A Fundação Ford, Abdias, Florestan, o identitarismo

Imagem: Regina Silveira
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Por MÁRIO MAESTRI*

Resposta à crítica de Ronaldo Tadeu de Souza

Por décadas, me dediquei profissionalmente ao estudo da escravidão colonial brasileira e da África Negra pré-colonial, abordando marginalmente o “racialismo-identitarismo negro”. Nos anos 1990, com minha companheira, a linguista italiana Florence Carboni, empreendi campanha sistemática de desconstrução do “identitarismo ítalo-rio-grandense”, de viés anti-brasileiro, racista e neo-fascista, então forte nas classes médias da Região Colonial Italiana do RS. [CARBONI & MAESTRI, 1999.]

Nos últimos anos, quando o identitarismo homogeneizou o movimento negro de classe média e a maioria das organizações políticas brasileiras se propondo marxistas, abordei essa questão em um ensaio e diversos artigos. [MAESTRI, 31.10.2020; 2503.2017.] Em de 27 de dezembro de 2022, publiquei no site A Terra é Redonda, o comentário “A questão negra: a Fundação Ford e a Guerra Fria”, sobre o magnífico trabalho de Wanderson Chaves, A questão negra: a Fundação Ford e a Guerra Fria (1950-1970).

Minha resenha foi objeto de crítica de Ronaldo Tadeu de Souza, “A Fundação Ford e o identitarismo negro”, de 4 de janeiro de 2023, igualmente publicado em A Terra é Redonda. Lamentavelmente, meu crítico mantém absoluto silêncio sobre o importante livro de Wanderson Chaves. Em vez da mensagem, preferiu atacar o mensageiro.

 

Cinco considerações

Iniciando resposta às “cinco considerações críticas” de Ronaldo Tadeu de Souza, registro a minha discordância da proposta de domínio de “elite branca” sobre a população negra. O capital não tem cor. E, se aquela formulação, nas décadas passadas, resvalava sobre a essência do fenômeno, sem descrever sua essência, hoje se esvaziou ainda mais de sentido, com o crescente domínio mundial do capital não-ocidental – chinês, japonês, médio-oriental, indiano, etc.

Também reconheço o direito da “classe média negra” – ou branca – de lutar para ascender socialmente, participar do ajantarado dos privilegiados. Discordo apenas que ela se apresente como Prometeu dos subalternizados, propondo suas reivindicações singulares como próprias às classes exploradas, que vão seguir com a ração de feijão, arroz e massa, a não ser quando até esta falta.

Reconheço a necessidade de combater sem trégua a chaga racista e os racistas. Mas discordo que seu peso oprima a população de forte afroascendência e pardos e mulatos tidos e confundidos como brancos, sobretudo se endinheirados. Essa proposta é crassa injustiça para com os que sofrem efetivamente o peso duro do racismo.

 

Marighella órfão de pai presente

Para o Brasil, a afirmação de serem negros todos os que não são brancos giz é arbitrariedade política oportunista que reproduz a norma execrável ianque de não ser branco quem tem “uma gota de sangue” negro – “One-drop rule”. Sandice que inventou um Marighella negro, totalmente órfão de pai italiano presente. [MAESTRI, 7.7.2021.] O racismo é questão demasiadamente séria para ser manipulada com objetivos político-ideológicos.

Diria em defesa ao meu estilo, criticado por Ronaldo Tadeu de Souza, que tento me afastar da enfadonha e pernóstica narrativa acadêmica. Tento. Se consigo, não sei. E ele é também desvio profissional de passagem pelo jornalismo profissional, como correspondente internacional em Milão, quando aprendi que temos que escrever para sermos lidos e não para impressionar colegas e alimentar o insaciável Lattes.

Não vejo impertinência em minha definição de Brizola como o “pai branco” de Abdias do Nascimento, que desembarcou no Brasil, em fins dos anos 1970, se dizendo refugiado nos EUA e disparando sobre a esquerda e militantes marxistas que tentavam se organizar, ainda sob a ditadura militar, depois de décadas de duríssima repressão.

 

Quilombola ou capitão-do-mato?

Após conclamar a população negra a uma “guerra racial” e propor que o “fator raça” permanecia, “irredutivelmente, como fundamental contradição dentro da sociedade brasileira”, Abdias se aninhou confortavelmente no PDT, sob a asa do caudilho sulino, pra lá de branco, que lhe assegurou carreira parlamentar de candidato eternamente sem voto. Daí minha licença artística ao denominar Brizola de pai [político] branco de Abdias do Nascimento. [MAESTRI, 2021: p. 150.]

Ronaldo Tadeu de Souza serve-se incorretamente da história. Abdias do Nascimento está mais para Roman Malinovsky (1876 – 1918) do movimento negro, do que para a dupla Zinoviev-Kamenev, que ameaçou o assalto dos trabalhadores russos ao poder, em 1917. Apesar disso, ambos dedicaram a vida à emancipação dos trabalhadores, razão pela qual foram assassinados pelo stalinismo. Não é, portanto, pertinente, a aproximação.

Nos anos 1970, ao disparar sobre a esquerda, juntando-se nessa operação à ditadura militar, Abdias do Nascimento passou a dizer respeito a todo o movimento social, não apenas ao movimento negro, como propõe Ronaldo Tadeu de Souza. Naqueles anos, Adias do Nascimento afirmava que marxistas e socialistas brasileiros teriam participado “ativamente ou por omissão, no processo de liquidação da raça negra […].” Em 1982, resenhando um seu livro, o defini como capitão-do-mato e não como quilombola, por lançar água ao moinho da direita e do imperialismo. [MAESTRI, 2021: p. 149-154.]

 

Dividindo os explorados

Em minha resenha criticada por Ronaldo Tadeu de Souza, propus o identitarismo como “autismo negro”, devido à sua defesa de organização autônoma e oposta aos demais explorados, apontados estes últimos, quando brancos, como exploradores dos afrodescendentes. Uma acusação que ofende multidões de explorados não negros. Explorados brancos relativamente superiores, em números absolutos, aos oprimidos negros, que são, porém, relativamente mais numerosos, visto a sua participação menor na população nacional. “O IBGE pesquisa a cor ou raça da população brasileira com base na autodeclaração. “De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) 2021, 43,0% dos brasileiros se declararam como brancos, 47,0% como pardos e 9,1% como pretos.”

É inaceitável aproximar Abdias do Nascimento e Florestan Fernandes, destacado intelectual progressista não marxista. Referi-me a ele apenas devido à minha surpresa para com sua importância, e de seu livro Integração do negro na sociedade de classes, de 1964, na discussão promovida pelo imperialismo sobre suas políticas para os negros estadunidenses e brasileiros, sobretudo.

Fatos revelados, sempre apoiados em rica documentação, nas últimas partes no livro referencial de Wanderson Chaves, que se refere, também, entre outros, à participação de Fernando Henrique Cardoso e a Roger Bastide naquela discussão e elaboração. [WANDERSON, 2019.] Talvez a contribuição fundacional de Florestan Fernandes nas propostas identitárias negras explique a má vontade, lembrada por Ronaldo Tadeu de Souza, de direções do movimento negro para com o conhecido sociólogo paulista.

 

Escravidão e genocídio

Ignorava a dimensão dessa realidade, pois li Integração do negro superficialmente, há décadas, ao pesquisar a escravidão colonial. Ao contrário, estudei com vagar a abordagem do autor das comunidades do litoral brasílico nos séculos XVI e XVII, quando preparava livro sobre a escravidão e o genocídio das populações tupinambás naquelas regiões e tempos. [MAESTRI, 2013.] Abordagem de Florestan Fernandes deste tema também segue a orientação funcionalista e weberiana. A mesma orientação que norteou seu livro A revolução burguesa no Brasil, de 1974. [ MAESTRI, 1997.]

É injustiça e incorreção crassas definir Florestan Fernandes como o “único” intelectual branco no Brasil que “até sua morte esteve do lado das causas do povo negro trabalhador”. Sua visão epistemológica levou-o a negar, sempre, o trabalhador escravizado como categoria analítica central do devir da antiga formação social brasileira. Ao contrário do que propuseram, anteriormente, em forma pioneira, os cancelados Clóvis Moura e Benjamin Péret, nos anos 1950. [MAESTRI, 2022: 271-280.]

Florestan Fernandes atrasou a leitura do nosso passado de um ponto de vista das classes trabalhadoras, ao negar seu caráter escravista, a centralidade do trabalhador escravizado, o sentido da revolução abolicionista, em leituras muito próximas às de Gilberto Freyre. Ao contrário do que ele, não poucos cientistas sociais magníficos avançaram aquela compreensão como, entre outros, Emilia Viotti da Costa, Jacob Gorender, Décio Freitas, Benjamin Péret, Robert Conrad, Vicente Salles, José Alípio Goulart.

 

Caráter inovador

Construí minha avaliação de Florestan Fernandes e da chamada Escola Paulista de Sociologia, no que diz respeito à escravidão e à formação social brasileira, através de meio século de investigação, apresentada em dezenas de livros, no Brasil e no exterior, tendo como referência a centralidade da oposição entre escravizados e escravizadores. Uma visão que muito devo a saudosos mestres, amigos e camaradas como Jacob Gorender, Clóvis Moura, Manoel Correia de Andrade. Entretanto, corrigirei essa leitura, se me comprovarem ser incorreta. A adjetivação de minhas propostas como meras alcunhas sem sentido, visões esotéricas inconvenientes, apreciações ligeiras e impressionistas etc. era desnecessária, pois a abundância superlativa de adjetivo sugere apenas falta de argumentos.

Ronaldo Tadeu de Souza nega o caráter inovador do trabalho magnífico de Wanderson Chaves, na descrição da gênese, construção, consolidação e difusão das políticas imperialistas para o movimento negro, propondo que, no geral, havia consciência difusa sobre tal realidade, para ele, de menor importância. Certo, muito difusa, imprecisa, e jamais particularização. Foi Wanderson Chaves que deu o nome a bois internacionais e jegues tupiniquins, descrevendo minuciosamente a operação imperialista no período que estudou, de 1950 a 1970. Imaginem o que vai encontrar, se avançar cronologicamente sua investigação!

E não foi, como sugere Ronaldo Tadeu de Souza, de financiamento meio errático, distribuindo dinheiro entre intelectuais de direita, de centro e de esquerda. Desde o início, tratou-se de operação portentosa, meticulosa e milionária com o objetivo de atacar o marxismo, o socialismo, a revolução. Ou seja, o mundo do trabalho, em sua totalidade. A benevolência com que Ronaldo Tadeu de Souza trata essa operação raia à defesa da ação Ford-imperialismo ou a proposta de sua inexistência, o que não é certamente a intenção do colega.

 

Vendendo a alma

Discordo da justificativa de eventual rebaixamento moral e político de intelectuais negros nos anos 1970, devido às poucas oportunidades de que dispunham. Clóvis Moura apesar de seu desgosto de jamais ter sido chamado para presidir a Fundação Palmares, como merecia, e de, nos seus últimos anos, praticamente não contar com publicações para expressar-se, como me comentou diversas vezes, à excessão das do MST, nunca pediu perdão pela adesão ao marxismo militante que realizou quando jovem, razão do cancelamento que conhecia. Nunca teve e nunca aceitou “pai branco”.

Quanto à “pimenta no rabo” a que se refere Ronaldo Tadeu de Souza, ou seja, que critico desde a sombra os que estavam sofrendo no sol, lembro ao colega que pertenci a geração que conheceu a malagueta ardida, em sabores e quantidades diversas, procurando não arrenegar. E não se tratava apenas de ter onde escrever, de como aparecer e de conhecer o lado gostoso da vida. Em 1982, ao criticar Abdias do Nascimento, minha companheira, meu filho pequeno e eu continuávamos sendo assediados pela ditadura. De 1967 a 1985, fui cassado e caçado diversas vezes. Ossos do ofício. É direito de intelectuais de todas as pelagens venderem a alma, com nível variado de consciência, para obterem avanços pessoais, pequenos a grandes. São os militantes de si mesmo, comportamento estranhamente defendido pelo “identitarismo negro” de classe média.

Muitas propostas que o colega me impugna, são de Wanderson Chaves, no seu livro fortemente documentado, produto de dez anos de pesquisa, em boa parte nos arquivos ianques. E aquele autor não realiza julgamentos de valores. Apenas afirma e comprova. Reafirmo que, por longos anos, investiguei amplamente a escravidão colonial e, em menor grau, a África negra pré-colonial, e não as relações raciais. Recomendo, portanto, vivamente ao meu colega e a todos a leitura desse livro magnífico citado.

 

Trabalho e emancipação social

Acredito, como me acusa Ronaldo Tadeu de Souza, que todas as formas duras de discriminação nasceram e apoiam-se na exploração impulsionada pelas classes dominantes. E que a superação tendencial das mesmas é possível apenas através da luta pela emancipação social. Sempre sob a direção das classes proletárias e operárias, devido às suas características essenciais. Elas, ao contrário das classes médias, para libertarem-se, devem emancipar todas as demais classes, pondo fim à exploração. Por isso, são as classes perigosas, temidas pelos donos da riqueza e do poder.

Como também acredito que a mobilização do bloco político-social comandado pelas classes revolucionárias necessite abraçar o combate, no aqui e no agora, de todas as formas de discriminação, de raça, gênero, sexo, etc. Sem jamais deixar de ter como objetivo central e permanente a luta pela socialização do grande capital e da grande propriedade. Pois são estes os elementos estruturantes e estruturais do domínio das classes dominantes e não, logicamente, a questão racial.

O racismo que agonia as grandes massas negras deve ser combatido diuturnamente, pois é uma violência permanentemente dolorosa. Mas as reivindicações mais candentes das populações negras – e brancas –, e ignoradas pelo “identitarismo” de classe média, são de ordem material, em um sentido amplo do termo – salário, saúde, saneamento, educação, moradia, lazer, segurança. O racismo fere fundo. A fome, o desemprego, o abandono, a insegurança, ao contrário, mata.

O imperialismo e o grande capital enfatizam as oposições de “raça” precisamente para enfraquecer as reivindicações materiais unitárias e universais dos oprimidos, que põem em cheque sua base de dominação. Se não fosse por isso, por que, nos últimos tempos, o grande capital passou a defender o “racismo estrutural” como o alfa e o ômega de todas as questões sociais, enquanto, décadas antes, defendia a inexistência do racismo e a “democracia racial”? [MAESTRI, 07/04/2021.]

 

Programa para os marginalizados negros

Vivemos nesse momento corrida desenfreada para a nomeação de homens e mulheres negros identitários no governo de Lula-Alckmin. Mas não se ouve entre essas lideranças – e no novo governo – uma só palavra denunciando o salário mínimo aviltante que literalmente esmaga uma imensa maioria dos trabalhadores negros, formais, informais, aposentados. E o governo vacila, agora, em conceder o vergonhoso aumento prometido de vinte reais! E depois reclamam que os trabalhadores não saem às ruas em defesa da administração Lula-Alckmin.

Não há, igualmente, entre essas lideranças identitárias negras a exigência peremptória de libertação das multidões de negros e negras aprisionados em condições terríveis, na tentativa das classes dominantes de sufocar a violência produzida pela miséria através da repressão e da prisão dos miseráveis. Não se levanta essa reivindicação por que conhece um enorme rechaço entre as classes médias de todas as colorações.

Essas e outras reivindicações semelhantes eram apresentadas no programa dos Panteras Negras, direção que, naqueles anos, expressava os segmentos negros populares e proletários estadunidenses. E, por isso, foram massacrados pelo mesmo imperialismo ianque que gentilmente financiou e financia todos aqueles que se colocam em forma surda ou gritante ao seu serviço.

 

Os de cima e os de baixo

Levanto-me, portanto, apenas, contra as propostas paridas e embaladas pelo imperialismo e pelo grande capital. Propostas hoje materializadas nos programas identitários, no que diz respeito à comunidade negra. Identitarismo que avança, como proposto, reivindicações próprias às classes médias com alguma afroascendência, propondo serem comuns às grandes massas exploradas negras. Enquanto se reservam algumas vagas nas universidades públicas, que não custam um mil-réis ao Estado e ao capital, a imensa maioria da juventude negra, parda e branca pobre nem sabe onde se encontram e para que servem as instituições universitárias superiores.

Como nos EUA, no Brasil, as propostas e programas do identitarismo negro consolidam a ordem capitalista e desorganizam o já frágil mundo do trabalho, aqui e lá. Hoje, as populações exploradas e marginalizadas, e não apenas as negras, encontram-se sem direção e sem programa, abandonadas à sua sorte. Necessitam construir vanguardas próprias que avancem materializando seus programas gerais e particulares na luta pela necessária emancipação social, em um mundo que se afunda na barbárie.

No final de seu texto, Ronaldo Tadeu de Souza se pergunta o que quero. E responde estranhamente que procuro “ser apenas o Mário Maestri”. O que me soou como elogio. Quero sim, ser, em 2023, quando já jogo no segundo tempo minha partida final do campeonato, ser o Mário Maestri que, em 1967, muito mais duro, puro e afoito do que hoje, abraçou, um pouco inconsciente, a luta por um mundo em que o homem fosse amigo do homem. Branco, pardo, negro.

*Mário Maestri é historiador. Autor, entre outros livros, de Filhos de Cã, filhos do cão. O trabalhador escravizado na historiografia brasileira (FCM Editora).

Referências


CARBONI, F. & MAESTRI, Mário . “Mi son talian grassie a dio!”Globalização, nacionalidade e identidade étnica e irredentismo lingüístico na região colonial italiana do RS. in: CENTRO DE ESTUDOS MARXISTA. (org.). Fios de Ariadne. Passo Fundo: Upf Editora, 1999, p. 409-464.

MAESTRI, Mário. “Florestan Fernandes: o olhar de um socialista revolucionário sobre a Revolução Burguesa no Brasil.” Idéias, UNICAMP, Campinas, 4(1/2): 81-98, jan./dez., 1997

CHAVES, Wanderson. A questão negra: a Fundação Ford e a Guerra Fria (1950-1970). Curitiba, Apris, 2019, 296 págs.

MAESTRI, Mário. “Pintaram Marighella de preto! O identitarismo e a manipulação da história e das consciências”. A Terra é Redonda. 07.07.2021.

MAESTRI, Mário. Abdias do Nascimento: Quilombola ou Capitão-do-Mato? Ensaios de interpretação marxista sobre a política racialista para o Brasil. 2 ed. Porto Alegre: FCM Editora, 2021.

MAESTRI, Mário. Os Senhores do Litoral: Conquista portuguesa e agonia tupinamba no litoral brasílico. Século XVI. 3 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2013.

MAESTRI, Mário. “O racismo não é estrutural”. A Terra é Redonda. 07/04/2021. https://aterraeredonda.com.br/o-racismo-nao-e-estrutural/?doing_wp_cron=1643562198.8173611164093017578125

MAESTRI, Mário. “O identitarismo negro está comendo a esquerda por uma perna”,.Contrapoder.net, 31 de outubro de 2020. https://contrapoder.net/colunas/o-identitarismo-negro-esta-comendo-a-esquerda-por-uma-perna/

MAESTRI, Mário. “A Guerra dos Turbantes”. Porto Alegre, Sul21, 25 de fevereiro de 2017.

MAESTRI, Mário. Filhos de Cã, filhos do cão: o trabalhador escravizado na historiografia brasileira: ensaio de interpretação marxista. Porto Alegre: FCM Editora, 2022.

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