Nota em apoio ao presidente Luís Inácio Lula da Silva

Imagem: The Humantra
Whatsapp
Facebook
Twitter
Instagram
Telegram
image_pdfimage_print

Por REDE UNIVERSITÁRIA DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO*

Que a memória do Holocausto sirva para condenar todos os genocídios, inclusive o palestino, e sirva para dizer nunca mais com nenhum povo!

A enxurrada de ataques lançados contra o Presidente Luís Inácio Lula da Silva – incluindo um pedido de impeachment por parte de deputados do PL – pelo fato do Presidente ter criticado o genocídio em Gaza, usando para isso de uma rápida comparação com o genocídio judeu pelo nazismo, baseia-se em uma distorção intelectual flagrantemente desonesta e de má fé para servir a determinados propósitos políticos e ideológicos. Para o Estado de Israel, trata-se de utilizar a memória do holocausto e a posição autointitulada de vítima exclusiva da História, para acobertar suas práticas de assassinato, carnificina e limpeza étnicas dos palestinos. Para a extrema-direita, trata-se de usar o caso para tentar abalar politicamente o governo democrático do Brasil.

O genocídio dos judeus, o holocausto, foi sem sombra de dúvida um dos mais deploráveis e brutais “crimes contra a humanidade”. As palavras do sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz, Primo Levi – Se questo è un uomo -, ecoam profundamente ao descrever um dos momentos da história em que a humanidade perdeu a sua alma.

Nesta conjuntura mundial em que se aprofunda a tragédia humanitária, toda e qualquer crítica ao sionismo ou ao governo do Estado de Israel é imediatamente qualificada como antissemitismo. Trata-se de uma autêntica tática diversionista que procura desviar a atenção do público do que está acontecendo em Gaza.

O que Lula fez foi inserir o horror absoluto que representa o desenrolar do genocídio na Faixa de Gaza, sob os olhares de um mundo inerte, incapaz de agir para estancar a carnificina.

Por outro lado, é preciso lembrar que a Corte Internacional de Justiça, a ONU, organizações internacionais e a maioria dos países no mundo, reiteradamente, têm condenado os crimes cometidos pelo Estado de Israel. 

No mesmo diapasão, é o que tem acontecido no mundo inteiro com amplas mobilizações populares, inclusive com a participação importante de judeus que repudiam o genocídio do povo palestino, entoando a palavra de ordem “não em nosso nome!”.

Que a memória do Holocausto sirva para condenar todos os genocídios, inclusive o palestino, e sirva para dizer, como fez o Presidente Lula, nunca mais com nenhum povo!

19 de fevereiro de 2024

Apoios à Rede podem ser dados clicando aqui: Rede Universitária de solidariedade ao povo palestino


A Terra é Redonda existe graças aos nossos leitores e apoiadores.
Ajude-nos a manter esta ideia.
CONTRIBUA

Veja todos artigos de

10 MAIS LIDOS NOS ÚLTIMOS 7 DIAS

Régis Bonvicino (1955-2025)
Por TALES AB’SÁBER: Homenagem ao poeta recém-falecido
Os véus de Maya
Por OTÁVIO A. FILHO: Entre Platão e as fake news, a verdade se esconde sob véus tecidos por séculos. Maya – palavra hindu que fala das ilusões – nos ensina: a ilusão é parte do jogo, e desconfiar é o primeiro passo para enxergar além das sombras que chamamos de realidade
A fragilidade financeira dos EUA
Por THOMAS PIKETTY: Assim como o padrão-ouro e o colonialismo ruíram sob o peso de suas próprias contradições, o excepcionalismo do dólar também chegará ao fim. A questão não é se, mas como: será por meio de uma transição coordenada ou de uma crise que deixará cicatrizes ainda mais profundas na economia global?
O ateliê de Claude Monet
Por AFRÂNIO CATANI: Comentário sobre o livro de Jean-Philippe Toussaint
Saliência fônica
Por RAQUEL MEISTER KO FREITAG: O projeto ‘Competências básicas do português’ foi a primeira pesquisa linguística no Brasil a fazer uso do computador no processamento de dados linguísticos
De Burroso a Barroso
Por JORGE LUIZ SOUTO MAIOR: Se o Burroso dos anos 80 era um personagem cômico, o Barroso dos anos 20 é uma tragédia jurídica. Seu 'nonsense' não está mais no rádio, mas nos tribunais – e, dessa vez, a piada não termina com risos, mas com direitos rasgados e trabalhadores desprotegidos. A farsa virou doutrina
Universidade Harvard e fluoretação da água
Por PAULO CAPEL NARVAI: Nem a Universidade Harvard, nem a Universidade de Queensland, nem nenhum “top medical journal”, chancelam as aventuras sanitárias terraplanistas implementadas, sob o comando de Donald Trump, pelo governo dos EUA
O cinema de Petra Costa
Por TALES AB´SÁBER: Petra Costa transforma Brasília em um espelho quebrado do Brasil: reflete tanto o sonho modernista de democracia quanto as rachaduras do autoritarismo evangélico. Seus filmes são um ato de resistência, não apenas contra a destruição do projeto político da esquerda, mas contra o apagamento da própria ideia de um país justo
A Rússia e a sua viragem geopolítica
Por CARLOS EDUARDO MARTINS: A Doutrina Primakov descartou a ideia de superpotências e afirmou que o desenvolvimento e integração da economia mundial tornou o sistema internacional um espaço complexo que só poderá ser gerido de forma multipolar, implicando na reconstrução dos organismos internacionais e regionais
Veja todos artigos de

PESQUISAR

Pesquisar

TEMAS

NOVAS PUBLICAÇÕES