Por LUIZ BERNARDO PERICÁS*
Uma análise comparativa da trajetória política dos dois líderes revolucionários.
No livro O desenvolvimento do capitalismo na Rússia, publicado em março de 1899, V. I. Lênin analisa a formação do mercado interno naquele país a partir do processo de desagregação dos pequenos agricultores em empresários agrícolas e proletários assalariados, resultando na estratificação do campesinato, elemento fundamental para a composição do painel macroeconômico da nação em sua época. As relações no meio rural, por conseguinte, seriam abordadas nesta obra pioneira, que discutiria a tendência à concentração da produção nas mãos de uma minoria e a interdependência com o setor industrial.
Ao mesmo tempo em que examinava as particularidades da Rússia czarista, contudo, ele compreendia que o espaço local não podia ser dissociado do “sistema mundial” e das tendências e variáveis do capitalismo monopolista de forma geral, mostrando que seu país estava incrustado na economia “global” a partir do que chamava de “integração semi-periférica”, em que formas pré-capitalistas são preservadas como enclosures para garantir um papel subordinado que servia a interesses corporativos e financeiros extrínsecos, numa relação “centro-periferia” singular.
Nesse sentido, a questão do mercado interno representaria um problema também ligado à “economia mundial” (lembrando que a acumulação e exportação de bens de capital seriam parte de um mesmo fenômeno que ataria as nações dependentes ao centro capitalista). Ainda que formas arcaicas endógenas fossem suprimidas, traços de configurações sociais “obsoletas” poderiam, portanto, conviver com o sistema “moderno”, onde diferentes modalidades de produção ou estruturas históricas distintas coexistiriam, o que levaria a Rússia a ser uma região caracterizada por “contradições sobredeterminadas”. As possíveis incompatibilidades ou discrepâncias inerentes certamente teriam condições de ser superadas (além de um amplo desenvolvimento, logrado), caso triunfasse um processo revolucionário que desembocasse, em última instância, no socialismo.[i]
Uma visão similar possuía Che Guevara quando tratava de Cuba (e da América Latina, de maneira mais ampla). Por isso, seu esforço para compreender o avanço do capitalismo monopolista no país ao longo da primeira metade do século XX, a permanência dos chinchales, a infraestrutura produtiva herdada da administração anterior, a inserção da ilha no quadro maior do imperialismo e seu papel apendicular em termos internacionais. Essencial, aqui, como ele mesmo apontou, a soberania política e a independência econômica.[ii]
Assim como Lênin, Guevara via no aprofundamento da nacionalização da esfera da produção e na formação da “consciência”, elementos fundamentais para o avanço do socialismo. O trabalho voluntário, defendido pelo “guerrilheiro heroico”, em boa medida, pode ser associado aos “sábados comunistas” incentivados por Lênin, atitude que forjaria o caráter do indivíduo e poderia ter desdobramentos favoráveis na produtividade.[iii] A emulação socialista nas fábricas, idem.[iv] Sem contar com o papel dos sindicatos, tema de suma importância, calorosamente debatido por ambos os dirigentes. Tudo isto, por certo, vinculado à concepção da “vanguarda”, de revolucionários profissionais e da ulterior construção do “Homem Novo” (tanto Lênin como o Che encarnavam esse ideal, em seu ascetismo, abnegação, preocupação teórica e dedicação total à causa; afinal de contas, não empreendiam elocubrações “academicistas” estéreis, mas participavam ativamente da pugna política, inclusive ocupando cargos de grande responsabilidade e destaque como altos dignitários dentro do aparelho de Estado).
Como eixo-mestre, a “transição ao socialismo”. Neste ponto, o então ministro de Indústrias de Cuba consideraria que “a soma dos trabalhos de Lênin sobre a economia do período de transição nos serve de valiosíssima introdução ao tema”, ainda que faltasse ao russo ter desenvolvido e aprofundado o assunto, o que o tempo e a experiência deveriam lhe dar.[v] Toda uma gama de discussões nesse sentido seria abordada, do sistema bancário aos métodos de planejamento. A conduta e orientação do setor laboral, por sua vez, entrariam em discursos e exposições públicas, como “A classe operária e a industrialização em Cuba” (conferência televisionada em 30 de abril de 1964), “O plano e o homem” (conversas taquigrafadas no Ministério de Indústrias), “Certificado de trabalho comunista” (na CTC-R, em janeiro de 1964), “Uma atitude comunista frente ao trabalho” (MININD, 15 de agosto de 1964) e vários outros[vi] (são também numerosas as intervenções de Lênin sobre questões análogas).
Afinal, como assinalou o autor das Teses de abril, em sua resposta a P. Kievski (Y. Piatakov), de 1916 (publicada em 1929), “o capitalismo em geral e o imperialismo em particular transformam a democracia numa ilusão… Não se pode derrocar o capitalismo e o imperialismo com nenhuma transformação democrática, por mais ‘ideal’ que seja, senão somente com uma revolução econômica… Não se pode vencer o capitalismo sem ‘tomar os bancos’, sem abolir a ‘propriedade privada’ dos meios de produção…”[vii]
É bom lembrar, contudo, que ambos tinham plena noção que, isoladamente, uma experiência de transformação radical e profunda dentro de marcos territoriais limitados dificilmente sobreviveria. O dirigente bolchevique recordava que “a desigualdade do desenvolvimento econômico e político”, uma lei “absoluta” do capitalismo, possibilitaria a vitória do socialismo primeiramente em poucos países ou mesmo num só, tomado por separado, e que depois, “o proletariado desse país, após expropriar os capitalistas e organizar a produção socialista no seu país, erguer-se-ia ‘contra’ o resto do mundo, capitalista, atraindo para seu lado as classes oprimidas dos outros países”.[viii] Desta forma, dizia ele, “todas as nações chegarão ao socialismo, isso é inevitável; mas chegarão todas de modo não absolutamente idêntico, cada uma delas trará a sua peculiaridade”.[ix]
Em outras palavras, a importância de se compreender ao mesmo tempo as “particularidades” e a “universalidade” inerentes a todo processo. Afinal, Lênin olhava com atenção para os acontecimentos na Alemanha e Hungria, ao fim da guerra. A criação do Comintern, em 1919, por sua vez, mostra sua preocupação constante com o “internacionalismo” proletário. E os diálogos com militantes estrangeiros, como o indiano M. N. Roy, ampliariam seu campo de visão para experiências nacionais e formações societárias variegadas.
De forma parecida o Che encarava a questão. A promoção de lutas no Terceiro Mundo, a criação de “dois, três, muitos Vietnãs”, suas operações no Congo e na Bolívia, indicam claramente a necessidade de uma contenda ampliada nos elos débeis do capitalismo, abrindo novas frentes de combate e construindo a possibilidade de uma outra retaguarda para a revolução cubana, que fosse além do apoio soviético (afinal, a URSS na época defendia a política de “coexistência pacífica”, algo que Guevara discordava com veemência). Se Lênin havia impulsionado a construção da IC, o combatente argentino, por sua vez, apoiaria iniciativas como a Conferência Tricontinental e a OLAS.
Como chegou a afirmar o autor de Guerra de guerrilhas, numa frase emblemática, “La Habana me atrae particularmente para llenarme el corazón de paisajes, bien mezclados con pasos de Lenin”.[x] E, se quisermos outra representação simbólica, podemos recordar que no escritório de sua casa, na capital cubana, ele tinha como objetos de decoração um baixo-relevo de bronze de Lênin ao lado de uma estatueta de Simón Bolívar, feita do mesmo material…[xi]
O líder bolchevista, de fato, era recorrentemente lembrado pelo Che. Em setembro de 1961, por exemplo, numa entrevista a Maurice Zeitlin, diria: “El valor del leninismo es enorme, en el mismo sentido en que el trabajo de un gran biólogo es valorable en relación con el de otros biólogos. Lenin es probablemente el líder que ha hecho mayor aportación a la teoría de la revolución. Ha sido capaz de aplicar el marxismo, en un momento dado, a los problemas de Estado, y salir con leyes de validez universal”.[xii]
Não se pode, também, deixar de lado, aspectos da trajetória intelectual dos personagens em discussão. Se Lênin, desde a adolescência enraizado nas tradições literárias e culturais locais, se interessava por escritores como Tchernichevsky, Saltikov-Chedrin, Nekrássov, Púchkin, Lermontov, Tolstói e Tchékhov, o jovem Ernesto leria uma série heterogênea de autores latino-americanos, entre os quais Domingo Sarmiento, José Hernández, Carlos Luis Fallas, Ciro Alegría, Ruben Darío, Miguel Ángel Asturias, José Enrique Rodó, José Ingenieros, Aníbal Ponce e Pablo Neruda. Enquanto a influência de Zaichnevsky, Nechaev e Tkachev, misturada ao “núcleo duro” do pensamento marxiano pode ser sentida nas ideias leninistas (em outras palavras, uma inspiração política calcada na história russa vinculada às obras do Mouro), Guevara está nitidamente inserido numa linha de pensamento progressista, libertador e integracionista da América Latina, podendo ser visto, de certa forma, como um continuador e herdeiro político e intelectual de homens como Simón Bolívar, José Martí, Julio Antonio Mella e José Carlos Mariátegui.
Além disso, ambos se dedicaram, em algum momento, a temas filosóficos. No caso de Lênin, num diálogo crítico e em acirrados debates com contemporâneos em obras como Materialismo e empiriocriticismo[xiii](seus embates com as ideias de Mach, Avenarius e Bogdanov) ou nos Cadernos filosóficos.[xiv]O Che, por seu lado, na juventude, elaborou seu Dicionário filosófico (também conhecido como Cadernos filosóficos),[xv] com verbetes sobre Hegel, Platão, Schopenhauer, Marx e Engels. Ainda na fase de formação, leria diferentes volumes sobre o materialismo histórico e dialético (incluindo uma introdução ao assunto preparada por Thalheimer). E mais tarde, produziria textos como “O socialismo e o homem em Cuba” (no qual exporia, em traços gerais, seu modelo ideal de partido operário, muito próximo ao formato tradicional leninista), continuando a se interessar pela área, com seleções de citações ou pautas de leituras que incluíam nomes como Hegel, Althusser, Mondolfo, Aristóteles, Abuchafar, Lukács, Dynnik, Rosental e Straks.
Isso para não falar do próprio Lênin, obra do qual chegou a conhecer profundamente em seu período de maturidade. Já em seu “dicionário” (ou “cadernos”), o futuro comandante redigiria um verbete sobre o fundador do Iskra (descreveu seu perfil a partir de uma obra de R. P. Ducatillon) e outro, sobre o “marxismo”, no qual citaria como fonte, alguns trabalhos leninianos. Na relação de obras lidas no período, “A los pobres del campo”, “La catástrofe que nos amenaza y cómo combatirla”, El imperialismo, fase superior del capitalismo e Un paso adelante, dos pasos atrás.[xvi]
Anos depois, em seu rol de leituras, na Sierra Maestra, constariam as obras escolhidas de Lênin, e posteriormente, quando era ministro, faria observações críticas e anotações sobre textos do mesmo autor coligidos nas obras completas (tomos 32 e 33) e nas escolhidas (tomo III): O Estado e a revolução (este ele estudara no México, pouco antes da expedição do Granma); “VIII Congreso del PC (b) de Rusia”, “IX Congreso del PC (b) de Rusia”, “X Congreso del PC (b) de Rusia” e “XI Congreso del PC (b) de Rusia”; La enfermedad infantil de “izquierdismo” en el comunismo; “II Congreso de la Internacional Comunista”; “VII Congreso de los Soviets de Toda Rusia”; “Sobre el impuesto en especie”; “Informe sobre la actividad del Consejo de Comisarios del Pueblo (24/01/1918)”; “Los sindicatos, el momento actual y los errores de Trotsky”, “Las tareas inmediatas del poder soviético” e “El infantilismo ‘izquierdista’ y el espíritu pequeño burgués”; “Con el motivo del IV Aniversario de la Revolución de Octubre”, “La NEP y los objetivos de la educación política” e “La Nueva Política Económica (informe en la VII Conferencia del Partido de la Provincia de Moscú)”; “Acerca de la significación del oro ahora y después de la victoria completa del socialismo”; “Acerca del papel y tareas de los sindicatos en las condiciones de la Nueva Política Económica”; “Discurso pronunciado en el Pleno del Soviet de Moscú el 22 de noviembre de 1922”; “Para el apartado relativo al aumento del número de miembros del CC”; “Sobre la cooperación” e “Notas de un publicista”. Além disso, aparentemente apreciava a biografia de Vladimir Ilitch Ulianov escrita pelo historiador francês Gérard Walter[xvii] (lançada originalmente em 1950), que acabaria sendo publicada em Cuba em 1967.
Por fim, o dirigente russo estaria presente nas listas de leitura do Che durante as campanhas no Congo e na Bolívia. No primeiro caso, os volumes 32 e 33 das obras completas, além do tomo II, das escolhidas. Na seleção elaborada para o final de 1966, O desenvolvimento do capitalismo na Rússia, Materialismo e empiriocriticismo e Cadernos filosóficos.
Guevara, entretanto, sentia liberdade para fazer as críticas que julgasse necessárias. E seria duro com alguns aspectos do ideário leniniano, ainda que sua admiração e respeito por ele continuassem. De um lado, afirmaria que O Estado e a revolução podia ser considerado “como una Bíblia de bolsillo para los revolucionarios. La última y más importante obra teórica de Lenin donde aparece el revolucionario integral y ortodoxo. Algunas de las recetas marxistas no las pudo cumplir en su país y debió hacer concesiones que todavía hoy pesan sobre la URSS; pero los tiempos no estaban para experimentos a largo plazo; había que dar de comer a un pueblo y organizar la defensa contra posibles ataques. Frente a la realidad de hoy, El Estado y la revolución es la fuente teórico-práctica más clara y fecunda de la literatura marxista”.[xviii] De outro, porém, diria que em determinados momentos coexistiriam dois (ou até três) Lênins,[xix] “el de la marcha segura hacia un futuro comunista que avizora y el pragmático desesperado que trata de encontrar una salida racional al desbarajuste económico”.[xx]
Nas atas taquigrafadas de uma conhecida reunião no Ministério de Indústrias, em 1964, o Che chegaria a comentar que “estamos na presença de alguns fenômenos que se produzem porque existe uma crise de teoria, e a crise teórica se produz por haver esquecido a existência de Marx e porque ali se baseiam somente numa parte do trabalho de Lênin. O Lênin dos anos 1920 é tão somente uma pequena parte de Lênin, porque Lênin viveu muitos anos e estudou muito… É um fato que entre o Lênin de O Estado e a revolução e o de O imperialismo, etapa superior do capitalismo e o Lênin da NEP existe um abismo.
Na atualidade se considera sobretudo este último período, admitindo como verdade coisas que teoricamente não são certas, que foram impostas pela prática, que estão revestidas ainda pelo perfil prático e são analisadas teoricamente, como todos os problemas da economia política do período de transição”.[xxi] Ou seja, o antigo diretor do Vperiod seria “el revolucionario de grandes conocimientos teóricos, desarrollando lo que Marx dice y hablando de toda una serie de cosas parecidas, del control obrero; y el revolucionario después que ha tenido que toparse con la revolución, en una Rusia atrasada y que tiene otro lenguaje distinto”.[xxii]
De fato, a forma como se configuravam o painel econômico, os mecanismos de planificação e a gestão industrial da URSS na década de 1960 incomodava sobremaneira o membro do governo cubano. E como os soviéticos encaravam retrospectivamente a Novaya Ekonomicheskaya Politika, também.
O Che iria ser um ácido acusador da NEP e das posturas do líder bolchevique no momento de sua implementação. Em seus Apuntes críticos a la economía política o guerrilheiro, de maneira polêmica, ousada e quase herética, acusaria o próprio Lênin como o grande culpado pelo que chamava de “pragmatismo inconsistente” em todos os campos da vida dos povos socialistas e da situação econômica em que se encontrava a União Soviética naquele momento. Para Guevara, se o país prosseguisse com as medidas reformistas de então (inspiradas supostamente no retrocesso político-econômico representado pela experiência nepiana), caminharia gradualmente para um retorno ao capitalismo. E, como a história mostrou, ele estava certo…
Luiz Bernardo Pericás é professor no Departamento de História da USP. Autor, entre outros livros, de Caio Prado Júnior: uma biografia política (Boitempo).
Notas
[i] Ver V. I. Lenin. El desarrollo del capitalismo en Rusia. Moscou: Editorial Progreso, 1975.
[ii] Para mais informações sobre o pensamento econômico de Che Guevara, ver Luiz Bernardo Pericás. Che Guevara y el debate económico en Cuba. Havana: Fondo Editorial Casa de las Américas, 2014.
[iii] Ver V. I. Lênin. “Uma grande iniciativa”. In: V. I. Lênin. Obras escolhidas 3. Lisboa: Avante; Moscou: Edições Progresso, 1979c. v. 3, págs. 152 a 158.
[iv] Ver, por exemplo, V. I. Lenin, “Como organizar a emulação?”, escrito em 24-27 de dezembro de 1917, publicado originalmente no Pravda, No. 17, 20 de janeiro de 1929, e reproduzido in V. I. Lenin. Obras escolhidas, tomo 2. Lisboa e Moscou: Edições Avante e Edições Progresso, 1978, págs. 441 a 447.
[v] Ver Che Guevara, “A concepção do valor (em resposta a certas afirmações sobre o tema)”, publicado originalmente in Nuestra Indústria, No. 3, outubro de 1963, e reproduzido in Che Guevara, Textos econômicos para a transformação do socialismo, São Paulo, Edições Populares, 1982, p. 180.
[vi] Os textos e discursos de Guevara mencionados podem ser encontrados in Che Guevara. Textos econômicos para a transformação do socialismo. São Paulo: Edições Populares, 1982; e Che Guevara. Temas económicos. Havana: Editorial de Ciencias Sociales, 1988.
[vii] Ver V. I. Lenin, “Respuesta a P. Kievski (Y. Piatakov)”, escrito em agosto-setembro de 1916, publicado originalmente in Proletárskaya Revolútsia, No. 7, 1929, e reproduzido in V. I. Lenin. Contra el dogmatismo y el sectarismo en el movimiento obrero. Moscou: Editorial Progreso, s/d, págs. 67 a 73.
[viii] Ver V. I. Lenin, “Sobre a palavra de ordem dos Estados Unidos da Europa”, agosto de 1915, apud Academia de Ciências da União Soviética. Lénine: biografia. Lisboa e Moscou: Edições Avante e Edições Progresso, 1984, p. 230.
[ix] Ver V. I. Lenin, “Sobre uma caricatura do marxismo e sobre o economicismo imperialista”, in Ibid, p. 242.
[x] Ver Roberto Massari. Che Guevara: grandeza y riesgo de la utopia. Navarra: Txalaparta Editorial, 1993, p. 108.
[xi] Ver Jon Lee Anderson, Che Guevara: uma biografia, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 1997, p. 646.
[xii] Ver Roberto Massari. Che Guevara: grandeza y riesgo de la utopia, p. 111.
[xiii] Ver V. I. Lenin. Materialismo y empiriocriticismo. México: Editorial Grijalbo, 1967.
[xiv] Para uma discussão sobre a filosofia de Lenin, ver Anton Pannekoek, “Lenin filosofo”, Karl Korsh, “La filosofía de Lenin” e Louis Althusser, “Lenin frente a Hegel”, todos em Anton Pannekoek et al. Lenin filosofo. Córdoba: Cuadernos de Pasado y Presente, 1973. Ver também Louis Althusser. Lenine e a filosofia. Lisboa: Editorial Estampa, 1970; e Tamás Krausz. Reconstructing Lenin: An Intellectual Biography. Nova Iorque: Monthly Review Press, 2015.
[xv] As listas de leituras e trechos do “dicionário” (ou “cuadernos”) podem ser encontrados em Che Guevara. America Latina: despertar de un continente. Havana: Ocean Press/Ocean Sur, 2006.
[xvi] Ver Che Guevara. America Latina: despertar de un continente. Havana: Ocean Press/Ocean Sur, 2006, págs. 175 a 177.
[xvii] Ver Gérard Walter. Lenin. Havana: Editorial de Ciencias Sociales, 2007.
[xviii] Ver Che Guevara, comentários a V. I. Lenin, El Estado y la revolución (segunda edición), Havana, Imprenta Nacional de Cuba, sem data. In: Che Guevara. Apuntes críticos a la economía política. Havana: Ocean Press/Ocean Sur, 2006, p. 225.
[xix] Ver Che Guevara, “O plano e o homem”. In: Che Guevara, Textos econômicos para a transformação do socialismo, p. 69.
[xx] Ver Che Guevara, comentários a V. I. Lenin, “Las tareas inmediatas del poder soviético”. In: Che Guevara. Apuntes críticos a la economía política, p. 251.
[xxi] Ver Che Guevara, “O plano e o Homem”. In: Che Guevara, Textos econômicos para a transformação do socialismo, p. 69.
[xxii] Ver Che Guevara. Apuntes críticos a la economía política, págs. 338 e 339.