Pintor, desenhista e gravador, Paulo Pasta busca construir uma temporalidade na pintura. As cores e as formas em seus trabalhos parecem planificar a percepção da passagem do tempo: diante das telas, o presente coloca-se de uma maneira quase absoluta. As formas e as geometrias representadas nas atmosferas espessas realizadas pelo artista são vagarosamente reconhecidas por um olhar atento do espectador – colocado entre horizontes e obstáculos, que impedem que se veja o espaço da representação com nitidez. A densidade e o tempo criados por Pasta são contrários a qualquer concessão ao mundo prático e a suas necessidades de presteza e prontidão: é no rumor e na abertura ao tempo presente que recai sua poética.
Doutor em artes plásticas pela Universidade de São Paulo, SP (2011), realizou exposições individuais em diversos espaços, como Millan, São Paulo, SP (2023, 2021, 2018, 2015, 2012, 2007); David Nolan Gallery, Nova York, EUA (2022); Cecilia Brunson Projects, Londres, Reino Unido (2022); Museu de Arte Sacra de São Paulo, SP (2021); Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, PR (2019); Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP (2018); Galeria Carbono, São Paulo, SP, e Paulo Darzé, Salvador, BA (2017); Palácio Pamphilj, Roma, Itália (2016); Museu Afro Brasil, São Paulo, SP (2015); Sesc Belenzinho, São Paulo, SP (2014); Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS (2013); Centro Cultural Maria Antônia, São Paulo, SP (2011); Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ (2008); Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP (2006); entre outros.
Também participou de importantes exposições coletivas, entre elas: Abstração: a realidade mediada, Millan, São Paulo, SP (2022); Os Muitos e o Um, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP (2016); 30 x Bienal, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP (2013); Europalia, International Art Festival, Bruxelas, Bélgica (2011); Matisse Hoje, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP (2009); Panorama dos Panoramas, MAM-SP, SP (2008); MAM [na] Oca, Oca, São Paulo, SP (2006); Arte por Toda Parte, 3a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS (2001); Brasil + 500 – Mostra do Redescobrimento, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP (2000); III Bienal de Cuenca, Equador (1991), entre outras.
Suas obras integram diversas coleções, entre as quais: Museo Reina Sofía, Madrid, Espanha; Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP; Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, RJ; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, SP; Museu de Belas-Artes do Rio de Janeiro, RJ; Kunsthalle, Berlim, Alemanha; Kunstmuseum Schloss Derneburg, Hall Art Foundation, Holle, Germany e Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, SP.