Por DENILSON CORDEIRO*
Comentário sobre o livro de Isaiah Berlin.
“Quem eram essas pessoas que tanto celebravam a força da vontade, que tanto odiavam a natureza fixa da realidade e que acreditavam nessas tempestades, nesses abismos indomáveis, intransponíveis, nesses fluxos impossíveis de organizar? […] A única explicação que já consegui descobrir provém do esforço de saber quem eram essas pessoas especialmente na Alemanha” (Isaiah Berlin, As raízes do romantismo, p. 195).
Trata-se de um livro involuntário que enfrenta um assunto decisivo. Involuntário, porque resultado da edição póstuma das palestras que Isaiah Berlin proferiu nas “Conferências A. W. Mellon sobre Belas Artes”, da National Gallery of Art, em Washington, entre março e abril de 1965, e gravadas pela BBC. Atualmente, as gravações estão disponíveis em muitas bibliotecas e algumas podem ser ouvidas pela internet. Decisivo, porque trata de um dos pilares filosóficos mais influentes da história ocidental dos últimos 200 anos.
A organização do livro ficou a cargo do discípulo, amigo e editor britânico Henry Hardy. Enquanto pôde, no entanto, o autor foi contra a publicação da pesquisa que julgava em andamento e demandava tratamento diferenciado para se tornar livro, como atestam as informações do prefácio filológico com o qual Hardy abre a transcrição e edição das conferências, mas também a partir de algumas das cartas sobre o assunto publicadas como apêndice.
Sabemos que, em grande medida, a tradição dos estudos de base historiográfica que a Universidade de Oxford adota ainda hoje, e onde Berlin estudou e foi professor, tem decisivo papel na constituição de certo tipo de performance intelectual. Isaiah Berlin faz parte daquele restrito círculo de intelectuais que falam por escrito, ou seja, cujo pensamento se organiza de tal modo que, ao enunciá-lo, seja como aula, seja como palestra, seja em debates, o resultado preenche quase todos os requisitos mais exigentes de edições preparadas para a publicação.
Isaiah Berlin já vinha pesquisando sobre o romantismo desde, pelo menos, seu Political Ideas in the Romantic Age [Ideias políticas na era romântica, na tradução editada pela Companhia das Letras], de 1951, estudo composto para outra série de conferências no Bryn Mawr College, na Pensilvânia. Refletindo, sobretudo, a partir das ideias políticas de Helvetius, Condorcet, Rousseau, Saint-Simon, Hegel, Schelling e Fichte, entre 1760 e 1830, e sobre o alcance das ideias românticas. As raízes do romantismo apresenta por isso fortes indícios de ter sido resultado da pesquisa que o autor empreendeu como preparação prévia para as conferências de 1952.
O interesse pelo assunto, se fosse preciso justificar, está explicitado pelo autor em muitas passagens do texto. Destaco uma das mais centrais: “o movimento romântico […] não é apenas um movimento que envolve as artes, não apenas um movimento artístico, mas talvez o primeiro momento, decerto na história do Ocidente, em que as artes dominaram muitos aspectos da vida […] Muitos fenômenos da atualidade – o nacionalismo, o existencialismo, a admiração pelos grandes homens, a admiração pelas instituições impessoais, a democracia, o totalitarismo – são profundamente afetados pela ascensão do romantismo. […] Espero mostrar que essa revolução é a mais profunda e a mais duradoura de todas as mudanças na vida do Ocidente, não menos abrangente do que as três grandes revoluções cujo impacto não se questiona – a industrial na Inglaterra, a política na França e a social e econômica na Rússia –, com as quais, na verdade, o movimento de que me ocupo se conecta em todos os níveis”. [p. 12-15]
A exposição de Berlin está dividida em seis partes: 1. Em busca de uma definição; 2. O primeiro ataque ao Iluminismo; 3. Os verdadeiros pais do romantismo; 4. Os românticos contidos; 5. O romantismo desenfreado; 6. Os efeitos duradouros.
Berlin traduz a complexidade de enfrentar a pergunta pela definição de romantismo recorrendo a uma exposição circunstanciada sobre a “história das transformações da consciência”. Para concluir que a cada consciência corresponde um modelo dominante de pensamento, o que se configura como dificuldade suplementar na tentativa de compreensão de momentos cuja consciência foi distinta daquela sob a que vivemos no presente. Esses modelos, adverte o autor, “começam como libertadores e acabam em algum tipo de despotismo”. [p. 25]
Sendo imperceptíveis, esses modelos operam como um tipo de condicionamento da imaginação quando nos colocamos na posição de examinadores de culturas e épocas distintas das nossas, acarretando, dentre outros efeitos, o que um outro historiador, François Hartog, chamou de presentismo. Sendo a tese central desta investigação a de que “o movimento romântico foi uma transformação tão gigantesca e radical que depois dele nada mais foi o mesmo”. [p. 28] Trata-se, portanto, de garantir uma margem de reflexão a partir da qual seja possível livrar-se das impressões teleologicamente correntes, por exemplo, de que até mesmo Platão manifestaria em muitas passagens uma espécie de romantismo avant-la-lettre.
Convocando a autoridade de Stendhal, Goethe, Nietzsche, Sismondi, Friedrich von Gentz, os jovens românticos franceses, Heine, os marxistas, Ruskin, Taine, Friedrich Schlegel, Ferdinand Brunetière, Barão Seillière, Irving Babbitt, Irmãos Schlegel e Madame de Staël, Renan, Gaston Paris, Joseph Nadler, Eichendorff, Chateaubriand, Joseph Aynard, Middleton Murry e Georg Lukács, Berlin chega a variadas hipóteses sobre o que o romantismo pode ser: tempestivo, epistemológico, desviante, patológico, clínico, terapêutico, monstruoso, revolucionário, religioso, refúgio, defesa, crítico, reativo, reformista, coletivista, individualista, primitivista, tradicional, nostálgico, um tipo de prazer introspectivo, altruísta e contrarrevolucionário.
Muitos desesperaram, outros desistiram e praguejaram diante de tanta variedade e mesmo diante de tantas contradições. Mas Berlin, contudo, não compartilhou desses pontos de vista, para ele “a única maneira sensata de se aproximar dele [romantismo], ou pelo menos a única maneira que achei útil até hoje, é pelo método histórico, lento e paciente: examinar o início do séc. 18, refletir sobre qual era a situação na época e então considerar, um por um, quais fatores a abalaram e qual combinação ou confluência de elementos causou o que me parece ser a maior transformação da consciência no Ocidente”. [p. 47]
O séc. XVIII é fundamente marcado pela gradual consolidação do Iluminismo. Segundo Berlin, é o momento epistemológico caracterizado sobretudo por basicamente três proposições: 1. As perguntas autênticas podem sempre ser respondidas; 2. Todas as respostas a essas perguntas são cognoscíveis e comunicáveis; 3. Todas as respostas são necessariamente compatíveis entre si. Recusados a priori o dogma, a tradição, o autoexame individual e a revelação, a única via aceitável, sabemos, era a razão. A posição, em síntese, era a de que a virtude consiste em conhecer. Ainda que, lembra oportunamente Berlin, “o Iluminismo não foi um movimento uniforme em que todos os membros acreditavam quase nas mesmas coisas”. [p. 53]
Montesquieu e Hume foram alguns dos que “racharam esse muro um tanto liso e presunçoso” do Iluminismo. Respectivamente, foram trincadas as teses sobre a universalidade das verdades e sobre a necessária harmonia das conexões entre elas. “Nem tudo é igual em toda parte […], não existem obrigatoriedades, apenas probabilidades”. [p. 65]
Segundo Berlin, no entanto, o golpe mais duro ao Iluminismo viria da Alemanha pietista. Decorrência do luteranismo, o pietismo consistia sobretudo em uma ênfase na vida espiritual, na fé, em detrimento do trabalho do aprendizado e da razão. Esta manifestação reformista é “realmente a raiz do romantismo”. [p. 69] A propagação desse recolhimento por “um grande número de seres humanos esmagados socialmente e miseráveis politicamente” [idem] produziu uma literatura de cunho pessoal, emocional, recusa dos excessos do intelectualismo e da cultura. A razão – como ficou famosa a citação – passou a ser tida como uma prostituta a ser evitada. Para Berlin, “tudo isso foi produto da sensibilidade nacional ferida [pelos franceses], de uma humilhação nacional terrível, […] essa é a raiz do movimento romântico por parte dos alemães”. [p. 71]
Berlin considera Johann Georg Hamann a primeira grande, ainda que obscura, figura do romantismo na Alemanha. Filho de um zelador dos banhos públicos na cidade de Königsberg, as ideias de Hamman exerceram considerável influência sobre Herder, Goethe e Kierkgaard. Segundo a doutrina dele, Hume estava certo ao sustentar que sem um ato de fé quase todas as experiências da vida ficariam comprometidas. Existe um élan vital cuja ruptura pelos desvios da razão compromete todo o potencial de realização da humanidade, cuja meta principal, para ele, era a expressão a mais rica possível de todas as faculdades humanas.
O Iluminismo, por isso, aparecia como uma doutrina letal, oferecendo “um pálido substituto para as energias criativas do homem […], uma espécie de brinquedo artificial, de modelo sem vida, sem nenhuma relação com o ser humano”. [p. 77] Em Aus meinem Leben: Dichtung und Wahrheit [Da minha vida: poesia e verdade], Goethe sintetizou a posição de Hamann ao escrever: “tudo o que um homem empreende […] deve brotar de seus poderes unificados; toda separação deve ser rejeitada”. [p. 79]
Johann Gottfried von Herder e Immanuel Kant ocupam, no entanto, posição central como “os verdadeiros pais do romantismo”. Herder é tematizado aqui, sobretudo, como o autor de uma doutrina extraordinária baseada em três principais noções: 1. A noção de expressionismo; 2. A noção de pertencimento; 3. A noção de incompatibilidade, de irreconciliabilidade entre os verdadeiros ideais. A primeira diz respeito à expressão como condição fundamental da humanidade; a segunda está fundada no reconhecimento de que todo homem pertence a um lugar, onde tem suas raízes; a terceira recusa a ideia de uma resposta definitiva à pergunta “como viver?”, dada a multiplicidade de respostas verdadeiras possíveis e irreconciliáveis entre si. “Nesse sentido, Herder é certamente um dos pais do movimento romântico, […] cujos atributos característicos incluem a negação da unidade, a negação da harmonia, a negação da compatibilidade dos ideais, tanto na esfera da ação como na esfera do pensamento”. [p. 108]
Poderíamos, talvez, perguntar por que não Rousseau, como costumam apontar alguns historiadores das ideias? Berlin avalia que Rousseau, ainda que tenha divergências sérias com os enciclopedistas, não abandona muitos dos pressupostos deles, sobretudo, ainda que matizada, suas ideias apelavam para certa esperança na razão. “O que Rousseau e os outros enciclopedistas queriam fazer era a mesma coisa, embora talvez divergissem quanto aos métodos”. [p. 92] A tempestade e o ímpeto necessários para compreender a vinculação com o tipo de violência das paixões românticas só poderia, segundo Berlin, vir dos alemães.
“Kant odiava o romantismo” [p. 111], combinava a essência do que ele mais abominava: Schwärmerei [exaltação e fanatismo, mas também dispersão e delírio], porém, de acordo com Berlin, indiretamente Kant foi um dos grandes responsáveis pelo romantismo e, por isso, também pode ser considerado um dos seus precursores. É a filosofia moral de Kant, no entanto, o núcleo básico desta tese: a defesa da liberdade, da consciência do dever fazer o que deve ser feito, a condição humana intransferível da decisão, portanto do livre-arbítrio, da autonomia, da responsabilidade dos sujeitos morais, da heteronomia como um mal a ser combatido, da constituição dos valores, da falsidade do determinismo e da recusa veemente de todo paternalismo. Schiller e Fichte serão os dois mais célebres continuadores e, por isso, igualmente propagadores do romantismo de inspiração kantiana até, pelo menos, a eclosão do que Berlin chama de “romantismo desenfreado”.
Para Friedrich Schlegel, foram Die Grundlage der gesamten Wissenschaftslehre [A fundamentação de toda a Doutrina da ciência], de Fichte, a Revolução Francesa e o famoso romance de Goethe, Wilhelm Meisters Lehrjahre [Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister], os fatores políticos, morais e estéticos mais centrais de inspiração ao movimento romântico.
Apesar de o editor não ter encontrado a referência original na obra de Fichte, Berlin cita: “À mera menção da palavra liberdade, meu coração se abre e floresce, enquanto a palavra necessidade o faz se contrair dolorosamente”. Fichte adota o primado moral kantiano de exaltação da liberdade, da prerrogativa da ação, da vontade humana sobre a natureza, do conhecimento convertido em instrumento desta realização, cuja centralidade está fundada na primazia do sujeito permanentemente convocado para a ação e que realiza assim sua própria liberdade. Importa lembrar que para Fichte o “eu” é inclusive um tipo de entidade suprapessoal, como uma nação, por exemplo.
A filosofia de Schelling que interessa a Berlin é aquela chamada de vitalismo místico, pela qual a natureza, a vontade inconsciente, oferece ao homem os estágios de desenvolvimento da consciência. Desde as formações rochosas passando pela terra, pelos vegetais, pelos insetos, pelos animais até chegar no homem, “a vontade tornada consciência de si” [p. 151], mas cuja realização total está em Deus. A função do artista, como representante deste grau máximo possível da autoconsciência a que pode atingir a humanidade, é “aprofundar-se nas forças obscuras e inconscientes que se movem dentro dele e trazê-las à consciência por meio da mais angustiante e violenta luta interna”. [p. 152] Sendo a obra de arte análoga à vida, e mesmo que o artista muitas vezes não se dê conta disso, imprime, ao realizá-las, as potências da natureza: poder, força, energia e vitalidade. “De modo que a obra tem um efeito revigorante sobre o homem que a contempla”. [p. 153]
A Revolução Francesa concebeu “a explosão do sentimento nacional” [p. 166], fundada na perspectiva do progresso, da pacificação universal, da perfectibilidade sob o comando da razão, mas, sabemos, o tiro saiu pela culatra e a violência, o terror político, a irracionalidade das multidões e o oportunismo dos líderes de ocasião mudaram o curso das atenções e do pensamento. Para Berlin, “a Revolução Francesa estimulou na mente e na imaginação das pessoas, e não apenas na Alemanha, […] um efeito exatamente oposto ao que pretendia. […] Afinal, depois dela a maioria dos franceses não era livre, nem igual, nem especialmente fraternal”. [p. 167]. A ideia de uma conspiração da “parte ignorada da realidade” tomou o proscênio da reflexão sobre os motivos do fracasso dos postulados libertários das doutrinas dos philosophes.
O Wilhelm Meister de Goethe foi admirado pelos românticos por dois motivos básicos, mas significativos: 1. Por ser o relato da formação de um gênio; 2. Por conceber andamento de transições drásticas na narrativa romanesca e, portanto, romper com as formas clássicas. Nota-se desde já a ênfase desses destaques na perspectiva da liberdade e da ruptura, o que, adverte Berlin, poderia inclusive contrariar o próprio autor, uma vez que ele via com reservas esses românticos tidos como “boêmios desenraizados e pessoas de vida desvairada”. [p. 169] Goethe, ao fim da vida, chegaria a declarar: “o Romantismo é doença, o classicismo é saúde”.
O Romantismo combateu a tese de que a “virtude é conhecimento”. Não se trata de conhecer valores, mas antes de concebê-los. “O universo é do jeito que você decidir fazê-lo” [p. 180], essa, segundo Berlin, é a filosofia de Fichte e também a de Schelling. O romantismo recusou igualmente a tese de que haveria uma estrutura prévia das coisas diante da qual a humanidade deveria se adaptar. “[…] tentar ver as coisas como submissas a alguma intelectualização, algum tipo de plano, tentar elaborar um conjunto de regras, ou de leis, ou uma fórmula é uma forma de autoindulgência e, no fim, uma estupidez suicida”. [p. 182] A saída para os românticos estaria nos mitos, por serem capazes de abarcar o obscuro, um algo inarticulável, irracional, inexprimível.
A arte é uma via privilegiada para evocar símbolos, elaborar mitos. Hamlet, Dom Quixote, Fausto, por exemplo, foram convertidos em poderosas fontes de mitos lidos à maneira romântica. Como escreve Berlin sobre o fato de Don Giovanni, de Mozart, ter se convertido em um grande mito a despeito de seu autor e do libretista Lorenzo Da Ponte: “estavam muito longe de pensar em colocar no palco um dos grandes símbolos da existência espiritual da Terra. Mas no séc. 19 essa foi a atitude tomada para com Don Giovanni”. [p. 186]
“O que podemos dizer que devemos ao Romantismo?” [p. 216] Na política, a possibilidade de culto das personalidades, de exaltação e entusiasmo pelas lideranças, mas, ainda que contraditório (e talvez por isso mesmo), a celebração da democracia pela ideia de colaboração mútua, porque complementar, na constituição da nação. No direito, reconfigura-se a ideia do conflito constitutivo na origem da pluralidade, liberdade e incompatibilidade entre muitos dos pontos de vista possíveis e praticáveis, juntamente com a necessidade de operar no sentido de atingir um equilíbrio permanentemente provisório e instável no respeito às individualidades.
Na economia, prevalece o liberalismo econômico, da aposta nas iniciativas liberadas do controle do Estado. Nas teorias históricas, “a grande escola histórica alemã tenta traçar a evolução histórica em termos de obscuros fatores inconscientes, que se entrelaçam em formas inexplicáveis de todo tipo”. [p. 189] Na epistemologia, recusa-se toda resposta unificada e principalmente regradas para os assuntos humanos, ainda mais aquelas que pretendem corresponder a racionalidades estritas, lineares e mesmo apreensíveis.
Ao desvelar, portanto, as raízes do romantismo, Berlin oferece ao leitor uma espécie de genealogia de muitas das ideias e dos ideais vigentes no presente e que, muitas vezes, parecem verdades eternas. A certidão de nascimento do romantismo produziu por sua vez uma série de consequências, como se lê em Berlin, que afetaram diretamente as configurações do pensamento a partir, sobretudo, do séc. 19, e permanecem em voga ainda hoje. Ao sermos despertados para a historicidade da constituição dessa atmosfera ideológica, podemos, com sorte, perceber tanto a abrangência das suas determinações, quanto o prazo de validade de suas teses. Sem o quê, corremos o risco de perpetuar abstrações ou obsessões como ponto de vista tão totalitário e meramente proselitista quanto equivocado e flagrantemente teleológico, mesmo pretendendo pelo expediente ser reconhecido, na melhor das hipóteses, antes como crítico.
*Denilson Cordeiro é professor no Departamento de Filosofia da Unifesp.
Publicado originalmente na revista eletrônica Peixe-elétrico
Referência
Isaiah Berlin. As raízes do romantismo. Tradução: Isa Mara Lando. São Paulo, Três estrelas, 256 págs.