Ciência pouca é bobagem

Hieronymus Bosch, O Jardim das Delícias Terrenas, 1504
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Por CHRISTIAN DUNKER & GILSON IANNINI*

Trecho selecionado pelos autores do livro recém-lançado

A cientificidade da psicanálise

“O meu pensamento é o seguinte: – as pitonisas da totalidade e do sentido, os jacarés falantes do teologismo, falam a mesma linguagem dos rinocerontes cegos do epistemologismo” (Bento Prado Jr.).

“Intimidade” não é o termo que melhor descreve as relações entre psicanálise e ciência. Diversos fatores contribuem para isso. Antes de tudo, precisamos ter absoluta clareza de que, na imensa maioria das investidas contra a cientificidade da psicanálise, o debate nunca, ou quase nunca, é sobre ciência. Discute-se a inexistência de provas empíricas de hipóteses teóricas; alega-se a impossibilidade de verificação experimental de enunciados e conceitos, com a expectativa de encontrar, por exemplo, correlatos neuronais das instâncias e processos psíquicos postulados; critica-se a falta de evidência da eficácia clínica etc. Esses são os principais argumentos equívocos ou falaciosos mobilizados para afirmar que a psicanálise é uma pseudociência, e uma fraude. Não demora para a discussão descambar para a desqualificação moral de seu fundador.

Na maior parte das vezes, o que está em jogo não são questões de natureza propriamente epistemológica, envolvendo validação ou justificação e assim por diante. Salvo honrosas exceções, o que está em jogo são disputas políticas, que envolvem prestígio, reconhecimento e inserção em espaços variados, especialmente na academia, nos serviços de saúde e no multibilionário mercado da saúde mental. Essa é a primeira coisa que devemos ter em mente antes de respondermos a esta ou àquela provocação dissimulada, ou nem tão dissimulada assim, sob a máscara de nobre preocupação com a validade ou eficácia da psicanálise.

Em geral, perguntas que não podem ser respondidas estão mal formuladas. Precisamos ensinar a mosca a sair da garrafa, como dizia Wittgenstein. Lacan preferiu, por exemplo, mostrar que a ciência é condição da psicanálise, mas que esta ocupa em relação àquela uma posição êxtima, ou seja, ao mesmo tempo de exterioridade e de intimidade. Embora solidária da racionalidade científica, a psicanálise lida com a lata de lixo da ciência. A clínica nos comprova isso diariamente: “Estou procurando você porque o médico disse que a minha questão é de fundo emocional” ou: “O psiquiatra me deu uma receita sem escutar a minha história” ou então: “Tentei uma terapia cognitivo-comportamental e o terapeuta me indicou sessões de mindfulness e respiração”.

Que fique claro de uma vez por todas: não existe uma teoria científica da ciência. O cientista faz ciência; quem produz teorias sobre o fazer científico são epistemólogos, antropólogos, historiadores, filósofos e assim por diante. Quando um cientista julga a cientificidade de um campo que ele desconhece, não emite um juízo científico, mas, sim, um juízo ideológico. Cientificismo é o nome que se dá à ilusão ideológica de que todo conhecimento, para ser válido, é ou deve ser científico.

No que se segue, inspiramo-nos na pergunta central colocada por Lacan: o que seria uma ciência que incluísse a psicanálise? A psicanálise é um acontecimento que exige uma ampliação do conceito de razão, e não sua negação. Aliás, aqueles que eventualmente estejam preocupados com o obscurantismo e o negacionismo contemporâneos deveriam se preocupar com o fato de que não foram psicanalistas ou suas instituições, mas uma parte importante da classe médica que endossou o discurso obscurantista da cloroquina, por exemplo. A psicanálise nunca abandonou a razão. Ao contrário, propõe uma razão que inclua o inconsciente.

Definir o que vem a ser ciência e estabelecer critérios de cientificidade não é tarefa fácil, justamente por isso discursos que ignoram as controvérsias históricas e a multiplicidade de posições antagônicas, escolhendo uma versão unitária e inequívoca para demarcar a ciência da não ciência, não raro estão a advogar uma posição entre outras, sem apresentar ou justificar a parcialidade de sua própria posição. Muitas vezes, filósofos da ciência que se empenharam nessa tarefa chegaram a resultados constrangedores. Critérios demasiado estritos de cientificidade com frequência deixam de fora ramos do conhecimento tradicionalmente associados à nossa imagem de ciência.

Ênfase na verificabilidade empírica de proposições ou restrição a enunciados em algum grau dependentes de pressupostos metafísicos poderiam gerar o dilema de, por exemplo, ou rejeitar a cientificidade de certos setores da matemática ou renunciar a protocolos rígidos de cientificidade. No entanto, critérios demasiado frouxos acabam implicando a aceitação contraintuitiva de certas práticas que dificilmente poderiam ser vistas como científicas, como a astrologia, para pegarmos um caso extremo.

A epistemologia atual parece afastar-se mais e mais do problema da demarcação, isto é, cada vez mais o problema de determinar critérios gerais capazes de demarcar epistemicamente as fronteiras entre ciência e não ciência, ou de propor critérios racionais para a escolha entre teorias rivais, tem mostrado suas limitações. Isso vale não apenas para as ciências humanas e sociais mas também para ramos historicamente mais bem identificados com a atividade científica, como as assim chamadas ciências duras. Nem mesmo a estratégia de deslocamento do prescritivismo em direção ao descritivismo conseguiu superar as aporias acima esboçadas.

No limite, esse abandono progressivo de critérios epistemológicos universalistas e o reconhecimento do caráter normativo da demarcação acaba esbarrando na também indesejável relativização do conhecimento científico e na adoção de critérios não epistêmicos, de tipo psicológicos, sociológicos ou ideológicos, como adesão a crenças, consenso intraparadigmático ou utilidade social.

Uma segunda ordem de dificuldades concerne à definição do que venha a ser psicanálise. Os contornos tanto teóricos como práticos da própria psicanálise não são tão claros assim. A não ser por uma sensação mais ou menos vaga de filiação a Freud, não há consenso quanto ao sentido a ser dado a alguns de seus conceitos fundamentais, assim como não há consenso nem mesmo quanto aos objetivos do tratamento analítico e aos limites de sua aplicação.

Correntes tão distintas como a kleiniana, a winnicottiana, a lacaniana, sem contar os hibridismos dos mais heteróclitos, divergem não apenas do ponto de vista dos pressupostos teóricos e das técnicas, mas também do que se entende por processo ou cura analítica. Vimos que a própria definição do campo das psicoterapias psicodinâmicas pode ser inferida pelo número de teses freudianas recusadas pelas diferentes configurações que ela admite. Essas dificuldades incidem de maneira ainda mais forte quando se trata da extensão da psicanálise a dispositivos clínicos não clássicos, como a psicanálise aplicada a hospitais ou instituições, ou quando se trata da incorporação de técnicas oriundas de outras tradições psicoterápicas ou do fornecimento de subsídio conceitual psicanalítico a outras práticas terapêuticas.

Contudo, mesmo que as dificuldades para definir o que é ciência e o que é psicanálise pudessem ser superadas, restaria ainda a tarefa de estabelecer critérios de pertinência e limites de tolerância para a atribuição do predicado “ciência” ao argumento “psicanálise”. Desse modo, não faz sentido defender a cientificidade da psicanálise, tampouco repudiá-la pela suposta acientificidade, ainda que se tenha usado a noção lacaniana de objeto para falar desse hiato produtivo entre psicanálise e ciência.[1]

Ambas as posições não fazem senão ecoar o caráter meramente endossador de que goza a palavra “ciência” em nossa cultura, na qual o status de cientificidade é visto como uma via de acesso a títulos de nobreza do mais alto valor, capazes de garantir ingresso no campo da autoridade e amealhar prestígio social, financiamento de pesquisas, inserção institucional ou presença no mercado editorial.

Como se a postulação da cientificidade da medicina, por exemplo – ou das ciências que formam sua base teórica – fosse isenta de problemas e não fosse envolta em configurações culturais mais amplas, que englobam aspectos históricos, políticos, ideológicos etc. Ou alguém ainda tem dúvida de que saúde e doença são categorias fortemente dependentes de normas sociais, valores morais e preconceitos estéticos? Basta passar os olhos na variação histórica do modo como representamos no corpo os ideais de beleza e de saúde ao longo do tempo.

É certo que há um sentimento mais ou menos difuso de que as neurociências ou a psicologia experimental conformam-se melhor ao epíteto de ciência-padrão do que outros ramos da psiquiatria ou da psicologia. É preciso salientar que se isso é – pelo menos em parte – verdade, é também verdade que a imagem de ciência subentendida nesse caso não corresponde de maneira alguma a critérios epistemologicamente neutros e aceitos universalmente. Está em jogo muito mais um problema de natureza política, relativo a critérios utilitários de legitimação, do que critérios epistemológicos.

Isso não quer dizer que não haja diferenças entre conhecimentos científicos e não científicos ou mesmo pseudocientíficos. Quer dizer apenas que não dispomos de critérios epistêmicos capazes de traçar a linha divisória e que, ao que tudo indica, o problema, quando colocado em termos generalizantes, está mal formulado, como mostramos na primeira parte deste livro,“Nem ciência nem pseudociência”.

Mas a suspensão do caráter normativo da pergunta pela cientificidade não quer dizer que a psicanálise possa se furtar à tarefa de explicitar protocolos para validação de sua práxis e conceitos. É necessário, porém, que ela possa estabelecer parâmetros internos, a partir da própria esfera de racionalidade que ela instala. Evidentemente, esses critérios não podem fechar-se em si mesmos. É preciso confrontá-los com a vasta gama de saberes e práticas sociais com as quais a psicanálise precisa ombrear, sem que seja preciso recorrer ao que Mary Hesse chamou de “cross-theory criteria[2] ou ao mito das “posições-padrão” de John Searle.[3] Não por acaso, a psicanálise nunca se furtou à tarefa de medir-se também com práticas artísticas e culturais, como a literatura, a filosofia, a teoria social, entre outras.

Embora a concepção lacaniana de ciência não tenha nada de trivial e seja absolutamente central para a formalização de uma teoria do sujeito e do objeto, ela não responde à demanda inicial sobre a cientificidade ou não da psicanálise. Paradoxalmente, é nisso que reside sua força e seu interesse. Tudo se passa como se Lacan recusasse de saída a colocar o problema da cientificidade da psicanálise sob a égide do problema epistemológico da demarcação, que cada vez mais se mostra obsoleto. Contudo, mesmo que a concepção lacaniana de ciência não dê conta da complexidade da produção científica atual (mostrando-se insuficiente, por exemplo, para pensar os desenvolvimentos recentes de certos setores da biologia, em que a matematicidade não desempenha papel tão preponderante e a singularidade contingente ganha força insuspeitada), ainda assim ela é relevante, pois incide na própria constituição da racionalidade psicanalítica.

O que gostaríamos de fazer aqui é apenas delinear um modelo para a colocação do problema das relações entre psicanálise e ciência em outros termos, a partir de um operador interno à própria psicanálise que pode se mostrar heuristicamente profícuo.

Nossa estratégia consiste em avaliar se a noção lacaniana de extimidade pode ser empregada para pensar o lugar da psicanálise em relação à ciência. Extimidade, originalmente, designa a operação de “inclusão externa”,[4] proposta a fim de formalizar a modalidade da relação do sujeito com o significante. É possível dizer que a psicanálise está incluída externamente na ciência e, por isso, constitui-se como ciência êxtima?[5]

A tese de Lacan é que a ciência – por exigências de ordem metodológica ou epistemológica – exclui a singularidade radical do sujeito, enquanto a psicanálise – por um imperativo ao mesmo tempo ético e estético – a acolhe. Tese que seria banal, não fosse o fato de o sujeito ser um lugar vazio onde se entrecruzam verdade e contingência.

A fórmula programática de Lacan admite o paradoxo instaurado pela equação dos sujeitos: “Dizer que o sujeito sobre quem operamos em psicanálise só pode ser o sujeito da ciência talvez passe por um paradoxo”.[6] Assim, ao operar sobre o sujeito sem qualidades e sem consciência de si, correlato antinômico da ciência moderna, a psicanálise seria, a um tempo, prova e efeito do corte que a ciência impõe. É a revolução científica moderna que faz surgir o universo infinito, linguageiro e contingente que condiciona o advento da psicanálise.

Escrever “A ciência” no singular e com maiúscula justifica-se não para unificar metodológica ou epistemologicamente os diversos tipos de ciência, mas porque a ciência como acontecimento histórico e social caracteriza-se: “[…] por uma radical mudança de estilo no tempo [andamento] de seu progresso, pela forma galopante de sua imisção [interferência, intromissão] em nosso mundo, pelas reações em cadeia que caracterizam o que podemos chamar de expansões de sua energética. Em tudo isso nos parece radical uma modificação em nossa posição de sujeito, no duplo sentido: de que ela é inaugural nesta e de que a ciência a reforça cada vez mais”.[7]

Lacan não pretende submeter a psicanálise a qualquer método científico preexistente, tampouco submeter a cientificidade da psicanálise à subordinação dela a qualquer outra disciplina-piloto. A pergunta propriamente lacaniana não é quais condições a psicanálise deve satisfazer para se transformar numa ciência, mas, ao contrário, “o que é uma ciência que inclua a psicanálise?”.[8]

A situação pode, então, ser resumida do seguinte modo. Por um lado, a psicanálise nasce no universo já constituído pela ciência moderna e não sonha com algum idílico estado de coisas anterior ao corte que a matematização e a infinitização do universo impõem. Nesse sentido, a psicanálise opera exatamente sobre o sujeito produzido nesse universo da ciência. Ela não visa devolver ao sujeito algo como uma “plenitude perdida”, uma “reconciliação com o sentido do ser”, ou ainda um “estado anterior à separação entre sujeito e objeto”. Mas, se a psicanálise opera sobre o sujeito da ciência, por outro lado ela não se subordina à concepção moderna que identifica razão e cientificidade e que torna a verdade uma categoria inerte do ponto de vista ético, muito menos compartilha alguma fé obsedante quanto à exclusividade ou superioridade da ciência como estratégia cognitiva. Para a psicanálise, ainda que a natureza esteja escrita em caracteres matemáticos, ou seja, que o simbólico possa representar o real, resta algo que escapa inexoravelmente a essa redução.

Crítico do pensamento analógico e entusiasta da formalização, Lacan deparou-se cedo com impasses inevitáveis da formalização científica. A história de seu pensamento confunde-se com a história das sucessivas tentativas de superação dos impasses internos a cada modelo de formalização adotado. O recurso à estrutura, ao matema, à topologia e à teoria dos nós é apenas parte dessa estratégia. Certa ou errada, sua estratégia permite intuir uma alternativa à hegemonia do método indutivo ou estatístico das ciências tradicionais, em contraste com uma estratégia baseada em modelos de formalização. É verdade que tanto sua concepção de ciência quanto seu conhecimento da história das ciências demonstram a intimidade de Lacan com a epistemologia histórica de seu tempo. Se, apesar dessa intimidade, ele preferiu pensar a psicanálise como ciência êxtima, não é por acaso.

Discurso, linguagem e razão entre ciência e psicanálise

Furo que a psicanálise introduz na ciência

*Christian Ingo Lenz Dunker é psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da USP. Autor, entre outros livros, de Lutos finitos e infinitos (Paidós). [https://amzn.to/47TvzSL]

*Gilson de Paulo Moreira Iannini é psicanalista, editor e professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Autor, entre outros livros, de Estilo e verdade em Jacques Lacan(Autêntica) [https://amzn.to/3Tn3Upa]

Referência


Christian Ingo Lenz Dunker & Gilson de Paulo Moreira Iannini. Ciência pouca é bobagem. Por que a psicanálise não é pseudociência. São Paulo, Ubu, 2023, 292 págs. [https://amzn.to/3GJ31iX]

Notas


[1] Cf. Joel Dor, A acientificidade da psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

[2] Mary Hesse, Revolutions and Reconstructions in the Philosophy of Science. Bloomington: Indiana University Press, 1980, p. xiv.

[3] John R. Searle, Mente, linguagem e sociedade, trad. F. Rangel. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, pp. 18–19.

[4] Jean-Claude Miller, A obra clara: Lacan, a ciência, a filosofia [1995], trad. Procópio Abreu. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 85.

[5] Tomo a expressão emprestada a François Regnault, Conférences d’esthétique lacanienne. Paris: Agalma-Seuil, 1997, p. 75.

[6] J. Lacan, “A ciência e a verdade” [1965], in Escritos, trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998, p. 873.

[7] Ibid., pp. 869–70. 8 Id., “Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise: resumo do seminário de 1964”, in Outros escritos, trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2003, p. 195.


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