Por HERALDO CAMPOS*
A restauração de um governo contaminado, deve se dar com a integral e a completa reparação dessa contaminação, decorrente de uma progressiva deterioração do meio político pela ascensão do nazifascismo
A contaminação de uma eleição pelos grupos que utilizaram as rachadinhas, as fake news, as milícias e o crime organizado para chegar ao poder, pode prejudicar toda uma nação como vem fazendo esse atual governo.
O noticiário dos jornais e das TVs estão aí no nosso dia a dia para comprovar o prejuízo causado.
A restauração de um governo contaminado, deve se dar com a integral e a completa reparação dessa contaminação, decorrente de uma progressiva deterioração do meio político pela ascensão do nazifascismo.
Para que essa restauração ocorra, um dos pontos chave na questão é o valor do voto e aqui se propõe uma formulação para que ela possa vir a acontecer em breve.
Por esse caminho, a restauração de um governo contaminado acontece quando a maioria da população puder retornar para as urnas e apresentar as suas aspirações democráticas, não contendo contaminações.
Para se tentar dar uma resposta para o valor do voto e a restauração do dano causado por uma eleição contaminada, a formulação VV = 57 ME x BS = 1,1 MI + 51 mM + PD pode ser considerada como uma simples referência simbólica, onde:
VV = valor do voto
ME = milhões de eleitores
BS = bolsonaros
MI = milhões de infectados pelo coronavírus
mM = mil mortos pelo coronavírus
PD = proto-ditadura
Assim, para que ocorra essa restauração o termo BS = bolsonaros teria que ser substituído pelo termo ED = eleições diretas, que está relacionado à cassação da chapa presidencial-militar eleita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que já vem analisando essa possibilidade, devido aos desmandos identificados nas últimas eleições presidenciais.
Esse seria o primeiro passo, que poderia ser seguido por outros como, por exemplo, uma reforma política já, via Congresso, com cláusula de barreira para os partidos, mandato de cinco anos, sem reeleição, em uma eleição geral para todos os cargos eletivos, coincidindo, ainda, com o calendário eleitoral de 2020, se não for sonhar demais.
Registra-se que a retirada do termo BS = bolsonaros da formulação, não vai alterar a marca dos mais de 1,1 milhões de infectados pelo coronavírus (1,1 MI), nem trazer de volta a vida dos 51 mil mortos pelo coronavírus (51 mM), causados pela total falta de compaixão do presidente e de seu governo autoritário que, além disso, deu origem a essa protoditadura (PD) que estamos vivendo e que foi eleita por 57 milhões de eleitores (57 ME) em 2018.
Desse modo, a formulação VV = 57 ME x ED = 1,1 MI + 51 mM + PD deve ser considerada, com a substituição do termo BS pelo ED, como uma iniciativa para solucionar o problema da contaminação da última eleição presidencial, podendo sofrer novos ajustes e refinamentos, como no que diz respeito ao termo PD = protoditadura, porque parecia que tudo indicava que nunca mais iríamos ter que conviver com ele e não foi bem isso o que aconteceu.
“Na vida só há um modo de ser feliz. Viver para os outros” (Léon Tolstoi).
*Heraldo Campos é doutor em ciências pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP).