Leitura de Espelho do Ocidente de Jean-Louis Vullierme contribui para compreender e informar as bases da monstruosidade nas sociedades, e como aquilo que parece distante não é impossível de reaparecer, levando-nos a pensar em quanto algumas crenças e visões de mundo perigosas estão mais próximas do que estamos dispostos a admitir
Por José Costa Júnior*
Quando acompanhamos narrativas sobre os acontecimentos ligados à ascensão do nazismo na Alemanha no período anterior à Segunda Guerra Mundial algumas dificuldades explicativas podem surgir. De maneira geral, essa dificuldade de compreensão pode envolver as seguintes questões: Como foi possível? Como uma das sociedades mais avançadas da Europa fez o que fez? Como as pessoas aceitaram a sucessão de violências e absurdos? Tais perguntas encontram respostas de complexidade variada nos diversos meios em que são colocadas – história, filosofia, cinema, literatura, entre outros. No entanto, curiosamente, uma tendência é que as análises muitas vezes afastem a normalidade e à nós mesmos daqueles acontecimentos, destacando o caráter único e diferenciado daquelas ações e circunstâncias. Seja por uma “loucura insidiosa”, ou “um elemento maligno” presentes naquele momento, essa curiosa percepção também se apresenta na maioria das tentativas de reconstrução dos eventos ligados ao período. Aquela sociedade, naquele momento, aceitou o que aceitou e fez o que fez devido à circunstâncias específicas, que temporariamente lhe alijaram da civilização e do humanismo. Num determinado espaço de tempo, algo estranho dominou consciências, minimizou a humanidade de alguns, a partir de ideias estranhas de superioridade e aniquilação que foram aceitas em nome de promessas e esperanças. O mal e o sofrimento tornaram-se “banais”, dado que os sujeitos não pensaram suficientemente bem e/ou foram seduzidos por carismas e discursos. Assim, a responsabilização daquele povo foi e é necessária, mas há sempre o senão do caráter específico e estrutural do tempo, do lugar e do contexto.
Tais considerações, que retiram o nazismo, suas causas e efeitos da normalidade civilizadora, são abordadas e questionadas em diversos aspectos pelo filósofo francês Jean-Louis Vullierme em Espelho do Ocidente: O nazismo e a civilização ocidental, livro lançado originalmente em 2014 na França e que recebeu tradução no Brasil em 2019. Trata-se de um ensaio histórico-filosófico bem fundamentado e estruturado que, apesar de algumas possíveis críticas, oferece análises e reflexões estimulantes e informativas para que se possa compreender melhor as raízes e especificidades do nazismo. Vullierme ampara suas análises em vasta erudição e documentação (mais de 100 páginas de notas explicativas e bibliografia), juntamente com uma grande capacidade reflexiva sobre os fundamentos dos modos tradicionais pelos quais o Ocidente compreende o mundo, aproximando-os ao nazismo. Não é o caso de “sermos todos nazistas”, mas de se compreender que aquela sociedade e aquelas pessoas não são tão diferentes assim de nós e não foram assolados por uma “praga irracionalista” repentina que os estimulou à brutalidade e ao extermínio. Mais do que isso, as bases ideológicas que nortearam suas práticas estão disponíveis na mesma tradição de pensamento que nos guia em nossas concepções mais profundas acerca da realidade e da sociedade aqui no Ocidente. A análise nos assusta e parece excessiva num primeiro momento, mas, ao acompanharmos seus argumentos, vemos o quanto ser “um cidadão de bem” pode ser perigoso. Em suas palavras:
“Costuma-se apresentar o nazismo como algo que desafia a razão; portanto, estranho a nós, que nos consideramos racionais. O nazismo é analisado como um fenômeno não democrático; portanto, estranho a nós, que nos consideramos democratas; racista, portanto, estranho a nós, que supostamente o seríamos menos que nossos antepassados; e produzido pela sua época; portanto, estranho a nós, que vivemos em um mundo mais esclarecido. […] Receio que seja necessário acabar com essa visão enfeitada se de fato quisermos começar a nos comportar um pouco melhor.” (p. 242)
Para evidenciar sua hipótese, Vullierme inicia o ensaio apresentando Nuremberg, uma “Cidade do Ocidente”, que, de modo curioso, viu nascer o viu morrer a conjunção de propostas e hipóteses que deram forma ao que entendemos como “nazismo”. No entanto, os pressupostos de tal conjunto já estavam disponíveis e eram compartilhados por muitas comunidades e instituições ocidentais, contemporâneas ou antigas. Vullierme enumera tais elementos que, juntos, darão forma ao que chama de “ideologia do extermínio”:
– supremacia racial;
– eugenismo;
– nacionalismo;
– antissemitismo;
– propagandismo;
– militarismo;
– burocratismo;
– autoritarismo;
– antiparlamentarismo;
– positivismo jurídico;
– messianismo político;
– colonialismo;
– terrorismo de Estado;
– populismo;
– juvenilismo;
– historicismo;
– escravagismo;
– anempatismo;
– acivilismo;
Todos esses elementos estavam, de alguma maneira, presentes em circunstâncias ocidentais em algum momento da história. Seja nas práticas militaristas e colonialistas próprias das potências europeias, seja nas tentativas de organização burocrática e racionalizadora da vida, da produção e do consumo, próprias da cultura estadunidense que definirá os contornos da vida ocidental ao longo do século XX, tais características estiveram juntas e operando na construção de um posicionamento violento e totalitário, que assustou e ainda assusta. Mesmo findada a expressão máxima do nazismo alemão, tais ideias ainda estão disponíveis nas sociedades contemporâneas ocidentais, o que torna o risco de “mutações ideológicas” novamente despontarem e ameaçarem a política e a vida.
Ao longo do texto, Vullierme trata de cada um desses elementos, para compreender sua origem e especificidade. Avalia o mistério da “judeofobia”, que dá forma ao antissemitismo ao longo da história (o livro aborda a obra e a influência sobre os alemães do antissemitismo do americano Henry Ford), o supremacismo racial, que aliado à práticas eugênicas e burocráticas, será central na efetivação de organizações sociais e econômicas do Ocidente. Cita a construção de justificativas pretensamente cientificas para a segregação racial e a efetivação de práticas eugênicas no começo do século XX, em diversos países (não cita o Brasil, mas são conhecidas as tentativas de branqueamento da população brasileira nesse período). Vullierme, guardando as devidas proporções, compara as justificativas e práticas envolvidas na “conquista do Oeste” nos Estados Unidos com a “conquista do Leste” europeu por parte dos alemães sob o comando de Adolf Hitler, apontando os elementos comuns entre tais circunstâncias: superioridade, colonialismo e escravagismo.
O autor avalia também a natureza do nacionalismo, muitas vezes conectado ao militarismo, ao autoritarismo, ao messianismo e ao populismo, situações que não deixam de apontar para algum grau de superioridade dos sujeitos envolvidos. Ao analisar as origens dos estados nacionais a partir da crise do absolutismo, Vullierme destaca no centro da construção das “identidades nacionais” os riscos envolvidos, principalmente em relação aos antagonismos necessários para que sentimentos de pertencimento e exclusão floresçam. O “espírito alemão”, construção romântica que dará unidade àquele povo e os diferenciará dos demais é exemplo dessa tensão. Trata-se de um elemento central da efetivação do nazismo na Alemanha, e em conjunto com ideais de superioridade e organização racional, será central para a produção do extermínio de tudo que é inferior (não apenas judeus, mas também deficientes físicos, ciganos, negros, homossexuais, entre outros grupos).
No entanto, dois conceitos abordados por Vullierme são centrais para a compreender a relação do nazismo com a civilização ocidental. O primeiro deles é o que autor denomina como “anempatismo”. Trata-se de uma realidade elaborada e construída, que faz com que o sofrimento e quaisquer manifestações de emoções humanas sejam devidamente desconsideradas. Aqui, Vullierme faz referências aos elementos psicológicos envolvidos em circunstâncias nas quais acompanhamos o sofrimento extremo de seres humanos, e que naturalmente nos impactam. Porém, efetivada a partir de certos discursos e construções ideológicas, a anempatia surge como um elemento crucial para a efetivação de projetos de dominação e extermínio ao longo da história humana. A violência e brutalidade observada em dominações colonialistas, escravizações, extermínios que seriam à primeira vista incompreensíveis num mundo civilizado, são passíveis de explicação a partir de manifestações de anempatismo. Não se trata de selvageria ou de uma maldade “inata” dos seres humanos, mas de construções efetivadas a partir de discursos de inferioridade e desumanização, que contribuem para a normalização de práticas extremas e impensáveis em outras circunstâncias, como o aniquilamento e a produção da morte:
“Essa vontade de não ter nada a ver com o sofrimento dos alvos, apesar dos reflexos contrários, está sujeita a uma gradação que vai desde o simples desejo de não saber até a capacidade de executar pessoalmente atos repugnantes. É induzida por um hábito ou uma educação tanto mais eficaz na medida em que for coletiva, como ocorre no caso dos médicos que se endurecem na dissecção fazendo pilhérias. Junto à população em geral, a diabolização ou a desumanização dos grupos visados pela propaganda representam, ao lado da negação, o método mais comum.” (p. 126)
Diretamente conectado à anempatia está o “acivilismo”, a despreocupação com ideais e visões de civilidade, principalmente em contextos de conflito. A consideração em relação às populações civis é minimizada, sem a consideração de visões clássicas, como a noção de pessoa ou iluministas, como no caso dos direitos humanos. Na Europa (guerras religiosas e invasões diversas) e fora dela (colonialismo na África e na América) manifestações de acivilismo são comuns ao longo da história e elevadas à enésima potência durante a ocupação nazista em vários países europeus. Porém, mais uma vez, essa atitude não é uma criação ou um “ponto fora da curva” próprio do nazismo, mas sim uma paradoxal atitude observável em vários momentos da autodenominada civilização ocidental.
Um exemplo da junção entre anempatismo e acivilismo envolve o contexto de uma crise econômica na Inglaterra vitoriana na metade do século XIX. Em 1851, no capítulo intitulado “A Lei dos Pobres” o filósofo Herbert Spencer, então editor da tradicional revista The Economist, apresenta algumas de suas expectativas sobre a sociedade ideal, a partir de uma interpretação dos processos naturais, com o objetivo de atacar uma proposta de lei que defendia a possibilidade de uma renda para pessoas sem condições básicas de subsistência:
Há muitas pessoas amáveis que não têm a coragem de olhar para esta questão bastante evidente. Motivadas como são por suas simpatias com o sofrimento presente, principalmente em relação às últimas consequências, evitam seguir um curso que é muito imprudente, e no final até mesmo cruel. Não consideramos verdadeira a bondade de uma mãe que satisfaz sua criança com doces que com certeza irão torná-la doente. Devemos pensar na espécie de benevolência que levou um cirurgião tolo a deixar a doença de seu paciente progredir até um problema fatal, ao invés de infligir dor por uma operação. Devemos chamar os filantropos de espúrios, pois, ao evitar a miséria presente, implicam maior miséria sobre as gerações futuras. Todos os defensores da Lei dos Pobres devem, porém, ser classificados entre tais. […] Cegos ao fato de que, sob a ordem natural das coisas, a sociedade está constantemente excretando seus membros insalubres, imbecis, lentos, vacilantes e sem fé, esses homens não pensam, embora sejam bem-intencionados, e defendem uma interferência que não só interrompe o processo de purificação, mas ao mesmo tempo aumenta o vício – incentivando absolutamente a multiplicação do imprudente e do incompetente, oferecendo-lhes infalivelmente provisões, e desencorajando a multiplicação do competente e providente, por aumentar a dificuldade prospectiva de manter uma família. E assim, em sua ânsia de evitar os sofrimentos realmente salutares que nos rodeiam, esses aspirantes a sábios e pessoas tolas legam à posteridade uma contínua e crescente maldição. (p. 323-4)
Spencer sustenta os argumentos pretensamente científicos do darwinismo social, que não encontram amparo no estudo da hipótese científica de Charles Darwin nem no desenvolvimento técnico-científico posterior das ciências biológicas. No entanto, os teóricos liberais e civilizados do período vitoriano acreditavam estar informados pela melhor “ciência” e pela “evidência”, que também sustentava as práticas e domínios coloniais do império “que não via o pôr do Sol” dada a sua extensão. Nos termos aqui analisados, a visão de Spencer se constrói a partir de um forte anempatismo em relação às duras condições sociais e de miséria nas quais aquelas pessoas se encontravam, e também de um duro acivilismo, propondo sua “natural” eliminação, num posicionamento que será a base das práticas eugênicas tão próprias ao nazismo. A preocupação maior com os resultados econômicos, sem consideração pelo impacto social e humano, evidencia a manifestação de práticas anempáticas comuns.
Vullierme também analisa como o uso intenso da propaganda, a negação do debate político e jurídico, e certas convicções em relação ao desenvolvimento da história acabam por contribuir para a efetivação da anempatismo e do acivilismo, construindo um controle político e social. Em conjunto com o militarismo e o autoritarismo, tais elementos contribuem para uma ideia de ordenamento e racionalização extrema que impedem o questionamento e a reflexão. Observados também nos totalitarismos soviéticos e fascistas, e também nas estruturas nacionalistas do mundo ocidental, essa conjunção ideológica totalizadora que nega e exclui o diferente é comum no modo de organização sociopolítica do Ocidente. Aqui, mais uma vez, variadas formas de antagonismo envolvem uma estrutura ideológica comum, que configura, segundo o argumento de Vullierme, o elo central entre o nazismo e a civilização ocidental.
Mas se o nazismo e o Ocidente possuem modos de pensar e organizar a realidade comuns, que naquele momento estiveram conjuntos e mantiveram as mentalidades ligadas à certos constructos ideológicos, qual seria a responsabilidade dos líderes daquele movimento político e militar e daquele povo, que deu base para a sua ascensão? Aqui Vullierme defende que, mesmo dentro de estruturas ideológicas que buscam impactar nossos modos de pensar e compreender a realidade, é possível nos mantermos atentos aos nossos atos e ações, assim como aos modos pelos quais impactamos vidas alheias, fazendo uso de nossas possibilidades de uma compreensão mais própria da realidade. Trata-se de uma concepção contextualizada de liberdade, que reconhece o impacto das estruturas de pensamento prévias ao sujeito, mas também aponta possibilidades de escape. Prova disso são os diversos exemplos históricos de questionamento e posteriores mudanças nas práticas e ações observadas no Ocidente, como por exemplo o fim da escravização atlântica ou a reavaliação da condição e da dignidade das mulheres em nossas sociedades.
É a partir de tais possibilidades que Vullierme irá explorar possíveis questionamentos à tradição ocidental, principalmente em relação à política. Construída em face à manutenção de antagonismos, que podem sempre levar à tensões e contradições civilizatórias, as estruturas sociopolíticas às quais estamos sujeitos acabam por limitar possibilidades de diálogo e construção conjunta. Aqui, o estímulo à tais práticas é elemento fundamental e pode-se reconhecer que têm produzido resultados, mesmo com as dificuldades observadas na efetivação e manutenção das democracias contemporâneas. A proposta de Vullierme envolve assim o fato de “encararmos o Ocidente” reconhecendo as limitações das tentativas de imposição envolvidas nos nossos projetos, inclusive aqueles que se propõem “libertadores” e “emancipatórios”. O ponto central envolve reconhecer que a anempatia e o acivilismo são sempre possíveis e estarmos conscientes disso é fundamental. Ser um “cidadão de bem” é sempre perigoso, uma vez que nossas definições de bem e bom sempre estão envolvidas em conjuntos de ideias que podem dominar modos de compreensão da realidade, mas serem extremamente questionáveis. Em algum momento de nossa história, um escravizador de seres humanos seguiu todas as regras morais e leis de seu tempo, assim como o membro do exército alemão que matava crianças judias em nome de “uma bem maior”. Ambos considerados “homens bons.”
O ensaio de Vullierme estimula diversas reflexões e nos faz pensar nas estruturas e práticas comuns nas quais estamos inseridos. Infelizmente dialoga pouco com investigações da psicologia acerca dos processos de desumanização e violência disponíveis e já amplamente discutidos. No entanto, as descrições e análises dos elementos ideológicos envolvidos em tais processos é rica e informativa. Trata-se de uma obra fundamental para os tempos atuais, onde, frente às diversas tensões e desafios civilizatórios, buscamos seguranças e expectativas, muitas vezes à qualquer preço. Nesse contexto, atualmente é possível observar traços de alguns dos elementos citados por Vullierme em Espelho do Ocidente, como (i) os antagonismos propostos pelo discurso “politicamente incorreto”, que ataca e critica minorias e reconhecimentos sociais e históricos, (ii) a defesa da militarização e do autoritarismo na política, (iii) a paradoxal negação da filosofia e da ciência e (iv) o populismo centrado em figuras messiânicas, críticas aos procedimentos democráticos, estimulando cada vez mais o nacionalismo, o supremacismo e o autoritarismo.
Numa palestra realizada em 1965 o filósofo alemão Theodor Adorno (1903-1969) descreveu sua tensão em relação ao fato de que os atos cometidos por nazistas nos diversos campos de concentração espalhados pela Europa podem se repetir. Com o título de “Educação após Auschwitz”, Adorno defendeu que os processos formativos devem envolver sempre preocupações com a minimização das possibilidades da repetição assassina dos campos de concentração, nos mantendo sempre atentos ao que já foi feito em determinadas condições. A análise de Adorno envolve expectativas de que processos educacionais críticos e emancipatórios possam ampliar a compreensão dos acontecimentos e da importância da vida e da dignidade humanas:
“A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação. De tal modo ela precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la. Não consigo entender como até hoje mereceu tão pouca atenção. Justificá-la teria algo de monstruoso em vista de toda monstruosidade ocorrida. Mas a pouca consciência existente em relação a essa exigência e as questões que ela levanta provam que a monstruosidade não calou fundo nas pessoas, sintoma da persistência da possibilidade de que se repita no que depender do estado de consciência e de inconsciência das pessoas”. ( p. 119)
A leitura de Espelho do Ocidente de Jean-Louis Vullierme contribui muito para compreendermos e informamos nossas sociedades sobre as bases da monstruosidade citada por Adorno. Também nos estimula a perceber que tudo aquilo não está complemente distante de nós, ou que acontecimentos parecidos não são impossíveis. Na verdade, nos faz pensar em quanto algumas crenças e visões de mundo perigosas estão mais próximas do que estamos dispostos a admitir.
*José Costa Júnior é professor de Filosofia e Ciências Sociais – IFMG Campus Ponte Nova
Referências
ADORNO, Theodor. “Educação após Auschwitz”. In: Educação e emancipação. Tradução de Wolfgang Leo Maar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: Cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SPENCER, Herbert. Social Statics: The Conditions essential to Happiness specified, and the First of them Developed. Londres: John Chapman, 1851.
VULLIERME, Jean-Louis. Espelho do Ocidente: O nazismo e a civilização ocidental. Tradução de Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Difel, 2019.