Sobre Rosa Parks

Imagem: Hamilton Grimaldi
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Por JEANNE THEOHARIS & SAY BURGIN*

Considerações acerca da militância da ativista da luta pela liberdade dos negros norte-americanos

Em 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks se recusou a ceder seu assento em um ônibus em Montgomery e foi presa. Sua ação corajosa incentivou um boicote comunitário de um ano e ajudou a inaugurar um novo capítulo da luta pela liberdade dos negros. É agora uma das histórias mais conhecidas do movimento pelos direitos civis – transmitida a crianças em idade escolar nos Estados Unidos. No entanto, muito do que os alunos aprendem, e muito do que a maioria dos americanos pensa que sabe sobre a posição de Parks está errado. Para corrigir os equívocos, aqui estão dez maneiras de ensinar sobre Rosa Parks:

1 – Rosa Parks não era dócil. Ela tinha uma “história de vida de ser rebelde”, como ela disse. Quando criança, ela ficou acordada com seu avô enquanto ele vigiava sua casa com sua espingarda contra um ataque da Ku Klux Klan. Ela pegou um tijolo quando um garoto branco ameaçou socá-la. Quando sua avó, que se preocupava com ela “falando com grandeza com os brancos”, a repreendeu, Parks contou que disse à avó: “Prefiro ser linchada a viver para ser maltratada (…) [e] não ter permissão para dizer ‘Não gosto disso’.” Nas décadas de 1930 e 1940, Parks participou da organização de um perigoso trabalho – tanto com seu marido, Raymond, em defesa dos Scottsboro Boys, quanto com E.D. Nixon, um organizador sindical da Brotherhood of Sleeping Car Porters (Irmandade dos Carregadores de Vagões-Dormitório) que depois se tornou presidente da National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor, NAACP) de Montgomery, em busca de justiça para vítimas de linchamentos, estupros e agressões. Ela odiava como “um militante negro para [os brancos], muitas vezes era ridicularizado por membros de seu próprio grupo”.

2 – Ela também não era passiva ou quieta em momentos importantes. No verão antes de sua prisão, Parks se cansou de reuniões entre a comunidade negra e as autoridades municipais, sobre a segregação nos ônibus, que não levava a lugar nenhum: “Receberíamos algumas promessas vagas e depois eramos enganados”. Ela se recusou a ir para outra reunião: “Eu decidi que não iria a lugar nenhum com um pedaço de papel na mão pedindo favores aos brancos”. Naquela noite de dezembro, quando a polícia subiu no ônibus para prendê-la e perguntou por que ela não se mexia, ela não se calou. Ela respondeu: “Por que vocês nos perseguem?”

3 – Ela não foi a primeira a ser presa em um ônibus em Montgomery. Vários moradores negros resistiram à segregação nos ônibus de Montgomery. Quando Viola White o fez em 1944, foi espancada e multada em US $ 10; seu caso ainda estava em fase de apelação quando ela faleceu dez anos depois. Em 1950, a polícia atirou e matou Hilliard Brooks, um veterano da Segunda Guerra Mundial, quando ele entrou no ônibus depois de tomar alguns drinques e se recusou a reembarcar pela porta dos fundos – e a polícia foi chamada. Testemunhas refutaram as alegações do oficial de que ele agiu em legítima defesa; porém, ele não foi processado. Encorajado pela decisão de Brown vs. Board of Education de 1954, o Women’s Political Council (Conselho Político das Mulheres) escreveu ao prefeito de Montgomery que havia necessidade de mudança nos ônibus de Montgomery ou a comunidade iria boicotar. Então, em 2 de março de 1955, Claudette Colvin, de quinze anos, recusou-se a ceder seu assento no ônibus, a polícia prendeu Colvin e acusou-a de três infrações. A comunidade negra ficou indignada e inicialmente montou alguma resistência (Parks arrecadou fundos para o caso de Colvin), mas finalmente decidiu-se contra uma campanha completa em nome de Colvin, vendo-a como muito jovem, agressiva e emocional. (Apesar dos rumores, Colvin não estava grávida na época em que a comunidade decidiu não prosseguir com seu caso, mas engravidou no final do verão.) O impacto desses incidentes se acumulou – e a comunidade negra de Montgomery estava em um ponto de ruptura em dezembro de 1955.

4 – Este não foi seu primeiro ato de resistência no ônibus. Os ônibus segregados de Montgomery exigiam que passageiros negros se sentassem na parte de trás, brancos na frente e uma seção intermediária na qual os passageiros negros e brancos podiam sentar-se (embora não juntos) – e os negros podiam ser solicitados a ceder espaço para que os passageiros brancos pudessem sentar se.. Os motoristas de ônibus carregavam uma arma. Alguns motoristas de ônibus de Montgomery faziam os negros pagarem na frente, mas depois os forçavam a descer do ônibus e embarcar novamente pela porta dos fundos (para que nem passassem pelos passageiros brancos). Parks havia sido expulsa do ônibus várias vezes por se recusar a seguir essa prática, inclusive pelo próprio motorista, James Blake, que a mandou prender naquela noite de dezembro. “Ao longo dos anos, tenho me rebelado contra a cidadania de segunda classe. Não começou quando fui presa”, ela declarou. “Algumas pessoas dizem que eu estava cansada” quando ela recusou a ordem do motorista de ir para a parte de trás do ônibus, mas como ela explicou em sua autobiografia, “O único cansaço que eu tinha era cansaço de ceder.”

5 – Não se tratava apenas de um assento no ônibus. Quando Blake disse a ela para desistir de seu assento, Parks pensou em Emmett Till, o garoto de quatorze anos que havia sido linchado no Mississippi em agosto [ de 1955], e na recente absolvição dos dois homens, Roy Bryant e J.W. Milam, que haviam matado ele. Quatro dias antes, ela compareceu a uma reunião lotada onde o principal organizador do caso Till veio trazer as más notícias da absolvição e a necessidade de continuar lutando. Ela pensou nos muitos anos que lutou por justiça criminal para homens negros acusados injustamente ​​de crimes e para mulheres negras que não conseguiam encontrar justiça depois de serem estupradas. Posteriormente, ela escreveu que, quando o motorista do ônibus disse que a mandaria prender, ela pensou: “Vamos olhar para Jim Crow como o criminoso que ele é, e o que ele fez com uma vida multiplicado milhões de vezes nos Estados Unidos”. Não se tratava de sentar ao lado de um branco: “Nunca fui o que vocês chamariam de integracionista. Eu sei que fui chamada assim (…) Integrar os ônibus não significaria mais igualdade. Mesmo quando havia segregação havia muita integração no Sul, mas era para benefício e comodidade do branco, não para nós”. Seu objetivo era “acabar comtodas as formas de opressão”. Ao saber sobre a prisão de Parks e sua decisão de prosseguir com o caso, o Conselho Político das Mulheres convocou um boicote de um dia, no dia em que Parks seria acusado no tribunal. Estimulada pelo sucesso daquele primeiro dia, a comunidade em uma reunião lotada naquela noite decidiu estender o boicote. Um jovem reverendo, Martin Luther King Jr., fez um discurso estimulante e emergiria como o líder do movimento. Um caso em separado em um tribunal federal foi aberto, com Colvin como uma das queixosas (Parks não era). Trezentos e oitenta e dois dias depois, os ônibus de Montgomery foram desegregados.

6 – Ela passou mais da metade de sua vida no Norte. Oito meses após o fim bem-sucedido do boicote, ainda sem conseguir encontrar trabalho e enfrentando ameaças de morte, ela se mudou com o marido e a mãe para Detroit, onde morou por quase cinco décadas. Ela a chamou “da terra prometida, que não era”. Ela não encontrou “muita diferença” entre os sistemas de segregação em habitação e nas escolas, exclusão nos empregos e policiamento de Montgomery e Detroit; então, ela começou a desafiar a desigualdade racial do Norte, ao lado de um crescente movimento, o Black Power. Ela participou da Black Power Conference (Encontro de Black Power) de 1968 na Filadélfia e da Black Political Convention (Convenção Política Negra) de 1972 em Gary, Indiana, visitou a Black Panthers School (Escola dos Panteras Negras) e serviu em muitos comitês de defesa de prisioneiros, do Wilmington Ten (Os 10 de Wilmington) a JoAnn Little e Gary Tyler. “Sou a favor de qualquer movimento para mostrar que estamos insatisfeitos”, explicou ela.

7 – Sua coragem não foi apenas coisa de um dia. E ela amava o espírito e a militância dos jovens. Na década de 1950, Parks organizou o Youth Council (Conselho da Juventude) da NAACP de Montgomery, incentivou os membros a tomarem uma posição firme contra a segregação e, após a prisão de Colvin, esta se tornou secretária do Conselho. Parks pediu a Colvin que contasse sua história repetidamente para inspirar outras pessoas. Parks acreditava na liderança juvenil e na necessidade dos jovens de serem ouvidos e tratados com dignidade. Então, enquanto ela estava profundamente perturbada com o levante de Detroit de julho de 1967 – quatro dias turbulentos desencadeados por uma invasão policial a um bar noturno negro que trouxe a Guarda Nacional e causou a morte de 43 pessoas, das quais 33 eram negras – ela entendeu que “o Establishment de pessoas brancas (…) vai antagonizar e provocar violência. Quando os jovens querem se apresentar como seres humanos e se tornarem homens, sempre há algo para reduzi-los”. Ela saboreou a energia e o espírito de uma nova geração de ativistas do Black Power, vendo o Black Power levar adiante muitas das questões que ela lutou por décadas.

Quando jovens radicais organizaram um People’s Tribune (Tribunal do Povo) em torno das mortes pela polícia de três jovens negros no Algiers Motel durante o levante de Detroit (depois que nenhum policial foi indiciado e a mídia se recusou a investigar), ela concordou em fazer parte do júri. Quando o Student Nonviolent Coordinating Committee (Comitê Não-Violento de Coordenação Estudantil) ajudou a construir um partido político negro independente com residentes locais no Condado de Lowndes, Alabama, que teve a pantera negra como seu símbolo, Parks desceu para apoiá-los. E em 1980, ela teve o prazer de visitar a escola Black Panther em Oakland; alunos e professores prepararam uma peça em sua homenagem e falaram sobre sua visita durante semanas.

8 – Rosa Parks não era uma cópia política do Martin Luther King, Jr. Quando o boicote aos ônibus de Montgomery começou, Rosa Parks tinha 42 anos, uma ativista experiente, enquanto Martin Luther King tinha 26 anos, um jovem ministro pastoreando sua primeira igreja. Parks cresceu em uma família que apoiava Marcus Garvey, começou sua vida política com a defesa dos Scottsboro Boys ao lado de seu marido, Raymond, e passou a próxima década com E. D. Nixon pressionando para transformar a NAACP de Montgomery em um núcleo mais ativista. Orientada pela lendária organizadora Ella Baker, ela foi inspirada pelas visões políticas dos líderes da Highlander Folk School, Septima Clark e Myles Horton, quando ela frequentou a escola de treinamento de organizadores para adultos, no verão antes de sua prisão. Ao longo de sua vida, ela acreditou no poder da não-violência organizada e no direito moral de autodefesa, e descreveu Malcolm X como seu herói pessoal. Ela e Malcolm X se encontraram pela primeira vez em novembro de 1963 porque ele, maravilhado com a coragem dela, comentou com alguns amigos em comum que queria conhecê-la.

9 – Não era uma senhora de igreja de classe média que sonhava apenas com o céu e o além. Embora Parks fosse recatada no comportamento, a família Parks não era de classe média. Eles estavam morando na habitação pública de Cleveland Courts quando houve o protesto no ônibus; Raymond era barbeiro e Rosa, assistente de alfaiate,costurando roupas de homens brancos na Montgomery Fair Department Store. Seu protesto no ônibus mergulhou a família em uma década de instabilidade econômica e profunda pobreza; ambos perderam o emprego após sua ação no ônibus e tiveram dificuldade em encontrar um trabalho estável na década seguinte. Em 1965, o recém-eleito congressista John Conyers a contratou para trabalhar em seu escritório em Detroit. Isso estabilizou a situação da família e forneceu o seguro saúde necessário, mas eles nunca foram capazes de pagar por uma casa própria. Parks era uma mulher de profunda fé cristã, mas para ela o cristianismo exigia justiça e ação neste mundo. “A fé sem obras está morta”, ela escreveu. Até o fim de sua vida, ela acreditava que havia muito mais trabalho a ser feito na luta por justiça racial e social. Disse a um grupo de alunos da Universidade Spelman: “Não desista e não diga que o movimento está morto”.

10 – E aquelas fotos famosas dela tendo suas impressões digitais tiradas e sua foto da ficha policial com o número 7053 (…) bem, elas não são realmente de sua primeira prisão. Não houve alarde – ou fotógrafos – em torno da primeira prisão de Parks no ônibus. Não havia nada que sugerisse que este seria um momento de mudança na história. Embora não tivesse certeza se iria “descer do ônibus com vida”, ela não imaginava seu protesto como o prelúdio de algo grande. Ela escreveu a um colega alguns meses depois como a reação da comunidade e o boicote aos ônibus foram “surpreendentes” para ela. Nos meses seguintes, a prefeitura tentou quebrar o boicote. A polícia perseguiu os líderes do boicote e a prefeitura indiciou oitenta e nove deles (incluindo Parks) por uma antiga lei antiboicote. Ela e E. D. Nixon se apresentaram para serem presos: “Você está procurando por mim? Bem, estou aqui”. Ela foi fotografada tendo suas impressões digitais registradas naquele dia; sua foto e as fotos de outras pessoas presas em fevereiro de 1956 circularam publicamente desde que foram encontradas no gabinete do xerife de Montgomery em 2004.

Aprender sobre a Rosa Parks, que dedicou sua vida a desafiar a injustiça e que valorizava a militância dos jovens – ao invés da dócil costureira da imaginação popular que teve seu grande momento sete décadas atrás – traz a história de um passado distante e fornece caminhos de ver onde estamos hoje neste país [Estados Unidos]. Contar com Rosa Parks, a rebelde ao longo da vida, nos leva além da narrativa popular do final feliz do movimento com a aprovação da Lei dos Direitos Civis e da Lei dos Direitos ao Voto para a longa e contínua história de injustiça racial em escolas, segurança, empregos e habitação nos Estados Unidos e o desejo que Parks nos deixou – de continuar lutando.

Sessenta e quatro anos depois, é a hora de começar a ensinar sobre Rosa Parks da maneira certa. Para obter mais informações sobre a vida e ativismo de Parks, bem como fontes primárias e guias de ensino, verifique o site Rosa Parks Biography: A Resource for Teaching Rosa Parks em www.rosaparksbiography.org.

*Jeanne Theoharis é professora de ciência política no Brooklyn College. Autora, entre outros livros, de The Rebellious Life of Mrs. Rosa Parks.

*Say Burgin é professor de história no Dickinson College.

Tradução: Daiara Gabriel & Sean Purdy.

Publicado originalmente no site History Resources, African American Women in leadership, The Gilder Lehrman Institute of American History.

 

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