Peter Thiel – um militante do capital

Imagem: John Guccione
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Por MARCO D’ERAMO*

O magnata do Vale do Silício usa seus bilhões para fazer política, na esperança de emancipar os ricos da “exploração dos capitalistas pelos trabalhadores”

Ele não é tão rico quanto Jeff Bezos, nem uma estrela das redes sociais como Elon Musk, nem um ícone como Bill Gates. No entanto, ele é o mais interessante dos magnatas do Vale do Silício, pois mais do que qualquer outro ele encarna a nova geração de ideólogos capitalistas. Em vez de usar a política para ganhar dinheiro, ele usa seus bilhões para fazer política, na esperança de emancipar os ricos da “exploração dos capitalistas pelos trabalhadores”.

Peter Thiel é alemão de nascimento, americano e sul-africano de criação. Segundo a Forbes, ele possui US$ 4,2 bilhões. Ao contrário de seus pares, é equipado com graduação em filosofia e doutorado em direito; por isso, gosta de aparecer e de afetar como se fosse um rei filósofo. Em seu texto mais ambicioso, The Straussian Moment (2004), ele esboça uma espécie de história intelectual do mundo (Geistes Weltgeschichte) à luz do 11 de setembro. Aí, como intelectual cuidadosamente cultivado, cita afrontosamente Oswald Spengler, Carl Schmitt, Leo Strauss, Pierre Manent, Roberto Calasso e Maquiavel, Montaigne, Hobbes, Locke, Hegel, Nietzsche e Kojève.

Desde os tempos de universidade, Peter Thiel se dedica a manter uma espécie de posição cínica, sempre abraçando a mais conservadora possível (é admirador de Ronald Reagan desde o ensino médio). De acordo com seu biógrafo Max Chafkin, Peter Thiel sempre sentiu que “os liberais tradicionais haviam acolhido os comunistas e que os conservadores eram incapazes de se associar a pessoas da extrema-direita… Ele realmente desejava que a direita se tornasse mais parecida com a esquerda”.

Matriculando-se em Stanford, a mais reacionária das universidades de primeira linha, Peter Thiel passou seu tempo criticando o que via como o esquerdismo endêmico da instituição. Ajudou a fundar a Stanford Review com a bênção do guru conservador Irving Kristol e com o apoio financeiro da Fundação Olin (uma entidade-chave no financiamento e organização da contraofensiva neoliberal). Fez campanha contra o multiculturalismo, o politicamente correto e a homossexualidade. O conselho editorial da revista era composto exclusivamente por homens.

Sobre os direitos LGBT, a revista afirmou que “o verdadeiro flagelo consiste na fobia à homofobia, ou seja, no medo de ser rotulado de homofóbico… O preconceito anti-gay deveria ser rebatizado de “miso-sodomia” – ódio ao sexo anal – para se concentrar em “práticas sexuais desviantes”. De acordo com a revista The Economist, o artigo chegou a defender um colega estudante de direito, Keith Rabois, que decidiu testar os limites da liberdade de expressão no campus ao ficar do lado de fora da residência de um professor e gritar “Bicha! Espero que você morra de AIDS!”. Keith Rabois, mais tarde, se tornaria um dos parceiros de negócios mais próximos de Peter Thiel.

Peter Thiel foi coautor do artigo The Diversity Myth: Multiculturalism and the Politics of Intolerance at Stanford (1995), publicado por um “think-tank” de direita, o Independent Institute, graças novamente a uma bolsa da Fundação Olin. Reconhecido como um formidável jogador de xadrez, Peter Thiel entendeu que, para travar a batalha das ideias de forma eficaz, era necessário um financiamento adequado. Ele reclamou que “apenas um em cada quatro ex-alunos de Stanford eram milionários” – mais uma prova, a seu ver, da inutilidade do currículo acadêmico tradicional.

Após breves passagens como advogado e negociador de derivativos no Credit Suisse, Thiel retornou à Califórnia em 1998 e fundou seu próprio fundo de investimento, o Thiel Capital Management, com US$ 1 milhão levantado graças a “amigos e familiares” (em todas as biografias esse episódio é vago; como sabemos, o primeiro milhão é sempre o mais difícil).

O ponto de virada veio em 1999, quando Peter Thiel fundou a PayPal com um grupo de amigos (graças especialmente a Max Levchin, um criptógrafo nascido na Ucrânia que idealizou o algoritmo básico para o sistema de pagamentos online). Esse empreendimento econômico tinha também uma motivação ideológica: “O ideal motriz da PayPal” – escreveu ele – era criar “uma nova moeda mundial, livre de todo controle governamental – o fim da soberania monetária do Estado, por assim dizer”.

Formou-se, assim, a chamada máfia do PayPal: uma famosa foto retrata os jovens audaciosos (todos homens) vestidos como mafiosos ítalo-americanos da época da proibição nos Estados Unidos. Seis se tornariam bilionários. É notável que três tiveram um passado na África do Sul do apartheid: Thiel, Musk e Roelof Botha, CEO da PayPal, mais tarde sócio do fundo de investimento Sequoia. Peter Thiel tem uma relação difícil com Elon Musk: entre outras coisas, ele o removeu do cargo de CEO da PayPal quando esta estava em sua lua de mel.

Peter Thiel ganhou US$ 55 milhões com PayPal em 2002, quando se lançou no mundo do capital de risco. A lista de empresas que investiu é extensa (Airbnb, Asana, LinkedIn, Lyft, Spotify, Twilio, Yelp, Zynga). A sua fama de capitalista perspicaz foi cimentada em 2004, quando, como primeiro investidor externo, deu (meros) US$ 500 mil a Mark Zuckerberg em troca de 10,2% das ações do Facebook, o que lhe rendeu mais de um bilhão de dólares.

Se, no entanto, em vez de manter a sua participação, ele tivesse participado da recapitalização do Facebook, agora teria cerca de US$ 60 bilhões. Esse não foi o seu único erro. Em 2004, ele se recusou a investir na Tesla e no YouTube (ambas as quais foram fundadas por ex-membros da máfia do PayPal). Em 2006, quando Elon Musk precisava de fundos para desenvolver os carros elétricos da Tesla, Peter Thiel perdeu a oportunidade – uma opção cara, já que a capitalização ultrapassou US$ 2 bilhões em 2010 e atingiu o pico de US$ 1,061 bilhão em 2021, um crescimento de 50 mil (em abril de 2023, caiu para US$ 584 bilhões, mas ainda assim representa um aumento de quase 30 mil por cento). Musk afirmou que a recusa de Peter Thiel era por razões ideológicas: “ele não compra totalmente a coisa das mudanças climáticas”.

Mas, o que Peter Thiel compra para vender? Entre 2004 e 2014, ele expôs a sua visão de mundo em conferências, em artigos para o Wall Street Journal, no livro The Straussian Moment, em ensaios como The education of a libertarian (2009) escritos para o Cato Institute (um “think-tank” financiado pelos irmãos Koch), no escrito The End of the Future publicado na National Review; ademais, escreveu um outro livro intitulado Zero to One: Notes on Startups, or How to Build the Future (2014) baseado em um curso que ministrou em Stanford.

Em jogada típica de trapaceiros, Peter Thiel muitas vezes apresenta a si mesmo e seus aliados como vítimas. Assim como os franceses que se dizem vítimas dos norte-africanos, ou como os israelenses que se dizem oprimidos pelos palestinos, os ricos são intimidados pelos pobres. Como qualquer reacionário, faz circular um conto de decadência. Para Peter Thiel, estamos em pleno declínio cultural, “que vai do colapso da arte e da literatura após 1945 ao totalitarismo suave do politicamente correto na mídia e na academia aos mundos sórdidos dos “reality shows” e do entretenimento popular”.

A causa fundante é a democracia, em particular a sua extensão às mulheres e aos pobres (note-se a associação entre os dois): “Os anos 1920 foram a última década da história americana durante a qual se podia ser genuinamente otimista em relação à política. Desde 1920, o grande aumento de beneficiários de assistência social e a extensão do voto às mulheres – dois contingentes eleitorais notoriamente difíceis para a penetração dos libertários – transformaram a noção de “democracia capitalista” em um oximoro.

Entre as suas afirmações, há aquela que afirma que a ampliação do voto às mulheres e pobres atrapalhou o progresso tecnológico e científico, o qual, no passado, permitiu a generalização de uma certa qualidade de vida, mesmo para aqueles que não a mereciam. Desde a década de 1970 – com exceção da indústria de tecnologia – tudo estagnou; não houve grandes inovações em transporte, energia ou mesmo na medicina. Como Peter Thiel conclui que o progresso é “raro” na história da humanidade, ele pensou uma solução: é preciso voltar a algum tipo de regime monárquico, porque as grandes invenções da história foram todas produzidas por empresas (ou startups) que funcionam como monarquias absolutas ou monopólios.

Os esforços publicitários de Peter Thiel são muitas vezes dedicados a exaltar as virtudes convergentes da monarquia e do monopólio: “Os monopolistas podem se dar ao luxo de pensar em outras coisas além de ganhar dinheiro; os não-monopolistas não tem esse privilégio. Em concorrência perfeita, uma empresa está tão focada nas margens de lucro a serem obtidas hoje e, por isso, não pode planejar um futuro de longo prazo. Só uma coisa pode permitir que uma empresa transcenda a luta bruta diária pela sobrevivência: os lucros monopolistas”.

Numa intervenção típica produzida para o Wall Street Journal, Competition is for losers, ele defendeu que a concorrência pode produzir cópias ou pequenas melhorias no que já existe, mas nunca uma verdadeira novidade – com base nesse “fato”, argumentou então que “na verdade, capitalismo e concorrência são opostos”.

Parece quase inútil notar as inconsistências lógicas desses argumentos. Peter Thiel sustenta que o progresso é raro na história da humanidade e que as monarquias absolutas têm sido a norma; a partir disso – conclui ele – só se pode deduzir que as monarquias absolutas raramente geraram progresso. Mas é preciso fazê-lo.

Os monopólios não vêm do nada, mas surgem justamente quando uma empresa vence os seus concorrentes. Poder-se-ia dizer, de fato, que num mercado não regulamentado o monopólio é um resultado inevitável da concorrência: competir implica vencedores e perdedores e, à medida que o vencedor é cada vez mais bem-sucedido, torna-se mais fácil para ele dominar. É por isso que na proto-história do capitalismo de cada país, vemos o surgimento de monopólios. Para evitar sua formação, sempre foi necessário que os Estados implementassem leis antitruste. Além disso, assim que são estabelecidos, os monopólios deixam de inovar e tendem a viver do rentismo.

Ora, há aqui uma contradição ainda mais fundamental. Como alguém pode se declarar libertário e apoiar a monarquia absoluta? De quem é a liberdade da qual ele está falando? Quantos monopólios o mundo pode acomodar? Liberdade para poucos, escravidão para a grande maioria – esse é o destino. Muitos discutiram a influência de Nietzsche no pensamento de Peter Thiel, mas talvez a referência mais precisa seja Max Stirner.

Não é à toa, em Der Einzige und sein Eigentum (1844), Stirner define o “Único” ou “Ego” por sua “propriedade”; este pode usar qualquer meio – fraude, engano – para realizar seu poder. Também para Stirner, a livre concorrência é uma limitação à liberdade, uma vez que só pode ser assegurada por um Estado que gere servidão. Como ser contra a tirania do Estado e a favor da monarquia absoluta: o tipo de Estado mais despótico, intrusivo e arbitrário? A resposta é a noção de Stirner da instrumentalidade absoluta de cada posição. O Único pode dizer o que quiser se for útil para ele. Peter Thiel foi acusado de inconsistência e autocontradição, mas ele está apenas colocando essa estratégia de Stirner em prática.

Um exemplo: Peter Thiel gasta seu tempo denegrindo Stanford e o ensino superior em geral. Ora, ele faz isso financiando, com muito alarde, uma fundação para estudantes que abandonaram a universidade para fundar suas próprias startups – com resultados extremamente limitados. Contudo, ele pagou dinheiro para dar um curso nessa mesma universidade, o que por sua vez lhe permitiu publicar um livro best-seller legitimado pela marca Stanford (o número real de cópias vendidas permanece incerto: um milhão, um milhão e meio, até três milhões de acordo com várias alegações, mas o número real pode ser muito menor).

Outro exemplo: Peter Thiel passou a juventude repreendendo os gays apenas para se assumir como tal, em 2016, casando-se então com um homem e, simultaneamente, admitindo um relacionamento amoroso com um modelo masculino. Se a homofobia ostensiva de seu tempo como estudante pode ser atribuída em parte a uma cruzada contra a diversidade, é menos claro por que Peter Thiel entraria com um processo contra o site Gawker por tê-lo expulsado em 2011. A explicação oferecida por seu biógrafo é que entre os principais investidores no empreendimento de capital de Peter Theil estão “fundos soberanos árabes controlados por governos que consideravam a homossexualidade um crime”.

Este defensor libertário da monarquia absoluta também não tem escrúpulos em ganhar dinheiro através da vigilância em massa. Em 2003, ele fundou a Palantir, especializada em análise de big data e imediatamente recebeu financiamento do fundo de investimento da CIA, In-Q-Tel. Contradição?

Em The Straussian Moment, Peter Thiel escreveu: “Em vez das Nações Unidas, cheias de debates parlamentares intermináveis e inconclusivos que se assemelham a contos shakespearianos contados por burocratas, devemos louvar o Echelon, a coordenação secreta dos serviços de inteligência do mundo, como o caminho decisivo para uma paz americana verdadeiramente global”. O Echelon é o mecanismo de vigilância planetária mais intrusivo já concebido na história da humanidade.

A empresa Palantir fracassou até que, em 2011, começou a circular um boato de que a empresa havia “ajudado a matar Osama Bin-Laden”. A partir daí, os contratos abundaram. Até a polícia alemã foi procurar os seus serviços, que incluem não só software, mas também a mão-de-obra para o utilizar (os alemães mudaram de ideias e querem rescindir o negócio). Paradoxo da lucratividade capitalista, a Palantir é avaliada em US$ 17,6 bilhões – sem nunca ter gerado lucros – e hoje forma a parte mais substancial da fortuna de Peter Thiel.

Por um lado, esse libertário ganha dinheiro ajudando o Estado a espionar as pessoas; por outro, promove o Bitcoin e as criptomoedas como instrumentos de emancipação da tirania dos Estados. Não se trata de incoerência ou contradição: trata-se de puro e simples cinismo. Até mesmo sua autoimagem de um “cara do contra” faz parte do jogo, pois o objetivo é se apresentar como parte de uma minoria oprimida, um outsider, um azarão, um anticonformista. Mas que tipo de anticonformismo é querer tornar-se rico e poderoso? Mesmo a defesa do monopólio está perfeitamente alinhada com esse Zeitgeist: pense na reabilitação do monopólio pelos neoliberais, a verdadeira “revolução no direito corporativo” guiada por Henry Manne.

É certo que essa total falta de escrúpulos lembra a atitude do super-homem nietzschiano, Übermensch, para quem tudo é permitido. O discurso de Peter Thiel contra o politicamente correto ecoa o lamento de Nietzsche, em A genealogia da moral, referente à revolta da moral escrava: “o homem superior é liquidado, a moral do homem comum sai vitoriosa”.

O seu desejo patente é assistir uma secessão permanente, mas não aquela da plebe contra o patriciado, tal como ocorria na Roma antiga (como na fábula de Menenius Agrippa), mas do patriciado contra a plebe. Daí a aquisição de uma propriedade de 477 acres na Nova Zelândia e do financiamento de um projeto para constituir uma comunidade autossuficiente localizada longe em águas internacionais. Ora, esse projeto, depois de sérios percalços, reduziu primeiro as suas ambições (operar a 15 milhas da costa), para depois ser totalmente arquivado. Esse impulso separatista também está presente em seu investimento na Space-X com Elon Musk: Peter Thiel é muito menos morno sobre a ideia de se isolar no espaço do que em relação “a coisa das mudanças climáticas”.

No entanto, surge a pergunta: para que tudo isso? O preço do niilismo é a falta de sentido da própria vida, dos próprios problemas, de querer ir para o túmulo carregado de ouro. Não é surpresa que o medo da morte pareça ser uma motivação dominante nesse tipo de gente.

Tal como mostra o filme O Sétimo Selo (1957), de Ingmar Bergman, há um cavaleiro e este arrisca o seu último jogo de xadrez contra a morte. Peter Thiel, jogador de xadrez consumado, acredita que a morte não é “nada além de um bug no conjunto de recursos da humanidade e que alguém como ele pode comprar a sua saída”. É por isso que ele joga sacos de dinheiro em empreendimentos como Halcyon Molecular, Emerald Therapeutics, Unity Biotechnology, Methuselah Foundation, financiando startups que prometem prolongar a vida para pelo menos 120 anos, a cura definitiva para o Alzheimer e assim por diante.

E se tudo isso não funcionar, ele está pronto para ter seu cérebro congelado e esperar por sua reencarnação assim que a tecnologia tornar isso possível. Ele não é o único bilionário que espera superar a morte; Jeff Bezos e Larry Page financiam a Alcor Life Extension Foundation, “que congela corpos e cérebros de mortos desde 1970”.

O desprezo que Peter Thiel nutre pelo resto da humanidade deve ser quase igual à aversão que ele parece nutrir pelo gênero feminino. Ele acredita fielmente que nós, escravos, somos tão masoquistas que estamos prontos para aceitar a sua moralidade. Se conseguir, será o primeiro ativista político a conquistar seu público não prometendo nada em particular, mas garantindo o inferno como o único futuro que nós – o rebanho – merecemos. O nome que foi cunhado para essa nova manifestação do capitalismo global é realmente apropriado: iluminismo sombrio. Apagar as luzes é, de fato, o resultado inevitável.

*Marco D’Eramo é jornalista. Autor, entre outros livros, de The Pig and the Skyscraper (Verso).

Tradução: Eleutério F. S. Prado.

Publicado originalmente no blog da New Left Review [https://newleftreview.org/sidecar/posts/capitals-militant].

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