Quem é pardo?

Yutaka Takanashi, Tóquio-jin, 1974
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Por OSAME KINOUCHI FILHO*

Considerações sobre o racismo universal e o racismo brasileiro em particular

1.

O artigo “O Brasil é pardo?”, de Mário Maestri me inspirou algumas reflexões. Estas se baseiam apenas em experiências pessoais, anedotas por assim dizer. Então, antes disso, devo esclarecer que não tenho medo de números ou estatísticas sobre grandes grupos humanos. Creio que experiências qualitativas e avaliação quantitativa são totalmente complementares. Afinal, embora eu seja um físico estatístico, quem afinal inventou a estatística não foram os cientistas naturais, mas sim as pessoas de ciências humanas, por assim dizer, que precisavam calcular taxas de mortalidade, de natalidade, índices de economia, sociologia e mesmo história.

Poucos sabem, mas a física só começou a usar a estatística em meados do século XIX, e tal uso era controverso. Afinal, a física seria uma ciência exata: a massa do elétron é sempre a mesma, não existe variabilidade na mesma como existe no peso ou altura dos seres humanos. Só bem mais tarde, a partir de 1926, o conceito de probabilidade ficou incorporado na física quântica, embora Albert Einstein tenha acreditado até o final de sua vida que as previsões estatísticas quânticas eram o sinal de que a teoria estava incompleta.

O artigo “Brasil é pardo?” baseia-se em uma discussão sobre estatísticas do IBGE (e sobre talvez um mal direcionado ufanismo identitário, pelo que entendi). Meu texto é complementar: relato como, mesmo sendo de classe média (um professor universitário, funcionário público, filho de um funcionário público, filho de um imigrante ilegal japonês), sofri ou pelo menos tive contato com instâncias de racismo na minha vida e na de minha família.

Acredito que essas experiências poderiam ampliar um pouco o horizonte de discussões sobre o racismo universal e o racismo brasileiro em particular. São anedotas sem valor estatístico, não provam nada, eu sou o primeiro a reconhecer isso! Podem ilustrar, de um ângulo diferente, o ponto que quero enfatizar: racismo e mestiçagem.

Antes de continuar, faço um esclarecimento: uso o termo negro em vez de preto porque Djamila Ribeiro o usou em seu livro Quem tem medo do feminismo negro. O americano “preto” (black) está correto, mas quem diz que devemos acompanhar os americanos? Se seguirmos à risca, teríamos que mudar o nome da Nigéria, o que eu acho que os nigerianos não iriam gostar. Diamante Negro, Camaro Negro, Corcel Negro, Beleza Negra, Ouro Negro, Cavaleiro Negro são todos termos elogiosos envolvendo o adjetivo negro e que ficariam bem estranhos usando-se o termo “preto”. Afora o uso de “preto” e “preta” usado pelo racista Monteiro Lobato em seus contos. Mas acho que não preciso continuar. Um amigo me informou que, depois de grande debate, o(s) movimento(s) negro(s) concordaram que se pode usar ou preto ou negro, sem diferenças.

Certa vez vi em um filme um branco racista conversando com um negro, ambos norte-americanos. O branco explicava que ele não tinha nada contra os negros nem os achava inferiores: tanto brancos quanto negros tinham suas qualidades, como diferentes raças de cavalos ou cães. O problema eram os casamentos interraciais. Nessa mistura se perderiam a cultura própria de cada etnia, a pureza da raça e de suas qualidades. O problema eram os mestiços (os vira-lata ou pardos, diríamos). Discorro mais tarde se o termo mestiço é ofensivo ou não.

Mas por que eu haveria de falar aqui sobre o racismo contra negros já que esse não é meu lugar de fala? Uma enteada, fã de Djamila Ribeiro, mas curiosamente muito branca, me repreendeu pelo fato de que eu organizava há vinte anos a comemoração do “dia da consciência negra” no meu departamento na USP. Este não é meu lugar de fala! Eu deveria organizar o “dia da consciência nipo-brasileira!”.

Recuso a fazer isso! Os nipo-brasileiros estão bem, obrigado. Ok, eu não preciso estar à frente da comemoração, posso apenas passar um bom filme sobre racismo no meu Cineclube (por exemplo, O grande debate, com Denzel Washington e Forest Whitaker, onde um ateu comunista se une a um pastor Metodista para a luta de classes e contra o racismo).

Minha primeira namorada era negra (não parda, mas realmente preta). Eu tinha 17 anos e sofri uma pressão incrível de minha mãe para interromper o namoro, afinal eu poderia engravidá-la e ela não queria netinhos misturados. Uma amiga das duas famílias, negra, fazia piadinhas: “vocês vão ter japoneguinhos!” brincava ela. Ou seja, o mesmo argumento contra os mestiços.

Mas nessa época, jovem petista, eu realmente militei no Movimento Negro porque, na época, o importante era juntar forças de todas as fontes e não apenas os negros racialmente (ou culturalmente) puros. Então, quando entrei na USP como professor, comecei a organizar o “Dia de Zumbi” na minha faculdade (o que me foi questionado por um professor titular durante minha banca de livre-docência com a pergunta: “Você está querendo criar inimizade entre brancos e negros?”). Mas por que eu? É que na época, vinte anos atrás, não havia muitos professores negros na USP, pelo menos nas exatas (na verdade, ainda não existem). Os que haviam, e os estudantes negros, não se dispunham a se expor organizando a comemoração.

Uma dessas comemorações reuniu um físico nipo-brasileiro, uma historiadora italiana e um físico judeu, que já foi o responsável pelas políticas de inclusão da UFSC. Não conseguimos um organizador negro ou pardo. Mas conseguimos convidar o “Pai J.” líder destacado do Candomblé em Ribeirão Preto, que deu uma palestra.

Infelizmente, senti em seu discurso um tom patriarcal senão machista, autoritário em geral. Na hora das perguntas, arrisquei uma:

– Pai J., um negro pode ser ateu?
– Não, claro que não. Na cultura africana se reconhece os espíritos e forças superiores.
– Mas Pai J., e se ele quiser ser ateu?
– Então ele será um falso negro, pois o Ateísmo é uma filosofia europeia iluminista branca. Não será um verdadeiro negro.

2.

O IBGE considerava como pardo, até alguns anos atrás, toda pessoa com duas ascendências de etnias muito diferentes. Não apenas negros com brancos, e indígenas com brancos, ou negros com indígenas, como bem relata Mário Maestri, mas também asiáticos com brancos. Como vocês podem ver pelo meu nome, sou um mestiço de japonês com branco (caipira do Paraná). Então, certa vez, preenchendo uma ficha para ganhar uma bolsa de monitoria da USP, já na pós-graduação, me deparo pela primeira vez com a questão de indicar minha raça: branco, amarelo, negro ou pardo. Poucas opções.

Eu sabia que oficialmente, pelo IBGE, eu era pardo. E, na verdade, não gosto de assinalar “amarelo” porque afinal eu seria no máximo metade japonês no DNA (meus amigos dizem que eu me pareço mais com um boliviano do que com um japonês). Além disso, reconheço que tenho certo (pré-)conceito contra japoneses, acho-os racistas contra chineses e coreanos, contra negros – e pior ainda, contra filhos de mães japonesas com soldados americanos negros – de novo o tema da mestiçagem, e contra mestiços em geral, vistos (não contesto isso) como pessoas que perdem a língua, os costumes e a cultura japonesa.

Entendi que a pergunta sobre raça no questionário da USP, que não era normal na época, visava favorecer (dar uns pontos a mais no critério para as bolsas) os negros e os mestiços de negros e brancos especificamente. Ainda não se falava de indígenas. Sendo assim, meio a contragosto, assinalei “amarelo” a fim de não tomar a bolsa de alguma pessoa mais necessitada. Mais recentemente, novo questionário da USP colocava umas 16 opções para etnias. Mas, de novo, não havia a opção mestiço, como se as etnias não se misturassem, como se o mestiço devesse se envergonhar ou tornar-se invisível. Tive que apelar para o quadradinho das “outras opções” e explicar que sou mestiço.

3.

Na comunidade japonesa, ser mestiço não é exatamente uma coisa boa: o status de um sansei e nissei é uma coisa, mas quase falta uma palavra para os mestiços. A palavra antiga era Ainoko, que significa “similar aos Ainos”, povo original de Hokkaido e outras ilhas ao norte dominado e oprimido pelos japoneses. Os Ainos, ao contrário dos japoneses, usavam longas barbas, tinham mais pelos corporais e olhos mais parecidos com os caucasianos, e esta pode ter sido a origem da palavra para distinguir mestiços de japoneses com ocidentais. A palavra caiu em desuso por ser ofensiva e hoje se usa hafu, que vem do inglês half.

Eu, talvez, já não sendo pardo segundo o IBGE, poderia ser um hafu. Mas certamente meus filhos não são. O bisavô de meus filhos era um negro que talvez tenha nascido ainda no tempo da escravidão, dado que morreu com 115 anos na década de 2000. Tinha um sítio na região do vale do Ribeira, onde pilava arroz ainda com 105 anos. Teve duas esposas, 24 filhos e um número incontável de netos (os membros da família que eu conheço não sabem precisar esse número).

Este ancião é a refutação (anedótica, claro!) de qualquer racismo de origem biológica adotado, por exemplo, pelo nazifacismo e fascismo japonês. Pois o critério de sucesso darwiniano é o fitness biológico: o número de descendentes capazes de atingir a maturidade e terem outros descendentes. Na biologia, infelizmente, cultura não conta. Mas os genes daquele bisavô negro, e de suas esposas, se espalharam pela população de um jeito que nenhum branco da atualidade poderia aspirar. O caso dele faria Richard Dawkins, o autor de O gene egoísta, suspirar de inveja. E viver 115 anos, você acredita poder viver isso? Um dos filhos desse bisavô, o avô Félix, também era negro. Félix casou-se com uma descendente de portugueses e indígenas da região de Peruíbe, a avó Irani (nome indígena).

A mãe de meus filhos é parda pela classificação do IBGE. Ela tem dez irmãos, ou seja, o casal Félix-Irani foi outro sucesso biológico. Em termos de cor de pele, metade deles são muito brancos (um deles tem o apelido de “Branco”, inclusive) e a outra metade tem alguns traços negros. Mas creio que todos sofreram muito mais devido à sua classe social (trabalhadores no marxismo old school) do que devido ao seu DNA africano. Afinal, como pedir ao meu cunhado Branco para “abraçar a raça”?

Por outro lado, apenas uma irmã teve acesso à Universidade (um curso de pedagogia). Um irmão passou, sem cursinho, no difícil vestibular da Unicamp para o curso de Engenharia Civil, mas não teve recursos para morar fora de casa. Não me venham falar que são pobres porque seu QI é baixo, ou que seu QI é baixo por causa de seus genes ancestrais. Todos são extremamente inteligentes, com raciocínio rápido, sarcásticos, no nível de comediante de stand-up. Mas todos os cinco filhos homens, por forças das circunstâncias, permaneceram na profissão do pai, que era pedreiro, e as mulheres são funcionárias públicas de baixo escalão.

Finalmente, meus quatro filhos: a primeira, chamada M., tem cabelos lisos e pele branca; a segunda tem cabelos enrolados e tom de pele mais escuro, chamada J.; o terceiro com traços mais japoneses, chamado L. Félix em homenagem ao avô negro, aprendeu japonês (algo que nem mesmo meu pai sabia) e namora uma mestiça ítalo-japonesa; e o quarto, uma espécie de japonês loiro, chamado de R. Osame (em homenagem a meu pai nissei, não a mim).

4.

Eu creio que o verdadeiro problema na cabeça de todos os racistas, que prezam a raça pura e a cultura ancestral, é realmente os casamentos interraciais e os mestiços, pois isso é o que realmente destrói seus ideais de pureza. Os negros poderiam até ascender socialmente, quem sabe por um milagre ter o mesmo status econômico que os brancos. Tudo bem, desde que segregados. O problema não é exatamente o negro, mas o mestiço. As famílias de classe média-alta colocam suas filhas em escolas de elite, que não tenham alunos negros, justamente para se evitar o perigo de envolvimento amoroso que poderia gerar um neto pardo.

Em outro exemplo, imaginemos que existisse uma Wakanda rica e tecnológica, constituída apenas de negros. Não apenas a maior parte dos brancos e asiáticos continuariam a achar que casamentos interraciais/interculturais seriam errados, como Wakandenses pensariam a mesma coisa, pois os filhos mestiços perderiam a cultura negra de origem. Talvez seja por isso que Pai J. disse que o ateísmo não pode ser adotado por um “verdadeiro” negro.

Acredito que o tema da miscigenação precisaria ser melhor estudado. Não basta dizer que foi uma política de embranquecimento da população usada pelos racistas. As pessoas sentem atração sexual e amorosa pelos mais diversos motivos. Tenho uma amiga racista que é uma fã delirante do Denzel Washington. Meus dois tios japoneses casaram com descendentes de italianos porque moravam na Vila Romana, na Lapa, em São Paulo. Nenhuma política de embranquecimento esteve envolvida, mas apenas o acaso de meu avô não ter ido morar no Bairro da Liberdade. E hoje, mais da metade dos nikkeis (descendentes de japoneses) são mestiços.

Porque avancei até a geração de meus filhos? Primeiro para questionar se, no caso de uma pessoa tiver ascendência negra, indígena, branca e japonesa ao mesmo tempo, como é o caso dos meus filhos, como ela deve se classificar no IBGE e outros questionários? Creio que não é o DNA que vai responder isso, mas sim o critério, perfeitamente razoável e creio que adotado pelo movimento antirracista atual, de que, se você acha que o seu tom de pele é discriminado pela sociedade, em termos de oportunidades, estereótipos ou parceria sexual, você deve se reconhecer como negro, pardo ou indígena, e lutar coletivamente contra essa discriminação.

Mas se o seu tom de pele não é discriminado, mesmo sendo você afrodescendente ou indígena, você não deveria tentar se aproveitar de mecanismos de inclusão e políticas de ascensão desenhadas para pessoas que realmente estão sofrendo com o racismo.

Dos meus quatro filhos, embora todos tenham ascendência africana parcial (um quarto), algo que motiva minhas opiniões antirracistas, apenas minha segunda filha J. poderia sofrer alguma discriminação. Pelo menos foi o que ela sentiu quando tinha cinco anos de idade. Brincando com Serginho, o vizinho em frente de nossa casa, de uma família de classe média alta em Ribeirão Preto (é incrível como a classe média ribeirão-pretana é racista e hoje, bolsonarista!), de repente ela chega chorando em casa. A mãe perguntou o que ocorreu e ela diz:

– É que quando eu crescer eu vou ser pobre!
– O quê?
– O Serginho disse que todo preto é pobre. E você, mãe, sempre me chama de “minha pretinha”!

Então concluo que precisamos ensinar como evitar falácias estatísticas e lógicas para as famílias do Brasil que educam seus filhos de cinco anos desse jeito… embora eu desconfie que isso não será suficiente.

*Osame Kinouchi Filho é professor do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP). Autor do livro O beijo de Juliana: quatro físicos teóricos conversam sobre crianças, ciências da complexidade, biologia, política, religião e futebol… (Multifoco). [https://amzn.to/3NLFRwi]


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