Uma crise singular

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Por ROBERTO REGENSTEINER*

Estamos agora em meio a novo período de inflexão, cujos resultados não estão pré-determinados e serão moldados pela ação humana sobre a situação existente

A COVID-19 já entrou para a História. Sua marca será mais profunda que a “Crise de 1929” e isto é perceptível de muitas maneiras. A sincronicidade e abrangência desta crise em relação às anteriores, por si só, já a tornam singular. Anunciada ao mundo em Wuhan, em 3 de janeiro, em poucas semanas seus impactos se faziam sentir no mundo inteiro.

Em 14/4, o FMI, reviu suas projeções para as “Economias Avançadas”, e estimou uma queda dos PIBs, em 2020, para 6% negativos, E, isto, com base em hipóteses otimistas de retomada de uma certa “normalidade” a partir dos próximos trimestres[i].

A crise do COVID-19 incidiu sobre uma economia mundial já sobrecarregada de problemas de funcionamento[ii] que emergiram com força na crise de 2008[iii] e se arrastavam sem solução à vista. A adoção do lockdown, como principal medida para conter o contágio e a consequente interrupção das atividades produtivas, por si só já teriam grande impacto nos processos produtivos internacionais, tendo em vista o papel relevante da China em inúmeras cadeias de suprimentos[iv].

O subsequente espalhamento da doença pelo mundo e a sucessiva adoção do confinamento em outros países produziu um efeito dominó que provocou interrupção e desorganização nos processos produtivos da maioria dos países.

Os aspectos econômicos da crise do COVID-19, evidenciados na queda dos PIBs, no crescimento dos desempregos, na volatilidade dos mercados financeiros, e em outros indicadores, já pode ser considerada a maior de todas as crises econômicas de todos os tempos.

Apesar das evidências, a primeira reação das autoridades e das sociedades ao problema, em todas as partes, foi marcada por uma reação inicial de negação da gravidade do problema sanitário e de seus impactos econômicos.

Na China, onde primeiro se manifestou, levaram 30 dias até que um problema de saúde fosse, sucessivamente, ignorado, minimizado, tratado como questão localizada que afetava a ordem política e social até que, finalmente, foi entendido mais amplamente e deu origem a uma postura resolutiva. Foram, então encaminhados, aviso de pandemia à OMS, sequenciamento do genoma do SAR-CO-2, criação de estruturas organizativas para lidar com o problema em nível nacional[v], adoção de um bem-sucedido plano de contenção do contágio que permitiu, cerca de 100 dias depois, a reabertura dos transportes públicos no centro de Wuhan, a retomada gradual das atividades produtivas no âmbito de uma “nova normalidade” em que o controle sanitário desempenha papel preponderante. Adicionalmente, a China participa de um esforço coordenado internacionalmente para a transferência dos aprendizados, desenvolvimento de vacinas, medicamentos, tecnologias e assim por diante. Ao mesmo tempo, planeja novas iniciativas no âmbito da estratégica Belt and Road Initiative, maior programa mundial de investimentos com um horizonte de várias décadas, abrangendo dezenas de países.

Compare-se o anterior com outros negacionismos. Na Europa, especialmente na Itália e Espanha, a hesitação das autoridades cobrou alto preço em letalidades como se pode ver nos indicadores relacionados aos números de infectados e mortos, assim como nas tragédias em que os rituais de enterro e luto foram atropelados.

Outro tanto ocorre nos Estados Unidos onde o comportamento de seu presidente deve ser acompanhado de perto tendo em vista o futuro dos acontecimentos e a importância daquele país.

O foco nas eleições presidenciais de novembro de 2020, fez com que Trump sucessivamente negasse o problema, depois o minimizasse, até que, em 12 de março, mudou atabalhoadamente de posição, visto que os governadores dos Estados ganhavam popularidade pelo enfrentamento da pandemia que se tornava cada vez mais difícil de ignorar. Então, Trump impôs, unilateralmente, severas restrições aos voos com a Europa e, com isto, involuntariamente, provocou queda recorde da bolsa de valores para níveis equivalentes a 1938[vi]. Poucos dias depois (18/3) apoiou o Congresso na concessão de ajudas, que incluíam US$ 1.200 aos totalmente desassistidos, subsídio para o pagamento de testagem de COVID-19, entre outras medidas que ficaram para depois[vii]. Em 23/3, o FED, principal autoridade monetária dos Estados Unidos, com autonomia operacional e administrativa em relação aos demais poderes, usou sua liberdade para, à moda dos filmes de Hollywood em que o mocinho se salva graças a chegada da cavalaria, anunciar o compromisso de usar tudo que tem[viii]: disponibilizou imensas quantidades de dólares para os mercados financeiros que, a partir daí, iniciaram um movimento de alta para novos recordes de volatilidade, até que o preço das ações voltassem a níveis próximos aos anteriores.

A injeção monetária promovida pelo FED seguiu atraindo para o setor financeiro um maior pedaço do bolo de valor disputado com demais setores produtores (industrial, comercial, serviços, agricultura) e apropriadores (impostos, rendas) de mais-valia, dos EUA e de outros países.

É espantosa a manutenção dos altos níveis de preços e lucros nos mercados financeiros ao mesmo tempo que em poucas semanas os EUA ultrapassaram o número recorde de 30 milhões de desempregados que segue aumentando por lá e no mundo inteiro. Neste caso o negacionismo se apresenta como patologia psicossocial.

Em meio à crise econômica em que caem brusca e simultâneamente a oferta e a demanda aumenta as disputas pelos mercados e os oligopólios avançam. É icônico o caso da Amazon, mas não é o único. Os processos clássicos de centralização e concentração de capital que, nesta crise, partiram já de um altíssimo nível de concentração mundial de riquezas e poderes[ix] alcançam novas culminâncias. Inúmeras empresas sofrem perdas importantes. A crise econômica desestabiliza as sociedades e ameaça a todos.

As crescentes necessidades por serviços de saúde e outros serviços sociais, evidenciam no interior dos países seu subdimensionamento e inadequação para lidar com os novos problemas sobrepostos aos antigos. Múltiplas tensões sociais se abatem sobre os Estados Nacionais e os governos, em suas instâncias políticas, representativas, operacionais, administrativas, judiciárias, fiscais, econômicas em todos os níveis, apesar de também, crescerem os gestos e manifestações de solidariedade e a consciência da necessidade de colaboração.

A mitologia do “livre mercado” mostra-se vazia: não existe Estado Nacional sem mercado, nem vice-versa. O grosso do comércio mundial é feito pelas corporações apoiadas em Estados Nacionais.

No campo da análise econômica, o negacionismo continua presente no 2º trimestre de 2020, quando se discute qual a letra que melhor representaria a ansiada recuperação econômica pós-COVID-19. No início do primeiro trimestre tinha-se como certo que a crise seria apenas um pequeno vale numa grande curva. Usaram-se, sucessivamente, as letras V, U, e L, para indicar quão rápida ou lentamente, seria a retomada. À medida que a gravidade dos fatos derrubava índices que já vinham indicando problemas em anos anteriores, foi se impondo a letra I, a queda livre, o poço sem fundo e o limite raso com que a teoria econômica dominante explica os problemas.

Junto com a injeção de moeda nos mercados financeiros e no atendimento de demandas setoriais vem ao proscênio a discussão sobre uma Moderna Teoria Monetária (MMT, Modern Monetary Theory) em que sob verniz científico, técnico e acadêmico, defendem-se teses que favorecem o financiamento dos déficits fiscais mediante a impressão de papel-moeda contrariando ortodoxia de longa data. Nesta polêmica intervém os interesses servidos (ou contrariados) pela ação dos governos e suas autoridades monetárias com ações que tem grandes impacto a curto, médio e longo prazo.

No plano da economia política global vai ficando nítido um comportamento dos EUA que agride a institucionalidade internacional, construída sob a hegemonia dos Acordos de Bretton Woods, no crepúsculo da guerra que terminou em 1945. Parece que à velha águia não mais lhe servem as instituições multilateralizadas em que sua postura egoísta (“America First”) corroeu um softpower, que já foi mais respeitado, e um dólar que perde valor (apesar das aparências em contrário).

Trump, de olho nas eleições impõe um tom agressivo ao seu discurso exacerbando conflitos comerciais, especialmente com a China a quem responsabiliza pelo vírus, criminaliza sua tecnologia e, em especial, a Huawei[x]. Atropela os bons modos no tratamento entre nações. Inviabiliza a Organização Mundial do Comércio pela não nomeação de árbitros para disputas. Grande parte do comércio mundial circula pelos mares e os EUA fazem movimentos provocativos de sua frota naval no Mar do Sul da China, no Estreito de Ormuz (em frente ao Irã por onde circula 30% do petróleo comercializado internacionalmente), no Báltico, no Caribe, a lembrar um período anterior da História do Imperialismo, em que a Inglaterra impunha a lei da rainha da Inglaterra nos oceanos. A belicosidade aumenta muito rapidamente[xi]. Trump ataca a OMS e sugere uma OMS paralela. E, assim por diante, tenta desviar de si a responsabilidade pelos problemas enfrentados pelo eleitorado e busca bodes expiatórios simplistas e falsos para os problemas que se agravam. Ontem foram os imigrantes a serem contidos por muros. Hoje, a cloroquina e a luta contra a China.

As ameaças às condições de vida de grandes contingentes humanos e a necessidade de reestruturar a sociedade para enfrentá-las se expressam em luta política que tem nos EUA uma grande tradição. É significativo que nas primárias presidenciais tenha reaparecido com força a bandeira do socialismo levantada pelo velho Bernie Sanders obteve forte ressonância na juventude, entre imigrantes e em outros setores.

Seja quem for o vencedor não haverá “volta à normalidade”, no sentido daquela sociedade que conhecíamos antes da COVID-19 e da crise econômica que ela potencializou. Uma “nova normalidade” vem emergindo.

Graves consequências virão do negacionismo das autoridades políticas e econômicas, embora não seja possível prever nem quando, nem como, nem quais, exatamente.

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Na ótica da Economia Política, trata-se de uma crise capitalista clássica, em que estão presentes e são cientificamente evidentes as características identificadas por Marx & Engels, há mais de 150 anos.

A realização da tendência declinante da taxa média de lucro apresentada em “O Capital” – com base nas observações feitas até o século XIX – é a essência da crise capitalista, o resultado inevitável de uma sociedade dividida em classes, em que o objetivo da produção econômica é atender a necessidade de lucros dos proprietários dos meios de produção. O capitalismo é um sistema que por características intrínsecas, independentemente de considerações éticas e morais, sofre repetitivamente de crises que os Estados capitalistas não conseguem evitar como ficou abundantemente demonstrado ao longo da história e está a se demonstrar, novamente, agora.

Eric Hobsbawm, prolífico autor marxista, periodizou as etapas do capitalismo em suas obras Era das Revoluções (1789-1848), Era do Capital (1848-1875), Era dos Impérios (1875-1914) e Era dos Extremos, que concluiu com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (1991). Decorridos 30 anos deste evento, estamos agora em meio a novo período de inflexão, cujos resultados não estão pré-determinados e serão moldados pela ação humana sobre a situação existente.

A crise do COVID-19 foi a gota que fez transbordar o copo de problemas mundiais em que se evidenciam as limitações das atuais estruturas para lidar com problemas sanitários, climáticos, ambientais e da miséria em que vive a maioria da humanidade, entre outros. Podemos estar vivendo o epílogo de um capítulo que algum historiador do futuro, poderá chamar: “O fim da pré-história humana”[xii] após o que terá início uma etapa em que terão primazia o bem comum e os processos conscientes.

Nas palavras do velho Marx: “As relações de produção burguesas são a última forma antagónica do processo social da produção, antagónica não no sentido de antagonismo individual, mas de um antagonismo que decorre das condições sociais da vida dos indivíduos; mas as forças produtivas que se desenvolvem no seio da sociedade burguesa criam, ao mesmo tempo, as condições materiais para a resolução deste antagonismo. Com esta formação social encerra-se, por isso, a pré-história da sociedade humana”.

*Roberto Regensteiner é professor e consultor em Gestão & Tecnologia de Informação.

  1. S. Agradeço ao Prof. Dr. (e amigo) Paulo Capel Narvai por sugestões e comentários que melhoraram o texto

Notas

[i] https://www.imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2020/04/14/weo-april-2020, “In a baseline scenario, which assumes that the pandemic fades in the second half of 2020”.

[ii] “A volatilidade nas cotações entre moedas e preços das mercadorias vai aumentar impactando os mercados financeiros, provocando outras crises cambiais, grandes deslocamentos de valores econômicos, aumento na agressividade comercial e nos atritos políticos e militares” cf Regensteiner,R. https://aterraeredonda.com.br/a-geopolitica-do-dolar/. 21/2/2020.

[iii] “Growth was weak but stabilising until the coronavirus Covid-19 hit … The impact on the rest of the world through business travel and tourism, supply chains, commodities and lower confidence is growing.” in https://www.oecd.org/economic-outlook/  em 2/3/2020:

[iv] “As China accounts for 17% of global GDP, 11% of world trade, 9% of global tourism and over 40% of global demand of some commodities, negative spillovers to the rest of the world are sizeable” in https://oecdecoscope.blog/2020/03/02/tackling-the-fallout-from-the-coronavirus/

[v] V. https://jornalggn.com.br/artigos/a-china-e-a-pandemia-do-covid-19-das-medidas-de-contencao-a-estrategia-global-por-valeria-lopes-ribeiro/

[vi] https://www.bbc.com/news/world-us-canada-51846923 e https://www.theguardian.com/business/live/2020/mar/12/stock-markets-tumble-trump-europe-travel-ban-ecb-christine-lagarde-business-live?page=with:block-5e6a60c08f085f0b8d9474fc#block-5e6a60c08f085f0b8d9474fc

[vii] Saliente-se que nos EUA o processo foi muito mais errático e menos organizado, do que se viu na China, onde os entes federados, coordenados pelo PCC se solidarizaram no combate à pandemia. Os resultados comparativos em número de infectados, de mortos, de controle da pandemia falam por si mesmos, A isto some-se que o tempo que a China levou para se planejar deveria ser adicionado ao tempo que os demais países tiveram para se preparar antes que o vírus os atingisse.

[viii] O comunicado começa com “The Federal Reserve is committed to using its full range of tools to support households, businesses, and the U.S. economy overall in this challenging time.” E somados todos os valores disponibilizados resultam em pelo menos US$ 1,3 trilhões de munição, um novo recorde na modalidade. In https://www.federalreserve.gov/newsevents/pressreleases/monetary20200323b.htm

[ix] Como bem mostrou o Professor Dowbor, em A-ERA-DO-CAPITAL-IMPRODUTIVO, 2017, tendo por referência um estudo da ETH-Zurich, de 2011, há um núcleo de poder corporativo internacional em que menos de mil pessoas controlavam cerca de 147 empresas transnacionais. Estas, por sua vez, controlavam 40% de toda a rede de 43 mil corporações internacionais mais importantes.

[x] https://www.washingtonpost.com/national-security/trump-administration-moves-against-chinese-telecom-firms-citing-national-security/2020/04/10/33532492-7b24-11ea-9bee-c5bf9d2e3288_story.html

[xi] “…o anúncio recente de uma “mudança operacional” promovida simultaneamente pelas Forças Armadas norte-americanas e russas. Em primeiro lugar, o governo dos EUA anunciou que já havia tornado operacional o uso de uma bomba nuclear de “baixa intensidade”, com uma potência equivalente a um terço da bomba de Hiroshima (5 kilotons)…, a nova arma, W76-2, seria instalada nos mísseis Trident utilizados pelos 14 submarinos USS Tennesse da frota americana, e poderia ser utilizada pelas Forças Armadas norte-americanas no caso de conflitos ou guerras “limitadas” ou “regionais”. Em seguida, os EUA anunciaram um exercício militar com simulação de uma guerra nuclear limitada contra a Rússia. E foi como resposta a esse anúncio, e em particular a esse exercício militar americano, que a porta-voz do Departamento de Assuntos Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, declarou que a Rússia responderia com um ataque nuclear maciço contra os Estados Unidos caso algum submarino americano fizesse qualquer tipo de lançamento de míssil, independentemente de este carregar ogivas atômicas ou não. A partir desse momento, a prática do “bullying militar” contra países considerados adversários ou estratégicos, por parte dos Estados Unidos, transformou-se num jogo extremamente perigoso. Não é difícil de calcular as consequências dessa simples “mudança operacional” num mundo em plena transformação provocada por sua “saturação sistêmica” e “fragmentação ética” sem contar com qualquer tipo de instituição, autoridade ou poder capaz de arbitrar divergências, e sem nenhum tipo de liderança com legitimidade universal. Num mundo como este, esgotada a diplomacia, só restam as armas e a partir de agora qualquer falha involuntária ou erro de cálculo pode transformar um conflito regional numa catástrofe de grandes proporções. Isto vale para o Golfo Pérsico, bem como para o Mar do Sul da China, e também para o Caribe, dada a disputa entre os Estados Unidos e a Venezuela que envolve ainda os interesses econômicos da China e a proteção militar da Rússia.” In Fiori e Nozaki, https://aterraeredonda.com.br/escalada-militar-na-pandemia/, 15/5/2020

[xii] Marx, Para a Crítica da Economia Política.

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