Por BRUNO MACHADO*
O inconsciente é o maior limite ao avanço das inteligências artificiais com o intuito de se tornarem idênticas a uma mente humana real
O impressionante avanço dos programas de computador denominados inteligência artificial levanta um questionamento sobre até que ponto a inteligência artificial (IA) pode emular o comportamento humano e se tornar indistinguível de uma mente humana. Com uma acurada capacidade de compreensão e reprodução de padrões de linguagem e elaboração de sistemas lógicos tais IAs se tornam cada vez mais próximas de uma mente digital indistinguível de uma mente humana. Muito discute-se sobre a incapacidade de uma inteligência artificial de simular emoções humanas, entretanto, já existem por aí alguns casos de IAs que simulam muito bem emoções humanas de acordo com um banco de dados de conversas e situações reais da vida humana. Portanto, com um vasto banco de dados com informações sobre a linguagem, emoções e comportamentos humanos, uma IA pode ser treinada a ponto de adquirir uma personalidade que nunca pertence a nenhuma pessoa.
Os avanços das neurociências vem servindo de base teórica para a programação e alimentação de inteligências artificiais pelo mundo, tornando tais mentes digitais cada vez mais próximas de uma mente humana. A sistematização da forma como a mente humana funciona possibilita sua matematização, auxiliada por ferramentas estatísticas, e, por fim, sua programação. Dessa forma, inteligências artificiais em breve pensarão mais como humanos do que como máquinas, e esse é um futuro para o qual a humanidade pode não estar preparada.
Apesar de todos esses avanços científicos da computação e da medicina, uma inteligência artificial nunca poderá substituir por completo uma mente humana, dentre outros motivos, por não possuir um inconsciente que dirija seu pensamento e comportamento. A principal ponte que levou Sigmund Freud a conseguir acessar o inconsciente a partir do consciente foi a interpretação dos sonhos. O que torna a mente humana diferente de qualquer programa de computador dirigido por um algoritmo e alimentado por um banco de dados é a sua existência depender não só do consciente, mas do inconsciente.
A ideia de que a mente humana é resultado da interação entre neurônios e o pensamento humano é uma combinação de raciocínio lógico com emoções ligadas a reações químicas no cérebro é uma ideia que tenta à força aproximar a mente humana a uma máquina. Entretanto, reduzir e compreender a mente humana dessa maneira, como se fosse uma máquina matemática, química e biológica, é um grave erro. Há mais de um século, sabemos que nossas vidas são em grande medida determinadas por desejos e valores inconscientes. E por isso, nem mesmo a química, a biologia, junto da neurociência e da psicologia comportamental poderão sistematizar a mente humana ao ponto dela poder ser simulada em um programa. Primeiramente, para compreender-se a impossibilidade de uma inteligência artificial simular um sonho, é necessário entender como os sonhos são formados e como podem ser interpretados.
Quando propôs seu método de interpretação dos sonhos, Freud afirmou que todo e qualquer sonho, inclusive pesadelos, são a realização de um desejo. A afirmação pode parecer loucura a princípio, mas torna-se mais aceitável quando se entende que normalmente os sonhos são distorcidos, já que os desejos proibidos por nosso superego são mais frequentes nos nossos sonhos que desejos permitidos, pelo menos na fase adulta da vida.
Na infância, com nosso superego ainda em formação e muito menos rigoroso do que se torna na fase adulta, os sonhos são menos distorcidos por estarem mais associados a desejos permitidos do que proibidos. Até por que, um dos principais motivos de censura do superego nos sonhos, que causa as distorções, são seu conteúdo sexual implícito. Por tudo isso, sonhamos mais diretamente com nossos desejos na infância do que quando adultos.
Antes de tentar interpretar um sonho é necessário saber que, para ter tal êxito, precisa-se entender que o sonho é dividido em seu conteúdo explícito (ou manifesto), que é o acontece efetivamente no sonho, ou seja, o que vemos, ouvimos, pensamos e sentimos durante o sonho; e seu conteúdo implícito (ou latente), que são as conexões lógicas por alusões e referências que levam ao desejo censurado no sonho. Ou seja, quando se está com sede e sonha-se estar bebendo água, o conteúdo implícito e explícito do sonho são idênticos. Mas quando o desejo é censurado pelo superego, o conteúdo explícito é o resultado das distorções que o conteúdo implícito (que está relacionado ao desejo) levou. Além disso, todo sonho está relacionado com o dia imediatamente anterior (o dia do sonho) tanto seu instigador do conteúdo explícito quanto do conteúdo implícito do sonho (ligado ao desejo).
Sabendo disso, para iniciar-se a interpretação de um sonho, deve-se buscar em seu conteúdo explícito elementos que fazem alusão ao que aconteceu ou que foi pensado no dia do sonho. A partir desse elemento identificado (o instigador do conteúdo explícito do sonho), pode-se fazer alusões através da simples lógica, de pensamentos que vierem naturalmente a mente, ou por meio de conexão desse elemento com sua vida no passado, que levem a outro elemento também explícito no sonho. A interpretação do sonho está fortemente relacionada a tentativa de conectar elementos que surgem no sonho, e no final, quando todos os elementos estiverem conectados, pode-se tentar entender o conteúdo implícito do sonho como um só todo (a partir das deduções feitas entre um elemento explícito e outro) e então interpretar qual a realização de um desejo estava contida nesse sonho analisado. Isso é mais fácil de ser compreendido com um exemplo, que descreverei no final do texto.
Da mesma maneira que deve-se partir do elemento instigador do conteúdo explícito do sonho (identificando uma conexão desse elemento com o dia do sonho), ao chegar-se ao desejo contido no sonho, deve-se conseguir conectar esse desejo com algum elemento do conteúdo explícito do sonho que tenha imediata conexão com o dia do sonho. Pois, como já dito, tanto o conteúdo implícito quanto o conteúdo explícito do sonho tem instigadores no dia do sonho.
Os sonhos sofrem um processo de forte condensação, ou seja, o conteúdo implícito é maior do que o conteúdo explícito (o sonho em si). Além disso, elementos que surgem com maior nitidez nos sonhos são também os mais relevantes para seu conteúdo implícito, ao mesmo tempo em que representam maior condensação. Ou seja, o que é mais nítido no sonho é mais importante e precisa de mais deduções lógicas para ser compreendido, pois é fruto de forte condensação. Em outras palavras, o que é nítido num sonho é um resumo enxuto de muita coisa importante que está no conteúdo implícito do sonho.
Quando se tem vários sonhos numa mesma noite, eles sempre estarão conectados em seu conteúdo implícito. Ou seja, tudo deve ser interpretado como uma coisa só, já que se referem a um mesmo dia do sonho. Vários sonhos significam vários capítulos de uma mesma história.
Além disso, há sonhos em que o desejo é de punição. Há também sonhos em que o desejo revelado no sonho é uma etapa para a realização do verdadeiro desejo do sonho. Um dos exemplos usados por Freud se trata de uma mulher que sonhou que seu sobrinho havia morrido, mas após a interpretação, chegou-se a conclusão que seu sonho era o desejo de rever um proibido caso amoroso em que a última vez que havia visto fora no enterro de seu outro sobrinho, este realmente morto na vida real. Há também sonhos em que a realização de um sonho revelada em sua interpretação é o preço a se pagar pelo verdadeiro desejo (o que explica alguns sonhos de angústia).
Um fator fundamental na interpretação dos sonhos está no fato de que a realização de um desejo contida em um sonho não precisa ser atual, podendo ser um desejo existente na infância, que foi instigado no dia do sonho. Outro fato importante é que a repetição de um exato mesmo sonho de angústia pode estar relacionado a um estado de neurose.
Os pesadelos são, portanto, sonhos distorcidos por representarem desejos fortemente proibidos pelo superego. Ainda que para que se possa interpretar um sonho seja necessário conhecer não só o dia do sonho mas a psiquê do sonhador, alguns sonhos típicos tem uma interpretação direta e simples. Sonhar que está nu, sem conseguir se esconder enquanto as outras pessoas do sonho não parecem dar importância a tal escândalo significa que o desejo do sonho está ligado a um desejo de exibir-se.
Sonhar com a morte de um parente que está vivo e sofrer angústia, durante ou logo após o sonho, significa que já se desejou a morte de tal parente, ainda que apenas na infância, onde a morte tem um significado para a criança mais próximo de “ir embora para sempre” do que a morte como conhece um adulto. Por isso, é mais frequente que homens sonhem mais com a morte do pai e mulheres sonhem mais com a morte da mãe. Na infância, durante o Complexo de Édipo, competimos com a figura paterna ou materna de mesmo sexo que o nosso. Sonhar que se está refazendo uma prova que já fez e foi aprovado no passado significa um desejo não ter medo dos desafios de um futuro próximo.
Além disso, algo frequente nos sonhos é a paralisia motora, que tem o significado de uma proibição a continuação do que se estava fazendo no sonho (no seu conteúdo implícito) e revela uma intervenção mais direta e clara do superego em sua censura aos sonhos, que costuma ocorrem de forma mais elaborada e menos perceptível.
Com exceção desses sonhos chamados típicos, que tem uma interpretação mais direta, os outros sonhos que sofrem distorções são normalmente difíceis de serem interpretados, já que a distorção e condensação presentes nos sonhos não só trocam pessoas, lugares e coisas como combinam esses elementos de forma livre, tornando os sonhos frequentemente muito confusos.
Podemos imaginar por exemplo um vegetariano que no dia do sonho viu alguém comendo um belo bife e, em outro momento do mesmo dia, por apenas um segundo, viu um trailer de um filme passando na TV enquanto fazia outra coisa mais importante em casa. Em sua noite, esse “sonhador” pode ter um sonho em que esteja em um estádio de futebol com cadeiras de cinema, acompanhado de determinados amigos. Esse sonho em si, parece confuso e não relacionado a nenhum desejo proibido, o que mostraria um sucesso do superego em distorcer o conteúdo implícito do sonho para criar um conteúdo explícito censurado.
Mas uma possível interpretação desse sonho poderia levar a conclusão de que, as cadeiras de cinema remetem a uma cinema em que o sonhador frequentemente ia com os mesmos amigos que participavam de seu sonho num estádio de futebol em que sempre era sucedido de uma visita a uma determinada churrascaria, quando o sonhador ainda não havia se tornado vegetariano. Assim, o sonho confuso e inocente revela seu instigador explícito no dia do sonho (o trailer na TV) e,
após a interpretação, seu instigador implícito (o belo bife), além de relevar a realização de um desejo contida no sonho: o de comer carne.
Uma consequência da prevalescência do inconsciente sobre o consciente é o surgimento das neuroses. Através da interação entre a forma que interpretamos conscientemente a realidade a nossa volta e nossos desejos inconscientes, formam-se as neuroses. Quando se entende a formação das neuroses, entende-se também que nenhuma inteligência artificial poderá sofrer com alguma neurose.
Nossa mente é dividida em três entidades: o ego, o id e o superego. O id é a parte instintiva que determina nossos impulsos pelo prazer, que são chamados de pulsão de vida e pulsão de morte. O superego são os valores e a moral que adquirimos com nossos pais e pela sociedade. O ego é regido pelo princípio do prazer e busca evitar a angústia usando diversos mecanismo de defesa.
Os mecanismos de defesa, quando surgem já na infância ou na adolescência, costumam se repetir diversas vezes em diferentes situações da nossas vidas, por isso, uma analise é capaz de determinar o que pode estar por trás do mecanismo de defesa que o ego criou para evitar um sofrimento causado ou por uma pulsão do id condenada pelo superego ou por uma impossibilidade da vida material de realizar um desejo do id ou evitar um sofrimento.
Um dos mecanismos de defesa do ego é a inibição, que é quando o ego recalca ou inverte um desejo do id que é considerado condenável pelo superego. Quando o ego opta pela inversão um sentimento de ódio condenável pelo superego pode ser invertido em um sentimento de amor, por exemplo. Outro mecanismo, não ligado a desejos internos do id, mas a desejos do id ligados ao mundo exterior é o mecanismo de defesa da restrição. Na restrição, ao se deparar com a impossibilidade material de um desejo do id, como o sucesso em determinada profissão, o ego a restringe e a substitui por outro desejo diferente e oposto ao desejo inicial. O ego de um artista fracassado, por exemplo, pode evitar seu sofrimento o fazendo trocar de profissão para contador, que no caso de sucesso, atinge o princípio do prazer e da fuga da angústia que o ego segue a todo tempo.
Outra defesa do ego é a negação. Defrontado com um perigo externo que pode causar dor, o ego nega a existência desse perigo e o inverte. Um exemplo desse tipo de situação seria o ego de uma pessoa que tem como desafeto outra pessoa altamente violenta e perigosa, mas seu ego passa a ver essa pessoa perigosa como inofensiva, se considerar que não tem outra alternativa para evitar a angústia que o medo gera.
Uma curiosa defesa do ego é a introjeção. Nela, o ego passa a imitar características ou ações da pessoa que representa perigo, de forma a psiquicamente inverter sua posição de vítima para a de agressor, evitando a angústia que o medo causa. O ego de um prisioneiro, por exemplo, pode fazê-lo imitar trejeitos de um carcereiro que o agride constantemente ou até mesmo se tornar agressivo com todas as pessoas à sua volta, imitando as ações do carcereiro malvado.
Já um rotineiro mecanismo de defesa do ego é a projeção, onde o ego daquele que tem desejos ou realiza ações condenados por seu superego passa a colocar a culpa desses desejos ou ações em outras pessoas, se livrando do julgamento do seu superego. Seria o caso, por exemplo, de um homem que, por conta de uma pulsão de seu id, deseja a esposa de um de seus irmãos, mas vive acusando injustamente um primo seu de tal desejo, ou apenas guardando para si tal certeza em segredo, também com o intuito de fugir do julgamento do seu superego.
Um dos mais estranhos mecanismos de defesa do ego é a chamada renúncia altruísta. Onde um ego convencido de sua falta de qualidades ou refém de uma baixa autoestima gerada na infância passa a se contentar em ter seus desejos vindos do id sendo realizados por terceiros. Um exemplo desse tipo de mecanismo seria de um ego de um homem, que não tendo sucesso em sua vida profissional, consome boa parte de sua energia e tempo em ajudar um amigo a ser o melhor possível em seu trabalho, compensando o desejo de seu id no sucesso de outro ego.
Muitos mecanismos de defesa que surgem na vida de um adulto são constantes em seus vidas e podem estar sendo repetidos desde a infância ou adolescência. O id é o único que não se altera ao longo da vida, sendo imutável, portanto. Já o superego é criado na infância a partir dos 3 anos e segue em desenvolvimento por toda a vida, se tornando mais rígido e mais difícil de ser modificado ao longo dos anos de vida passados.
Na infância, os mecanismos de defesa são mais facilmente detectáveis, pois, com o amadurecimento, o ego torna suas defesas cada vez mais complexas, as tornando, muitas vezes, impossíveis de serem decifradas para que se alcance a pulsão original do id ou o julgamento do superego causadores de tal mecanismo de defesa que o ego gerou para evitar a angústia e buscar o prazer. Na infância, a busca pelo amor dos pais e o medo da reprovação dos mesmos gera o superego, que se desenvolve inicialmente com a relação da criança com os pais e depois com toda a sociedade.
Já a adolescência, é um período da vida onde o id detém mais energia, sendo capaz, em um segundo momento da puberdade, de derrotar o superego e controlar o ego. Porém, no primeiro momento da puberdade, o mais comumente observado é o mecanismo de defesa chamado asceticismo. O asceticismo é a reação exagerada do ego de evitar todos os impulsos do id, o que causa um comportamento de isolamento social no adolescente (inclusive em relação à sua família) ao mesmo tempo em que busca ídolos e gurus, que são rápida e constantemente substituídos ao longo desse período, na busca de uma perfeição moral que agrade o superego.
Depois dessa primeira fase, se tudo correr bem, o oposto ocorre, e o id passa a se sobrepor ao superego, levando o adolescente a ter atitudes egoístas, violentas e rebeldes em relação à família e ao mundo a seu redor. Toda essa turbulência é resolvida quando o adolescente entra no período de intelectualização e passa a discutir com outros adolescentes os sentidos da vida, o que é certo e o que é errado e coisas do gênero. Entretanto, esses discursos normalmente são vagos, sem muita conexão lógica e não são correlatos com as atitudes do adolescente, período onde a hipocrisia ocorre de forma vasta. Entretanto, é a intelectualização que permite a volta à sociabilidade do adolescente e faz com que o ego tente levar o id, de forma limitada, à consciência, não sendo somente refém do id agindo no inconsciente, como ocorre na infância e na fase inicial da adolescência, antes da intelectualização.
É importante frisar que os mecanismos de defesa do ego são normais e buscam mais prazer e menos dor à vida humana, além de não estarem sob nosso controle consciente. Por isso, não são motivos de preocupação à priori. Entretanto, quando o ego não consegue utilizar bem suas defesas, ou ainda, quando passa por situações psíquicas (cerebrais e químicas) ou concretas da vida material impossíveis de serem contornadas com suas complexas e flexíveis defesas, mas ainda assim limitadas, surge a neurose.
Um id com pulsões fortes demais para serem contidas pelo ego e suas defesas é uma das causas de neurose. Um superego rígido demais (normalmente ligado a pais autoritários) pode tornar impossível a tarefa do ego de tornar seus pensamentos e ações moralmente aceitáveis pelo seu superego. Entretanto, ids e superegos considerados normais, se tomarmos como normal o que é comum e médio na sociedade, também podem desencadear em indivíduos neuróticos.
No caso específico da inibição, uma inibição seguida de uma inversão de ódio em amor pode se tornar uma fixação que torne o indivíduo agressivo em pequenas rejeições por parte da pessoa com que se tornou afixionado por conta da defesa de seu ego em evitar uma emoção condenável pelo seu superego. Já na restrição como defesa do ego, o não sucesso em outra atividade diferente da que gerou a angústia inicial pode tornar o indivíduo excessivamente competitivo e, possivelmente, agressivo.
Já a projeção, pode fazer com que esse indivíduo persiga a vítima de sua projeção de forma violenta, para tentar punir esse alguém por uma culpa que na verdade está dentro de si mesmo. Avaliando outro mecanismo de defesa, na renúncia altruísta, há o risco do indivíduo se tornar agressivo contra terceiros ao notar que seu amigo em que introjeta todos os seus desejos corre o risco de não ter tanto sucesso quanto o indivíduo, agora já neurótico, deseja para si mesmo.
Assim sendo, portanto, poderão haver no futuro inteligências artificias que se comuniquem e resolvam questões lógicas como uma mente humana. Possivelmente, haverão IAs que adquiram uma personalidade humana e demonstre emoções, porém, jamais haverá uma inteligência artificial que sonhe e sofra com neuroses. Dessa forma, a real causa das decisões humanas não poderá ser considerada na tomada de decisões de tais IAs. O inconsciente é o maior limite ao avanço das inteligências artificiais com o intuito de se tornarem idênticas a uma mente humana real.
*Bruno Machado é engenheiro.
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