José Paulo Paes – crítica reunida

Marcelo Guimarães Lima, Thanatos, pintura digital, 2023.
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Por ALEXANDRE JULIETE ROSA*

Comentário sobre o livro recém-lançado, organizado por Ieda Lebensztayn e Fernando Paixão

Para quem gosta de literatura e estudos literários, ainda mais se estiver começando nesse ramo muito promissor de atividade profissional, os escritos de José Paulo Paes são uma boa porta de entrada. Sua obra crítica aparece agora reunida em dois grandes volumes, organizados por Ieda Lebensztayn e Fernando Paixão.

Além de poeta, tradutor e editor, José Paulo Paes acumulou uma obra crítica considerável, que tem como principais características a versatilidade, a originalidade e o inusitado de muitas abordagens. Pensemos no título de um de seus livros de crítica mais importantes – Gregos & baianos: sintético, exato, poético e provocador. Trabalho publicado em 1985 e que reúne, além de estudos dedicados à literatura propriamente dita, “reflexões menos acadêmicas, como o samba de Adoniram Barbosa e as artimanhas visuais da publicidade; assuntos que revelam um crítico de gosto livre e de formação muito peculiar”.[i]

Tais características têm um fundo em comum na própria formação do leitor-crítico José Paulo Paes. Ele sempre foi um autodidata: “Era o autodidata José Paulo que ensinava o professor universitário [Alfredo Bosi]. E o professor aprendia a reler com outros olhos o que já lera como profissional das letras; e ler o muito que ainda não conhecia. José Paulo Paes era um leitor livre de fronteiras”.[ii]

Leitor e crítico sem fronteiras, a vocação para as letras e para assuntos da cultura falou mais alto em seu coração, pois chegou a exercer outra profissão – a de químico –, em que se formara técnico em 1948, em Curitiba. Trabalhou “num laboratório em São Paulo durante onze anos; todavia, neto de livreiro e tipógrafo, José Paulo Paes fez-se crítico e tradutor de maneira autodidata”.[iii]

Sua bibliografia contém estudos que se tornaram referenciais – O Art Nouveau na Literatura Brasileira, que lançou novas luzes para uma melhor compreensão daquele período preguiçosa e ideologicamente denominado Pré-modernismo; O pobre-diabo no romance brasileiro, esse texto fundamental que reúne autores como Aluízio Azevedo, Lima Barreto, Graciliano Ramos e o infelizmente pouco conhecido Dyonélio Machado. Estes são alguns textos considerados ‘canônicos’ de José Paulo Paes. Os estudos dedicados ao também “pré-modernista” Augusto dos Anjos constam do que de mais significativo já se escreveu sobre o poeta paraibano.

O caráter extra-acadêmico da escrita de José Paulo – síntese do autodidatismo e do estudo de temas e autores não muito convencionais – aparece muito bem exemplificado no ensaio algo provocador “Por uma literatura brasileira de entretenimento (ou: O mordomo não é o único culpado)”, fruto de uma palestra realizada em 1988.

Há uma profissão de fé que move esse texto; o crítico aposta, positivamente, na menosprezada [pela academia] literatura de entretenimento como condição sem a qual dificilmente um país conseguiria alcançar uma pujança literária. Vamos nos deter um pouco mais nesse tema.

Muito inspirado pelo Umberto Eco dos Apocalípticos e integrados, José Paulo não se limita a reproduzir os conceitos do mestre italiano – “cultura de proposta”, “cultura de massa”, “Kitsch” –, mas articula-os à nossa condição de país periférico e subdesenvolvido. Assim, os primeiros e talvez mais importantes passos para a caracterização da literatura de entretenimento seriam: (i) a suspensão dos juízos de valor; (ii) entender que entre os dois extremos da equação cultural que ajuíza a hierarquia valorativa do gosto – alta literatura vs. literatura de entretenimento/massa – existe um temo médio, o midcult; (iii) reconhecer que esse nível médio se distingue daquele nível propriamente ligado ao consumismo massificado e, portanto, deveria ser incentivado e valorizado. É essa literatura média que estimularia o hábito da leitura a adquirir “o sentido de degrau de acesso a um patamar mais alto, onde o entretenimento não se esgota em si, mas traz consigo um alargamento da percepção e um aprofundamento da compreensão das coisas do mundo”.[iv]

A abordagem de José Paulo é compromissada com o percurso histórico que determinou o advento dessa literatura de entretenimento. Num diálogo com a teoria dos arquétipos de Jung e as “formas simples”, de André Jolles, a palestra-ensaio tem um lastro muito bem definido em alguns gêneros literários primordiais – a saga, a advinha e o conto –, através dos quais os gêneros de entretenimento teriam suas raízes: o romance policial, o romance sentimental, o romance de aventuras, a ficção científica, a ficção infantojuvenil, a literatura erótica ou pornográfica e as histórias do Oeste americano.

A importância dessa dimensão arquetípica na qual a literatura de entretenimento está radicada, segundo José Paulo Paes, está no fato dela explicar a recorrência de certos “motivos ou procedimentos fixos, além da capacidade de continuarem a aliciar o interesse dos leitores, a despeito dessas repetições aparentemente fastiadoras”.[v]

Por outro lado, filha das modernas sociedades industriais, a literatura de entretenimento é um dos desdobramentos daquele processo de aperfeiçoamento tipográfico, do barateamento e do alargamento do consumo das camadas urbanas alfabetizadas. Nos centros urbanos de países como a Inglaterra, Estados Unidos e principalmente na França, o desenvolvimento do capitalismo consolidou uma classe média com necessidades culturais; necessidades “que a literatura de entretenimento vinha expressamente atender”.[vi]

O casamento entre literatura e jornal, promovido pelo editor francês Emile de Girandin, na década de 1830, inaugurou uma nova era literária cujos desdobramentos extraliterários podemos sentir até os dias atuais. Uma genealogia do Arsène Lupin, dos folhetins lançados em 1907 por Maurice Leblanc até o sucesso absoluto da série francesa Lupin, produzida pela Netflix, mostraria muito bem o quanto se faz presente tal engenhosidade, que conhecemos através do conceito de indústria cultural.

Publicar literatura nas páginas dos jornais, num espaço designado como feuilleton [folhetim], geralmente na primeira página do periódico, foi a semente de um boom literário-jornalístico sem precedentes. Segundo a pesquisadora brasileira Marlyse Mayer: “Emile de Girandin e seu ex-sócio e pirateador, Dutacq, perceberam as vantagens financeiras de tal empreendimento e dele tirariam proveito. Deram ao feuilleton o lugar de honra no jornal. Com os dois novos jornais (La Presse, do pioneiro Girardin, e Le Siécle, que o pirateou de saída) vai se jogar ficção em fatias no jornal diário no espaço consagrado ao folhetim vale-tudo. A inauguração cabe ao velho Lazarillo de Tormes, que começa a sair em pedaços cotidianos a partir de 5 de agosto de 1836”. [vii]

O sucesso da empreitada foi tão grande que já nos anos seguintes a fórmula “continua amanhã” ou “continua na próxima semana” estava plenamente estabelecida e o modelo começou a ser exportado para praticamente todo o ocidente. O corte da narrativa num lance de suspense ou tensão e a escolha de temas com forte apelo emocional deram aos romances-folhetim um público extraordinário. Eugène Sue com Os Mistérios de Paris [1842-43] e O judeu errante [1844] junto a Alexandre Dumas com Os três mosqueteiros e O conde de Monte Cristo, ambos de 1844, se transformaram nos grandes expoentes do novo gênero. “A invocação de Dumas – comenta Marlyse Mayer – vai se transformar numa receita de cozinha reproduzida por centenas de autores”.[viii]

No Brasil a voga do folhetim chegou bem rápido. Em 1839 o Jornal do Comércio publicava Os Assassínios Misteriosos ou a Paixão dos Diamantes, de autoria de Justiniano José da Rocha, “que travou contato em Paris com a novidade do feuilleton e apressou-se em transportá-lo para cá. Os Mistérios, imitação ou plágio de algum original francês não identificado, traz os ingredientes típicos do folhetim – ataques de loucura, mortes violentas, amores infelizes, cenas de cemitérios e outras calamidades”.[ix]

Praticamente todos os principais escritores brasileiros, até as primeiras décadas do século XX, passaram, de uma forma ou de outra, pela escola do folhetim. Ou produzindo romances-folhetins folhetinescos, nos moldes da escola francesa de Sue e Dumas, ou publicando seus livros em capítulos seriados em jornais. José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo, Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Raul Pompéia, Lima Barreto, antes de publicarem seus principais livros em volume autônomo, estamparam suas estórias nas páginas dos jornais: “Não tardou a que o folhetim se preocupasse em nacionalizar os seus temas, os seus personagens e os seus propósitos, dando origem a um romance reconhecidamente brasileiro”.[x]

Muito diferente era o Brasil em relação à matriz francesa no que diz respeito à quantidade de leitores disponíveis para a literatura ofertada. O grau de alfabetização no início do século XX mal chagava aos 20% da população, e isso em centros urbanos como o Rio de Janeiro, então capital da República. Mesmo assim, criou-se entre nós as mesmas reticências em relação à essa literatura de cunho popular, reticências que, segundo José Paulo Paes, datam mais ou menos do período Naturalista e que seria intensificado pelo Modernismo, tendo à frente a prosa experimental de Oswald e Mario de Andrade, “que jamais conseguiu interessar o grande público”.[xi]

Somente nas décadas de 1930 e 1940 começaram a surgir no Brasil algumas coleções de literatura de entretenimento, todas importadas do inglês e francês, como a Coleção das Moças, composta de romances sentimentais; as Coleções Terramarear e Paratodos, com romances de aventura e ficção científica, além das coleções Máscara Negra, de romances policiais. A falta de uma produção nacional desse feitio de literatura proporcionou a inundação do mercado por autores e obras estrangeiras; mazelas do capitalismo dependente.

Mesmo assim, conforme José Paulo conseguiu mostrar, escritores e escritoras daqui produziram literatura de bom nível e conquistaram uma parcela de leitores [e leitoras] comuns. Alguns ficaram bastante populares, como Paulo Setúbal, Maria José Dupré [Éramos seis e Gina] e José Mauro de Vasconcelos, com Meu pé de laranja Lima. Sobre esse último voltou-se a agressividade de certos críticos, “julgando-lhe o desempenho unicamente em termos de estética literária, em vez de analisá-lo pelo prisma da sociologia do gosto e do consumo, mostrando a miopia da nossa crítica para questões que fujam ao quadro da literatura erudita”.[xii]

Figura de proa nessa pequena constelação é a obra infantojuvenil de Monteiro Lobato, autor que, segundo José Paulo, alcançou um nível de excelência inédito nesse tipo de produção. A literatura infantojuvenil, aliás, foi a única que conseguiu se manter imune à inundação de obras estrangeiras traduzidas. Todas essas considerações levam a uma questão fundamental: “qual a razão da pobreza, ou melhor dizendo, da quase inexistência de uma literatura brasileira de entretenimento? Por que isso numa cultura que, em nível erudito, deu autores do porte de Machado de Assis, Graciliano Ramos ou Carlos Drummond de Andrade e, em nível popular, a riqueza de material folclórico testemunhada minimamente em Macunaíma?”[xiii]

A resposta que José Paulo Paes deu a essas questões permanece uma provocação incrivelmente atual: A televisão e em particular a telenovela, que conseguiram num tempo muito curto se desenvolver a patamares muito maiores do que a indústria do livro; e isso num país com taxas alarmantes de analfabetismo. O livro perdeu de longe para a televisão como meio de entretenimento: “antes que houvesse tempo de a nossa tardia indústria do livro implantar no grande público o gosto e o hábito da leitura, veio a televisão roubar-lhe a maior fatia do bolo. O livro, mesmo de entretenimento, exige um mínimo de esforço intelectual, dispensável no consumo da imagem falada do vídeo”.[xiv]

Soma-se a esse fato a ausência, no Brasil, da profissionalização de escritores e escritoras que possam viver exclusivamente do ofício. Algo que acontece em países do capitalismo central, principalmente os Estados Unidos e Inglaterra, que através de seus cursos de escrita criativa possibilitam a ascensão de batalhões de escritores e escritoras. É daí que vem boa parte da literatura de entretenimento, de baixa qualidade, que inunda nosso mercado.

Por fim temos aquilo que José Paulo chama de “cultura de literatos”. No Brasil, segundo o crítico, quase todos sonham em ser Gustave Flaubert ou James Joyce e ninguém se contenta em ser Alexandre Dumas ou Agatha Christie. Pensemos em Paulo Coelho, por exemplo, que deveria ser motivo de orgulho para nós, mas que os devotos da cultura de literatos desprezam com todas as forças. Trata-se, como defende José Paulo, de um erro de perspectiva, pois é justamente da “massa de leitores desses últimos autores que surge a elite dos leitores daqueles, e nenhuma cultura realmente integrada pode se dispensar de ter, ao lado de uma vigorosa literatura de proposta, uma não menos vigorosa literatura de entretenimento”.[xv]

Decorridos mais de três décadas desse ensaio, a situação parece ter melhorado um pouco. Os incentivos governamentais para aquisição de obras literárias para as escolas e os prêmios oferecidos por instituições como a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil ajudam a manter essa fração de nossa literatura bastante prestigiada, apesar dos Harry Potter da vida.[xvi]

Por outro lado, nessa última década vimos a massificação dos celulares conectados à internet, a explosão das redes sociais e a inundação das séries veiculadas através dos streamings. Sem contar a crise pela qual as livrarias e editoras vêm passando. O que tem salvado em boa medida a nossa literatura são as editoras independentes e o movimento literário que se iniciou nas periferias, através dos saraus e da autopublicação.

José Paulo Paes sempre foi muito preocupado com a formação do gosto pela leitura e o estabelecimento de um grande público leitor, além de dedicar especial atenção “aos ficcionistas e poetas das novas gerações, lançando luz sobre novidades que escapariam à crítica corriqueira.”[xvii]

Sua obra crítica recém-lançada é uma grande homenagem a esse militante da literatura. É também uma boa oportunidade para quem gosta e exerce os estudos literários de entrar em contato com uma forma de escrita prazerosa e surpreendente na abordagem, quer de poetas e poesia, da prosa de ficção, do samba, do audiovisual, entre outros fenômenos ligados à cultura.

*Alexandre Juliete Rosa é mestre em literatura brasileira pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP).

Referência

Ieda Lebensztayn e Fernando Paixão. José Paulo Paes: Crítica Reunida sobre Literatura & Inéditos em Livros. Vol. 1. Cotia, Ateliê Editorial/Cepe Editora, 2023, 544 págs. [https://amzn.to/3SCFszJ]

Notas


[i] Fernando Paixão. “Um crítico múltiplo”. In: José Paulo Paes: Crítica Reunida sobre Literatura Brasileira & Inéditos em Livros – Vol. 1. Ateliê Editorial / Cepe Editora, 2023, p. 23

[ii] Alfredo Bosi. “José Paulo Paes: Leitor sem Fronteiras”. Op. cit., p. 11.

[iii] Ieda Lebensztayn. “José Paulo Paes: Ensaios Novos na Província. A Língua como Universo de Possibilidades.” Op. cit., p.32.

[iv] José Paulo Paes. “Por uma Literatura Brasileira de Entretenimento (ou: O Mordomo Não é o Único Culpado)”. Op. cit., p. 357.

[v] Idem, p. 359.

[vi] Idem.

[vii] Marlyse Meyer. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 57.

[viii] Idem, p. 63.

[ix] José Paulo Paes. Op. cit., p. 360-1.

[x] Idem, p. 161.

[xi] Idem.

[xii] Idem, p. 362-3.

[xiii] Idem, p. 363.

[xiv] Idem, p. 364.

[xv] Idem, p. 365.

[xvi] Para quem tiver interesse numa abordagem mais ampla sobre essa temática pode consultar o artigo de Gabriela Luft: “A literatura juvenil brasileira no início do século XXI: autores, obras e tendências”. Disponível a partir do link:

https://www.scielo.br/j/elbc/a/Frg9RcVgSq3Y3zvR3rHdgVB/?format=pdf&lang=pt

[xvii] Fernando Paixão. Op. cit., p. 29.


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