Uma beluga no rio Sena

Beatriz Colombo, Águas escondidas, 2016
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Por EDUARDO SINKEVISQUE*

“O que havia no Grande Mar onde Guedes navegou a baleia? Feras da crueldade dos homens e tipos inéditos de vida e bufonaria, da laia de seu chefe”

Duas margens de um rio singrando e sangrando, a cidade. Uma terceira margem. Mestre Jonas quem conta, mas também Luciano, o polígrafo de Samósata.

Paris não era mais uma festa fazia tempo.

Na pia da cozinha a baleia de pelúcia era brinquedo da cadela, uma waimaraner de pelagem cinza e de olhos azuis. Anita, Anazinha, Aninha ela se chamava.

Anita era amiga da Baleinha. As duas boiavam, nadavam de barriga pra cima, num país à deriva.

Um dia, uma ursa de zoológico cuspiu um mel louco nas águas do Rio Sena. A Beluga desavisada ingeriu a substância, ficando alucinada. Chapou, ficou chapada.

Era no fim do humanismo, no tempo da perda da delicadeza.

Deli Bal, o mel louco, da Turquia à França.

Em águas fantásticas a Beluga bebeu a substância junto das águas do Rio Sena, das águas da pia onde brincava a Baleinha.

Quando a Beluga entrou no rio, o mel rodou dentro, expulsando Mestre Jonas, expulsando Luciano que viviam dentro da Beluga.

Ao expulsar os dois, abrigou Guedes, aquele que vem da Galiza.

A Beluga ao galego Guedes deu guarida mesmo que ele com sapatos sujos em seu corpo pisasse.

A baleia era piedosa. Guedes impiedoso. A baleia justa. Guedes injusto. O que Guedes fazia era insuficiente, insignificante, porém ameaçador, destruidor. Guedes não era conveniente. Nada sabia ao certo, era mau caráter. Não amava com violência, ao contrário, odiava com violência. Tinha espírito mesquinho, era covarde, cruel, frio; egoísta era Guedes. Tinha pequenez de espírito.

Guedes era calculista, escravo de seus proveitos. Era soberbo, orgulhoso, afetado, grosseiro. Guedes era mal acostumado, mal ajambrado. Guedes era feio. Não tem jeito. Não dá pra dourar a pílula. Não dá pra remediar. Era feio e pronto.

Então, ele era feio. Tinha sido uma criança feia, um moço feio, um adulto feio. Não ia ser quando velho que ele não seria feio. Não seria durante o tempo em que esteve subordinado a um presidente que não seria feio.

Em feto tinha sido feio. Tem feto bonito? Talvez todo feto seja feio.

Guedes foi uma criança mal parida. Adulto tendo ainda cabelos tinha cabelos ralos, feios. Testa grande sempre teve. Quando perdeu os cabelos, só testa ele teve. Ficou mais feio. E com nariz desproporcional, e torto. E com lábios grandes, e descascando.

Velho, Guedes ficou careca. Ficou mais feio do mais feio que já havia ficado. O mais feio de todos os feios do mundo. O mais feio de todos da França, de Portugal, do país em que o presidente era seu chefe onde a cadela Anita brincava com a Baleinha.

Quando chegou a peste, aquela que fez todas as cidades suarem, ter febre e as pessoas passaram a recitar poemas terraplanistas, a declamar poemas anticiência, a falar poemas antivacinas, Guedes ficou torpe, horrível. Imitação de piores ele se tornou. Falsa ficção. Fantasmagoria ele se tornou. Mentiroso ele ficou.

Mas como todo feio é feio, feio ele permaneceu. Com apenas um agravante: desprovido de ética, todo efeito de paixão, o feio de Aristóteles ele se tornou.  Gostava que todos puxassem seu saco.

Guedes era ambicioso. De seu poder cuidava com diligência. A baleia tornou-se sua casa, sua cidade.

Ele dizia que se chamava Guedes. Dentro da baleia Guedes guardava balelas, adjetivos chulos, sempre vestido de ternos mal cortados e calçando sapatos sujos. A baleia era mais segura que um grande navio.

E ele dizia que se chamava Guedes, ele dizia que se chamava Guedes e seu chefe o dizia um posto Ipiranga. E ele dizia que se chamava Guedes. Ele era um homem neoliberal.

O que havia no Grande Mar onde Guedes navegou a baleia? Feras da crueldade dos homens e tipos inéditos de vida e bufonaria, da laia de seu chefe.

Guedes escravizou os ventos com o Monstro de um olho só que era chefiado pelo Monstromínio, o Monstro do Condomínio, o presidente que era comedor de carne crua, leite condensado e pão de forma e assinava documentos com caneta esferográfica barata.

O presidente tinha um séquito de servos abutres com raiva, verdadeiros animais com várias cabeças sem cérebro que estavam sempre num cercadinho e ficavam gritando:

– Mito, mito, mito…

No Rio Sena, a Beluga regurgita o que Guedes carregou nela durante muitos anos de navegação, água doce o suficiente, muitas armas dos clubes de tiro, das fazendas, dos latifúndios, dos comparsas.

A Beluga navegou até onde beluga nenhuma havia chegado, lugar onde fluía vinho num fluxo abundante e forte. Depois de percorrer muitos anos, muitos lugares, a Beluga avistou uma entrada em Paris pelo Rio Sena.

Estrela da manhã desperta, não habitada dentro dela, a cavalgadura com cheiro fétido, cheiro muito fedido, um baita de um fedô o cheiro de Guedes, devastou o país dele com fogo.

Queimaram-se museus, bibliotecas, universidades, sindicatos, organizações civis:

– Foi COVID?

Essa passou a ser a interrogação. Quem não dormia, quem não comia, quem adoecia, quem morria vinha a pergunta:

– Foi COVID?

E tudo poderia ser por COVID. E alguns mortos eram por COVID. Mas, no geral mesmo era por negligência. No geral, era por genocídio mesmo.

E nas fronteiras do país, placas: foi genocídio.

E a COVID era uma festa.

A letra do hino nacional passou a ser: nossos mortos são mais mortos e em número maior. Nossas vidas sem valor. País de injúrias ficou eterno pária no mundo. Aos filhos deste quem os adora somente a morte e as ações do genocida que produz cadáveres. Morre, morre!

Foram tantos os cadáveres que não mais nasceu gente. O país foi povoado de tatus. Sob as covas eles se alimentavam e ali mesmo se reproduziram. Tatupeba não mais o pau que deu nome. Não mais a árvore de cor abrasada. O país passou a se chamar terra de tatus-pebas.

O chefe de Guedes plantou falos, armas, balas, munições onde outros plantaram vagas nas escolas, empregos. Ele plantou túmulos e se regozijou com as mortes e com o silêncio sepulcral sem carnaval. Ele passeava de lancha, fazia churrasco e tomava leite condensado enquanto à linha abaixo da pobreza ele empilhava cada vez mais gente. Ele gargalhava ao som de uma canhestra sanfona, na linguagem de cifras, na linguagem dos sinais. Engordava milícias, acariciava a polícia e engordava as forças armadas.

Não existia pecado do lado de baixo do Equador?

– Alá lá ô.

Houve um tempo em que o Banco Central ficou autônomo em relação à política de Estado. Os banqueiros se fortaleceram mais do que nunca. O país passou a ser o país dos banqueiros. Não houve mais empregos, a não ser de bancário.

A população quase toda morreu.

Não houve mais carnaval.

A pandemia, que antes era de um vírus, passou a ser monetária.

O presidente do país passou a ser o presidente do Branco Central. Em dólar tudo ficou dominado.

Eram grupos de pessoas extremamente preocupadas com o desgoverno do país, com o genocídio. E não faziam nada. E só faziam se preocupar e lacrar em recortes nas redes sociais.

Eram grupos superiores. E eram grupos de distraídos, de dispersos e dispersivos. E grupos de divertidos e de preocupados que também se divertiam. E tinha grupos de pessoas que respiravam, embora a população morresse asfixiada. E não era apenas falta de oxigênio. Era asfixia de ideia fixa. Paralisia.

Antes de navegar pelo Sena, a Beluga esteve nesse país, antes de estar nesse país esteve na Lua onde os habitantes não nascem de mulheres, mas de homens, nascendo da barriga da perna. Quando o feto é gerado a batata da perna incha, a panturrilha engrossa. Outros nativos da Lua nascem de cortar o testículo direito do homem e esse testículo é plantado no solo e vira uma árvore enorme igual a um grande pirulito que procria.

A Beluga, de cerca de duzentos e setenta quilômetros de tamanho, avançou pelo Sena com a boca aberta agitando as águas do rio e banhando tudo a seu redor com escuma.

Ela exibia os dentes muito maiores do que os grandes pirulitos dos habitantes da Lua.

– O que a baleia fazia? O que comia?

Perguntou o Tempo.

Para além de ter comido Mestre Jonas, Guedes, a Baleia comia krill, crustáceos de 6 centímetros de comprimento, em quantidades industriais.

Ao comer, a Baleia abre a boca e engole uma massa de seis milhões de krill. Fecha a boca e espreme a água com sua barba e língua de baleia. O plâncton é instalado na orla de sua barba e é engolido.

A Beluga bordava um novo ano de novo nada novo sob o sol.

– E a Baleia tinha as manhas?

O Tempo duvidou.

Tinha as manhas, as linhas e as agulhas.

A baleia tinha as agulhas que o governo do país de Guedes não comprou. A baleia tinha as manhas. O governo não. O país era um sem seringas, sem agulhas, nem vacinas.

O chefe de Guedes jogando futebol e falando parvoíces e impropérios. E o país ficou com o genocida caído no gramado.

No dia em que mais de mil morreram no mesmo dia, ele voltou a fazer galhofa com torturados

E o país ficou pária no planeta.

Mulheres sendo assassinadas o tempo todo, a toda hora.

O país passou a ser o país da galhofa.

E ainda houve gente de esquerda que fez piada homofóbica com a pose esdrúxula do presidente no gramado.

O país da piada. O país do meme. O sujeito da sátira, do alto de sua presunção, ainda preferiu ver Jânio Quadros no mandatário quando viram boiola. Antes pés desencontrados, antes encenação populista do que piada homofóbica.

Ao energúmeno o que é do energúmeno.

De renúncia, ao menos, a sugestão.

Naquele país aos poucos tudo foi virando piada. Meme. Cada vez mais. Todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos. Até o instante-já foi assaltado pela piada. Os pássaros cantavam piadas, os motores de carros e de moto roncavam piadas. Os gatos e os cães miavam e latiam piadas. Até os precarizados contavam piadas.

Todos foram acometidos por piadas. E por falsas piadas. De conteúdos falsos. As coisas continuavam graves, mas não sérias.

A doença de base, a falta de habilidade para interpretação. Ninguém mais soube interpretar textos. E não eram apenas as ironias de difícil compreensão. O país se viu atolado em falsas notícias. E em piadas lidas como notícias verdadeiras. Tudo isso com o agravante das cepas em reprodução.

Quando todos os melhores artistas, e cantores, e atores, e autores, de canções, de teatro, de prosa e de verso, compositores, e pintores, e atores, e melhores artistas, e cantoras, e atrizes, e autoras, e semelhantes fluidos em gênero, e não binários morreram, e no país arte não mais existiu, ficaram as pedras apenas. Não as geológicas que, embora lentas, passam por profundas transformações. Ficaram apenas as pedras embotadas, curvadas, travadas, inertes. Pedras como pedras de rim, de vesícula, de meio de caminhos. Seres zumbis de pedras com ideias fixas de pedras.

Estática não entre agulha e disco.

Zumbido, ruído, microfonia.

Quando o país ficou completamente sem teatro, sem cinema, sem literatura, sem pinturas várias, nem música, e os mortos foram os que dominaram na Terra toda, o país de Guedes foi visto como pária, como planeta que no Cosmos flutua, não como Lua que boia, baila e tem luz, ainda que artificial, mas como deserto que indica já ter sido.

Quando toda e qualquer forma de inteligência foi banida, o país não é que ficou à deriva. O país foi esquecido. Recebeu, no entanto ainda, a etiqueta de grande pátria desimportante, grande pátria de homens de bem.

Os comuns, os vencidos, foram presos e amarrados e mais castigados. Isso foi à Guerra dos Heróis Mortos, que teve como líder o Marujo Português porque o país que Guedes destruiu tinha sido erro de português, uma piada mal contada.

Quando o Marujo Português passava, o marujo português não andava, passava a bailar, como ao sabor das marés. Quando se gingava, fazia tal jeito, com tal proa que só pra que se não distinguisse se era corpo humano ou canoa saltava de barcos. Num salto parava à Madragoa ou então ao Bairro Alto. Entrava em Alfama e fazia de Alfama um convés. Sempre dizia haver Vasco da Gama nele, como sempre há um Vasco da Gama num marujo português qualquer. Quando ele passava com seu alcance vistoso, trazia sempre pedras de sal no olhar malicioso.

O Marujo venceu Guedes, mesmo que todos tivessem morrido.

O Marujo Português pôs com malícia a sua boina maruja, mas se inventava uma carícia, não havia mulher que lhe fugisse. Uma madeixa de cabelo descomposta pôde até ser a fateixa de que uma varina gostava.

Ele passou, o Marujo Português passou. Passou o mar, o Rio Sena, a França, o país comandado pelo chefe de Guedes em mais do que numa ameaça que não foram de carinhosas marés.

Havia muitos outros dentro da Beluga inospitaleiros e estranhos, na ardência, xenófobos, chauvinistas, endógenos para além do feio e fétido Guedes.

A Beluga escoava como as cavernas.

Guedes queimava a floresta de dentro da Beluga para que ela morresse e ele pudesse sair de lá. Queimou, começando pela cauda, durante sete dias, sete noites. Ela adoeceu no sétimo dia.

Entre a oitava e a nona noite a baleia morreu, não sem antes regurgitar Guedes, o neoliberal.

Vestimentas de teias de aranha sem corpos, impalpáveis desencarnados em Guedes tagarelavam tanto que chegaram a dizer que a esposa do presidente da França era feia. E que sua gente iria não necessitar da França, deixando-a para trás.

Guedes tinha apenas lado direito em seu corpo e em sua alma. Uma das metades de Guedes era toda de cocô, xixi e ranho. A outra metade era feita de perdigotos do chefe dele que, quando falava, era um chafariz onde seus seguidores se banhavam.

Suas paixões eram ira, inimizade, temor, vergonha, inveja.

Guedes praticava necrofilia. Era da necropolítica, da necroacademia.

De dentro da Baleia quando Guedes saiu junto veio um odor horrível de enxofre, um betume, e peixe, além de muita fumaça como se homens tivessem queimando o ar, que ficou sombrio e nublado.

Para a população que sobrou foi indicado usar medicamentos como Busonid duas vezes por dia, Belladona quatro vezes por dia, soro fisiológico ou água boricada.

Ouviam-se barulho de chicotes e gemidos. Depois que deixou o Rio Sena, a baleia tinha ficado encalhada no Porto do Sono que era uma floresta com árvores altas dormideiras e mandrágoras.

O Porto do Sono era um lugar onde havia um rio chamado Passagem Noturna e havia fontes chamadas Desacordadas e Pernoites. Próximo dali havia uma planície que se chamava Indolência. Quem por ali ficava ou ali visitava tinha sonhos amedrontados por estar ali e pelo som lastimoso do local.

O que sucedeu depois que Guedes foi regurgitado será contado em estórias posteriores. O alto mar profundo, os ossos e crânio de muitos homens mortos no Araguaia é que contarão.

Como Guedes era estrangeiro, foi comido por mulheres marinhas. Porém, antes de morrer declarou:

– O país pode virar a Argentina em seis meses e a Venezuela em um ano e meio. Se fizer errado, vai rápido. Agora, quer virar Alemanha, Estados Unidos? Serão necessários uns dez ou quinze anos na outra direção. Vocês sentirão saudades de mim e de meu chefe. Olha que eu fui demissível em 30 segundos se meu chefe não mais acreditasse em meu trabalho.

E como eles eram alho e bugalho, unha e carne, Guedes não se demitiu, nem foi demitido.

– E o chefe dele?

Como ninguém acende vela pra defunto ruim, ficou às escuras nos apagões do país causados pela privatização da energia elétrica. Para seu fim não teve choro, nem vela, nem fita amarela.

– E o Marujo Português?

– Comprou uma esteira de vime e parou de navegar.

*Eduardo Sinkevisque é pós-doutor em teoria literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


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