onde o Permanent Settlement de Cornwallis estabeleceu as regras do jogo, levando por fim (segundo alguns pontos de vista) ao declínio agrário progressivo de Bengala ao longo de um século e meio.

Mas, em vez de analisar relações de classe ou questões afins, Guha voltou-se para debates entre os administradores da Companhia das Índias Orientais em Bengala nas décadas de 1770 e 1780 acerca de como os recursos agrários da província deveriam ser geridos. Tal discussão foi apresentada como uma complexa luta entre diferentes tendências da economia política, influenciada, por um lado, pelos fisiocratas em toda a sua variedade e esplendor e, por outro, pelos adeptos do Iluminismo escocês (ao qual o governador-geral Warren Hastings estava ligado). Demonstrando um talento impressionante para a leitura atenta, Ranajit Guha analisou minuciosamente as atas, propostas e contrapropostas apresentadas e debatidas nos conselhos administrativos da época. Uma figura central que surgiu em tudo isso foi Philip Francis, nascido em Dublin. Embora a oposição entre Francis e Hastings tenha em geral sido lida simplesmente pelo prisma da política de facções, Guha foi capaz de elevar as diferenças ao plano de um debate intelectual genuíno, com consequências duradouras para Bengala.

Ao mesmo tempo, pode-se dizer que o trabalho mostrou pouca ou nenhuma preocupação com as ‘realidades básicas’ da Bengala do século XVIII, e, menos ainda, com os complexos regimes de propriedade que existiam antes do governo da Companhia. Isso teria exigido que Ranajit Guha se envolvesse com a história mongol e as questões da lei muçulmana hanafita, que estavam bastante distantes de suas inclinações. Além disso, há pouco em A Rule of Property que sugira se tratar de uma história marxista, ainda que se queira interpretar esse termo de forma ampla.

Os críticos da época frequentemente o compararam com outro trabalho publicado alguns anos antes, The English Utilitarians and India (1959), de Eric Stokes, provavelmente para desgosto de Guha. Eric Stokes enfatizou menos os detalhes e adotou uma cronologia mais ampla, demostrando menor talento para a leitura atenta de textos. Mas provavelmente há mais coisas que unem esses livros do que os separam. Enquanto o trabalho de Eric Stokes foi amplamente aclamado, o de Ranajit Guha, de forma um tanto injusta, definhou por um tempo na obscuridade.

É notável que no restante da década de 1960, Ranajit Guha tenha praticamente parado de publicar, e quando o fez em 1969 (na forma de uma revisão de uma coletânea há muito esquecida sobre o nacionalismo indiano), foi um ataque amargo à história indiana praticada na Inglaterra, incluindo a Sussex University, “onde os alunos são introduzidos na lógica do […] procedimento imperialista mal disfarçado”. Foi nessa época que Ranajit Guha decidiu passar um ano sabático na Índia, baseado na Delhi School of Economics por intermediação de seu amigo Raychaudhuri, que lecionava lá.

O movimento comunista na Índia, ao qual Ranajit Guha esteve ligado na década de 1940 e no início da década de 1950, já havia passado por mudanças consideráveis. O Partido Comunista da Índia (CPI), pró-soviético, havia se dividido em 1964, produzindo o CPI(M) [Partido Comunista da Índia (Marxista)], que inicialmente era mais orientado para o comunismo chinês e muito mais hostil ao partido no poder, o Congresso Nacional Indiano (INC). No entanto, em 1967, uma nova divisão ocorreu no contexto de uma revolta rural no norte de Bengala, produzindo o CPI(ML) [Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista)], que evitava a política parlamentar em favor de uma estratégia de camponeses armados e de mobilização estudantil. Grupos de estudantes radicais em cidades como Kolkata e Delhi se formaram em apoio à tendência, geralmente conhecidos na linguagem comum como ‘naxalitas’.

Ranajit Guha, um visitante de Delhi em 1970-1971, achou esse novo movimento atraente devido a seu próprio pensamento pró-maoísta e começou a frequentar esses grupos de estudantes. Alguns livros de memórias cobriram essa história, incluindo um recente do economista do desenvolvimento Pranab Bardhan. Devido ao seu trabalho de campo, Pranab Bardhan tinha uma boa compreensão dos problemas rurais indianos e não ficou nada impressionado com o que viu em uma reunião com ares secretos orquestrada por Ranajit Guha, descrevendo-a em Charaiveti (2021-2022) como uma “coleção de clichês”, com oradores “regurgitando retórica… aprendida com algum panfleto barato”. No entanto, alguns desses estudantes não apenas se tornaram ativistas, mas também historiadores, inspirando-se diretamente nas formulações de Ranajit Guha.

A primeira das novas intervenções de Ranajit Guha foi um ensaio, publicado pela primeira vez em 1972, mas com reformulações subsequentes, sobre a rebelião índigo de 1860 em Bengala. Isso foi acompanhado, nos anos seguintes, por vários textos de comentário político sobre o Congresso e seu perfil político, bem como sobre repressão estatal e democracia na Índia. Em meio à turbulência política da década (simbolizada pelo infame período da Emergência declarado por Indira Gandhi), a influência intelectual de Ranajit Guha começou a se espalhar.

Em parte, isso foi auxiliado pela mudança de Raychaudhuri para um cargo em Oxford: vários de seus alunos de doutorado de passaram a ser orientados, na prática, por Ranajit Guha, que assim agia como uma espécie de éminence grise baseada em Brighton. Isso acabou levando a uma série de reuniões informais no Reino Unido em 1979-1980, onde uma decisão coletiva foi tomada para lançar o movimento chamado ‘Estudos Subalternos’, usando um termo extraído dos Cadernos do cárcere de Antonio Gramsci. O primeiro volume com este título apareceu com considerável alarde em 1982 e foi seguido um ano depois pelo segundo livro de Guha, Elementary aspects of peasant insurgency in colonial India.

Após cerca de duas décadas de relativa oclusão, esse foi o momento do segundo advento de Ranajit Guha. Em uma provocação no primeiro volume da série Estudos Subalternos, Ranajit Guha protestou contra a “longa tradição de elitismo nos estudos sobre o sul da Ásia” e, após listar vários elementos que compunham as elites estrangeiras e indígenas, declarou sumariamente que os “subalternos” eram a “diferença demográfica entre a população indiana total e todos aqueles que descrevemos como a ‘elite’”.

Ele argumentou ainda que os “subalternos” ou “povo” tinham seu próprio “domínio autônomo” de ação política e que uma visão elitista do nacionalismo indiano levou a uma narrativa consensual que deixou de lado “a contribuição feita pelo povo por conta própria, isto é, independentemente da elite para a construção e desenvolvimento desse nacionalismo”.

Esse ataque aberto não apenas aos historiadores britânicos, mas também aos indianos, ocasionou uma série de discussões violentas, particularmente com historiadores ligados ao CPI(M), bem como com nacionalistas mais convencionais. Esses debates ocuparam grande parte da década de 1980, época em que Ranajit Guha havia assumido seu último cargo acadêmico na Australian National University. No final da década, e com a publicação de seis volumes sob a direção de Ranajit Guha, os Estudos Subalternos haviam se estabelecido como a força dominante no estudo da história moderna da Índia.

Isso ocorreu apesar da dúvida lançada sobre a originalidade do projeto em si, dadas as formas anteriores de história vista de baixo, bem como questões relacionadas ao conteúdo altamente desigual dos seis volumes. A fadiga intelectual com a historiografia padrão nacionalista de esquerda pode explicar parte desse triunfo, mas o novo jargão da nova escola também desempenhou um papel. Durante a década de 1990, o principal impulso do projeto como uma contribuição para a história social radical progressivamente se diluiu, e o próprio grupo começou a se fragmentar e se dispersar, com algumas recriminações amargas de antigos participantes. Na altura do décimo segundo volume, publicado em 2005, o projeto havia perdido sua forma, ficando atolado em um envolvimento infrutífero com o desconstrutivismo, por um lado, e o essencialismo cultural, por outro.

Voltando ao momento original de 1982-1983, no entanto, várias características peculiares da postura de Ranajit Guha merecem ser mencionadas. Uma delas foi sua adesão insistente a uma leitura particular do estruturalismo que havia sido popular na década de 1960 – não tanto a antropologia estrutural de Claude Lévi-Strauss, mas antes a reinterpretação da linguística saussuriana por figuras como Roland Barthes. Como sabemos, a posição do próprio Barthes mudou consideravelmente nos anos posteriores à sua “Introdução à análise estrutural da narrativa” (1966), mas Ranajit Guha não o acompanhou nessa trajetória.

Em vez disso, ele se ateve a certas ideias surpreendentemente simples baseadas em uma divisão binária entre elites e subalternos. Isso, por sua vez, tornou-se a base de outro artigo de fé, a saber, que a voz e a perspectiva do subalterno poderiam ser extraídas alquimicamente dos registros coloniais de repressão por meio de certos protocolos de tradução. Essas ideias, expressas por Ranajit Guha de alguma forma nos primeiros volumes dos Estudos Subalternos, também podem ser encontradas em alguns dos ensaios de seus discípulos. Mas eles são apresentados em maior extensão em seu Elementary Aspects, que nos fornecem outro exemplo da longa (e, em última análise, malsucedida) luta para reconciliar o estruturalismo e o materialismo histórico.

Críticos amistosos tais como Walter Hauser ficaram aflitos ao encontrar na obra um traço inconfundível de arrogância elitista e um achatamento nada sutil da complexidade das sociedades camponesas, embora, no entanto, reconhecessem a importância de Ranajit Guha na renovação da história camponesa. Também houve questões levantadas por historiadores da longue durée como Burton Stein sobre se Ranajit Guha não teria confundido categorias distintas como caçadores-coletores e camponeses por meio de sua adesão à lógica do binarismo.

Nos anos que se seguiram, os escritos mais influentes de Ranajit Guha assumiram a forma de ensaios, muitos dos quais foram reunidos em um volume intitulado Dominance without hegemony (1997), que argumentava que no sistema político colonial da Índia (ao contrário da política metropolitana britânica) a coerção aberta superava a persuasão, e que o estado indiano após a independência continuou a praticar uma versão da mesma política abertamente coercitiva.

Ele também desenvolveu suas reflexões um tanto problemáticas sobre a historiografia, que apareceram em sua versão final como um conjunto de palestras publicadas, History at the limit of world-history (2002). Em alguns desses ensaios tardios, encontramos Guha se afastando de sua posição estruturalista para experimentar outras abordagens. Um dos mais bem-sucedidos e amplamente citados é “Chandra’s Death” (1987), no qual Ranajit Guha apresenta uma leitura muito atenta de um pequeno corpo de documentos legais de 1849 em Birbhum, sobre um aborto malsucedido que levou à morte de uma jovem. Aqui, vemos Ranajit Guha empregando seu conhecimento íntimo da Bengala rural, bem como suas habilidades hermenêuticas ao lidar com materiais escritos em um “bengali rústico” que possui uma “mistura estranha de linguagem rural e frases persianizadas”.

Embora intercalados com genuflexões a Michel Foucault, esses são momentos em que Ranajit Guha chega mais perto do espírito da microstoria italiana, uma abordagem com a qual ele nunca se envolveu formalmente. Em contraste, as palestras sobre historiografia tomam um rumo muito diferente, abraçando a moda nietzschiana crítica do Iluminismo daquele momento, bem como reivindicações de superioridade da literatura sobre a história. Encontramos também a introdução e defesa do conceito de “historicalidade” como forma de reencantar o passado. Isso levará, quase inelutavelmente, à última fase da carreira de Guha, na qual ele se voltará amplamente para a crítica literária escrita em bengali e se concentrará principalmente nos grandes nomes do panteão literário bengali.

De forma não surpreendente, então, ao longo de quase um século, a trajetória de Ranajit Guha foi marcada por diversas reviravoltas inesperadas. A “ilusão biográfica”, como Pierre Bourdieu a denominou, pode exigir uma forma mais organizada de enredo do que esta vida nos oferece. Tudo isso apesar do fato de estarmos lidando com alguém com um ímpeto poderoso, não para carreira e carreirismo, mas para uma forma mais complexa de autoconfiguração carismática que fez Ranajit Guha evitar amplamente os holofotes, deixando-os para alguns de seus discípulos mais jovens.

Talvez os hábitos reservados de seus primeiros anos de vida adulta tenham se mostrado difíceis de se livrar. No entanto, ao escolher as margens do mundo acadêmico, Ranajit Guha conseguiu exercer uma influência maior do que muitos daqueles que ocuparam posições importantes de poder acadêmico. Com isso, ele mostrou que realmente tinha uma compreensão apurada da política e de seu funcionamento.

*Sanjay Subrahmanyam é professor de história na University of California, Los Angeles (UCLA). Autor, entre outros livros, de Connected history: essays and arguments (Verso).

Tradução: Ricardo Pagliuso Regatieri.

Publicado originalmente no blog Sidecar, da New Left Review.

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