A guerra sionista contra a Palestina

Exército de Israel em área destruída de Gaza/ Reprodução Telegram
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Por JOÃO CARLOS LOEBENS*

O movimento sionista europeu foi logo associado à colonização da Palestina, por isso considerado por críticos como um movimento colonialista ou racista

O sionismo se originou na Europa no século XIX, antes da Primeira Guerra Mundial, e pode ser considerado um movimento político-religioso visando o estabelecimento de um Estado nacional judaico. O local escolhido pelo nacionalismo sionista foi a região onde existia, entre 5.000 e 3.000 anos atrás, o “Reino Unido de Israel e Judá”, formado na época pelas 12 tribos dos 12 filhos de Jacó, na parte leste do mar Mediterrâneo.

Os sionistas defendem o retorno de todos os judeus ao atual Estado de Israel, e se opõe à assimilação de judeus pelas sociedades dos países em que vivem. O movimento sionista europeu foi logo associado à colonização da Palestina, por isso considerado por críticos como um movimento colonialista ou racista.

Há também a fundamentação religiosa ou fundamentalismo religioso. As pessoas convertidas ao judaísmo são incluídas neste grupo, enquanto judeus convertidos para outras religiões são excluídos. Há judeus que discordam dos judeus sionistas – na prática são judeus antissionistas.

Judeus são um grupo étnico-religioso originado das 12 tribos de Israel, originárias dos 12 filhos de Jacó do Antigo Testamento da Bíblia, embora arqueólogos não tenham encontrado evidência significativa da existência de Jacó. Apesar da irmandade, as tribos guerrearam entre si, com tribos eliminadas ou exiladas, permanecendo três tribos que vieram a constituir os judeus.

Aparentemente Jesus Cristo, com sua palavra e ensinamentos, revogou o Antigo Testamento. Jesus Cristo disse que o Deus vingativo e assassino do Antigo Testamento não existe – Deus é amor e bondade. Seria possível encontrar semelhanças entre a fundamentação religiosa do Estado de Israel com a fundamentação religiosa do Afeganistão?

Palestina é uma denominação dada pelo Império Romano (época de Jesus Cristo, 2.000 anos atrás) a uma região a leste do mar Mediterrâneo/Oriente Médio, abrangendo o que hoje seria Palestina/Israel, Jordânia e Líbano. Tanto a Palestina como o Reino de Israel do Antigo Testamento se originam da região denominada Levante, que inclui também a Síria, Arábia Saudita e Egito.

Após a primeira Guerra Mundial (1918), os sionistas escolhem, como local para criação de seu Estado, a região da Palestina, na época sob ocupação da Inglaterra – Mandato Britânico/partilha do Império Otomano. Em maio de 1948, o chefe da Organização Sionista Mundial declarou o estabelecimento de um Estado Judeu independente do controle britânico, apoiado numa resolução da ONU.

E assim, logo após a Segunda Guerra Mundial, iniciou-se em 1948 a guerra para ocupação da Palestina e expulsão dos não judeus das terras em que viviam há milênios, desde a época das 12 tribos dos filhos de Jacó.

Robert Kennedy, candidato à presidência dos Estados Unidos, disse recentemente: “Israel é nossa fortaleza. É quase como ter um porta-aviões no Oriente Médio. Com a Arábia Saudita entrando no BRICS, vão controlar 90% do petróleo mundial se Israel desaparecer. Israel é nosso embaixador lá, nos dando inteligência e capacidade para influenciar os eventos. Isso seria uma catástrofe para a segurança nacional dos EUA”.

Nas palavras do Secretário-geral da ONU, na atual guerra de Israel contra a Palestina, a Faixa de Gaza está se convertendo num cemitério de crianças.

Para o judeu Breno Altman, editor do site Opera Mundi, “a maior causa do antissemitismo é o Estado colonial e racista de Israel. De tão brutais os crimes do sionismo, a repugnância da humanidade contra essa doutrina hedionda penaliza a todos os judeus. Apenas a liquidação do regime sionista trará paz, respeito e segurança aos judeus”.

*João Carlos Loebens é doutorando em economia e auditor-fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul.


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