Movimentos por direitos civis

Imagem: Amit Chowdhury
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Por SEAN PURDY*

A história do movimento por direitos civis e Black Power nos Estados Unidos tem despertado, nos últimos anos, o interesse no Brasil

Não é de hoje que muitos professores e alunos das universidades brasileiras questionam a falta de traduções de obras em outras línguas que possam contribuir em sua formação acadêmica. O fato é que, no que se refere à graduação, especialmente, é muito difícil estudar certos assuntos quando simplesmente não há textos adequados e suficientes em português, assim como um campo diversificado de traduções de textos em línguas estrangeiras.

Vários motivos podem ser apontados, como as dificuldades de implementar cursos adequados destinados ao ensino de línguas e a viabilidade financeira de traduções no mercado editorial do país. Com certeza, essa situação mudou nos últimos anos com o maior desenvolvimento do ensino de línguas estrangeiras, o aumento do número de traduções disponíveis e políticas institucionais das universidades em prol de uma “internacionalização”. Em todo o caso, há consenso da importância da tradução como um elo entre culturas e universidades num mundo globalizado.

Tal questão se tornou particularmente essencial em minha principal área de estudos: o movimento por direitos civis e Black Power nos Estados Unidos. Durante 17 anos tenho ministrado disciplinas gerais de graduação de História sobre os Estados Unidos e publiquei vários livros e artigos em português nesta área. Também tenho orientado muitos trabalhos de pós-graduação. Mesmo assim, como professor, notei prematuramente que a impossibilidade da vasta maioria de utilizar a ampla bibliografia especifica em inglês sobre o movimento por direitos civis e Black Power e a falta de material em português constituíram obstáculos para elaborar de maneira adequada uma disciplina específica sobre o assunto. Muitos no Brasil demonstram familiaridade com elementos da história dos movimentos negros nos Estados Unidos: a compreensão sobre figuras centrais como Martin Luther King, Jr., Rosa Parks e Malcolm X, o racismo pouco velado na história do país e a importância internacional dos avanços políticos conquistados por esses movimentos.

Obviamente, a comparação da experiência dos Estados Unidos com a história de racismo e antirracismo no Brasil tem se destacado. Poucos, porém, conhecem o volume de debates já consagrados na historiografia da área sobre periodização, a pauta econômica, social e cultural (e não só estritamente política) dos movimentos negros, o papel de gênero e sexualidade, as múltiplas experiências regionais e locais, a construção de memória popular sobre o movimento, dentre outras questões.

Com o aumento das traduções a partir da última década, finalmente consegui montar uma disciplina de graduação dedicada ao movimento por direitos civis e Black Power, em 2018, que tem sido oferecida de maneira frequente quase todos os anos. Como parte das avaliações da disciplina, alguns alunos fizeram traduções de determinados artigos e capítulos de livros em inglês que depois foram revisados por mim e outros colegas.

Temos, até agora, em torno de 30 traduções de artigos e capítulos de livros, bem como traduções de legendas de vários filmes/documentários. O processo de revisão e publicação das traduções – que envolve pedidos de permissão de publicação com editoras norte-americanas – é demorado, mas já publicamos meia dúzia de textos (todos incluídos na Bibliografia a seguir). Mesmo os textos e legendas ainda não publicados foram disponibilizados para uso educacional em sala de aula para muitos colegas nas mais diversas universidades brasileiras que ensinam a história dos Estados Unidos.

Felizmente, além de nossos esforços, a história do movimento por direitos civis e Black Power nos Estados Unidos tem despertado, nos últimos anos, o interesse de outros colegas no Brasil. Estão surgindo novas traduções de livros e artigos clássicos de W. E. B. Du Bois e Cedric Robinson, bem como textos traduzidos por colegas não só em história, mas também nas ciências sociais, educação, e comunicação e artes. Contudo, essa bibliografia em expansão ainda não foi compilada e disponibilizada.

A Bibliografia a seguir visa ser uma contribuição aos estudiosos e alunos do assunto nas diversas áreas de conhecimento. Não pretende ser exaustiva, mas todo esforço foi feito para incluir traduções feitas no Brasil dos anos 1960 até os mais recentes textos abrangendo os publicados esse ano.

Bibliografia de livros e artigos em português sobre a história do movimento por direitos civis e black power nos Estados Unidos

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*Sean Purdy é professor de história dos Estados Unidos na USP. Autor, entre outros livros, de O general estadista: Douglas MacArthur (Intermeios). [https://amzn.to/3ELP16Y]


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