Anon

Zulema Malky, O renascimento do oxímoro, 2016
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Por BRENDA R. SILVER*

Introdução ao livro recém editado de Virginia Woolf

Em 12 de setembro de 1940, Virginia Woolf registrou em seu diário que, enquanto colhia amoras-pretas, ela “concebera, ou refizera, uma ideia para um livro sobre a história comum – para ser lido desde o início da literatura, incluindo a biografia; e explorar à vontade, consecutivamente”. Em 14 de setembro, ela registrou que “começaria seu novo livro, lendo Ifor Evans, 6 pênis, Penguin”; e, no dia 17, ela foi à Biblioteca Pública para procurar uma história da literatura inglesa.

No dia seguinte, usando um novo caderno de notas, ela escreveu “Lendo ao acaso/Notas” no topo da primeira página, datando-a “18 set/1940”, e começou a registrar ideias para um livro inicialmente intitulado Lendo ao acaso e, mais tarde, Virando a página. Até a data de sua morte, seis meses depois, Woolf tinha mais ou menos completado um ensaio introdutório, “Anon”, e tinha começado a trabalhar num segundo, provisoriamente intitulado “O leitor”. Apesar do estado inacabado desses ensaios – e da incerteza sobre a forma final do livro como um todo – restara material suficiente para sugerir quais eram as intenções de Woolf e para reproduzir seus textos.

Embora Woolf tivesse começado a falar sobre um novo livro crítico já em 1938, não há nenhum indício de que ela tivesse começado seriamente a planejar tal trabalho antes do outono de 1940. Em outubro de 1938, ela anotou em seu diário que estava considerando suas “inumeráveis notas para o T. L. S.” – supostamente as notas de leitura que ela fizera em preparação para os artigos no Times Literary Supplement e outros periódicos – “como material para algum tipo de livro crítico”, mas a forma e o conceito subjacente são incertos: “citações? comentários? estendendo-se por toda a literatura inglesa tal como eu a li e anotei durante os últimos 20 anos”.

Em abril de 1939, ela falava sobre ler Sévigné “por aquela rápida fusão de livros que eu almejo”, e, em março de 1940, ela mencionava seu desejo de ler “com muita calma para os C. Rs. [Common Readers]”. A referência ao título de suas obras críticas anteriores, O leitor comum (1925/1932), sugere aqui que o livro ainda não escrito iria seguir o antigo padrão: uma coleção de ensaios compostos especificamente para a nova obra ou revisados para ela a partir de uma versão já publicada.

Em setembro de 1940, entretanto, quando ela realmente começou a ler e a tomar notas para o “livro da história comum”, a ênfase era menos nos ensaios individuais do que na tarefa de arquitetar um formato que descrevesse a história da literatura inglesa como um contínuo.

Nesse meio tempo, ela estava envolvida no processo de concluir Entre os atos com seu pageant da literatura inglesa e com seu coro anônimo de peregrinos, costurando seu caminho por entre as diferentes épocas e com sua presença deixando uma cicatriz na terra mesmo depois de suas palavras terem desaparecido. “A ideia do livro”, afirma ela em seu primeiro apontamento em “Notas para ler ao acaso”, “é a de encontrar a ponta de um novelo e desenredá-lo.”

No segundo apontamento, datado de 3 de outubro, ela introduz a ideia do “instinto de criar canções”, e acrescenta: “Isso é a continuidade – o prolongamento de certas emoções sempre ativas: sempre sentidas pelas pessoas”.

Durante as oito semanas seguintes, o diário de Woolf registra, em pé de igualdade com o progresso de Pointz Hall, o título original de Entre os atos, um fluxo constante de leitura para o livro agora descrito como passar um fio de colar pela vida e pela literatura inglesa. Grande parte de sua leitura estava ligada ao plano de começar sua história como ela começara o pageant no romance – com as formas iniciais da literatura e da sociedade inglesa, e com os homens e as mulheres anônimos que as criaram.

Sabemos, por exemplo, que em 26 de outubro ela começou a ler A história da Inglaterra de G. M. Trevelyan, a obra que lhe forneceu as frases iniciais de Anon assim como lhe permitiu integrá-la, nesse período, ao “Esboço da História” da sra. Swithin no final de Entre os atos. Três semanas mais tarde, em 4 de novembro, ela escreveu a Ethel Smyth: “Estou quase como o que você chamou de um voraz ácaro que se meteu a roer um precioso e vasto queijo e ficou intoxicado de tanto comer, que é como estou agora, lendo história e escrevendo ficção e esboçando, oh, um divertidíssimo livro sobre literatura inglesa”.

No dia seguinte, 15 de novembro, respondeu à sugestão de Vita Sackville-West de que ela deveria escrever uma biografia de Bess de Hardwick com o subterfúgio de que se comprometia a “dedicar-lhe um ensaio em O Leitor Comum”. Finalmente, dois meses após sua escapada para colher amoras-pretas, ela estava pronta para começar.

Após registrar “22 nov. 1940” na última página do texto datilografado de seu romance, ela acrescentou no diário: “Tendo neste instante terminado o Pageant – Pointz Hall? – (iniciado talvez em abril de 1938) meus pensamentos se voltam, inteiramente, para a escrita do primeiro capítulo do próximo livro, Anon (sem nome) é como será chamado”. De fato, tanto o manuscrito quanto a cópia datilografada do ensaio ostentam o cabeçalho “Anon” na primeira página, e a data “24 nov. 1940”.

Nos meses seguintes Virginia Woolf alternou seu trabalho nos ensaios com a revisão e finalização de Entre os atos, bem como com a escrita de memórias, de ensaios sobre Ellen Terry e a sra. Thrale, e de fragmentos de pequenos contos; não obstante, ela continuou a ler a literatura imaginativa desde os períodos medievais e elisabetanos, complementados por biografias e histórias.

Em 4 de fevereiro de 1941, ela pediu a Vita Sackville-West para trazer-lhe a biografia de “Lady Anne Clifford ou qualquer outra biografia elisabetana”, e Vita o fez; numa nota escrita a lápis no exemplar de Vita de Diário de uma escritora, embaixo do registro de 16 de fevereiro, lê-se: “Ela me fez levar-lhe tantos livros quanto pudesse sobre biografias elisabetanas, e ela estava cheia de planos”. Ela continuou, além disso, durante esse período, a pensar nos temas que estavam no centro de sua obra nessa época: a ascensão e queda das civilizações; a natureza da cultura; a violência associada ao patriarcado e as relações entre continuidade e ruptura, arte e sociedade. “Anon”, como anteriormente registrado, abre com uma passagem do livro História da Inglaterra, de autoria de Trevelyan, que descreve a Bretanha pré-histórica como uma floresta repleta de inumeráveis pássaros cantantes.

Virginia Woolf utiliza essa descrição para especular se a origem da literatura – “o desejo de cantar” ou de criar – vinha de uma autoconsciência do canto dos pássaros. Mas, continua ela, a choupana tinha que ser construída – alguma organização social estabelecida – antes que a voz humana também cantasse.

Em Entre os atos, por outro lado, as florestas e os pássaros surgem no fim do livro, quando a sra. Swithin lê “Esboço da história” contra o pano de fundo de uma escuridão invasora e do barbarismo. (A alusão aos pássaros foi acrescentada ao romance na versão que Virginia Woolf terminou em novembro de 1940, assim que começou Anon). A questão levantada pelo romance no que diz respeito à capacidade da arte (dos instintos criativos) de sobrepujar a escuridão e a ruptura, e de prometer um novo começo, assombrava Woolf também nos ensaios. “Só quando juntamos dois com dois”, escreveu ela nos primeiros rascunhos, “dois traços do lápis, duas palavras escritas, dois tijolos, é que superamos a dissolução e fixamos alguma estaca contra o esquecimento”.

Por volta de fevereiro de 1941, enquanto Woolf concluía as revisões de seu romance no meio de uma crescente ameaça de invasão, a luta contra o olvido entrelaçou-se com o progresso de seu “livro sobre a História Comum”. Em 1° de fevereiro, ela escreveu a Smyth: “Contei-lhe que estou lendo a literatura inglesa toda do começo ao fim? Quando chegar a Shakespeare as bombas estarão caindo. Assim, planejei uma última e belíssima cena: lendo Shakespeare, tendo esquecido minha máscara contra gases, me extinguirei e completamente esquecerei… Graças a Deus, como diria você, nossos pais nos deixaram um gosto pela leitura! Em vez de pensar, em meados de maio estaremos – seja lá o que for: acho, apenas três meses para ler Ben Jonson, Milton, Donne e todo o resto!”.

Um mês mais tarde, entretanto, até mesmo sua leitura fora afetada por sua sensação da falta de um futuro. “Estou”, escreveu ela a Smyth em 1° de março, “neste momento tentando, sem o mínimo sucesso, escrever um artigo ou dois para um novo Leitor Comum. Estou emperrada nas peças elisabetanas. Não vou para trás nem para a frente. Tenho lido muitíssimo, mas não o suficiente. É por isso que não posso me envolver em política… Se quiser me retratar neste instante você deve encher o chão de dramaturgos bolorentos… Você sente, como eu sinto, quando minha cabeça não está nesse rebolo de esmeril, que esta é a pior fase da guerra? Eu sinto. Eu estava dizendo ao Leonard que não temos futuro. Ele diz que é isso que lhe dá esperança. Ele diz que a necessidade de alguma catástrofe lhe incita. O que sinto é o suspense quando nada realmente acontece.”

A incapacidade de Virginia Woolf de ver uma transição do presente para o futuro, conectada como ela está com a questão mais ampla da continuidade histórica, vem à tona em sua luta para dar forma ao seu trabalho. Insatisfeita com a abordagem direta própria dos manuais tanto da história social quanto da literária, comparada, numa entrada não publicada do diário, ao serviço fornecido pelas estradas romanas (26 de outubro de 1940), ela desejava explorar o que os textos ignoram – as florestas e os fogos-fátuos.

Como sempre, a questão era, no caso de Virginia Woolf, como criar uma forma que transmitisse as forças subjacentes do processo histórico tal como ela as percebia, como capturar o desenvolvimento mais evanescente da consciência e da experiência humana. “Lendo ao acaso”, “Virando a página”, “encontrar a ponta de um novelo e desenredá-lo”: todas essas frases retratam seu desejo de moldar sua própria história, mas cada uma evoca um conceito diferente de ordem.

Sua obsessão por criar uma ordem interna dominou também a redação de “Anon”: ela continuamente rearranjava as partes do ensaio e fazia experimentos com as transições entre as diferentes seções. Ainda mais notável é sua dificuldade em fornecer uma transição entre Anon – que traça a evolução do elemento anônimo no escritor e no público, desde seu início até sua morte, como um aspecto consciente da forma e da experiência literária – e o segundo ensaio, sua exploração do surgimento do leitor moderno e da sensibilidade para a leitura. O último existe apenas como uma série de inícios, nenhum deles claro quanto à questão de para onde o ensaio, ou a história, queria ir.

Mais do que apenas um problema de estrutura ou uma ilustração de sua habilidade artística, talvez, a busca de transições e de ordem no interior do texto revela a busca de um vínculo entre o passado e o futuro que preenchesse a vacuidade do momento presente. “Pule o dia de hoje”, anota ela num dos esboços para o livro “Um capítulo para o futuro”.

A conexão entre a busca de transições nos ensaios e em sua própria vida leva a um tema importante e a um princípio de estruturação do livro: a interação entre as circunstâncias internas e a criatividade.

Para escrever uma história da literatura inglesa, ela sabia, ela teria que escrever também a história da sociedade que fomentara aquela arte, e a ela correspondia. “Mantenha um incessante comentário sobre o Exterior”, lembrava a si mesma nas notas sobre o livro; “devo, portanto, pegar um poema e desenvolver à sua volta a sociedade que o ampara.” O resultado é uma ênfase não apenas na persistência do “instinto de criar canções”, mas no papel crucial que as forças externas desempenham ao moldar tanto o cantor quanto a canção.

“Nin, Crot e Pulley” – os singulares nomes dados por Virginia Woolf ao complexo das forças econômicas, políticas, culturais e pessoais que influenciam o escritor – aparecem já em “Notas para ler ao acaso”, e estão em mais evidência nos primeiros rascunhos de Anon. Essas influências mudam de uma época para a outra, compreendia ela – e de uma cultura para a outra – mas ignorá-las significa ignorar o importantíssimo papel que o contexto histórico e o público exercem na produção da arte.

Esse ponto não era novo para Virginia Woolf, cuja crítica desde o início estava imbuída de uma consciência das forças históricas e culturais que afetam a arte; mas a importância do público para o escritor tornava-se profundamente clara para ela à medida que sua própria sensação de isolamento aumentava. Tanto nas notas quanto nos próprios ensaios, para não mencionar seu recente romance, Virginia Woolf contrasta os aspectos coletivos da literatura inicial com o isolamento do escritor solitário que emergiu na Renascença e que lutava, em 1940 e 1941, para se tornar criativo num mundo em que o silêncio e a vacuidade eram a norma.

Essa luta é registrada nos fragmentos restantes de “O leitor”, que estão entre os últimos trabalhos de Woolf. Embora ela comece afirmando que o leitor “ainda existe; pois é fato que ele ainda está fazendo com que livros sejam impressos. Ele ainda está lendo Shakespeare”, ela termina afirmando que a importância do leitor “pode ser aferida pelo fato de que quando sua atenção é desviada, em tempos de crise pública, o escritor exclama: Não posso mais escrever”.

Vale a pena observar, entretanto, que, numa das últimas anotações no diário de Woolf, ela ainda está planejando seu próprio livro: “Suponham que eu comprasse um bilhete no Museu; andasse de bicicleta diariamente e lesse história. Suponha que eu selecionasse uma figura dominante em cada época e escrevesse ao acaso” (Diário, 8 março de 1941). E as últimas palavras de “O leitor” – uma descrição da Anatomia da melancolia de Burton – nos dizem: “Vivemos num mundo em que nada está concluído”.

Hoje, para nos ajudar a traçar as tentativas de Virginia Woolf para escrever seu livro, temos à mão uma variedade de fontes: as ideias e os esboços registrados em “Notas para ler ao acaso”; os três volumes de notas de leitura feitas especificamente para essa obra; e os numerosos manuscritos e páginas datilografadas de “Anon” e “O leitor”.

Com a exceção de um único volume de notas de leitura e sete páginas de “Anon” encontrados nos documentos da Monk’s House na Biblioteca da Universidade Sussex, todo esse material está agora guardado na Coleção Berg da Biblioteca Pública de Nova York. O manuscrito dos ensaios consiste em cento e uma páginas. Setenta e duas delas estão incluídas num caderno que contém rascunhos de uma variedade de outros ensaios e resenhas; as páginas do caderno estão numeradas pela Biblioteca Pública de Nova York.

Os vinte e nove manuscritos restantes consistem em folhas soltas, a maioria sem numeração, que foram reunidas em três pastas. As páginas datilografadas são, aproximadamente, em número de sessenta e uma, seis das quais estão em Sussex. A maioria das páginas da Coleção Berg aparece nas treze pastas arquivadas como “Anon” e “O leitor”; duas estão arquivadas com outros trabalhos. As páginas datilografadas foram numeradas por Woolf à medida que ela as datilografava.

Embora os ensaios tivessem sido deixados num estado incompleto quando Virginia Woolf morreu, consegui reconstruir a partir do material existente os vários estágios de seu desenvolvimento, e chegar ao que era, muito provavelmente, a última sequência narrativa. Para fazer isso, entretanto, foi necessário estabelecer a ordem na qual o manuscrito e as páginas datilografadas foram produzidos. A ordem atual das folhas soltas não corresponde à ordem em que elas foram escritas nem, necessariamente, à mesma sequência narrativa. Essas folhas chegaram à Biblioteca Pública de Nova York divididas em grupos separados.

Uma vez que os vários rascunhos são colocados em ordem cronológica, o que aparece é o seguinte: (a) três versões distintas de “Anon”, das quais apenas a última constitui um ensaio completo, e (b) seis pequenos inícios, ou fragmentos, de um segundo ensaio que chamo de “O leitor”.

Designei as três versões de “Anon”, como versões A, B e C; os seis fragmentos de “O leitor” estão rotulados de A a F. Woolf abandonou a versão A de “Anon” – que é datada de “24 nov. 1940” e que segue, em seus rascunhos iniciais, as ideias e o formato esboçados em “Notas para ler ao acaso” – quando a incorporação de novo material levou-a a reestruturar as partes. Quando arranjada para incluir o último rascunho de cada uma de suas sessões, a versão A consiste em uma sequência de páginas datilografadas numeradas de 1 a 19. A versão B, a primeira tentativa de Woolf de fazer uma reorganização, drasticamente condensa o material da versão A e faz algumas supressões importantes; não é acrescentado nenhum material novo. Ela existe apenas como um documento datilografado de dez páginas. Na versão C, por outro lado, Woolf acrescentou uma grande quantidade de material novo – cada nova seção estando presente em diversos rascunhos – e reestruturou o material nas primeiras duas versões.

Quando juntamos o último rascunho de cada seção individual, a cópia datilografada vai, com a exceção de duas páginas de número “13” e uma página sem numeração entre a 28 e a 29, da página 1 à 30. O resultado desse esquema é o esboço aproximado de um ensaio completo e coerente. É essa sequência que propiciou o texto de Anon aqui reproduzido.

Qualquer pessoa que tenha lido todo o material da Coleção Berg, ou até mesmo que tivesse apenas passado os olhos por ele, imediatamente reconhece o quanto Virginia Woolf excluiu de Anon à medida que ele ganhava sua última – ainda que incompleta – forma. Embora fosse possível reproduzir inteiramente as três versões de “Anon” e os seis fragmentos de “O leitor”, isso é tarefa de uma edição crítica, que não é factível aqui.

Em vez disso, a fim de fornecer uma visão tão compreensível do último trabalho crítico de Virginia Woolf quanto possível, eu o dividi em três partes. A primeira, “Notas para ler ao acaso”, é uma transcrição exata do manuscrito com esse nome. A segunda parte, “Anon”, apresenta o texto de trinta e duas páginas de “Anon” derivado da versão C do ensaio, seguido por um comentário que explica o desenvolvimento do texto e reproduz passagens selecionadas que foram excluídas ou condensadas no rascunho final. A terceira parte, “O leitor”, reproduz a cópia datilografada do fragmento F, o último dos seis, que incorpora a maioria das ideias exploradas nos fragmentos anteriores. Este também é seguido por um comentário e exemplos de rascunhos anteriores.

O estado incompleto dos ensaios, indicado pelo grande número de correções manuscritas nos rascunhos “finais” e pelas repetições no texto datilografado (Virginia Woolf estava claramente trabalhando na máquina de escrever nesse ponto), exigiu várias decisões editoriais importantes. Minha intenção foi fornecer textos claros e, ao mesmo tempo, deixar ver a complexidade das próprias cópias datilografadas.

*Brenda R. Silver é crítica literária, editora e escritora. Autora, entre outros livros, de Virginia Woolf’s reading notebooks (Princeton University Press).

Referência


Virginia Woolf. Anon [era uma mulher…]. Edição: Brenda R. Silver. Tradução: Tomaz Tadeu. Belo Horizonte, Autêntica, 190 págs. [https://amzn.to/3YMqrya]


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