Teses preliminares sobre o conceito de ecocivilização

Imagem: Lauris Rozentāls
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Por JOHN BELLAMY FOSTER*

Apresentação na Universidade de Peking em outubro de 2024

No século XIX, durante a Revolução Industrial na Inglaterra, a cidade de Newcastle era o centro da indústria carvoeira. A expressão “levar carvão para Newcastle” surgiu, então, para indicar a inutilidade de se levar alguma coisa para um lugar onde essa coisa já existe em abundância. Para um pensador ocidental, falar sobre civilização ecológica (ou ecocivilização) a uma audiência na China é como levar carvão para Newcastle, uma vez que é precisamente na China que esse conceito está mais altamente desenvolvido.

Ainda assim, defenderei que a noção de “ecocivilização” está intrinsecamente relacionada ao marxismo. Portanto, essa apresentação estará direcionada ao exame do conceito de ecocivilização a partir de uma perspectiva marxista ecológica mais abrangente. A este respeito, tenho dez teses preliminares sobre a ecocivilização.

O conceito de civilização ecológica tem origens marxistas e é inerentemente socialista

A primeira vez que este conceito apareceu como uma visão sistemática foi no final da década de 1970 e nos anos 1980, na União Soviética, inspirado pelas considerações do pensamento ecológico de Karl Marx e imediatamente adotado pelos pensadores chineses. Até hoje o conceito não tem praticamente qualquer presença no Ocidente, uma vez que está radicalmente separado da noção de civilização capitalista, assim como das visões eurocêntricas da modernidade.[1]

A perspectiva filosófica fundamental da ecocivilização tem raízes profundas nas primeiras noções civilizacionais da modernidade, ou da relação ativa do ser humano com o mundo orgânico-material, como descrito pelos pensadores marxistas Joseph Needham e Samir Amin em suas críticas ao eurocentrismo

Esta perspectiva filosófica orgânico-materialista emergiu no período conhecido como Era Axial,[i] particularmente na civilização helênica e no período dos Estados Combatentes na China, entre os séculos V e III a.C. O próprio Karl Marx abraçou uma visão orgânico-materialista desde cedo, desenvolvendo uma noção de seres humanos como seres automediadores da natureza — uma noção que rompia com o mecanicismo ocidental e com as concepções eurocêntricas da modernidade, influenciada por seu encontro com a filosofia materialista epicurista.[2]

No entanto, grande parte desta visão ficou submersa no marxismo posterior, e foi completamente extinta na tradição filosófica marxista ocidental. Na China, a continuidade da civilização a partir do taoísmo (que tem paralelos com o epicurismo), do confucionismo e do neoconfucionismo, significou a perpetuação dessas visões orgânico-materialistas iniciais, tornando a China mais receptiva à ecologia e às perspectivas ecológicas de Marx em particular.[3]

Embora tenha raízes filosóficas antigas, a civilização ecológica, enquanto perspectiva histórica transformadora, é um produto da sociedade pós-revolucionária e do desenvolvimento do socialismo

Ela reflete a noção de seres humanos como seres automediadores da natureza, que é parte integrante da visão completa de Karl Marx sobre o desenvolvimento humano sustentável, incorporada em sua teoria da ruptura metabólica. Esta abordagem rejeita qualquer noção de que a ecocivilização seja um produto direto do pré-modernismo ou do pós-modernismo, ou que possa ser explicada, como alguns teóricos da ecologia chineses propuseram, pelo encadeamento das civilizações tradicional, agrícola, industrial e ecológica.[4]

O conceito de civilização ecológica socialista na China foi o que mais completamente incorporou essas ideias

A civilização ecológica socialista deve ser considerada um desenvolvimento dentro do socialismo. É importante enfatizar que não pode existir qualquer conceito de “civilização ecológica capitalista”, uma vez que o capitalismo é inerentemente alheio e destrutivo em relação à natureza/ecologia.

Assim, falar de civilização ecológica socialista é simplesmente falar de socialismo completo, como realização plena do desenvolvimento humano sustentável, que incorpora tanto a igualdade substantiva quanto a sustentabilidade ecológica; significa a reconciliação da humanidade com a natureza.

A civilização ecológica aponta para aquilo que os marxistas chineses apresentaram como a necessidade de “modernização da existência harmoniosa entre a humanidade e a natureza”

Essa ideia é sustentada pelos princípios básicos do socialismo. Portanto, é antitética à chamada modernização ecológica, entendida como uma filosofia mecanicista e como um projeto puramente tecnocrático no Ocidente.[5]

Ao mesmo tempo, ela adota algumas das mesmas tecnologias necessárias à transformação ecológica, porém utilizadas em conformidade com os princípios socialistas, exigindo relações sociais diferentes. O que é crucial aqui é a concepção fundamentalmente diferente de modernização no marxismo chinês e no pensamento ecológico.[6]

O conceito de “comunidade de vida”, desenvolvido pela teoria ecológica socialista na China, é essencial para definir a civilização ecológica

Ele possui três dimensões: (a) uma comunidade de vida com os ecossistemas; (b) “a comunidade de vida da humanidade e da natureza”; e (c) uma síntese dialética, constituindo a “comunidade de toda a vida na terra” e um “futuro compartilhado”.[7]

Como escreveu o grande conservacionista estadunidense do início do século XX, Aldo Leopold, “Abusamos da terra porque a consideramos uma mercadoria que nos pertence. Quando vemos a terra como uma comunidade à qual pertencemos, podemos usá-la com amor e respeito”. Aldo Leopold propôs uma ética da terra que ampliava “os limites da comunidade (…) a fim de incluir solos, águas, plantas, animais ou, coletivamente, a terra”.[8]

Karl Marx argumentou que ninguém é dono da terra; nem mesmo todos os países e todas as pessoas do planeta podem sê-lo. São apenas “seus possuidores, seus beneficiários, e têm de legá-la em melhor estado às gerações seguintes, como boni patres familias [bons chefes de família]”.[9]

A noção de sustentabilidade ecológica inserida no conceito de comunidade da vida é exemplificada no “Pensamento de Xi Jinping sobre a Civilização Ecológica”

Xi Jinping declarou que, se tivermos de escolher entre “montanhas de ouro” e “montanhas de verde”, é preciso escolher as montanhas de verde, reconhecendo que “as águas límpidas e as montanhas verdejantes são ativos inestimáveis”. Adotando uma abordagem materialista marxista da ecologia, Xi Jinping argumentou que a ecologia é “a forma mais inclusiva de bem-estar público”.

Fazendo eco a Friedrich Engels sobre a “vingança” da natureza, Xi Jinping afirmou que “qualquer dano infligido por nós à natureza acabará voltando para nos assombrar”. Além disso, ele insiste que a questão da natureza vai além da mera sustentabilidade material, abrangendo mesmo a estética, como em seu conceito de “Bela China”.[10]

Dessa forma, a noção de civilização ecológica como comunidade de vida é expandida, adquirindo um significado social mais amplo para o trabalhador coletivo por meio da renovação da linha de massa.

Marx argumentou que o roubo da natureza pelo capitalismo, resultando na ruptura metabólica, implica o enfraquecimento da eterna base natural ou ecológica da civilização

Isso significa que a relação metabólica precisa ser restaurada, o que só é possível sob o socialismo.[11] Com o mundo sendo engolido por uma crise ecológica planetária, tal restauração é a primeira das prioridades (desconsiderando a ameaça nuclear) a determinar o futuro da humanidade.

Nos países ricos, caracterizados pela sobrecarga ambiental,[ii] isso levanta a questão do decrescimento. No entanto, para a humanidade como um todo, levanta-se a questão do desenvolvimento humano sustentável e, em última análise, da civilização ecológica sob o socialismo completo.

O conceito de decrescimento estava ausente no socialismo do século XIX, muito embora Marx já tivesse uma visão de desenvolvimento humano sustentável. O decrescimento, enquanto processo de desacumulação, adquire todo o seu significado a partir de uma perspectiva marxista do sistema irracional do capitalismo monopolista/imperialista e de suas crises de superacumulação

Dessa forma, qualquer movimento decisivo em direção à ecologia nos países capitalistas centrais do sistema mundial exige um afastamento das estruturas do capitalismo monopolista/imperialista.[12] Os países capitalistas dominantes, que também são os países monopolistas-capitalistas e imperialistas centrais, caracterizam-se ecologicamente pela sobrecarga ambiental, com pegadas ecológicas que ultrapassam – em alguns casos, três ou quatro vezes mais – aquilo que a Terra poderia suportar, caso fossem generalizadas para a humanidade como um todo.

Essas enormes pegadas ecológicas são um reflexo do imperialismo econômico e ecológico. Portanto, do ponto de vista da humanidade global, estas nações devem reduzir, drástica e desproporcionalmente, o seu consumo de energia per capita, assim como a utilização de recursos e as emissões de carbono, juntamente com a sua expropriação líquida de riquezas do restante do mundo.

Uma vez que o capitalismo monopolista promove um imenso desperdício econômico como meio de acumulação/financeirização, gerando pobreza artificial, e exibe níveis astronômicos de desigualdade, em que um punhado de indivíduos possuem mais riqueza do que metade da população, uma estratégia planejada de decrescimento é consistente com uma drástica melhoria das condições econômicas e sociais para a maioria da classe trabalhadora.[13]

Em todos os países do mundo, a crise ecológica planetária demanda uma revolução ecológica envolvendo tanto as forças produtivas quanto as relações sociais

Para todos os casos, isto implica o desenvolvimento do proletariado ambiental em confronto com o capitalismo monopolista generalizado e o imperialismo. Na China, e em alguns outros países pós-revolucionários, isto pode ser alcançado através de uma linha de massas ecorrevolucionária e da construção de uma sociedade sustentável, enraizada nas estruturas comunitárias e coletivas já existentes.

Para a maior parte dos países do Sul Global, o desenvolvimento humano sustentável exige uma desvinculação do sistema imperial de valores e a ação revolucionária de um proletariado ambiental orientada à sobrevivência humana e à criação planejada de uma sociedade de desenvolvimento humano sustentável.

No próprio Norte Global, a revolução ecológica exige a destruição do imperialismo e a reintegração de toda a humanidade sobre uma base igualitária, em um processo de solidariedade mundial. As pegadas ecológicas precisam ser niveladas globalmente. Não há como o trabalho ser ecológico nos países ricos quando as bases da existência ecológica nos países pobres (e no planeta como um todo) são arruinadas.

*John Bellamy Foster é editor da revista Monthly Review e professor emérito de sociologia na Universidade de Oregon.

Tradução: Ricardo d’Arêde.

Palestra no Simpósio Internacional “China’s Eco-Civilizational Progress in a Changing World” na Universidade de Peking, em 20 de outubro de 2024.

Notas do autor


[1] Veja esse debate em John Bellamy Foster, The Dialectics of Ecology (New York: Monthly Review Press, 2023), p. 161–66.

[2] Karl Marx, Early Writings (London: Penguin, 1974), p. 356; István Mészáros, Marx’s Theory of Alienation (London: Merlin Press, 1975), p. 162–65; John Bellamy Foster, Breaking the Bonds of Fate: Epicurus and Marx (New York: Monthly Review Press, forthcoming, 2025).

[3] Joseph Needham, Within the Four Seas: The Dialogue of East and West (Toronto: University of Toronto Press, 1969), p. 27, 66–68, 93–97, 212; Samir Amin, Eurocentrism (New York: Monthly Review Press, 2009), p. 13, 22, 108–11, 212–13; Foster, The Dialectics of Ecology, p. 171–74.

[4] Veja Chen Yiwen, “Marxist Ecology in China: From Marxist Ecology to Socialist Eco-Civilization Theory,” Monthly Review 76, no. 5 (Outubro de 2024): p. 32–46; Zhihe Wang, Huili He, e Meijun Fan, “The Ecological Civilization Debate in China: The Role of Ecological Marxism and Constructive Postmodernism—Beyond the Predicament of Legislation”, Monthly Review 66, no. 6 (Novembro de 2014): p. 37–59.

[5] Chen Yiwen, “Marxist Ecology in China”, p. 41–42; John Bellamy Foster, Brett Clark, e Richard York, The Ecological Rift (New York: Monthly Review Press, 2010), p. 41–43, 253–58.

[6] Chen Xueming, The Ecological Crisis and the Logic of Capital (Boston: Brill, 2017), p. 467–72, 566–70.

[7] Chen Yiwen, “Marxist Ecology in China”, p. 41–43; Foster, The Dialectics of Ecology, p. 13.

[8] Aldo Leopold, The Sand County Almanac (New York: Oxford University Press, 1949), viii; John Bellamy Foster, Ecology Against Capitalism (New York: Monthly Review Press, 2002), p. 86–87.

[9] Karl Marx, Capital, vol. 3 (London: Penguin, 1981), p. 911.

[10] Chen Yiwen, “Marxist Ecology in China” p. 42–43; Xi Jinping, The Governance of China (Beijing: Foreign Languages Press, 2020), p. 3, 6, 20, 25, 54, 417–24.

[11] Karl Marx, Capital, vol. 1 (London: Penguin, 1976), p. 637–78; John Bellamy Foster e Brett Clark, The Robbery of Nature (New York: Monthly Review Press, 2000), p. 12–13.

[12] Paul Burkett, “Marx’s Vision of Sustainable Human Development”, Monthly Review 57, no. 5 (Outubro de 2005): p. 34–62; Brian M. Napoletano, “Was Karl Marx a Degrowth Communist?”, Monthly Review 76, no. 2 (Junho de 2024): p. 9–36.

[13] John Bellamy Foster, “Planned Degrowth: Ecosocialism and Sustainable Human Development”, Monthly Review 75, no. 3 (Julho–Agosto de 2023): p. 1–29.

Notas do tradutor

[i]Axial Age: Era/Idade Axial; período em que, aproximadamente ao mesmo tempo, e na maior parte do mundo habitado, surgiram os grandes sistemas intelectuais, filosóficos e religiosos que vieram a moldar a sociedade e a cultura humanas subsequentes. A expressão tem origem com o filósofo alemão Karl Jaspers, observando que durante esse período houve uma mudança – ou uma virada, como que sobre um eixo – das preocupações predominantemente mais localizadas, em direção à transcendência. O intervalo de datas aproximado fornecido por Jaspers foi de 800 a.C. a 200 a.C. Cf. Encyclopaedia Britannica, https://www.britannica.com/list/the-axial-age-5-fast-facts).

[ii] Overshoot: A sobrecarga ambiental global ocorre quando a demanda da humanidade sobre a natureza excede a oferta da biosfera ou a sua capacidade de regeneração. Esta sobrecarga leva a um esgotamento do “capital” natural de suporte à vida da Terra e a uma acumulação de lixos e resíduos. A nível global, o défice ecológico e a sobrecarga são a mesma coisa, uma vez que não existe uma importação líquida de recursos para o planeta. A sobrecarga ambiental local ocorre quando um ecossistema local é explorado mais rapidamente do que consegue se regenerar. A acumulação deste défice ecológico global torna-se a dívida ecológica da humanidade (cf. Global Footprint Network, Glossário, https://www.footprintnetwork.org/resources/glossary/)


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