Fulvio Abramo

Imagem: Clive Branson, 1937
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Por TIAGO MACIEL*

Prefácio do livro recém-lançado, organizado por Alexandre Linares

1.

Em abril de 1979, Fulvio Abramo (1909-1993) concedeu uma entrevista ao historiador francês Pierre Broué e ao historiador e sociólogo brasileiro Victor Leonardi, em São Paulo, publicada posteriormente nos Cahiers Leon Trotsky[1] – nº 11, em setembro de 1982, quando, no Brasil, a ditadura militar vivia seu período final.

Fulvio Abramo nasceu em uma família de imigrantes italianos, sendo irmão de Lívio, Athos, Beatriz, Lelia, Mário e Cláudio Abramo. Casou-se com Anna Stefania Lauff, que era filha do militante comunista húngaro Rudolf Josip Lauff, membro do Exército Vermelho da União Soviética, e que havia atuado no trem blindado de Leon Trotsky durante os primeiros anos da Revolução Russa. Em 1928, com sua irmã Lélia Abramo e outros militantes, organizou um grupo político independente.

No segundo semestre de 1930, já trabalhando como jornalista no Diário da Noite, toma contato, por meio de Aristides Lobo, com a Oposição de Esquerda,[2] que se organizava em torno de Mário Pedrosa,[3] Lívio Xavier,[4] João da Costa Pimenta[5] e outros militantes excluídos do Partido Comunista do Brasil (PCB) no mesmo ano, que formaram o Grupo Comunista Lênin (GCL), que terá como resultado a fundação da Liga Comunista do Brasil.

Em janeiro de 1931, ocorre a primeira Conferência Nacional da Liga Comunista do Brasil, e neste ano Fulvio Abramo adere a ela.[6] Em outubro de 1933, em uma segunda Conferência Nacional, a organização adota o nome de Liga Comunista Internacionalista (LCI). Trabalhando como jornalista nos Diários Associados, Fulvio Abramo se apresentava como militante do sindicato dos comerciários, um dos pontos de apoio da Frente Única Antifascista.

Como dirigente da Liga Comunista Internacionalista, Fulvio Abramo foi um dos organizadores da contramanifestação operária que colocou em fuga os integralistas[7] (fascistas), em 7 de outubro de 1934, na praça da Sé, em São Paulo, episódio conhecido como “a revoada dos galinhas verdes”, no qual houve um enfrentamento armado, com mortos e feridos.

A Frente Única Antifascista, pacientemente construída desde um ano antes pelo grupo trotsquista atuante na UTG (União dos Trabalhadores Gráficos), junto a anarquistas, sindicalistas, socialistas, sociedades de imigrantes e, na última fase, até com os stalinistas do PCB – em relação ao qual Fulvio Abramo destacou o papel de Hermínio Sacchetta, que era do secretariado do Comitê Regional São Paulo (CR-SP) do PCB –, saiu vitoriosa.

2.

O fato mostrou como um pequeno grupo sob a linha da Frente Única – defendida pelo principal líder da Oposição de Esquerda, Leon Trotsky –, com estratégia e determinação, pode cumprir um grande papel. Uma experiência exemplar para as seções da Oposição de Esquerda Internacional naquele momento e para a Quarta Internacional até hoje.

Foi um feito notável, no contexto turbulento aberto pela chegada de Getúlio Vargas ao poder, num processo político chamado de “Revolução de 1930” – a ascensão política de parte do tenentismo. Depois, a tentativa de levante militar de novembro de 1935 – nomeada pelo regime de Intentona Comunista, e organizada pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) – representou um “putsch” inspirado pela orientação de Moscou, sob a liderança de Luís Carlos Prestes, então enviado de volta ao Brasil pela Terceira Internacional.

O movimento, articulado principalmente por militares de média patente, e com participação do PCB e personalidades nacionalistas, foi marcado pelo aventureirismo político, resultando numa derrota praticamente sem combate.

Tais acontecimentos, combinados com a repressão brutal que se seguiu, provocaram a desorganização da classe trabalhadora, favorecendo Vargas, que soube explorá-la, deixando o movimento operário em posição defensiva por uma década. O cenário criado pela Intentona também contribuiu como pretexto para o autogolpe de 1937, que estabeleceu o Estado Novo, consolidando o regime autoritário de Getúlio Vargas.

Na época, o centro operativo da Internacional Comunista (IC) transitava de fracasso em fracasso. O maior deles foi a derrota, sem reação, do principal proletariado europeu, o da Alemanha, graças à divisão que opôs o Partido Comunista Alemão (KPD), stalinizado, ao Partido Social-Democrata (SPD), burocratizado.

Com esta divisão, o nazismo pôde crescer e tomar o poder. Isso foi consequência da tática da Internacional Comunista daquele momento, chamada de “Terceiro Período”, num zigue-zague que variava do esquerdismo ao oportunismo conciliador.

Ora propunham “ondas” de assalto ao poder, abortando revoluções que ainda amadureciam, ao custo de prisões e mortos em todos os continentes. Ora giravam para uma política de colaboração de classes, como a tática das “Frentes Populares”, que encabrestava a luta da classe trabalhadora, colocando-a a reboque das “burguesias nacionais” e a serviço dos interesses da diplomacia soviética.

Uma política que gerou novas derrotas e a expansão do nazifascismo, como na Espanha, colocando a própria União Soviética em risco. Era a política da tragédia organizada.

3.

Libertado da prisão depois de um ano e meio nos porões da ditadura de Getúlio Vargas, Fulviocfoi viver na Bolívia, onde trabalhou como ajudante, motorista de caminhão e cobrador de transportes públicos e, depois, professor de botânica e diretor da Escola de Agricultura e Veterinária de Santa Cruz de La Sierra. Em contato com um grupo de estudantes, ajudou na reconstituição do Partido Obrero Revolucionário (POR), seção da recém-fundada Quarta Internacional. Neste período, reuniu vários jovens, entre eles Guillermo Lora, em um trabalho voltado aos mineiros das regiões de Oruro, Challapata, Apolobamba, Potosí e Tupiza. Foi expulso da Bolívia em 1946.

De volta ao Brasil, Fulvio Abramo desenvolveu um trabalho marxista persistente de fração dentro do Partido Socialista Brasileiro (PSB), junto com Antonio Candido, Mário Pedrosa, João da Costa Pimenta e Paul Singer. Forte em São Paulo, a ponto de – ao final do ascenso revolucionário de 1961/64 – ganhar, em coligação, a maioria no último Congresso Nacional do partido, em fins de 1963. Todavia a posse, seguindo o rito estatutário de vários meses, não chegou a se realizar, devido ao golpe de 31 de março de 1964.

Em 1961, foi eleito presidente do Comitê de Greve do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Nessa greve, ocorreram os chamados “Piquetes da Bunda Molhada”, quando a repressão policial utilizou jatos de água contra os trabalhadores que impediam que os jornais chegassem às bancas. “Muita água, nenhum jornal!”, diziam. Apesar da repressão, a greve foi vitoriosa e garantiu o primeiro piso salarial da categoria, sendo decisiva para o avanço de sua profissionalização.

Após o golpe militar de 1964, Fulvio Internacional Comunista começou um trabalho isolado de formação de um grupo independente na periferia da zona sul de São Paulo, em um período muito difícil. Nesta época, foi repórter e editor, trabalhando na revista Realidade (1966-1976). Com a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, ao qual se filiou, suspendeu qualquer atividade individual, e, em 1981, criou e passou a presidir o Centro de Documentação do Movimento Operário Mário Pedrosa (Cemap). Em 1983, ao lado dos militantes trotsquistas da corrente O Trabalho do PT, participou, com grande emoção, do Congresso de fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

4.

Além da entrevista, o livro foi ampliado com duas outras contribuições de Fulvio Abramo, publicadas quando exercia a presidência do Cemap. A primeira é “A Oposição de Esquerda no Brasil”, prefácio ao livro Na Contracorrente da História – Documentos do Trotskismo Brasileiro 1930-1940, de 1987 (Brasiliense), publicado com Dainis Karepovs. A segunda, 1917-1987 – Socialismo em Debate, é a transcrição de sua intervenção em seminário do Instituto Cajamar (20 a 24 de novembro de 1987), publicada na coleção Universidade Livre dos Trabalhadores (agosto de 1988), disponível na página da Fundação Perseu Abramo.

Ao disponibilizar esse material, prestamos uma homenagem a Fulvio Abramo e aos militantes que, contra todas as adversidades, mantiveram viva a chama do internacionalismo proletário e da luta pelo socialismo. Até o fim de sua vida, Fulvio Abramo permaneceu um militante trotsquista.

Na ocasião de sua eleição para a Direção Nacional da Corrente O Trabalho do PT, seção brasileira da 4ª Internacional, em seu 8º Congresso, realizado em 1984, pronunciou um discurso, no qual salientou: “Camaradas, eu retomo uma ação concreta com vocês, meus irmãos de longa data, uma atividade iniciada desde o começo do combate pela 4ª Internacional. Ao manter esta atividade dentro do PT, vocês assumem o papel de vanguarda que, desde Marx, consiste em ajudar as massas a avançarem”.

*Tiago Maciel é bacharel em história pela UFRGS e membro da executiva estadual do PT SP.

Referência


Alexandre Linares. Fulvio Abramo: meio século de luta pela 4ª Internacional no Brasil. Entrevista inédita em português realizada por Pierre Broué e Victor Leonardi. São Paulo, Editora Nova Palavra, 2025, 120 págs.

Notas


[1] Os Cahiers Leon Trotsky (Cadernos Leon Trotsky) foram publicados pelo Instituto Leon Trotsky entre 1980 e 2005, sob a coordenação do historiador Pierre Broué.

[2] Oposição de Esquerda: fração no Partido Comunista da URSS liderada por Leon Trotsky para enfrentar a burocratização stalinista na década de 1920, tornando-se Oposição de Esquerda Internacional no início da década de 1930.

[3] Mario Xavier de Andrade Pedrosa (1900-1981). Nascido em Timbaúba (PE), jornalista e crítico de arte. Entra para o PCB em 1927, sendo responsável pelo Socorro Vermelho (entidade criada para prestar apoio às vítimas da repressão). É enviado pela direção do partido para frequentar a Escola Leninista de Moscou, mas em Berlim adoece, toma contato com a Oposição de Esquerda e desiste de seguir viagem. Em correspondência com vários camaradas brasileiros, os põem a par do que ocorria na Internacional Comunista e toma a defesa das posições de Leon Trotsky, ganhando vários deles para a Oposição de Esquerda. Retorna ao Brasil em 1929 e lança as bases do primeiro grupo oposicionista brasileiro: o Grupo Comunista Lênin, criado em maio de 1930. É um dos fundadores do jornal A Luta de Classe. Empenha-se nas lutas sindicais e nas campanhas antifascistas. Ê um dos fundadores do jornal O Homem Livre, que se torna órgão da Frente Única Antifascista. Participa do enfrentamento entre antifascistas e integralistas, em 7 de outubro de 1934, quando é ferido a bala. Em 1938, é enviado, como representante das seções latino-americanas, para participar da conferência de fundação da 4ª Internacional na França, onde intervém sob o pseudônimo de Lebrun, tendo sido o único delegado da América Latina presente. É designado dirigente responsável pela América Latina no Comitê Executivo. Com a ida do Comitê Executivo da 4ª Internacional para Nova York, aproxima-se das posições de Max Schachtman (1903-1972), que critica a caracterização da União Soviética feita pela 4ª Internacional. Rompe em 1940. Volta clandestinamente ao Brasil, em 1941, sendo preso e expulso, retornando em 1945 ao país. Defende então a criação de um Partido Socialista nas páginas do jornal Vanguarda Socialista. É autor de diversas obras sobre arte e política. Teve um papel relevante na criação do Partido dos Trabalhadores e foi seu filiado número 1.

[4] Lívio Barreto Xavier (1900-1988), nascido em Granja (CE). Advogado, tradutor, crítico literário e jornalista. Entra para o PCB em 1927. Em 1928, é um dos signatários do documento que, criticando a falta de democracia interna no PCB, exige a convocação de uma conferência para discutir o assunto. Com a negativa da direção do PCB, afasta-se do partido, aproximando-se da Oposição de Esquerda – como expresso na correspondência trocada com Mario Pedrosa, que fora seu colega na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Torna-se um dos principais dirigentes da Oposição de Esquerda brasileira, afastando-se da militância por ocasião da cisão ocorrida na Liga Comunista Internacionalista em 1935. Foi tradutor de obras importantes como “Minha Vida” e “Terrorismo e Comunismo”, de Leon Trotsky, “Reforma e Revolução”, de Rosa Luxemburgo, “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, entre outras dezenas de obras.

[5] João da Costa Pimenta (1888-1976) foi um linotipista e um militante anarquista, posteriormente comunista e trotsquista. Em 1919, organizou, com Astrojildo Pereira, Edgard Leuenroth, Afonso Schmidt e outros, o jornal diário operário A Vanguarda. Foi um dos oito delegados fundadores do Partido Comunista do Brasil (PCB) em 1922 e foi o primeiro candidato operário ao Congresso Nacional, lançado pelo PCB pela legenda do Bloco Operário e Camponês. Rompe com o PCB em 1928 e participa da constituição do Grupo Comunista Lênin em 1930, e depois da Liga Comunista Internacionalista, em 1931. Como dirigente sindical, presidiu a União dos Trabalhadores Gráficos (UTG) e participou da Greve Geral, em 1917, em São Paulo. Foi fundador da primeira tentativa de construção da Confederação Operária Brasileira (COB) e presidiu seu histórico 3º Congresso. No fim do Estado Novo, em 1945, já afastado do trotsquismo, participou da Esquerda Democrática e ajudou a fundar o Partido Socialista Brasileiro, sendo candidato ao Senado por São Paulo no processo eleitoral constituinte.

[6] Conforme citado por José Castilho de Marques Neto, in “Solidão Revolucionária – Mário Pedrosa e as Origens do Trotskismo no Brasil”, pág. 151, editora WWF (2022).

[7] Partidários da Ação Integralista Brasileira (AIB), organização política fundada formalmente em 1932, dirigida pelo jornalista e líder católico Plínio Salgado. A AIB veio a se tornar uma das maiores organizações de inspiração fascista no mundo. Combinando a influência dos chefes políticos rurais, o coronelismo, a autoridade da Igreja Católica e as ideias de extrema-direita, importadas sobretudo da Itália, chegou a reivindicar 600 mil membros. A AIB estava no núcleo da demonstração fascista da Praça da Sé, São Paulo, em 1934, dissolvida pela ação da Frente Única Antifascista, da qual Fulvio Abramo foi um dos principais dirigentes. A AIB foi dissolvida formalmente pelo golpe do Estado Novo, em 1937, depois de tentar depor Getúlio Vargas num ataque armado ao Palácio Guanabara, então sede do governo federal. Plínio Salgado seguiu sua atividade política reacionária, primeiro no Partido de Representação Popular (PRP), depois na União Democrática Nacional (UDN), e, por fim, durante a ditadura, na Aliança Renovadora Nacional (Arena).


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