Por ALICE ITANI*
A guerra está presente na cultura russa. E pode ser compreendida ao ler os muitos períodos de invasão, conflitos e guerras vividos, ao longo da história, seja por território, seja por ambição sobre os recursos naturais
1.
9 de maio às 10h00 os sinos da Catedral de São Basílio tocam, ressoando sobre as cinco cúpulas com quatro domos coloridos representando chamas subindo para o céu. Essa estrutura bizantina do século XVI inicia a celebração dos 80 anos do “Dia da Vitória” seguida por uma emocionante homenagem aos soldados que tombaram na guerra, no Jardim de Alexandre, e uma longa e excepcional parada militar.
Uma visita para celebrar, na praça Vermelha, juntamente com os russos, foi também uma homenagem aos que aí tombaram na Segunda Guerra Mundial, uma vitória que foi também a do mundo sobre os nazistas. Foi a guerra mais sangrenta da história, com mais de 85 milhões de mortos.
Somente a União Soviética perdeu cerca de 27 milhões de pessoas, que representou entre 10 e 17% da população da época, como no caso da Lituânia e da Polônia. Uma parte tombou na frente das batalhas e, a outra, no suporte a elas como aos efeitos da guerra, expostas às bombas, às doenças e à fome. Somente as doenças e a fome derrubaram mais de nove milhões.[i]
Foi uma guerra com muitas batalhas. Moscou, Leningrado atual São Petersburgo, e Stalingrado, hoje Volgogrado foram algumas das áreas estratégicas visadas por Hitler. A batalha de Moscou, era considerada uma etapa simples a ser realizada em quatro semanas, durou 4 meses. A batalha de Stalingrado durou 8 meses, configurando-se como um dos mais conflitos mais sangrentos da história e que marcou a virada para a vitória soviética sobre as tropas alemãs.
No cerco de Leningrado, considerado como certa a capitulação, não contou com a tenacidade do povo russo e a dos soviéticos durante quase 900 dias. Além da quantidade dos que tombaram, a destruição de infraestrutura, como redes de hospitais, de água, de energia, de casas, das construções.
Também foram infindáveis as destruições de rios e pontes, de todos os campos e plantações por onde as tropas nazistas passaram. E, a destruição de toneladas de matéria prima, energia combustível de guerra, água, recursos desses países envolvidos, naturais e minerais, por meio das fábricas e indústrias, os equipamentos, canhões, caminhões e, tanques.
Mas é somente no dia 9 de maio de 1945, após derrubada do exército de Hitler pelas tropas soviéticas em Berlim que se anunciou o fim da Segunda Guerra Mundial, denominada de “Grande Guerra Patriótica” e, a partir daí, a data passou a ser denominada como “Dia da Vitória”.
2.
A visita possibilitou sentir que a guerra está presente na cultura russa. E que pode ser compreendida ao ler os muitos períodos de invasão, conflitos e guerras vividos, ao longo da história, seja por território, seja por ambição sobre os recursos naturais. Essa cultura também pode ser apreendida ao ver e ouvir os materiais.
A memória da guerra está apresentada, dentre outros, por objetos, como tanques e instrumentos, fotos, documentos, diários, documentários, monumentos, placas e painéis. A memória dos fatos está, ainda, debulhada em dados, números, datas, como por imagens, nos documentos e construções.
Essa é uma história de Guerra Patriótica que não é somente sobre os feitos dos grandes generais. As homenagens aos que tombaram são muitas. Caminha-se por entre esses materiais com as histórias de personagens. Há muitas homenagens ao soldado desconhecido. Uma das primeiras visitadas é a do Memorial ao soldado desconhecido, no Jardim de Alexandre ao lado do Kremlin, com uma chama eterna, permanentemente velado por guardas.
O Memorial Mamayev Kurgan, no alto da colina de Mamayev em frente ao rio Volga, uma estátua de 85 metros, a “Mãe Pátria”, colossal pela grandeza como por evocar a esperança, por meio da imagem de uma deusa grega empunhando uma espada. É também uma homenagem aos dois milhões que tombaram na batalha de Stalingrado.
Abaixo dela, um museu da guerra, construção em forma arredondada, salão da Glória Guerreira, onde estão cinzas de cerca de 35 mil soldados desconhecidos, com uma listagem desses nomes. Ao centro, uma estátua significativa: uma mão segura uma tocha, permanentemente acesa, a “chama eterna”. Ao lado do museu, uma estátua de uma mãe pranteando o filho.
Muitas são também as homenagens a soldados como personagem. Um exemplo é o monumento nos arredores de Moscou, àqueles que conseguiram deter o avanço dos nazistas, derrubando cerca de 18 tanques. Num grande espaço aberto, o parque de Volokolamsk abriga 28 enormes estátuas dos soldados, conhecidos como guardas da divisão do general Panfilov. E, na entrada da vila a praça expõe bustos de muitos, cada um apresentado com seu nome, seus feitos e a divisão a que pertenciam.
A recuperação desses nomes bem como a instalação dessas placas identificatórias estão por toda parte. Na ala da Glória no Museu Central da Vitória podem ser vistas 11.800 placas cada uma com os nomes. Também um grande parque mantido permanentemente florido estão muitos conjuntos de grandes placas, onde constam os nomes de 500 mil tombados.
Pode-se sentir um pouco da dimensão do que foi o cerco de Leningrado ao ler os documentos da guerra e ouvir os documentários. E, ao ver o Memorial de Piskaryovskoye, a estátua da Mãe Pátria, uma homenagem aos 1,5 milhões que aí tombaram. O cerco pelos nazistas, tropas alemãs, finlandesas e italianas, entre 1941 e 1944, produziu uma das mais trágicas batalhas. Contudo, o que os nazistas consideravam como certo, a capitulação e a derrota, mesmo nesse longo período do cerco, Leningrado não se rendeu.
Os soldados à frente das batalhas dividiram a resistência com a população, mulheres, crianças e idosos, tanto no manejo de armas, na construção de trincheiras, na fabricação de armamentos, como na vigilância dos campos e plantações.
A alguns quilômetros ao norte de Leningrado, visualizam-se monumentos, à beira do lago Ladoga. As árvores, bétulas, pinheiros e carvalhos, com panos vermelhos amarrados, é a expressão da juventude russa e soviética. No entanto, foi ali que se pode ver o que a audácia humana foi capaz para sobreviver ao cerco nazista, quando milhões de pessoas morriam de doenças, sede e fome.
Usando da capacidade tecnológica e muito trabalho foi construída, manualmente, durante o inverno, uma rota de barcos e depois de caminhões sobre o lago. Por ela se conseguiu transportar a partir do final de 1941, alimentos, remédios, combustíveis, pessoas, água fresca e munições. Inicialmente, o transporte foi efetuado por barco, depois por caminhões e, por último, foi construída uma via férrea de cerca de 15 km que possibilitou transportar por trem maior quantidade de materiais e suprimentos para a população. Eram necessários cerca de mil toneladas de suprimentos por dia.
3.
O cerco que durou quase 2 anos e meio, mesmo com os bombardeios aéreos nazistas, destruindo essa rota por diversas vezes, a estrada foi reconstruída. Até mesmo um oleoduto aquático de 35 km com 12 metros de profundidade sob o gelo foi construído, possibilitando transporte e energia para a localidade.
A rota funcionou noite e dia, contando com a ajuda da população, para que os caminhões pudessem transitar sem serem vistos. Os instrumentos eram os que possuíam, lampiões e outros. No verão, a rota derretia e era reconstruída, manualmente, a cada inverno. Tendo apenas essa rota única de abastecimento conseguiu-se assegurar a sobrevivência de parte da população, bem como evacuar cerca de 1,5 milhão de pessoas, incluindo doentes e feridos, cerca de 350 mil toneladas de materiais bem como transportar equipamentos de 86 fábricas.
Depois da guerra, essa rota passou a ser denominada de Estrada da Vida e, atualmente, faz parte do Patrimônio Mundial da Unesco. Há no entorno 7 monumentos, 46 postes memoriais e 56 marcos memoriais ao longo da linha ferroviária entre Estação Finlândia e o Ladoga. Pode-se sentir o calor da presença dessas vidas, diante do monumento dedicado às crianças, o da “flor da vida”.
O perfume envolve as pétalas, uma com o desenho de uma criança, e quatro com inscrições da letra da música infantil “que sempre exista o sol, que sempre exista o céu, que sempre exista a mãe, que sempre exista eu”. Pode-se ouvir o som da canção, sentir o odor que a flor exala, naquele que é mais que um monumento: ousa representar a resistência e o futuro.
E, num passo além, a dor se apresenta inexorável diante do memorial em homenagem a Tatyana Nikolayevna Savicheva. Um conjunto de lápides transcrevem as palavras das folhas do diário dessa garota de 10 anos, entre dezembro de 1941 e maio de 1942. Durante aquele cerco, ela narra as mortes dos membros da família, a maioria de sede e fome.
Cada folha do diário está estampada em uma lápide: “Zhenia morreu em 28 de dezembro às 12h30 de 1941. Avó morreu em 25 de janeiro às 3h. Leka morreu em 17 de março às 5h. Mamãe morreu em 13 de maio às 7h30. Savichevas morreram. Todos morreram. Restou apenas Tanya”. Esse diário foi recuperado após morte da garota aos 14 anos e que serviu de documento posteriormente para o julgamento de Nuremberg.
Até mesmo a guia turística não conteve as lágrimas ao apresentar esses monumentos. Em verdade, poucos documentos e monumentos podem trazer a memória com uma narrativa viva dessa tragédia humana, que possa celebrar a vida das vítimas do cerco, fazendo-as presentes no cotidiano das novas gerações.
Essa atenção com a memória da guerra representa também o valor atribuído àqueles que deram suas vidas para que outras pudessem viver em liberdade. E, essa memória serve como informação para o futuro, para a formação das novas gerações. Os 80 anos são poucos para tecer as diversas camadas, diante da densidade dessa tragédia que esses povos viveram. Somos muito agradecidas e agradecidos pelo que apreendemos e aprendemos no curso dessa visita. E que muitos desconheciam.
Ler e ver documentos sobre a perda de vidas, humanas, animais e plantações, além da destruição material do território russo dependeu de um imenso trabalho de recuperação de documentos, imagens, dados levantados e analisados. E montagem desses materiais que pudessem ser apresentados como informações para serem transmitidas às outras gerações, com a dimensão que teve sobre os que a viveram e na forma como ela se desenrolou.
4.
Essa cultura presente na história pode apreendida pela materialidade que se apresenta ao adentrar pelos espaços visitados dentro do território russo, nos muitos parques, museus e praças, em Moscou, São Petersburgo/Leningrado, Stalingrado/Volgogrado. Muitos dos locais em que ocorreram as batalhas também transformados em parques, como os citados, além do Parque da Vitória em Moscou, Patriotic Park, com um enorme portal, um museu sobre a guerra, em semicírculo, de quase um kilômetro, circundando uma igreja ortodoxa, mostrando imensidão de materiais e documentos da Segunda Guerra, entre 1941 e 1945.
A visita ao “Dia da Vitória” foi a de conhecimento e também um reconhecimento de uma vitória do mundo sobre os nazistas, sempre ofuscada, para não dizer omitida, no Ocidente. Se a viagem à Rússia não estivesse, a princípio, no horizonte e, que tampouco tivéssemos nos organizado para a viagem, como seria usual, com bagagem sobre o idioma, sobretudo com leituras sobre a vida do país a ser visitado, o desembarque em Moscou mostrou o que somos: com restrita informação e memória.
O limitado repertório, a não ser um mapa e algumas leituras acessíveis como as de Tolstoi, Tchecov, Dostoiévski, Turgueniev, Nabokov, Maiakovski, Gorki, Grossman, Soljenitsin como também as recentes escritoras Tsvetaieva, Aleksiévitch e até mesmo as leituras apresentadas por Eisenstein, Tarkovsky, Sokhurov, alguma informação sobre a cultura, da alma soviética e russa, elas não foram, contudo, suficientes para possibilitar reconhecer num primeiro momento o “Dia da Vitória”.
5.
Contudo, não é somente a guerra que se encontra nessa cultura. Saindo do aeroporto direto para a praça Vermelha o visual é esplêndido. Chega-se no momento da troca de guardas no monumento ao soldado desconhecido. Caminhar tranquilamente pelas ruas da capital russa foi um prêmio. Tudo era diferente: uma temperatura mais fria, de 3 a 4 graus C, um idioma que não se domina, uma arquitetura diversa.
Em plena quinta feira, as pessoas caminham sem atropelos nas largas avenidas, um ruído citadino quase imperceptível. Ver e viver a vida cotidiana russa tanto em Moscou como em São Petersburgo, transcorrendo tranquilamente apesar do país estar em guerra, foi uma surpresa.
No primeiro dia de visita, ainda no jet leg, a busca por um café era inevitável, tanto para se aquecer um pouco, como para despertar. Entra-se numa galeria de um imenso prédio: a galeria Gum, ao lado do Kremlim. Era somente uma das alas de um grande prédio. Nessa ala, se abre uma passagem coberta por uma abóboda envidraçada com corredores adornados por flores.
As sofisticadas lojas de artigos de vestuário contradiziam o que muitos de nós imaginávamos dessa cidade. As fontes e os bancos da galeria apresentam também as possibilidades acima, com os três andares, igualmente floridos, com cafés e restaurantes. Subir para o terceiro andar, deparando-se com um café com um balcão envidraçado onde se podia ver o que havia: um hábito do café da manhã servido com café, chá, pães, saladas de legumes e de frutas.
Um café, uma salada de legumes variados como beterraba, pepino, couve flor e cebola picados, um iogurte coberto com calda de frutas vermelhas num copo de vidro, uma torta de ricota, um bolinho arredondado de batata e um croissant coberto com amêndoas pode ser apreciado por um preço bom, o equivalente a trinta reais.
É início de primavera e Moscou se apresenta como uma cidade florida. A cidade está cheia de tulipas e amores perfeitos por toda parte. Todos os canteiros nos ofertam como um presente de boas vindas! É uma cidade colorida! E, coisas que nem imaginávamos ver como prédios de grandes lojas de departamentos, hambúrguer e outros. A comida é uma boa surpresa, pela qualidade e pelo sabor, mesmo sendo do Cáucaso, sobretudo do Casaquistão.
O hotel onde nos hospedamos é um enorme edifício, em forma semicircular, o Cosmos construído para as Olimpíadas de 1980, com mais de 1.700 quartos. Abriga também um grande centro de convenções, um centro esportivo, quatro restaurantes, um deles panorâmico no 25o. andar, além de três cafés e bistrôs.
O edifício está voltado para o monumento aos Conquistadores do espaço, inaugurado em 1964, como uma escultura de 110 metros de altura, com um foguete na ponta, em titânio. Abaixo, o museu o da Cosmonáutica, tendo por estrela o primeiro cosmonauta a ir para o espaço, Yuri Gagarin, em 1961, dentro da capsula Vostok 1 com os materiais que compuseram a montagem daquela viagem.
O hotel Cosmos também está ao lado de um grande centro de exposições, o VDNKh e o complexo de exposições Sokolniki, o que permitiu caminhar e ver o movimento do cotidiano da cidade. E, o caminhar pelas ruas nos mostrou muitas crianças e jovens. Pode-se verificar por essa nova geração faz parte do circuito de informações dessa cultura. Encontrou-se, ao longo da visita, uma quantidade considerável de crianças e jovens, muitos grupos de escolares acompanhados de professores e professoras, nos museus, nos parques em que estão monumentos e memoriais, além das igrejas.
Essa presença infantil e juvenil também foi encontrada em eventos, como o desfile e parada militar. E, também em eventos culturais, como no concurso de danças e no festival de danças clássicas e regionais, com apresentações de danças e ginásticas rítmicas. Também impressionou a quantidade de crianças na platéia do espetáculo de balé, no enorme teatro no Kremlin.
O metrô é uma visita obrigatória para quem chega em Moscou, com quase 500 km de extensão, em torno de 280 estações, transportando cerca de 9 milhões de pessoas diariamente. É uma obra de engenharia e de sistemas, com construção a uma profundidade que chega a 80 metros, diante de questões de solo, e que serviu também de abrigo antiaéreo durante a guerra.
É também obra de arquitetura e arte, com estações que esbanjam beleza, verdadeiros palácios, com enormes arcos, lustres, mosaicos, pinturas de cenas da história russa, como o caso das estações Komsomolskaya, Mayakosvskaya, dentre outras.
6.
São Petersburgo, antiga Leningrado, surpreende pela densidade de sua beleza notadamente pelo que ela conta de sua história ao longo de seus espaços: praças, parques, museus e igrejas, que são muitos. A visita ao museu Hermitage, por exemplo, exige tempo.
A grandiosidade do prédio de 1764 construído por Catarina a Grande, sua residência de inverno e, após 1917 passou a museu. A imensidão do museu, com cerca de 3 milhões de obras, que justifica a quantidade de visitantes, que enfrentam enormes filas para entrar.
A dança é efetivamente parte da cultura russa como também a ginástica rítmica, juntamente com atividades esportivas. São realizadas em escolas públicas como nos múltiplos centros de danças. Como tradição milenar a dança está nas festividades, nos parques.
Puderam ser apreciadas desde as clássicas no teatro Bolshoi no Kremlim, no festival de danças regionais e concursos de danças no hotel Cosmos, em Moscou, com presença massiva de crianças e jovens. Também um espetáculo folclórico apresentado a nosso grupo no Palácio do Trabalhador em São Petersburgo.
Convive-se em Moscou como em São Petersburgo com belos cafés, uma variedade de mercados e grandes magazines, lojas de departamentos vendendo os mais diversos artigos provenientes dos mais variados lugares do mundo.
Foi gratificante vivenciar a calorosa receptividade aos visitantes vindos do Brasil. Na chegada pela estação ferroviária em São Petersburgo, fomos recebidos por um grupo de crianças com a camisa da seleção brasileira, foi emocionante e inesperado! Nos locais públicos referiam-se a Lula por ter visto na televisão e, ouvimos até mesmo, com surpresa, o refrão da campanha do Lula, na visita ao Palácio de Peterholf.
A visita ao “Dia da Vitória”, com todas as limitações temporais, possibilitou, obter informações que a maioria de nós desconhecia: o que significa essa vitória, o que ela significa para o povo russo, sobretudo quem foram os que efetivamente derrubaram os nazistas, os soviéticos e o povo russo, a quem atribuímos toda a legitimidade para celebrar e, com o respeito mundial. Para além da história das lutas pelo território e suas riquezas, povo que possui a generosidade por meio de suas maneiras de viver.[ii]
*Alice Itani é professora de sociologia na Unesp.
Notas
[i] Os dados do artigo foram extraídos de várias fontes, sobretudo da obra: O caminho da Vitória. De Moscou a Berlim, de Francisco Carlos Teixeira da Silva e Joao Claudio Plateniko Pitillo (orgs), Rio de Janeiro: ed. Dos autores, 2025.
[ii] Contou-se com a colaboração de Ricardo Rausse que fez algumas correções no texto e Gustavo Leal que trouxe informações mais precisas dos locais visitados.
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